segunda-feira, 13 de junho de 2022

A CETRA CURITIBANA " Começa que é difícil determinar a origem do uso corrente de certos vocábulos nesta abençoada terra de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais de Curitiba.

 A CETRA CURITIBANA
" Começa que é difícil determinar a origem do uso corrente de certos vocábulos nesta abençoada terra de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais de Curitiba.

A CETRA CURITIBANA
" Começa que é difícil determinar a origem do uso corrente de certos vocábulos nesta abençoada terra de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais de Curitiba.
Alguns justificam-se com clareza, outros subsistem no recôndito da interrogação. Os que não detém sentido lógico, simplesmente existem porque existem. E é o caso da cetra, por exemplo. Cetra com "cê" e não com "esse", como pretendem alguns dicionários, atribuindo morfologia a seta, no sentido de flecha, o que modestamente creio não ser bem o caso.
E o que vulgarmente chamam de atiradeira e em alguns lugares é tratada por funda.
Ora, atiradeira vá lá, mas funda é aquela de giro com a qual Davi matou Golias.
Está claro que não é a mesma coisa.
A cetra curitibana é feita com uma forquilha simétrica (boas são as de galho de goiabeira) de cujas pontas superiores saem duas tiras de michelin (elástico proveniente de câmaras de bicicleta da dita marca), unidas nas extremidades por um pedaço de couro oval que deve envolver o pelote.
Esse couro chama-se peia, é bom lembrar. O conjunto, portanto, constitui a tal da cetra, equipamento de fundamental importância a qualquer guri que naqueles bons tempos se prezasse. Além disso, cetra chega a ser um vocábulo virtuoso, honesto, não vulgar como atiradeira, dada a importância da engenhoca.
De modo que a interação da piazada com o meio ambiente vinha quase justamente da dignidade de portá-la pendurada no pescoço, pronta para ser sacada diante do primeiro passarinho à guisa de registro estatístico ou teste de pontaria. Mas formidável mesmo era a cetra diante da vidraça dos vizinhos.
Tal procedimento, embora repreensível e sujeito às mais rigorosas punições, era até considerado crime piedoso, afeito ao agente etário. Apesar disso, a cetra era confiscada por bom tempo! Logo, porém, vinha outra. Não havia dificuldade.
Mesmo no ínterim do confisco, porque Curitiba possuía muitos matagais e neles muitas árvores e nelas muitos galhos provedores de boas forquilhas, que por sua vez davam ótimas cetras.
Os pelotes eram de barro postos a secar ao sol. Quando não eram produzidos esses balázios, serviam pedras mesmo, abundantes nas ruas de macadame. Só juntar.
E lá ia a gurizada atrás de passarinhos, balões, raias e vidraças, alvos sublimes desse valioso e indispensável armamento, manufaturado com habilidade e carinho.
Hoje pode ser adquirido em ferro ou arame, em qualquer loja de quinquilharia. Elástico, peia sofisticada e o escambau. O que, positivamente, não daria "status"algum! "
(Texto do escritor Valério Hoerner Júnior publicado em Histórias de Curitiba / Foto: pinterest)
Paulo Grani

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QUE SAUDADES DA VELHA QUINZE DE CURITIBA Estava apreciando essa foto, de 1951, da frente da antiga Casa Roskamp e, observando esse florido cenário de moças curitibanas em seu desabrochar da juventude, lembrei-me de como se conheceram os meus tios Armando Greinert e Dircea Cruzara Greinert .

 QUE SAUDADES DA VELHA QUINZE DE CURITIBA
Estava apreciando essa foto, de 1951, da frente da antiga Casa Roskamp e, observando esse florido cenário de moças curitibanas em seu desabrochar da juventude, lembrei-me de como se conheceram os meus tios Armando Greinert e Dircea Cruzara Greinert .

