sexta-feira, 8 de julho de 2022

UM TRIBUTO À WILLIAM MICHAUD, O PINTOR DE SUPERAGÜÍ

 UM TRIBUTO À WILLIAM MICHAUD, O PINTOR DE SUPERAGÜÍ

UM TRIBUTO À WILLIAM MICHAUD, O PINTOR DE SUPERAGÜÍ
"William era o mais velho dos 08 filhos, entre eles Nancy, Elisa, Emma e Jules, recebendo uma educação cuidadosa, quando logo cedo foi mandado à escola primária, perto da casa e em seguida ao colégio, onde com o diretor do August Colomb, aprendia francês e história e o desenhar clássico com o professor Gottlieb Steinie, quando se tornou um pintor de extrema categoria, demonstrando em pequenas pinturas em tempos de escola.
Filho de Jean Henri Michaud e Louise Baer, de Aarau, ele um rico negociante de vinho, teve como padrinhos de batismo Guillaume Frei e Elise Bernoully.
Em 19 de agosto de 1844, William com 15 anos perde sua mãe, já com 40, o que marcaria sua vida para sempre, pois a afeição do pai não se dirigia a ele, que era o mais velho e o herdeiro natural dos negócios paternos, mas ao irmão Jules, três anos mais jovem.
Charles Pradez, um comerciante do Rio de Janeiro, de férias, passa pela cidade a procura de especialista para criação de bicho-da-seda no Brasil, quando aconselha-o a vir ao Brasil, pois está cada vez mais distante do pai e outro grande estímulo veio de um amigo de infância, o jovem Henri Doge, de Vevey, que já tinha resolvido emigrar e trabalharia com Pradez.
No dia 06 de outubro de 1849, William parte para o Brasil, viajando com seu companheiro até Paris com o Correio e após alguns dias, com o trem até Le Havre.
A partida do navio havia atrasado, de forma que os dois jovens viajantes, somente em meados de novembro conseguiram embarcar no veleiro "Achilles", sob o comando do Capitão Lambert. A travessia, bastante tempestuosa, durou 72 dias.
Num álbum que tinha levado, William tentava fixar as variadas impressões e acontecimentos que lhe ocorreram desde o inicio da viagem, com anotações e ilustrações, porém infelizmente este diário de viagem fora mandado ao pai logo após sua chega­da, aparentemente não foi conservado.
Em 1º de fevereiro de 1849 desembarca no Ancoradouro Fort Vellegagnon no Rio de Janeiro, sendo recebido pelos irmãos Decosterd, só­cios da firma Gex & Decosterd Frères, que ofereceram uma cordial hospedagem em sua casa de campo, situada fora da cidade, na praia da baia de Guanabara, onde pode rever e saudar outros compatriotas, encaminhando a casa de um destes, Rosset, numa fazenda em Jacarepaguá, levando lembranças ao conterrâneo já idoso.
Com o amigo Henri Doge vão trabalhar numa fazenda em Palmisal, no Rio de Janeiro, de propriedade de Tavares, que tinha decidido iniciar uma criação de bicho‑da‑seda, onde já trabalhavam cerca de 50 escravos e italianos.
A experiência acabou em fracasso completo, pois os bichos‑da‑seda importados da Itália não satisfaziam as exigências das circunstâncias climáticas diferentes do Brasil e degeneravam, por isso, 15 meses mais tarde, Michaud estava novamente no Rio de Janeiro, onde Pradez tentava encontrar‑lhe uma ocupação, numa casa suíça de comércio.
Conheceu um engenheiro francês, geólogo e agrimensor, chamado Vallée, encarregado pelo governo de Minas Gerais e Goiás de proceder a agrimensuras, levantamentos cartográficos e pesquisas geológicas e que procurava um homem jovem que soubesse desenhar um pouco, contratando Michaud de 1851 a 1853, quando percorrem grande extensão do país ilustrando os levantamentos cartográficos para o governo de Goiás, com desenhos à pena, que provocaram tal admiração, sendo chamado, após a conclusão do serviço, a exercer a função de professor de Francês e Desenho em Goiás, pelo Presidente da Província, o que negou, voltando ao Rio de Janeiro.
