terça-feira, 14 de junho de 2022

***Imagem da década de 1940, de imóvel ainda existente, na Avenida do Batel. *** ***Fonte - Memória Urbana. ***

 ***Imagem da década de 1940, de imóvel ainda existente, na Avenida do Batel. ***
***Fonte - Memória Urbana. ***


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***Edificio Eulália Chaves em construção, nos anos 40 *** ***Praça Tiradentes, nro 335 *** Fonte - Memória Urbana..

 ***Edificio Eulália Chaves em construção, nos anos 40 ***
***Praça Tiradentes, nro 335 ***
Fonte - Memória Urbana..


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Praça Tiradentes, e o Edifício Eulália Chaves, recém construído Anos 40 ***Fonte - Memória Urbana ***

 Praça Tiradentes, e o Edifício Eulália Chaves, recém construído
Anos 40
***Fonte - Memória Urbana ***


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TAXISTAS NA ANTIGA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE CURITIBA Nesta foto da década de 1950, vemos o grande contingente de taxistas que ocupavam o ponto que existia próximo da Estação Ferroviária de Curitiba, na esquina da Rua Barão do Rio Branco, adjunto à Praça Euphrásio Correia.

 TAXISTAS NA ANTIGA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE CURITIBA
Nesta foto da década de 1950, vemos o grande contingente de taxistas que ocupavam o ponto que existia próximo da Estação Ferroviária de Curitiba, na esquina da Rua Barão do Rio Branco, adjunto à Praça Euphrásio Correia.


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TAXISTAS NA ANTIGA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE CURITIBA
Nesta foto da década de 1950, vemos o grande contingente de taxistas que ocupavam o ponto que existia próximo da Estação Ferroviária de Curitiba, na esquina da Rua Barão do Rio Branco, adjunto à Praça Euphrásio Correia.
Uniformizados à rigor, usando terno, luvas, quepe e sapato de couro rigorosamente lustrados, os taxistas, então chamados "Chauffeure" (plural), eram profissionais muito educados. A maioria saia da boléia para abrir a porta do outro lado do carro, para recepcionar o passageiro.
Era um tempo em que a estação era quase o único portao de entrada e saída da cidade, de modo que o transporte de passageiros em táxi, além de ser um meio de conexão rápida e segura com o destino, era também um facilitador na acomodação das malas e outros pertences dos usuários do trem.
Neste contexto, vamos rever a história da nossa saudosa estação:
"A estação de Curitiba foi inaugurada em 1885 para servir à linha Curitiba-Paranaguá. Em 1891, a linha foi continuada dali para atingir Ponta Grossa e, em 1894, para o resto do Paraná.
Mas a grande conquista para Curitiba foi em 1909, quando a cidade saiu de seu isolamento com a inauguração da ligação ferroviária com as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, através da junção do ramal de Itararé, da Sorocabana, e da linha Itararé- Uruguai, na então São Pedro do Itararé.
No ano seguinte, por Marcelino Ramos, seria possível também viajar de Curitiba a Porto Alegre de trem. As estradas de acesso a Curitiba eram péssimas. Por navio, via Paranaguá, era demorado demais. Há autores que afirmam que até meados dos anos 1920, o único acesso para Curitiba era por trem, pois as outras alternativas continuavam precaríssimas.
Somente nos anos 1960, com a abertura da rodovia Regis Bittencourt, através do vale do Ribeira, Curitiba passou a ter um acesso decente e mais rápido por automóvel e o trem passou a ser bem menos usado, pois vir de automóvel por Itararé e Ponta Grossa era extremamente longo e pela estrada do Ribeira, via Capão Bonito e Apiaí... bem, essa estrada tinha trechos de terra e de difícil uso em época de chuvas. Em 2006, foi finalmente asfaltada no trecho paranaense.
A estação de Curitiba permaneceu ativa até 13/11/1972, quando dela saiu o último trem para Paranaguá. Nesse dia, foi inaugurada a estação chamada Curitiba-nova, ou Rodoferroviária, como é mais conhecida. Alguns trens turísticos para a Lapa ainda saíram dessa estação por algumas oportunidades, até os anos 1980.
No início dos anos 1990, os trilhos foram definitivamente retirados e antiga ligação com a Rodoferroviária e a saída para Ponta Grossa, que ainda persistia, foi finalmente desfeita. Hoje, somente sobram os trilhos à frente da plataforma, abrigando algumas locomotivas e carros que fazem parte do museu que dentro da estação está instalado. O antigo pátio foi totalmente coberto com o Shopping Estação.
(Adaptado de: estacoesferroviarias.com.br / Foto: curitiba.pr.gov.br)
Paulo Grani

segunda-feira, 13 de junho de 2022

O jornal Correio de 12/12/1959, publicava: "Pago em Curitiba 1° Prêmio de "Seu Talão Vale Um Milhão" - O sr. Hamilton Constantini recebeu das mãos do governador do Estado, no Palácio Iguaçu, o cheque correspondente a 1 milhão e oitenta mil cruzeiro

