quinta-feira, 18 de agosto de 2022

A PRAÇA GENEROSO MARQUES ANTIGAMENTE

 A PRAÇA GENEROSO MARQUES ANTIGAMENTE

A PRAÇA GENEROSO MARQUES ANTIGAMENTE
Os apressados pedestres que atravessam hoje a Praça Generoso Marques, não podem imaginar que outrora o local em que está hoje o Paço da Liberdade, abrigou o agitado Mercado Municipal da cidade até o início do século passado.
Instalado ali em 11/10/1874, o Mercado Municipal – também chamado de Mercado Novo – deu vida à praça, que até então era uma região pouco habitada e sombria conhecida como Largo da Cadeia, pois estava situada nos fundos do prédio da Cadeia Pública.
A inauguração do prédio ocasionou a mudança do nome de Largo da Cadeia para "Praça do Mercado" e transformou o local semi-abandonado num espaço barulhento e agitado pelo burburinho de carroças e de vendedores que traziam sua produção para ser comercializada no Mercado e no seu entorno. Os trilhos ao centro da viela que o ladeia, traziam os bondinhos puxados por mulas, única forma de transporte público à época, que trazia os curitibanos até o Mercado.
O mercadão assim funcionou por quarenta anos, até que foi demolido em 1914. Em seu lugar foi construído o prédio do Paço Municipal, inaugurado em 1917, que abrigou a primeira sede própria da Prefeitura de Curitiba. Completamente reurbanizada, a paisagem passou por uma mudança significativa. A presença do imponente edifício, cujos ocupantes eram mais elegantes e menos barulhentos, transformaria a área antes desvalorizada pelo odor desagradável de restos de verduras e a presença de animais”. Projetado por Cândido de Abreu, a esplêndida construção obedeceu ao modismo eclético da época, com detalhes neoclássicos e desenhos art-nouveau.
No seu entorno permaneceram, em um lado a Casa Edith, uma das lojas mais antigas da cidade, cujo prédio foi construído em 1879. Em outro lado, encontra-se o suntuoso Palacete Tigre Royal, construído em 1916, de arquitetura eclética e ar parisiense.
Em 1928, a Câmara escolheu o nome do político paranaense Generoso Marques, que havia recém-falecido, como homenagem, dando seu nome ao espaço: "Praça Generoso Marques". Em 1948, o entorno recebeu o nome de Paço da Liberdade.
A prefeitura ficou ali sediada até 1969, quando foi transferida para o Palácio 29 de Março, no Centro Cívico. Desde a mudança do eixo político da cidade para o Centro Cívico, a Praça Generoso Marques tomou nova forma, transformando-se em point cultural. O antigo prédio da Prefeitura abrigou o Museu Paranaense entre 1974 e 2002.
Em 2009, após restauro e reinauguração do Paço da Liberdade como centro cultural. Cercado pelo comércio que funciona nos casarões seculares e defronte ao Mercado das Flores que reúne os floristas mais antigos da cidade, o Paço é o coração da praça: é o lugar ideal para tomar um café sem pressa, conferir exposições e ler um livro ou jornal na biblioteca pública que abriga.
Paulo Grani

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Cartão Postal da década de 1910, retratando o novo Mercado de Curitiba.
Foto: Arquivo Gazeta do Povo

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O Mercado de Curitiba, primeira década de 1900.
Foto: Arquivo Público do Paraná

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Vista parcial do Mercado em foto de 1914.
Foto: curitiba.pr.gov.br

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Em foto da década de 1910, a então Praça Municipal, tendo ao centro o Mercado de Curitiba.
Foto: Acervo IHGPr.

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Em foto de 1910, a então Praça Municipal, tendo ao centro o Mercado de Curitiba.
Foto: Acervo IHGPr.

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O Mercado de Curityba, em 1905.
Foto: Acervo Profª. Julia Wanderley.
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Foto de 1914, mostra o canteiro de instalação da futura estátua do Barão do Rio Branco, no espaço da Praça do Mercado, Curitiba.
Foto: João Groff. Acervo IHGPr.

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Foto de 19/12/1914, momento da inauguração da estátua de bronze do Barão do Rio Branco, no espaço da Praça do Mercado. Ao fundo, o edifício do Paço da Liberdade ainda em construção.
Foto: Acervo Paulo José Costa.