Aos 23 anos, Michaud conheceu Charles Perret Gentil (de Neuenburg) - que acabara de fundar a Colônia de Superaguí – e a um ano mais tarde, em suas andanças, estava na mesma Península, onde em 1854 casou-se com uma nativa de nome Custódia Maria do Carmo (ou Custódia Amérigo - Américo).
Deste casamento nasceram em 1855 Marie Louise (batizando-a com o nome da sua mãe), 1862 Robert (casa com Elise Durieux e deste casamento nasceram três crianças: Alfred, Cecília e Eugenia), José, Leocádia, Elisa, Maria Joana, 1867 Antônia (casa-se em 28 de dezembro de 1899 com o filho do tessino Giordano Esquinini, de Sondrio, um dos primeiros cafeicultores de Superagui) e mais tarde Ana (casa-se em 28 de janeiro de 1897 com o brasileiro Antônio dos Passos).
Assim, Michaud virou um pequeno agricultor, rusticamente cortando um pedaço de mata, queimava e após algumas semanas roçava‑se e, em geral, em meados de agosto, plantava‑se no solo virgem que, no início, é de uma fertilidade quase inimaginável e tudo o que se queria, dava, primeiro o necessário a vida de cada dia: feijão, cozido principalmente com carne seca, depois arroz e especialmente milho, para o pão e também como alimento para as aves domésticas e o porco.
Além disso, a mandioca que é transformada em farinha e torrada com banha e acrescentada como fonte nutritiva, também café, tendo especial cuidado com cultura da uva, que lhe deu boas colheitas nos declives do morro Barbados, o que o fez junto com o vizinho alsaciano Sigwalt, se dedicar a vinicultura, chegando ater 1.000 videiras, produzindo o vinho denominado "petit Bordeaux", comparável ao suíço, como se diz no relatório oficial à Assembléia, de 31 de mar­ço de 1877: “o vinho que se produz na colônia (de Superagui) tem tido boa aceitação nesta capital".
Nunca deixou de desenhar e pintar, mais ainda quando em 13 de novembro de 1885, o Presidente da Província do Paraná – Alfredo D’Escragnolle Taunay – visitou Superaguí, juntamente com o Visconde de Nácar e se hospedaram na casa de Michaud, fundando uma associação de imigrantes, designando Sigwalt como presidente e Michaud como secretário, e daquela amizade, começou a ganhar regularmente pincéis, livros, jornais e telas, que pintava e enviava às irmãs enrolados com cartas, dentro de bambú e também presenteava amigos em Paranaguá e Curitiba.
A situação econômica da família melhorou, comercializando madeira, também tinham uma casa comercial e uma olaria. Em 1883 foi nomeado, pelo amigo Luís Ramos Figueira - responsável pelo ensino primário, como professor interino do Superaguí, mesmo que nunca recebera um programa de ensino, manuais ou qualquer outro meio, nunca as autoridades demonstraram interesse por sua conduta, mandava as matrículas de seus alunos e seus relatórios, tentava ensinar leitura, escrita e cálculo e recebia, por tudo isto, o salário de 2OO mil réis anuais, que logo depois, fora aumentado para 30O mil reis e como não havia prédio para a escola, ainda reunia os 43 alunos em sua casa.
Em junho de 1888, as aulas tiveram que ser suspensas "por falta de verba", mas recomeçaram em 03 de novembro de 1890.
Dois anos depois, no mês de julho, perde seu cargo, vitima da derrota sofrida pelo governo nas eleições, sendo convidado a retornar em 1895, mas não aceita, porém reconsidera e em 1898, com quase 70 anos, assume o cargo, por falta de substituto.
Na mesma época em que foi inaugurada a escola, Superagui foi elevada a distrito (incentivada pela visita de Taunay), sendo separada administrativamente de Guaraqueçaba, porém seu fundador Perret‑Gentil já tinha a abandonado deixando Louis Durieux, o mais velho colo­no, como administrador.