 O jornal Correio de 12/12/1959, publicava: "Pago em Curitiba 1° Prêmio de "Seu Talão Vale Um Milhão" - O sr. Hamilton Constantini recebeu das mãos do governador do Estado, no Palácio Iguaçu, o cheque correspondente a 1 milhão e oitenta mil cruzeiro

SEU TALÃO VALE UM MILHÃO, SEM GUERRA POR FAVOR
Instituída pelo governo de Juscelino Kubitscheck, a campanha "Seu Talão Vale Um Milhão" virou uma febre nacional a partir do final dos anos 1950 e chegou a inspirar uma marchinha de Carnaval no ano seguinte.
O objetivo do governo de JK era incentivar o consumidor a pedir a nota fiscal sempre que fizesse uma compra. Cada três mil cruzeiros em notas poderiam ser trocados por um cupom que daria ao cidadão o direito de participar do sorteio de um milhão de cruzeiros.
O jornal Correio de 12/12/1959, publicava: "Pago em Curitiba 1° Prêmio de "Seu Talão Vale Um Milhão" - O sr. Hamilton Constantini recebeu das mãos do governador do Estado, no Palácio Iguaçu, o cheque correspondente a 1 milhão e oitenta mil cruzeiro, correspondente ao prêmio máximo de 1 milhão de cruzeiros, mais 80 aproximações que lhe couberam no sorteio do "Seu Talão Vale Um Milhão".
Inicialmente, a campanha foi organizada a nível nacional tendo um rigoroso controle dos sorteios que eram feitos ao vivo diretamente na Bolsa de Valores.
Depois foi descentralizada para os estados sob comando das secretarias de finanças de cada Estado.
Quando o governador do estado, Moysés Lupion (1908-1991), resolveu promover a campanha no Paraná, não imaginava até que ponto certo consumidor estava disposto a lutar pelos seus direitos em um estabelecimento conhecido como Bazar Centenário. Ali, após lhe terem negado a nota fiscal pela compra de um pente, o subtenente da Polícia Militar Antônio Haroldo Tavares, indignado, insultou com palavrões de baixo calão o comerciante Ahmad Najar que o havia atendido, dando início a uma séria discussão que culminou com a histórica "Guerra do Pente" de Curitiba.
A briga foi aumentando e Curitiba parou. Inclusive por conta de quem usava peruca. A ordem só foi restabelecida, dois dias (e noites) depois, com a intervenção do Exército já que a Polícia Civil e a PM não conseguiram debelar o tumulto.
Paulo Grani

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Jornal Folha da Tarde, de 12/12/1959.

A GUERRA DO PENTE EM CURITIBA Quem vê as quadras historicamente repletas de comércio de rua diante da Praça Tiradentes, não imagina que um dia essa região foi palco de um episódio da história de Curitiba que ficou conhecido como “A Guerra do Pente", ocorrida no dia 08/12/1959.

 A GUERRA DO PENTE EM CURITIBA
Quem vê as quadras historicamente repletas de comércio de rua diante da Praça Tiradentes, não imagina que um dia essa região foi palco de um episódio da história de Curitiba que ficou conhecido como “A Guerra do Pente", ocorrida no dia 08/12/1959.