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Foto da início da construção do edifício do Paço da Liberdade, no espaço do Mercado de Curitiba.
Foto: Acervo IHGPr.

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Inauguração da estátua do Barão do Rio Branco, no espaço da Praça do Mercado, Curitiba, em 19/12/1914.
Foto: João Groff. Acervo IHGPr.

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Cartão Postal de Curityba, década de 1920, apresentando o "Paço Municipal".
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Nesta foto de 1923, o Paço Municipal de Curitiba.
Foto: Arquivo Publico do Paraná.

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Foto de 1925, o Paço Municipal de Curitiba.
Foto: Arquivo Publico do Paraná.

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Nesta foto foto da década de 1930, o edifício do Paço da Liberdade, Curitiba, na frente da agora Praça Generoso Marques.
Foto: Arquivo Gazeta do Povo.

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No edifício do Paço da Liberdade foi instalado o primeiro elevador de Curitiba, o qual era similar ao da foto. Infelizmente, restauradores sem discernimento retiraram a relíquia do prédio, sem o menor constrangimento.

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Edifício do Paço da Liberdade, Curitiba, na frente da Praça Generoso Marques, década de 1950.
Foto: Acervo Museu da Imagem e do Som - MIS

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Edifício do Paço da Liberdade, Curitiba, na frente da Praça Generoso Marques, década de 1950.
Foto: Acervo Museu da Imagem e do Som - MIS

MOINHO DO ENGENHO VELHO " Localizado no distrito de Rondinha, nas proximidades de Campo Largo, o chamado Engenho Velho tem sua construção datada de aproximadamente 1870

 MOINHO DO ENGENHO VELHO
" Localizado no distrito de Rondinha, nas proximidades de Campo Largo, o chamado Engenho Velho tem sua construção datada de aproximadamente 1870

MOINHO DO ENGENHO VELHO
" Localizado no distrito de Rondinha, nas proximidades de Campo Largo, o chamado Engenho Velho tem sua construção datada de aproximadamente 1870 e é atualmente o último exemplar preservado de espaço fabril dedicado ao beneficiamento da erva mate no estado.
Suas características arquitetônicas são comparadas em boletim do SPHAN “às dos engenhos de açúcar e farinha do Recôncavo Baiano, por estar instalado no sopé de um morro, beneficiando-se de um curso d'água como força motriz”.
A construção se integra ao relevo acidentado da planície ocupando uma área aproximada de 21 hectares, e é descrita em certidão do cartório de registro de imóveis da comarca de Campo Largo, do seguinte modo:
' Um imóvel rural, constituído de partes de terras de campo, banhado e cultura, [...] contendo um moinho para a fabricação de fubá e outros derivados do milho, que data do século 19, o qual está sendo incorporado ao Patrimônio Histórico Nacional, em razão do tombamento Histórico. Tem uma casa residencial de alvenaria-tijolos, coberta com telhas de barro, acabamento normal medindo 72,00m2 de área construída; além de outras benfeitorias.' "
Transformações na estrutura do imóvel teriam sido realizadas em 1896 quando foi adquirido pelo agricultor Pedro Paulo Marchioratto, que “demoliu o forno, retirou a bateria de pilões, construiu um mezanino e alterou o telhado, para adaptar o programa de funcionamento do engenho de mate ao fabrico de milho”, e em cuja família permaneceu como propriedade até sua aquisição por parte do governo do estado do Paraná em 1978. [...]
Financiado pelo governo estadual, o plano de restauro previa numa primeira etapa a identificação, catalogação e restauro dos equipamentos utilizados no processamento da erva mate para com este material compor o acervo museológico de forma a reconstituir cada etapa do processo produtivo, constituindo esta a única aproximação de uma abordagem de interesse industrial.
As modificações feitas ainda no século XIX puderam ser revertidas após a identificação das antigas fundações, que permitiram a reconstituição da planta baixa da construção necessária para pautar o plano de reparos necessários no piso, cobertura, esquadrias das janelas, vedação e estrutura de sustentação do telhado, segundo projeto elaborado pelos arquitetos Cyro Corrêa de Oliveira Lyra e José La Pastina Filho. A degradada paisagem rural que circundava a área do engenho, nas imediações da BR 277, sofreu uma série modificações para acomodar certas facilidades necessárias à existência de um parque público. Estrutura com banheiros, churrasqueiras e um espelho d'água foram acrescentados ao espaço que passou a ser chamado Parque Histórico do Mate."
(Extraído de: memórias.ufpr.com.br).
Paulo Grani.