Michaud foi Juíz de Paz, onde tinha que fiscalizar os registros civis e, nas eleições comandar a presidência da mesa, atuando como comissário distrital no Censo de 1890. também trabalhou como Agente dos Correios, até a Revolução Federalista (1893/1894), quando recebeu acusações injustas.
Foi preso com seus dois filhos, Robert e Joseph e enviados a Paranaguá, onde por interferência de amigos que tinha na cidade, principalmente descendentes do Visconde de Nácar conseguiu a imediata liberação, enquanto seus filhos foram postos em liberdade no dia seguinte, quando desabafa a suas irmãs na Suíça: "Vocês não fazem sequer idéia do que nós sofremos: felizmente encontramos aqui, em Paranaguá, algumas boas pessoas".
Quando retornou a Superaguí, encontrou sua casa saqueada e destruída pelos soldados da polícia e sua família escondida nas matas, quando financeiramente foram socorridos pelos parentes da Suíça, que lhe enviaram quantias de dinheiro.
Foram penalizados os culpados, porém Michaud ficou extremamente abatido com o acontecido, a ponto de se arrepender de ter vindo ao Brasil, lamentando não poder retornar a Europa, entristecendo-se mais quando recebe a notícia, em 1864, do falecimento do pai.
Sua esposa falece em 10 de novembro de 1895, quando escreve à irmã dizendo que se pudesse voltaria a Suíça, não o faria por estar velho e com raízes na região: "Que bons anos perdidos vindo ao Brasil... Mas a juventude é tola e não aceita conselhos!".
Com o decorrer dos anos, os velhos amigos da Colônia faleciam um a um e Michaud sente-se solitário, ainda que em 1899, convidado pelos irmãos a visitar a pátria, o que foi recusado, apesar da grande vontade, ainda que sua irmã Elisa propôs vir visitá-lo, ele a desestimulou, mas aumentaram os convites depois do falecimento das irmãs Custódia, Emma e Nancy, quando lhe enviam dinheiro para a viagem mas, após reflexões profundas, Michaud devolve o dinheiro e pediu‑lhes, de uma vez por todas, que desistissem desses planos, dizendo que envergonhava‑se de viajar às custas de outros e de encontrar lá, gente que "não Ihe poderia perdoar que ele não tivera sucesso".
No ano de 1900, último censo que organizara, Superagui possuía 1.480 almas, número que expressa um certo progresso, entre elas um dos fundadores, Giovanni Batista Rovedo, todos os outros, suíços, italianos e alemães, estavam mortos.
Em 07 de setembro de 1902, pelo meio-dia, Michaud morreu, deixando seus últimos anos de amargura e tristeza vivido no lugar que tanto amou, Superaguí, onde alí mesmo foi enterrado no velho Cemitério de San Martim.
Para comunicar o fato para as tias na Suíça, os filhos de Michaud, pediram ajuda ao Pe. Hyppolite Lassaiaz, que trabalhava na Santa Casa em Paranaguá, para escrever no idioma francês.
Na sua cidade natal, na Suíça, a sua casa virou um museu, onde há exposição permanente de suas cartas e aquarelas. “ (28/12/1884).
O barão de Taunay escreveu ao então vice‑presidente do Paraná, Dr. Joaquim Almeida Faria Sobrinho, após sua visita a Superagui: "Eu encontrei, naquele lugar mal conhecido mas não menos interessante de nossa Província, um professor verdadeiro, cercado de muitos alunos, que é, ao mesmo tempo, um artista notável com o qual, desde então, cultivo as mais agradáveis relações".
**
Fonte das fotos: William Michaud von Vevey (1829 - 1902). Schicksal eines Schweizer Auswanderers in Brasilien. von P. Dr. Emílio.
(Texto e fotos extraídos de: aguasdepontal.com).
Paulo Grani