QUE SAUDADES DA VELHA QUINZE DE CURITIBA
Estava apreciando essa foto, de 1951, da frente da antiga Casa Roskamp e, observando esse florido cenário de moças curitibanas em seu desabrochar da juventude, lembrei-me de como se conheceram os meus tios Armando Greinert e Dircea Cruzara Greinert .
Ele servia na Base Aérea do Bacacheri e após o turno, no final da tarde, ia desfilar pelas calçadas da velha XV. Ao passar observando as vitrines, eis que lá estava ela a arrumar a vitrine de uma loja. Num cruzar de olhares, O cupido não deu chance. Um filho de alemães e uma filha de italianos, nascidos em Curitiba, pouco tempo depois, casavam-se.
(Texto de Cid Destefani) " ... O local para os encontros era a rua principal onde todo mundo passava e passeava. As lembranças fluem e começa o desfile dos co­­nhecidos daquele passado já distante. Personagens de então, fantasmas de hoje. Por onde andarão as moças catitas vestidas de chita? E a rapaziada folgazã que parava em pontos certos, ou certos pontos, da velha Rua Quinze de No­­vembro? Esvaneceram nestes últimos 40 anos.
A rua foi fechada para os pedestres usarem-na. Sentimos, entretanto, que foi também fechada para o curitibano que ali curtia, ven­­do a vida passar, passando a vida. Quem viveu viu e recorda, com nostalgia, o encanto de quanto era bom ser curitibano nos tempos da velha Quinze.
Foi magia que transformou a nossa rua principal? Para mim, velho curitibano, foi mais é bruxaria. Onde estão os cinemas, as lojas com suas vitrines iluminadas, os bares e restaurantes, as casas de pe­­tiscos, os salões de bilhar, as lo­­jas tradicionais, a Sloper, as lojas de artigos masculinos de camisas finas, chapéus e sapatos de couro? Sa­­patos de couro? Artigo de luxo – hoje a moda são os tênis, importados de preferência. Mulheres vestindo saias, pra quê? Jeans é a moda.
Casa Cristal, Joalheria Kopp, Casa Esmalte, Café Alvorada, Bar Paraná, Hermes Macedo, Casa Otto­­ni, Café Belas Artes, Casa das Meias, Cine Ritz, Cine Broadway, Ca­­sa Ideal, Café Acadêmico, Hotel Oeste, Livraria Brasil, Foto Brasil, Maison Blanche, Chapelaria Kos­­mos, Casa Leutner, Casa Metal, Lou­­vre, Casa Esmalte, Casa Lon­­dres, Roskamp, Confeitaria Come­­ta, Bar e Con­­fei­­taria Pérola, Gran­­de Hotel Mo­­derno, Casa da Man­­teiga. Esta é uma lista que nos vem à lembrança do que existia na Rua XV ainda na década de 1960, claramente incompleta. Muitas fecharam, se mudaram ou faliram.
Vamos recordar um pouco do que era e como era usada a Rua Quinze de Novembro dos velhos tempos, quando ainda não tentaram sacar fora o seu nome tradicional para rebatizá-la como Rua das Flores, que, convenhamos, além de afrescalhado o nome, foi uma tentativa de apagar o passado, chutando que Curitiba teria ali o seu marco zero. História é um abotoado de acontecimentos que ninguém apaga.".
(Compilado da Gazeta do Povo / Foto: Cid Destefani).
Paulo Grani.

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ORIGENS ITALIANAS DO BAIRRO ÁGUA VERDE A região do bairro Água Verde, começou a se intensificar em meados do 1879, quando vieram os imigrantes italianos ocupando as antigas chácaras que foram loteadas, a partir da antiga Colônia Dantas.

ORIGENS ITALIANAS DO BAIRRO ÁGUA VERDE
A região do bairro Água Verde, começou a se intensificar em meados do 1879, quando vieram os imigrantes italianos ocupando as antigas chácaras que foram loteadas, a partir da antiga Colônia Dantas.

