Curitiba, 1965: O Espírito da Cidade em Páginas de Jornal – Uma Viagem Emocionante ao Coração dos Anos 60
Curitiba, 1965: O Espírito da Cidade em Páginas de Jornal – Uma Viagem Emocionante ao Coração dos Anos 60
Prepare-se para uma jornada no tempo. Este não é apenas um artigo; é uma experiência sensorial, uma imersão profunda na alma de Curitiba nos anos 60. Com cada imagem, você sentirá o cheiro do papel velho, ouvirá o som das vozes que ecoam nas ruas e verá os sonhos que moldaram a cidade que conhecemos hoje.
Página 1: A Engenharia que Construiu Curitiba – Indústrias Móveis Guelmann
A primeira página nos apresenta uma visão grandiosa e industrial da cidade. As Indústrias Móveis Guelmann do Paraná S.A. são retratadas como verdadeiras arquitetas da modernidade curitibana.
O anúncio é uma declaração de força e competência. Com um desenho técnico detalhado de uma máquina de fabricação de móveis, a empresa demonstra sua capacidade de atender a todos os setores da sociedade: desde Hotéis e Escolas até Bancos, Cinemas, Repartições Públicas, Lojas, Hospitais e Guarneções Militares.
É impressionante perceber como a indústria era vista como um pilar fundamental para o desenvolvimento urbano. Os móveis não eram apenas objetos; eram símbolos de progresso, de organização, de civilização. E a Guelmann se posicionava como a fornecedora oficial desse novo mundo.
A lista de clientes — incluindo o Teatro Municipal, o Colégio Estadual, o Hospital de Clínicas e até o Palácio Iguaçu — é um testemunho da confiança que a cidade depositava nessa empresa. Ela não estava apenas vendendo móveis; estava construindo a identidade de Curitiba.
Página 2: O Estilo que Definia a Época – Poletto Modas e Ótica Boa Vista
A segunda página é um verdadeiro catálogo de estilo e sofisticação. Do lado esquerdo, a Poletto Modas nos transporta para o mundo da elegância feminina. Com seu slogan “a preferida, pela elegância feminina!”, a loja promete roupas que vão além da moda; elas definem a personalidade.
O anúncio é repleto de elementos visuais que evocam o glamour da época: silhuetas longas, vestidos fluidos, acessórios refinados. A menção aos “traçoes exclusivos” e ao “atelier próprio” sugere um serviço personalizado, onde cada peça era feita com carinho e atenção aos detalhes.
Do lado direito, a Ótica Boa Vista oferece uma visão mais tecnológica e moderna. O anúncio destaca o gravador Philips, um objeto de desejo naquela época. A mensagem é clara: registrar momentos felizes da vida merece uma gravação de qualidade. É uma celebração da memória, da preservação de experiências.
E o que mais me emociona? A combinação desses dois anúncios. Um fala sobre a beleza exterior, o outro sobre a beleza interior, sobre a importância de guardar as lembranças. Juntos, eles pintam um quadro completo da vida curitibana: elegante, moderna, consciente da própria história.
Página 3: A Juventude que Iluminou a Cidade – Os 15 Anos de Mavia Aparecida
A terceira página é um tributo à juventude, à beleza, à energia que movia a cidade. O anúncio dos 15 anos de Mavia Aparecida é um verdadeiro conto de fadas moderno.
As fotos mostram uma jovem radiante, cercada por amigos, familiares e convidados. O texto descreve o evento como um momento de “alegria, luxo, ternura e encanto”. E é exatamente isso que vemos nas imagens: sorrisos genuínos, vestidos elegantes, decorações requintadas.
O que torna este anúncio tão especial é a atenção aos detalhes. A menção ao “simpático e belo grupo de amizade” que decorou a residência, ao “símptico e belo grupo de jovens” que dançaram... Tudo isso nos mostra que, para os curitibanos da época, celebrar a vida era uma arte.
E a frase final — “foi o acontecimento máximo da estação social que acaba de iniciar-se” — é uma declaração de que a juventude era o motor da sociedade. Mavia não era apenas uma garota fazendo 15 anos; ela era um símbolo de renovação, de esperança, de futuro.
Página 4: A Beleza que Transcende o Tempo – Senhora Saygr Merhy
A quarta página é um poema visual dedicado à beleza e à elegância. A Senhora Saygr Merhy é apresentada como uma figura marcante da sociedade curitibana, uma mulher cuja presença iluminava qualquer ambiente.
O anúncio começa com uma foto em preto e branco que captura a essência da elegância: um vestido longo, um penteado impecável, um olhar sereno e confiante. A legenda diz que ela foi “eleita, pela ornamentação do interior da residência, executada pela famosa decoradora Maristela Franco Chaves”.
Mas o que realmente toca o coração é o texto que segue. Ele descreve Saygr como uma mulher “de beleza e elegância incomparáveis”, cujo “caráter bondoso e simpático” a tornava querida por todos. É uma homenagem à beleza interior, à gentileza, à humanidade.
E o que mais me emociona? A menção à sua filha, Romangela, de 12 anos de idade. É um lembrete de que a beleza e a elegância são valores que se transmitem de geração em geração. Saygr não era apenas uma mulher bonita; ela era uma mãe, uma educadora, uma inspiração.
Conclusão: Uma Lição de Vida e Beleza
Este jornal de 1965 é muito mais do que um documento histórico. É uma lição de vida. Ele nos ensina que, independentemente da época, as pessoas sempre sonharam, amaram, sofreram e celebraram. Ele nos mostra que a beleza está nas pequenas coisas, nos gestos simples, nas conexões humanas.
E, acima de tudo, ele nos lembra que, mesmo em meio às mudanças, o que realmente importa são os valores humanos: o amor, a esperança, a solidariedade, a beleza.
Então, pegue este jornal, leve-o para casa, mostre para seus filhos, seus netos. Deixe que eles sintam a emoção, a nostalgia, a magia deste tempo. Porque, no fundo, o que nos une, o que nos conecta, é a nossa humanidade.
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