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"Também deves pensar, em um país onde não faz frio, nem inverno, o verde é constante, as ervas daninhas crescem com um vigor desconhecido na Europa, sendo o principal trabalho do agricultor arrancá-las e secá-las e deixá-las sobre o terreno, formando uma cobertura vegetal, pois, se não são extirpadas, asfixiam as plantas que nada produzem; Apesar de todos estes incovenientes e de outros, este é um paraíso para as pessoas pobres, honradas e trabalhadoras, que vivem em abundância e não temem os longos invernos da Europa, tão frios e terríveis para os pobres."

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"Atualmente os matos estão coberto de flores vermelhas e violetas, brancas e amarelas. E ao penetrarmos nos bosques encontramos muitas árvores cobertas de frutos, e que portanto, havia florescido antes, se pode crer que estamos no paraíso, os cafeeiros florescem no mês de maio e não acabamos de recolher a colheita do ano passado até o mês de outubro, de modo que ao, colher os frutos maduros, os cafeeiros já estão cheios de frutos e brotos.".

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"Sabes que estamos no verão, muitas vezes faz um calor sufocante que ocasiona tempestades terríveis, na Terça-feira passada tivemos um vendaval terrível , tão forte que a maioria das casas sofreu as consequências, as telhas voaram, as árvores foram arrancadas pelas raízes, todas as bananeiras quebradas e os campos de milhos destruídos, inclusive os vinhedos, atualmente carregados, foram por terra, em alguns lugares as estacas foram quebradas pela violência do furacão, apesar destes ventos, os cafeeiros nada sofreram e estão cheios de frutos."

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"As vinhas estão carregadas de frutos e começaram a amadurecer, a vindima será em janeiro, temos cana de-açúcar o ano todo, também bananas, de abril a setembro são as laranjas e outras frutas.".

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Guillaume Henri Michaud ou William como era chamado, nasceu em 21 de junho de 1829 na Rue d'italie, no "Chateau" em Vevey (Suíça)

Magnífica aquarela retratando a ocupação de Paranaguá pelos federalistas, ocorrida em 14/01/1894.

 

 Magnífica aquarela retratando a ocupação de Paranaguá pelos federalistas, ocorrida em 14/01/1894.

Magnífica aquarela retratando a ocupação de Paranaguá pelos federalistas, ocorrida em 14/01/1894. No trecho da Rua XV de Novembro, adjacente à Praça Xavantes, soldados federalistas escoltam uma carroça com corpos de parnanguaras fuzilados, enquanto uma composição férrea com uma máquina a vapor, puxando um bondinho e um vagão de carga passam ao lado, tentando manter a normalidade da pacata cidade.
Paulo Grani.

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quinta-feira, 7 de julho de 2022

Praça da República( Rui Barbosa ), na primeira década de 1900 Com vista para o Hospital de Misericórdia e a Igreja Bom Jesus

 Praça da República( Rui Barbosa ), na primeira década de 1900
Com vista para o Hospital de Misericórdia e a Igreja Bom Jesus


Pode ser uma imagem de monumento, ao ar livre e texto que diz "Hospital de Misericordia e Igreja Bom Jesus. Praça da Republica Curityba Paraná."

Região do Prado Velho, em 1957

 Região do Prado Velho, em 1957


Pode ser uma imagem de ao ar livre

MEDALHA PARANAENSE COMEMORATIVA DA REVOLUÇÃO DE 1930

 MEDALHA PARANAENSE COMEMORATIVA DA REVOLUÇÃO DE 1930

MEDALHA PARANAENSE COMEMORATIVA DA REVOLUÇÃO DE 1930
Em seu anverso lê-se: "O 5 de outubro diz ao Paraná que o sangue é espírito" e, no seu reverso, "O Paraná é o front da liberdade onde o exército e povo confraternizaram na luz o mesmo sonho - 1930".
A revolução de 1930, no Paraná:
No dia 14 de julho de 1930, Plínio Tourinho recebeu, através do capitão Djalma Dutra, as primeiras credenciais verbais de Getúlio Vargas, para organizar, no Paraná, um movimento de apoio ao que ia se deflagrar no Rio Grande do Sul, Minas e Paraíba. Embora decepcionado com os fracassos sucessivos das revoluções pregressas, Plínio Tourinho empenhou-se nessa missão e conseguiu atrair o apoio de alguns oficiais da guarnição que mantinham posições estratégicas na Região Militar do Paraná e em todas as guarnições estacionadas em Curitiba que se achavam sob o comando de oficiais absolutamente legalistas. As confabulações revolucionárias se faziam em pleno Quartel-General, na sala do Serviço de Engenharia, sob o comando e orientação do major Plínio Tourinho.
O movimento revolucionário foi consumado na noite do dia 3 de outubro, contra o Presidente Washington Luís. A revolução de 1930 no Paraná, por se tratar de um território tampão entre os estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, foi de fundamental importância para abrir as portas da 2ª República ou República de Getúlio Vargas.
No dia 5/10/1930 a revolução rebentou em Curitiba, sob a chefia do Major do Corpo de Engenharia Plínio Tourinho com adesão do 15º BC do 9º RAM e do 6º Grupo de Artilharia Montada. A Força Pública Militar, o Corpo de Bombeiros e a Guarda Cívica não ofereceram resistência. O governante do Paraná, Afonso Camargo, retirou-se para São Paulo, acompanhado de seus auxiliares.
Os revolucionários vindos do Sul, chegaram em Ponta Grossa dia 25 de outubro, onde instalaram o comando da Revolução e seu Estado Maior, aguardando a grande batalha do Itararé, onde se entrincheiraram as forças governistas. Não houve a referida batalha porque o presidente Washinton Luiz foi deposto no Rio de Janeiro e com isso a primeira sede do governo de Getúlio Vargas foi em Ponta Grossa.
Portanto a participação do Paraná foi decisiva na vitória de revolução, reconhecida pelos seus maiores líderes. O ministro Osvaldo Aranha, em telegrama ao Comando Militar do Paraná, saudou-o como "fator máximo da vitória". O General Miguel Costa, um dos chefes tenentistas da revolução em mensagem congratula-se com os paranaenses pelo muito que haviam feito em favor da causa revolucionária.
O primeiro interventor do Paraná foi um paranaense, o general Mário Tourinho. Na mensagem de Getúlio Vargas indicando o interventor, afirmou: "O Paraná libertou-se por suas próprias mãos e daí, sem dúvida a constituição de um governo chefiado por um de seus filhos mais ilustres".
(Foto: mercado livre).
Paulo Grani