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Casa de soque e roda d'água do Engenho de Mate anteriormente ao processo de restauração.
(imagem: Agência de Notícias do Estado do Paraná).

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A casa de soque após a restauração, e o conjunto transformado no Parque Histórico do Mate.
(imagem: Secretaria de Turismo do Paraná).

Rua Barão do Rio Branco, Curitiba, entre a Rua XV de Novembro e a Rua Marechal Deodoro. Ao fundo a Estação Ferroviária de Curitiba. (Foto: Acervo Paulo José Costa) Paulo Grani

 Rua Barão do Rio Branco, Curitiba, entre a Rua XV de Novembro e a Rua Marechal Deodoro. Ao fundo a Estação Ferroviária de Curitiba.
(Foto: Acervo Paulo José Costa)
Paulo Grani


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RELEMBRANDO A ANTIGA "PHARMÁCIA ALLEMÃ " Pharmácia Allemã", na Praça Tiradentes, Curitiba, em 1912.

RELEMBRANDO A ANTIGA "PHARMÁCIA ALLEMÃ "
Pharmácia Allemã", na Praça Tiradentes, Curitiba, em 1912.

RELEMBRANDO A ANTIGA "PHARMÁCIA ALLEMÃ "
Pharmácia Allemã", na Praça Tiradentes, Curitiba, em 1912.
Mais conhecida como Farmácia Stellfeld é considerada a primeira botica de Curitiba, o local foi inaugurado pelo imigrante alemão Augusto Stellfeld. O estabelecimento teve como sede inicial a Santa Casa de Misericórdia e, posteriormente foi mudado para a Rua Direita. Em 1866, instalou-se definitivamente na Praça Tiradentes (então Largo da Matriz).
A construção é um dos poucos exemplares datados do século XIX que restaram no logradouro – se tornando uma das referências da Curitiba marcada pela chegada de imigrantes europeus.
Ao ser construída na Praça Tiradentes, a edificação se tornou um verdadeiro marco arquitetônico na cidade em função de ter sido contemplada com conceitos arquitetônicos avançados para a época. Um dos principais destaques da construção, que contou com projeto do engenheiro Gottlieb Wieland,, foi a instalação do histórico relógio solar na fachada.
Augusto Stellfeld nasceu em 1817 no no Ducado de Braunschweig na Alemanha. Destacou-se como militar durante as guerras de independência de 1848 a 1850; e teve seus estudos pautados no ramo farmacêutico. Em 1851, o alemão emigrou inicialmente para a Colônia Dona Francisca (Joinville) para posteriormente ter como destino as cidades de Paranaguá e Rio de Janeiro; até se instalar definitivamente em Curitiba.
Na capital paranaense, Stellfeld angariou grande respeito na sociedade. Envolveu-se na política; atuou em ações sociais; e chegou a receber a comenda da Ordem da Rosa conferida por D. Pedro II em 1880.
A família vendeu o estabelecimento na década de 1970 após a administração de outras gerações. A lembrança ao legado de Augusto Stellfeld pode ser relembrada no Espaço História da Farmácia, localizado na Universidade Positivo. Inaugurado em 2001, o local reúne um acervo com objetos, documentos e materiais que revivem o cenário farmacêutico no século XIX.
(Adaptado de Curitibaspace. Foto: Curitiba.pr.gov.br).
Paulo Grani.

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terça-feira, 16 de agosto de 2022

— Aspecto de parte da Rua Theodoro Makiolka em 1960

 — Aspecto de parte da Rua Theodoro Makiolka em 1960

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— Parte da — Rua Mateus Leme, em 1942 — Imagem - Cid Destefani.

 — Parte da — Rua Mateus Leme, em 1942
— Imagem - Cid Destefani.

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"Salvador Graciano, o Nhô Belarmino, nasceu num lugarejo chamado Santaria, pertencente a Rio Branco do Sul-PR no dia 04/11/1920. Sua esposa Júlia Alves Graciano, a Nhá Gabriela, nasceu em Porto de Cima, Morretes-PR, no dia 28/07/1923.