A GUERRA DO PENTE EM CURITIBA
Quem vê as quadras historicamente repletas de comércio de rua diante da Praça Tiradentes, não imagina que um dia essa região foi palco de um episódio da história de Curitiba que ficou conhecido como “A Guerra do Pente", ocorrida no dia 08/12/1959.
"A chamada “Guerra do Pente” foi um acontecimento excepcional e que causa ainda interrogações. Por que logo em Curitiba, se deram esses acontecimentos? Cidade de perfil europeu, com grande concentração de grupos étnicos alemães e eslavos, que se miscigenaram e que continuam neste processo de forma pacífica com os descendentes das outras etnias que aqui arribaram: claro os portugueses, os italianos, espanhóis, suíços, os árabes e os nossos autóctones. Interações étnicas que promoveram a modelação de seus habitantes, conhecidos como gente pacata e ordeira, praticantes religiosos e de um refinamento cultural acima da média brasileira. Proclamados como cidadãos de costumes sóbrios e um tanto tímidos em suas manifestações sociais, os curitibanos naqueles anos, ostentavam com orgulho o título da sua cidade: “Cidade Sorriso”, que se associava à sua pretensa cordialidade ou a “Cidade Universitária”, apontando para o seu bom nível cultural.
O governador Moysés Lupion, interessado em aumentar a arrecadação de impostos implantou uma campanha intitulada “Seu talão vale um milhão”. Consistia em incentivar o consumidor a pedir a nota fiscal de suas compras no comércio e, depois, trocá-la por bilhetes nos quais o cidadão concorreria a um milhão de cruzeiros (soma considerável então) em sorteio alardeado com insistência nos canais de comunicação.
O povo estava motivado pela campanha, e ao final da tarde do dia 8 de dezembro de 1959, na praça Tiradentes, Antônio Haroldo Tavares, subtenente da Polícia Militar, compra um pente e pede uma nota fiscal. O comerciante, o sírio-libanês Ahmad Najar, se nega a emitir o documento em vista da exígua quantia, apesar de saber que a sua obrigação era emitir a nota, porém, diante da insistência, mandou sua funcionária atender o seu pedido. O freguês,i tomado de indignação passou a destratá-lo com palavras de baixo calão. Os ânimos se exaltaram e acabaram por entrar em violenta luta corporal, vindo o freguês a ter uma perna fraturada. A partir daí, o caos tomou conta da cidade. Era final de expediente e os pontos de ônibus, existentes na praça, estavam repletos de transeuntes que passavam e, fregueses de um bar ao lado, indignados com a cena e mobilizados pelos gritos do cidadão ferido, começaram a apedrejar o bazar. E mesmo com o rápido abaixar das portas pelo comerciante, a turba que imediatamente se formou arrancou-as e invadiu o local, fazendo com que a sua mulher e os filhos pequenos fugissem para o fundo da loja, subissem para o primeiro andar e pulassem através da varanda, para as casas vizinhas. Lá embaixo o rastilho de violência pegou fogo e o quebra-quebra começou. Depredando as casas vizinhas, a massa que se robustecia cada vez mais repartiu-se em duas ou três frentes e continuou a depredar todos os estabelecimentos comerciais, que eram em sua maioria de árabes. Estendeu-se a horda pelas praças e ruas adjacentes, depredavam então tudo o que encontravam pela frente: casas comerciais, não só de árabes, assim como prédios públicos. Com a vinda dos homens da segurança pública, a região transformou-se em batalha campal, tiros, violências, correrias, vaias e bagunça geral. Agentes da polícia civil, batalhões da polícia militar e do corpo de bombeiros se debateram com os mais afoitos, realizando prisões, dando bastonadas e esguichando jatos de água na turba que parecia incontrolável. Alguns elementos chegaram a cortar as mangueiras dos bombeiros e a entrar em luta com agentes da segurança. Todo o miolo da cidade foi percorrido pela procissão de indivíduos e pelas viaturas da ordem pública. Os ânimos vieram a se acalmar somente depois da uma hora da madrugada, quando uma garoa desceu na cidade.
No dia seguinte a cidade acordou em calma, mas logo a atmosfera do centro da cidade começou a esquentar. O pessoal vindo dos bairros pela manhã, começaram a se aglomerar novamente no local onde iniciaram os distúrbios do dia anterior. A praça Tiradentes foi tomada aos poucos por indivíduos que ficaram em atitude de espera. Em outros locais naquela manhã, a polícia em ronda pela cidade dissolvia pequenos grupos de provocadores que se formavam com grita e apupos, fugiam e logo se juntavam a outros elementos. Em torno das 9 horas, ouviu-se um grito de “quebra” na praça, e repentinamente a turba explodiu reiniciando as depredações. Cenas bárbaras aconteceram, como o libanês que em frente de sua loja atirou ao chão na tentativa de fazer recuar a horda. O efeito foi o contrário, e este acabou por ser arrastado pela turba por mais de uma quadra a socos e pontapés. Foi internado em estado grave no hospital. Todo o centro da cidade foi tomado pela confusão: pedras, correrias, apupos e busca-pés espocavam na cidade. Como a situação escapava ao controle dos policiais, o governador do estado foi avisado e este então pediu ao comandante do exército da região o apoio de suas tropas. Com tanques, metralhadoras e fuzis calados, os militares ocuparam o centro da cidade e os pontos estratégicos na sua periferia. Com a demonstração de força, os ânimos foram apaziguados e já pela tarde a ordem estava restabelecida, mas sob vigilância cerrada até o dia seguinte
O quebra-quebra em seu início foi transmitido por uma estação de rádio de grande audiência e que era ouvida pelas classes populares. O repórter recebeu apelos do delegado para interromper com a transmissão e impedir maior divulgação, pois os distúrbios alastravam-se temerariamente. Em pontos diferentes da cidade pipocavam grupos espontâneos que apedrejaram mercearias afastadas do miolo da cidade.
Tanto a polícia como comerciantes árabes e os insurretos fizeram uso diversas vezes de armas de fogo. Uma zeladora que limpava no segunda andar os vidros de um prédio, foi atingida no braço por disparo (pelas leituras de jornais, suponho de um comerciante árabe). Foram mobilizados todos os recursos de segurança : tropas de cavalaria da PME, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Civil e finalmente as tropas do Exército.
Houve várias confrontações, chegando a se reunir uma multidão em frente da chefatura de polícia, na procura de liberar os detidos. Estimou-se em mais de dois mil o número de participantes. Um total de 181 casas comerciais foram danificadas.
O Exército desconfiado que por trás de tudo estivesse a mão do Partido Comunista, e temendo alguma ação mais organizada, tomou a iniciativa de colocar destacamentos nas entradas da cidade para controlar e impedir entrada de caminhões ao centro da cidade. Entretanto a versão do delegado de polícia em seu relatório ao comandante da região militar, observa somente a participação de marginais e desocupados.
E o final dos acontecimentos terminou como o estampado nos jornais: “Tanques de guerra e baionetas silenciaram o motim popular.” (O Correio do Paraná, 10/12/59".
(Extraído de um texto de Jamil Zugueib Neto - No Icarabe.org).
Paulo Grani