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Anverso da medalha comemorativa: "O 5 de outubro diz ao Paraná que o sangue é espírito".

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Reverso da medalha comemorativa: "O Paraná é o front da liberdade onde o exército e povo confraternizaram na luz o mesmo sonho - 1930".

ANTIGO BRASÃO DO PARANÁ CRIADO POR ALFREDO ANDERSEN Alfredo Emílio Andersen iniciou sua formação artística em Oslo, onde estuda com Wilhelm Krogh, conhecido cenógrafo, pintor e decorador, entre 1874 e 1878.

 ANTIGO BRASÃO DO PARANÁ CRIADO POR ALFREDO ANDERSEN
Alfredo Emílio Andersen iniciou sua formação artística em Oslo, onde estuda com Wilhelm Krogh, conhecido cenógrafo, pintor e decorador, entre 1874 e 1878.

ANTIGO BRASÃO DO PARANÁ CRIADO POR ALFREDO ANDERSEN
Alfredo Emílio Andersen iniciou sua formação artística em Oslo, onde estuda com Wilhelm Krogh, conhecido cenógrafo, pintor e decorador, entre 1874 e 1878. No começo da década de 1880, freqüenta a Academia Real de Belas Artes de Copenhague, onde recebe orientação do retratista Carl A. Andersen. Leciona desenho, entre 1881 e 1883, na Escola para Rapazes em Vesterbron Asyl. Em 1891, o artista empreende viagem pela América do Sul, e passa pela costa brasileira. Retorna à Noruega, e, em 1893, realiza uma segunda viagem ao Brasil.
Reside por cerca de dez anos em Paranaguá, Paraná. Transfere-se em 1902 para Curitiba, onde cria uma escola particular de desenho e pintura. Leciona também desenho na Escola Alemã e no Colégio Paranaense. Em 1909, assume a direção das aulas noturnas da Escola de Belas Artes e Industriais, em Curitiba.
Em 1910, como reconhecimento do seu prestígio, Andersen executa projeto para o brasão do Estado do Paraná, adotado pela lei nº 904, de 21/03/1910. De lá para cá o brasão foi modificado várias vezes , mas a figura do ceifador, Idealizada por ele, permanece até a última alteração em 1990.
Descritivo do brasão Idealizado por Andersen, objeto da pintura anexa:
- O lavrador, ceifando a messe farta, colocado no primeiro plano do campo do escudo, assinala com precisão o carácter do nosso meio étnico e econômico, e representa as inclinações naturais do nosso tempo e da nossa raça, retemperada pela colonização;
- A orla de pinheiros, esfumada no segundo plano do escudo, dá a ideia da extensão da nossa natureza vegetal;
- A cordilheira marítima, limitando o horizonte, diz sobre a natureza do solo, variado por divisões de altitudes que lhe são características;
- O sol nascente é o simbolo illuminado de uma grandeza que surge, de um futuro que se ergue promissor e fecundo;
- O falcão paranaense, pairando proctoralmente sobre o escudo, ao passo que representa o mais galhardo exemplar da nossa avifauna, condiz com o pensamento adoptado universalmente para a representação simbolica que põe nas azas condoreiras as humanas inclinações para a liberdade;
- As grinaldas de pinho e matte, emfim, que contornam a parte inferior do escudo, definem as preocupações industriaes da actualidade, que fazem a riqueza econômica do Estado.
Este brasão permaneceu inalterado até 1933 quando a Constituição Federal de 1934 aboliu o símbolos estaduais, sendo o Brasão do Estado substituído pelo Brasão Nacional.
Em 1946, a Constituição Federal restabeleceu a autonomia dos Estados, sendo reinstituído em 1947 o brasão estadual anterior com pequenas modificações e que permaneceu até 1990, quando foi alterado por lei estadual.
Em 2002, após uma decisão de inconstitucionalidade pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, foi restabelecido o brasão de 1947.
(Foto: Arquivo Público do Paraná)
Paulo Grani