 "Salvador Graciano, o Nhô Belarmino, nasceu num lugarejo chamado Santaria, pertencente a Rio Branco do Sul-PR no dia 04/11/1920. Sua esposa Júlia Alves Graciano, a Nhá Gabriela, nasceu em Porto de Cima, Morretes-PR, no dia 28/07/1923.

AS MOCINHAS DA CIDADE, SÃO BONITAS ...
"Salvador Graciano, o Nhô Belarmino, nasceu num lugarejo chamado Santaria, pertencente a Rio Branco do Sul-PR no dia 04/11/1920. Sua esposa Júlia Alves Graciano, a Nhá Gabriela, nasceu em Porto de Cima, Morretes-PR, no dia 28/07/1923.
Salvador começou bem cedinho: com apenas oito anos de idade, já gostava de cantar e alegrar a vizinhança contando anedotas. Sendo de família de músicos, Salvador Graciano aprendeu tocar diversos instrumentos musicais, dentre eles, a Viola e a Gaita (Pequeno Acordeon) de Oito Baixos.
Foi aos 14 anos de idade que Salvador adotou o nome artístico de Nhô Belarmino por ser, segundo ele, "um nome exótico e gozado". E em 1935, aos quinze anos de idade, ele costumava se apresentar juntamente com sua irmã Pascoalina em festinhas nas redondezas de sua Rio Branco do Sul. Era a Dupla "Nhô Belarmino e Nhá Quitéria", que permaneceu ativa durante quatro anos. Com o casamento da irmã Pascoalina, o marido não quis que ela continuasse com a carreira artística e, conseqüentemente a Dupla se desfez.
Sua primeira composição foi "Linda Serrana" (Nhô Belarmino), em 1936, quando contava 16 anos de idade. Nessa época, Nhô Belarmino integrava o regional da PRB2, a Rádio Clube Paranaense; esse conjunto acompanhava os cantores que na época se apresentavam ao vivo na renomada emissora.
Em 1939 (após a separação da Dupla "Nhô Belarmino e Nhá Quitéria"), Nhô Belarmino formou uma Dupla com Chiquinho Montalto, Dupla essa que participou de diversos programas na Rádio Clube Paranaense. E foi nessa famosa emissora de Curitiba-PR que Nhô Belarmino conheceu Júlia Alves, que veio a ser sua esposa em 23/12/1939 e com quem também formou a Dupla "Nhô Belarmino e Nhá Gabriela", que veio a ser a mais famosa e representativa Dupla Caipira Raiz do Estado do Paraná.
Tudo aconteceu por volta de 1937, quando Júlia trabalhava numa fábrica de tecidos na Capital Paranaense. Numa tarde, quando o material de confecção havia se acabado, as funcionárias haviam sido dispensadas mais cedo. Resolveram então acompanhar uma colega de trabalho num ensaio na Rádio Clube Paranaense, já que ela participava de um programa de calouros. Chegando à emissora, Júlia conheceu Salvador e iniciaram o namoro que resultou no casamento que durou 45 anos, com os filhos: Clóris, Ivan e Rui.
"Nhô Belarmino e Nhá Gabriela" iniciaram profissionalmente em meados de 1940 quando Nhô Belarmino promoveu um show no bairro de Santa Cândida. Nesse dia havia chovido bastante e os outros artistas da equipe não puderam chegar ao local. Como a chuva, no entanto, foi passageira, o povo compareceu e lotou o salão. Bilheteria aberta, público chegando, ingressos que não podiam ser devolvidos... E os artistas não chegavam! Então Júlia mais algumas primas e amigos resolveram improvisar: uns declamavam, outros contavam piadas e Nhô Belarmino cantava.
E em dado momento Júlia e Salvador resolveram cantar juntos o famosíssimo valseado "Cavalo Zaino" (Raul Torres). E agradaram de tal maneira que foram convidados a fazer outras apresentações em outros dias! Nascia então, quase que por acaso, a Dupla "Nhô Belarmino e Nhá Gabriela".
Nhô Belarmino "batizou" a esposa e companheira de Dupla com o nome artístico de Nhá Gabriela em homenagem a uma tia dele que apreciava bastante a Música Caipira.
Em 1942, acompanhados por Nhô Dito (Chiquinho Montalto), Júlia e Salvador formaram o "Trio Caipira" que estreou nesse mesmo ano com bastante sucesso na PRB-2, a Rádio Clube Paranaense. Em 1948 transferiram-se para a ZYM-5 Rádio Guairacá permanecendo nessa emissora por mais de 20 anos, animando diversos programas de auditório. Nessa época, músicas como "Passarinho Prisioneiro" (Luiz Vieira Filho - Nhô Belarmino) e "Linda Serrana" (Nhô Belarmino) passaram a ser conhecidas e cantadas por seus ouvintes.