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O comerciante Ahmad Najar sendo preso pela polícia "
Foto: Jornal Ultima Hora

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Quebra-quebra das lojas no centro de Curitiba.

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Frente da loja Bazar Centenário na praça Tiradentes, local do início do incidente.
Foto: pinterest

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Cobertura jornalística ao vivo, feita pelas rádios da época.
Foto: Arquivo Gazeta do Povo.

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Mobilização do Corpo de Bombeiros ao evento.
Foto: Arquivo Gazeta do Povo

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Manchete do jornal Diário do Paraná, mostra o pânico da população curitibana diante da evolução dos acontecimentos.

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jornal Diário do Paraná, mostra o pânico da população curitibana diante da evolução dos acontecimentos.

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A foto é de 1972 de fato, e no canto superior dela, vê-se o espaço onde hoje está instalado o Jardim Botânico de Curitiba. A tênue linha junto a área verde é o prolongamento da atual BR 277, hoje Av. Prefeito Lothário Meissner.

 A foto é de 1972 de fato, e no canto superior dela, vê-se o espaço onde hoje está instalado o Jardim Botânico de Curitiba. A tênue linha junto a área verde é o prolongamento da atual BR 277, hoje Av. Prefeito Lothário Meissner.

A foto é de 1972 de fato, e no canto superior dela, vê-se o espaço onde hoje está instalado o Jardim Botânico de Curitiba. A tênue linha junto a área verde é o prolongamento da atual BR 277, hoje Av. Prefeito Lothário Meissner.
Na parte inferior da foto, a grande área que hoje é o Campus Jardim Botânico da UFPR, A área abriga ainda outras instituições públicas que nos reportaremos no futuro. Essa linha mais larga no inferior da foto é a antiga BR 116, hoje Linha Verde.
A outra foto, também de 1972, mostra com maior abrangência toda a área já descrita e ainda as edificações do Centro Politécnico da UFPR no Jardim das Américas, iniciadas em 1961 e até hoje sendo ampliadas.
Assim, aproveito a ocasião para degustarmos um pouquinho da história mais antiga das origens dessas terras e da criação do Jardim Botânico, conforme a seguir:
HISTÓRIA DO BAIRRO JARDIM BOTÂNICO
O Jardim Botânico é o cartão-postal mais visitado de Curitiba. Sua concepção foi inspirada nos jardins do Palácio de Versalhes, França.
Sua inauguração em 1991, influenciou a mudança do nome do bairro ocorrida em plebiscito entre os moradores da área abrangida. Paradoxalmente, seu nome anterior era Capanema, cujo termo de origem tupi significa "mato ruim".
A área do então bairro Capanema, teve como origem uma antiga chácara que pertencia ao Conselheiro Guilherme Schüch, figura histórica na política brasileira, mais conhecido como "Barão de Capanema". Desde o século 19, grande parte das terras da região pertencia a esse Barão, de onde a região ficou conhecida como Capanema, depois Bairro Capanema e, a partir de 1992, bairro Jardim Botânico.
Respeitado cientista e amante da natureza, o Barão cultivava em sua chácara um belíssimo horto com pomares maravilhosos e plantas exóticas que levaram jornalistas, na época da visita do Imperador D. Pedro II a Curitiba (1880), a descrevê-lo como um ‘Jardim Botânico de primeira grandeza, digno de menção entre os melhores que possui o império’.
Com a implantação do projeto do Jardim Botânico, no centro do terreno a Prefeitura construiu, com o apoio da empresa O Boticário, uma estufa de 500 metros quadrados, inspirada nos palácios de cristal ingleses. Edificada em ferro e vidro, este espaço fechado abriga amostras da flora brasileira e funciona durante a noite, como uma grande luminária de desenho contemporâneo, lembrando as construções européias do início do século.
O que pouco se fala é que no local havia uma ocupação, cuja comunidade era chamada "Vila do Capanema", então com 700 famílias e cerca de três mil pessoas, a qual foi retirada por uma ação da Companhia de Habi­­­tação (Cohab), entre 1976 e 1977, reurbanizando a área onde agora está o Jardim Botânico.
(Fotos: acervodigital.ufpr.br / curta curitiba/ Wikipédia)
Paulo Grani