ORIGENS ITALIANAS DO BAIRRO ÁGUA VERDE
A região do bairro Água Verde, começou a se intensificar em meados do 1879, quando vieram os imigrantes italianos ocupando as antigas chácaras que foram loteadas, a partir da antiga Colônia Dantas.
Seu nome deve-se ao rio "Água Verde" que cortava suas fazendas e chácaras, o qual tinha algas que formavam massas verdes e davam uma coloração esverdeada à água doce, hoje ele está totalmente canalizado e deságua no Rio Belém.
Esses imigrantes, que compunham grande parte da população do Água Verde, naquele início, reuniam-se quase todo fim de semana no bosque da residência da família Moletta, onde é hoje o início da Avenida República Argentina, esquina com a Iguaçu, para festejos com direito a churrasco e danças.
Desta união, surgiu a iniciativa de fundar a sociedade, que iria auxiliar esses operários e suas famílias com atividades culturais e de recreação. Assim, no dia 1º de janeiro de 1905, foi fundada a Sociedade Internacional Água Verde, mais tarde mudada para Sociedade Operária Beneficente Água Verde, cujo clube, popular pelos bailes tradicionais de quinta a domingo, guarda a história do bairro e das comunidades de imigrantes italianos. Na ocasião havia, também, famílias de alemães, poloneses, portugueses e espanhóis.
A região era então uma área agrícola e tinha o nome de Colônia Dantas. De sua configuração antiga, restou apenas o cemitério (em parte) e a Capelinha da Água Verde.
Dentre os sobrenomes, na sua grande maioria de origem Vêneta, que se instalaram na Colônia Dantas, estão muitos que vieram de um difícil período passado nas colônias formadas no litoral paranaense, localizadas em torno de Paranaguá e Morretes, como as Colônias Nova Itália e Alexandra – a mais antiga, chamada por eles, "o purgatório".
Assim, as famílias nominadas a seguir se estabeleceram no local por volta de 1879. Observe-se que algumas famílias ali permaneceram por pouco tempo, indo se fixar em outras colônias italianas então em formação em Curitiba ou em cidades vizinhas como Colombo (que se chamava de Colônia Alfredo Chaves), Umbará, Santa Felicidade, ou mesmo em Piraquara (Colônia Santa Maria do Novo Tirol).
Pela ordem alfabética, eis as famílias pioneiras: Alberti, Alessandrini, Andreoli, Andretta, Antonietti, Antonietto, Baggio, Baglioli, Baptista, Baronti, Barusso, Bassan, Bassani, Basso, Beghetto, Belinari, Belon, Benedetti, Benetello, Berno, Bertoli, Bertollini, Bettega, Bizotto, Bobbato, Bonilaure, Borsato, Bortoletto, Bot, Bozza, Bozzi, Bruneto, Brunetti, Buso, Buzzato, Cantorida, Cardon, Carnieri, Carraro, Casagrande, Castellano, Cavichiolo, Ceccato, Ceccon, Celli, Ceschin, Cemin, Colleone, Conte, Contogna, Cortadelli, Cortiano, Costa, Costacurta, Cunico, Dalazuana, Dalcol, De
Carli, De Costa, De Cristiani, De Lazzari, De Mio, De Pauli, De Poli, Deconto, Demetrio, Denico, Derosso, Destefani, Dorigo, Fabris, Foltran, Fontana, Francechini, Fressatto, Fruet, Gabardo, Gagno, Giacomazzi, Gianini, Giovannoni, Girardi, Gottardi, Granatto, Grossi, Gusso, Guzzi, Honorio, Lanzoni, Lazarini, Lazzari, Lavorato, Lorenzi, Lazzarotto, Levorato, Lorenzi, Magrin, Maito, Maragno, Marchesini, Marchetti, Marchioro, Marcobon, Marcon, Marconi, Marello, Marodin, Marosin, Massolin, Massuci, Mattana, Meller, Melnai, Meneguzzo, Merlin, Micheletto, Moletta, Molinari, Moreschi, Motta, Nadalin, Nardino, Negrello, Orso, Pace, Pansolin, Parolin, Pasello, Pellissari, Percegona, Perfetti, Perolla, Piazetta, Piccoli, Pichette, Pierini, Pierobon, Pinton, Pizzato,
Poitevin, Pontello, Pontoni, Postai, Prin, Razzolin, Rigoni, Rissetti, Romanel, Rossetto, Salsi, Sandri, Sartori, Scaramuzza, Schiavon, Scotti, Scremin, Scrocaro, Segalla, Senegaglia, Serafin, Solieri, Stevan, Stocco, Stofella,
Tasca, Tedeschi, Tedesco, Thá, Tiepo, Thomaz, Todeschini, Tomazzi, Toniolo, Torquatto, Tortato, Tosin, Trevisan, Turin, Valente, Valentini, Vardanega, Veltorazzo, Vendrametto, Vendramin, Veronese, Vollatore, Zagonel, Zanardi,
Zanardini, Zandona, Zanetti, Zaniollo, Zonta.
Fonte: gazetadopovo.com.br,
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Antigo Quarteirão dos Paiva. Ao fundo a torre da Igreja fo Portão.

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Chegada de imigrantes do Veneto, em Morretes.

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Chegada de imigrantes italianos em Paranaguá, com destino à Colônia Alexandra, tb chamada Alessandra.

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Imigrantes italianos em Curitiba.

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Colonos da antiga Colônia Dantas. Foto de Eliane Andretta.

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Sede da Sociedade Operária Beneficente Água Verde, década de 1940.

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Restos da antiga Capela erguida pelos italianos.

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Canalização do rio Água Verde.