Com o sucesso alcançado no Estado do Paraná, Nhô Belarmino e Nhá Gabriela tornaram-se famosos em vários locais do Brasil. A Dupla chegou a trabalhar por um ano na Rádio Gaúcha em Porto Alegre-RS, e também por vários meses na Rádio Guanabara (hoje Bandeirantes) no Rio de Janeiro-RJ, além de vários programas na Rádio Bandeirantes de São Paulo-SP, dos quais também participaram.
Nhô Belarmino e Nhá Gabriela gravaram o primeiro disco em 1953, na RCA-Victor (hoje BMG), com as músicas "Linda Serrana" (Nhô Belarmino) e "
Parabéns
Paraná" (Nhô Belarmino - Pereirinha). Essa gravação fez parte das comemorações do Centenário de Emancipação do Estado do Paraná. E, nos demais discos que se seguiram, Nhô Belarmino gravou cantando em Dupla com sua esposa e também solando o Acordeon, em composições tais como "Dançando Descalço" (Nhô Belarmino), "Brincando com Oito Baixos" (Nhô Belarmino), "Mocinhas da Cidade" (Nhô Belarmino), "Paranaguá" (Nhô Belarmino), "Mocinhas do Sertão" (Nhô Belarmino), "Passarinho Prisioneiro" (Luiz Vieira Filho - Nhô Belarmino), "Defendendo O Meu Sertão" (Nhô Belarmino), "Moreninha do Vanerão" (Lord Wilson - Ubiratan), gravações que foram sucesso não só em Curitiba-PR e Região, mas também em todo o Brasil.
O primeiro LP da Dupla foi gravado em 1961 pela RCA-Camdem (hoje BMG). E, ao longo da carreira, Nhô Belarmino e Nhá Gabriela gravaram 17 Discos 78 RPM, 3 Compactos (Vinil) e 11 LP's, sendo que Nhô Belarmino foi compositor de cerca de 99% das músicas gravadas pela Dupla.
Nhô Belarmino teve diversos parceiros na composição, destacando-se dentre todos, o amigo Moacyr Ângelo Lorusso. Compositor incansável, Nhô Belarmino estava sempre compondo alguma coisa. Foi nesse mesmo ano de 1953 que veio o estrondoso sucesso do "Passarinho Prisioneiro" (Luiz Vieira Filho - Nhô Belarmino). E em 1959 veio a consagração definitiva no cenário musical brasileiro com a gravação do famosíssimo clássico "As Mocinhas da Cidade" (Nhô Belarmino), cujo sucesso rendeu à Dupla diversas viagens pelos mais diversos Estados Brasileiros em shows e apresentações que foram memoráveis.
Além das gravações em disco e das participações em programas na Rádio Guairacá e na Rádio Clube Paranaense, em companhia de seus filhos Cloris e Ivan, Nhô Belarmino e Nhá Gabriela também apresentaram na TV durante vários anos o programa "Minha Palhoça" e também o "Rancho de Belarmino e Gabriela", programas nos quais eles se apresentavam com diversas Duplas paranaenses, tais como "Nascimento e Zeloni", Mensageiro e Mexicano, "Leonel Rocha e Campos", além de outras Duplas já consagradas em todo o Brasil, tais como Tonico e Tinoco e Léo Canhoto e Robertinho.
O casal também se apresentou em diversos circos e teatros na Capital Paranaense, e também no Interior do Estado, além dos Estados de Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. "Passarinho Prisioneiro" (Luiz Vieira Filho - Nhô Belarmino) e "Mocinhas da Cidade" (Nhô Belarmino) são sem dúvida os maiores exemplos do seu sucesso no Paraná e em todo o Brasil.
Após vários anos de sucesso, um derrame cerebral vitimou Nhô Belarmino na década de 1980 e interrompeu a carreira musical e as apresentações da Dupla.
Foi no ano de 1983 a última gravação de Nhô Belarmino cantando, quando ele regravou "As Mocinhas da Cidade" no álbum "Curitiba Cidade da Gente". Pouco tempo depois, em seu último trabalho, ele participou de um Compacto Simples (Vinil) apenas tocando; quem cantou no compacto “Salve, Salve Paraná” e "Moro Lá” foi sua esposa Nhá Gabriela.
Em Curitiba-PR, no Centro da Cidade, pode-se visitar, no cruzamento da Rua Cruz Machado com a Alameda Cabral, a "Fonte Mocinhas da Cidade", que homenageia Nhô Belarmino e Nhá Gabriela. Com desenhos do Artista Fernando Canalli, possui colunas com pinhões nos capitéis que emolduram quadros de azulejos com versos da letra da música “Mocinhas da Cidade" (Nhô Belarmino), que foi sem dúvida o maior sucesso da dupla.".
(Extraído de: boamusicaricardinho.com).
Paulo Grani.