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Esta foto de 1972, mostra com maior abrangência toda a área já descrita na foto anterior e, ainda, as edificações do Centro Politécnico da UFPR, à margem esquerda da BR 277, no Jardim das Américas, iniciadas em 1961.
Foto: ufpr.pr.gov.br

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A estufa de 500 metros quadrados, inspirada nos palácios de cristal ingleses. Edificada em ferro e vidro, este espaço fechado abriga amostras da flora brasileira e funciona durante a noite, como uma grande luminária de desenho contemporâneo, lembrando as construções européias do início do século.
Foto: curitiba.pr.gov.br

JOSÉ ÁLVARO TIZZOT E A COMPANHIA T. JANÉR "Em Curitiba, José Álvaro Tizzot iniciou sua vida profissional na área industrial e comercial, atraindo e instalando no Paraná várias empresas de outros Estados.

 JOSÉ ÁLVARO TIZZOT E A COMPANHIA T. JANÉR
"Em Curitiba, José Álvaro Tizzot iniciou sua vida profissional na área industrial e comercial, atraindo e instalando no Paraná várias empresas de outros Estados.

JOSÉ ÁLVARO TIZZOT E A COMPANHIA T. JANÉR
"Em Curitiba, José Álvaro Tizzot iniciou sua vida profissional na área industrial e comercial, atraindo e instalando no Paraná várias empresas de outros Estados. À época, o Paraná – um Estado de vocação agrícola – não oferecia muitos estímulos à industrialização, visto que a fonte principal de riqueza era a agricultura. Porém, José Álvaro Tizzot, com sua visão de futuro, apostou em suas idéias e persistiu. Trouxe e representou empresas de diversas áreas, como química, maquinaria, implementos industriais, laboratórios, entre muitas outras. Uma de suas maiores conquistas foi criar em Curitiba uma filial da "Companhia T. Janér", sediada no Rio de Janeiro, a maior empresa do Brasil, à época, na área de comercialização e distribuição de papel, celulose e derivados.
O crescimento da Companhia foi grande, tornando-se um pólo da área em toda região sul do país, que se abastecia com papel e derivados aqui no Paraná. Tal crescimento gerou empregos e proporcionou ao Estado muitos benefícios tributários. Criou mão-de-obra especializada e um mercado promissor. Os jornais locais passaram a dispor dos recursos para elevação da qualidade de informações.
Frente à Companhia T. Janér, José Álvaro Tizzot atuou por mais de três décadas, recebendo, durante este período, profundo respeito e admiração por parte de todas as empresas e segmentos da área.
Seu falecimento, em 28 de abril de 1987, causou profundo pesar em toda a sociedade paranaense. Porém, como tão bem colocou o escritor e filósofo Vidigal: “Não há lei mais poderosa que o exemplo”. E, de modo a produzir lições de trabalho, coragem, dignidade, esperança e fé, assim como para evitar se perder no olvido o exemplo de uma bela vida, por iniciativa de seu filho, José Luiz, José Álvaro Tizzot foi eternizado pela homenagem da Cidade que lhe acolheu, dando seu nome para uma bela rua no bairro Sítio Cercado."
(Extraído de: tizzot.com.br / Fotos: issuu.com)
Paulo Grani

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Um carroceiro maneja uma bobina de papel da Cia. T. Janér para abastecimento de algum jornal da capital, nos anos 1940.

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José Álvaro Tizzot

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Depósito de papéis da Cia. T. Janer

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Linha de produção gráfica