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Trecho do rio antes da canalização.

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Trecho da Av. Republica Argentina, década 1980.

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Antiga entrada do estádio do Atlético.

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Estádio do Atlettico e parte da quadra da atual Praca Afonso Botelho.

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Praça do Japão, 1962.

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Desfile cívico da banda da Polícia Militar percorrendo a antiga Estrada do Portão, hoje Avenida República Argentina, no dia da inauguração da Sociedade Internacional Água Verde, em 1905. Ao fundo, o espaço da atual Praça do Japão.

A Família Groetzner, nas proximidades de um Sítio adquirido, onde mais tarde, o seu grande empreendimento foi instalado, (Fábrica de Bolachas Lucinda), no Juveve, ao fundo uma Olária vizinha. Imagem provável - Anos 20

 A Família Groetzner, nas proximidades de um Sítio adquirido, onde mais tarde, o seu grande empreendimento foi instalado, (Fábrica de Bolachas Lucinda), no Juveve, ao fundo uma Olária vizinha.
Imagem provável - Anos 20


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Fotografia da Vila Ida II em fase final de construção, em 1927

 Fotografia da Vila Ida II em fase final de construção, em 1927

Fotografia da Vila Ida II em fase final de construção, em 1927
(A Vila Ida está localizada na Alameda Doutor Muricy, 1089, esquina com a Alameda Augusto Steffeld.)
(Foi projetada em 1926 pelo engenheiro Eduardo Fernando Chaves para Paulo Grötzner (1873-1933) e Ida Hauer Grötzner (1877-1963). A construção foi concluída em 1927)

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Acidente entre dois bondes elétricos em plena Praça Tiradentes, Curitiba, em 1939, atrai a população curiosa para entender o contexto. (Foto: Arquivo Gazeta do Povo) Paulo Grani

 Acidente entre dois bondes elétricos em plena Praça Tiradentes, Curitiba, em 1939, atrai a população curiosa para entender o contexto.


(Foto: Arquivo Gazeta do Povo)
Paulo Grani


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CINEMA PARISIENSE DE CURITIBA "Construído em 1916, o Palacete Tigre Royal é um exemplo clássico da arquitetura eclética em Curitiba.

 CINEMA PARISIENSE DE CURITIBA


"Construído em 1916, o Palacete Tigre Royal é um exemplo clássico da arquitetura eclética em Curitiba.


Nenhuma descrição de foto disponível.CINEMA PARISIENSE DE CURITIBA

"Construído em 1916, o Palacete Tigre Royal é um exemplo clássico da arquitetura eclética em Curitiba. O sobrado – com fachada artesanal e frontão com o nome bastante visível – foi construído a pedido da família Fatuch. A ideia da tradicional família de imigrantes libaneses era aproveitar o comércio com a existência do Mercado Público que havia na atual Praça Generoso Marques. A aquisição do terreno realizada por José Pacífico Fatuch e Irmãos aconteceu em 1914. Antes da construção, o imóvel abrigava uma pequena casa pertencente a Paulo Hauer e ao Armazém Affonso Penna.

Por mais de vinte anos o andar superior do Palacete Tigre Royal serviu de residência da família de Elias Pacífico Fatuch, enquanto a parte inferior conquistou a sua vocação para o comércio. Inúmeros estabelecimentos funcionaram no local como o Cinema Parisiense (1919), pertencente à empresa A. Zanicotti; Lojas Hermes Macedo (década de vinte e trinta); Cia. Brasil de Seguros Gerais; Cia. de Loteria do Sul do Brasil; Sociedade Técnica Bremensis; e a Empresa Hopcke. A partir da segunda metade do século XX o Palacete Tigre Royal ainda foi sede de diversos colégios, além da Calachi Comércio de Armarinhos e a tradicional Casa Sade.

Com a morte de Elias Pacífico Fatuch na década de 1950, a construção passou a ser propriedade da viúva e dos filhos da família. O Palacete Tigre Royal – localizado na Praça Generoso Marques– permanece até os dias atuais como destaque na região."
(Fonte: curitibaspace.com.br)

Paulo Grani

domingo, 12 de junho de 2022

IGREJA DO ROSÁRIO, DE CURITIBA Construída por escravos em 1737, ela era a igreja dos pretos de São Benedito. Com a abolição da escravatura, perdeu sua razão de ser, só sendo conservada por estar localizada junto ao caminho do Cemitério Municipal.