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Alfredo Emílio Andersen iniciou sua formação artística em Oslo, onde estuda com Wilhelm Krogh, conhecido cenógrafo, pintor e decorador, entre 1874 e 1878. No começo da década de 1880, freqüenta a Academia Real de Belas Artes de Copenhague, onde recebe orientação do retratista Carl A. Andersen. Leciona desenho, entre 1881 e 1883, na Escola para Rapazes em Vesterbron Asyl. Em 1891, o artista empreende viagem pela América do Sul, e passa pela costa brasileira. Retorna à Noruega, e, em 1893, realiza uma segunda viagem ao Brasil.
Reside por cerca de dez anos em Paranaguá, Paraná. Transfere-se em 1902 para Curitiba, onde cria uma escola particular de desenho e pintura. Leciona também desenho na Escola Alemã e no Colégio Paranaense. Em 1909, assume a direção das aulas noturnas da Escola de Belas Artes e Industriais, em Curitiba.
Em 1910, como reconhecimento do seu prestígio, Andersen executa projeto para o brasão do Estado do Paraná, adotado pela lei nº 904, de 21/03/1910. De lá para cá o brasão foi modificado várias vezes , mas a figura do ceifador, Idealizada por ele, permanece até a última alteração em 1990.
Descritivo do brasão Idealizado por Andersen, objeto da pintura anexa:
- O lavrador, ceifando a messe farta, colocado no primeiro plano do campo do escudo, assinala com precisão o carácter do nosso meio étnico e econômico, e representa as inclinações naturais do nosso tempo e da nossa raça, retemperada pela colonização;
- A orla de pinheiros, esfumada no segundo plano do escudo, dá a ideia da extensão da nossa natureza vegetal;
- A cordilheira marítima, limitando o horizonte, diz sobre a natureza do solo, variado por divisões de altitudes que lhe são características;
- O sol nascente é o simbolo illuminado de uma grandeza que surge, de um futuro que se ergue promissor e fecundo;
- O falcão paranaense, pairando proctoralmente sobre o escudo, ao passo que representa o mais galhardo exemplar da nossa avifauna, condiz com o pensamento adoptado universalmente para a representação simbolica que põe nas azas condoreiras as humanas inclinações para a liberdade;
- As grinaldas de pinho e matte, emfim, que contornam a parte inferior do escudo, definem as preocupações industriaes da actualidade, que fazem a riqueza econômica do Estado.
Este brasão permaneceu inalterado até 1933 quando a Constituição Federal de 1934 aboliu o símbolos estaduais, sendo o Brasão do Estado substituído pelo Brasão Nacional.
Em 1946, a Constituição Federal restabeleceu a autonomia dos Estados, sendo reinstituído em 1947 o brasão estadual anterior com pequenas modificações e que permaneceu até 1990, quando foi alterado por lei estadual.
Em 2002, após uma decisão de inconstitucionalidade pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, foi restabelecido o brasão de 1947.
(Foto: Arquivo Público do Paraná)
Paulo Grani

Histórica foto de 1947, tirada na frente da Igreja Menonita do Boqueirão, em Curitiba, na rua Waldemar Loureiro Campos, enquanto os membros se preparavam para início do culto dominical.

 Histórica foto de 1947, tirada na frente da Igreja Menonita do Boqueirão, em Curitiba, na rua Waldemar Loureiro Campos, enquanto os membros se preparavam para início do culto dominical.

Histórica foto de 1947, tirada na frente da Igreja Menonita do Boqueirão, em Curitiba, na rua Waldemar Loureiro Campos, enquanto os membros se preparavam para início do culto dominical.
A curiosidade e alegria da gurizada em volta do pé de bode, foi a cereja do bolo.
(Foto: Acervo Paulo José Costa)
Paulo Grani

Pode ser uma imagem de 7 pessoas, pessoas em pé, carro e ao ar livre