 IGREJA DO ROSÁRIO, DE CURITIBA
Construída por escravos em 1737, ela era a igreja dos pretos de São Benedito. Com a abolição da escravatura, perdeu sua razão de ser, só sendo conservada por estar localizada junto ao caminho do Cemitério Municipal.

IGREJA DO ROSÁRIO, DE CURITIBA
Construída por escravos em 1737, ela era a igreja dos pretos de São Benedito. Com a abolição da escravatura, perdeu sua razão de ser, só sendo conservada por estar localizada junto ao caminho do Cemitério Municipal.
Devido à proximidade do Cemitério, era escolhida para se fazer a encomenda dos mortos, que depois seguiam para sepultamento e, devido a isso, passou a ser chamada Igreja dos Mortos.
Durante a construção da atual Catedral de Curitiba, no período de 1875 a 1893, serviu de Matriz da cidade.
Seu estilo era originariamente colonial. Em 1931 foi demolida dado o seu péssimo estado de conservação.
Em 1946, a nova Igreja do Rosário foi inaugurada. Em estilo barroco tardio, tem a fachada em azulejos, originais da antiga capela. Enfeitam suas paredes os passos da Paixão em azulejaria recente, em estilo português.
Em sua entrada está o túmulo do Monsenhor Celso, pároco da cidade e cura da Catedral por 21 anos, falecido em 1931. Aos domingos às 8h é celebrada a Missa do Turista e Feirantes.
(Fonte: centrohistoricodecuritiba.com.br / Foto: curitiba.pr.gov.br)
Paulo Grani

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Cartão Postal de Curitiba, do final da primeira década de 1900, mostra a concentração de pessoas acompanhando o féretro de Vicente Machado, tendo seu cortejo próximo à entrada do Cemitério São Francisco de Paula, no bairro São Francisco.

 Cartão Postal de Curitiba, do final da primeira década de 1900, mostra a concentração de pessoas acompanhando o féretro de Vicente Machado, tendo seu cortejo próximo à entrada do Cemitério São Francisco de Paula, no bairro São Francisco.

FUNERAL DE VICENTE MACHADO
Cartão Postal de Curitiba, do final da primeira década de 1900, mostra a concentração de pessoas acompanhando o féretro de Vicente Machado, tendo seu cortejo próximo à entrada do Cemitério São Francisco de Paula, no bairro São Francisco.
Na invasão dos federalistas à Curitiba, ele e sua comitiva fugiram para a cidade de Castro deixando a cidade à mercê dos revolucionários, alegando que transferiu o sede do governo estadual para lá, até chegar os reforços militares. Situação até hoje controversa, pois a população ficou à mercê de atos desatinados dos invasores.
A Assembleia Legislativa do Paraná, mantém uma pequena biografia dele para sua memória:
"Vicente Machado era filho de José Machado da Silva Lima e Anna Guilhermina Pinheiro Lima. Nasceu em Castro (PR) no dia 9 de agosto de 1860. Tornou-se bacharel em Ciência Jurídicas e Sociais em São Paulo. Recém-formado, foi nomeado promotor público de Curitiba, em 1881.
Em 1882 foi nomeado secretário do governo da Província do Paraná. Exerceu os cargos de juiz Municipal e de Órfãos em Ponta Grossa; chefe de Política; presidente da Câmara e Diretor Geral do Ensino na Capital paranaense; presidente e membro de diversas comissões de alto valor político. Foi deputado federal e tomou parte na Constituinte paranaense.
Em 1893 foi eleito presidente do Paraná. Vicente Machado governou durante a revolta federalista, chefiada por Custódio José de Mello. Renunciou ao cargo após a revolta.
Em 1895 foi eleito senador federal. Mesmo envolvido na política, nunca se distraiu dos estudos. Quando governador do Paraná criou o primeiro banco comercial e o “Jardim da Infância”; arrendou a Estrada de Ferro do Paraná; mandou construir a rede de esgoto e abastecimento de água da Capital; remodelou e difundiu o ensino; melhorou a viação; regularizou o serviço colonial, entre outros.
Foi um forte propagandista da República, trabalhando sob ideais de Benjamin Constant e Silva Jardim. Foi reeleito deputado geral em 1887. É de sua autoria a lei 449 de 24/03/1902, que equiparava os impostos de exportação da erva-mate bruta aos da erva industrializada.
Morreu no dia 03/03/1907, em Curitiba, onde há uma rua com seu nome. "
(Biografia extraída de: assembleia.pr.gov.br / Foto: Acervo de Paulo José Costa)
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