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Em sua última apresentação (1984), Nhô Belarmino (sentado), ao lado sua esposa Nhá Gabriela e o filho Ivan Graciano. Na foto, Leonel Rocha (de chapéu) e ao seu lado Jurandir Ambonatti.

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Em homenagem à dupla, a Cidade de Curitiba criou a fonte Mocinhas da Cidade, localizada no centro de Curitiba, também homenageando a composição de mesmo nome, gravada pela primeira vez nos anos de 1950, um dos maiores sucessos da dupla.

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De acordo com o Deputado Rafael Greca de Macedo, idealizador da "Fonte Mocinhas da Cidade", "Para que não nos esqueçamos de nós mesmos. Porque a Cidade somos nós que fazemos. E uma cidade é o conjunto de seus poetas, a memória de seus cantores, a perene lembrança de seus músicos e compositores. Generoso, o povo alimenta os artistas com inspiração e aplauso. Recebe de volta, no ciclo da criação, as harmonias compostas." Citado no dia 26/03/2003, no sétimo aniversário de falecimento de Nhá Gabriela.

início da primeira década de 1900, apresenta o "Hotel Börsenhalle", fundado por Carlos Remmers, por volta de 1903

 início da primeira década de 1900, apresenta o "Hotel Börsenhalle", fundado por Carlos Remmers, por volta de 1903

CARTÕES POSTAIS DE CURITIBA - 066
Raríssimo Cartão Postal de Curitiba, editado no início da primeira década de 1900, apresenta o "Hotel Börsenhalle", fundado por Carlos Remmers, por volta de 1903, na Rua XV de Novembro, em Curitiba. Nesse hotel, Carlos mantinha também um sofisticado restaurante, como vê-se nas imagens.
Antes, por volta de 1898, Carlos Remmers havia aberto um restaurante com esse mesmo nome, na rua Barão do Rio Branco, ao mesmo tempo que mantinha uma tipografia na Rua XV de Novembro.
Por volta de 1903, ele fechou o restaurante na Barão e abriu esse hotel na XV. Carlos Remmers se dedicou ao ramo de alimentação em Curitiba até a década de 1940.
O CP, integra a série "Gruss Aus Curityba" (Lembranças de Curitiba).
(Fotos: Acervo Paulo José Costa)
Paulo Grani

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O ANTIGO LARGO DO MERCADO, ATUAL PAÇO DA LIBERDADE

 O ANTIGO LARGO DO MERCADO, ATUAL PAÇO DA LIBERDADE

Vista parcial do antigo Mercado Municipal de Curitiba, em 1914, sendo demolido para abrigar o futuro Paço Municipal, que abrigaria a nova Prefeitura de Curitiba.
O transito de carroças nas imediações era normal pois os imigrantes traziam sua produção para ser comercializada na região central da cidade. Os trilhos ao centro da viela traziam os bondinhos puxados por mulas, única forma de transporte público à época. Ao fundo, à direita, o prédio do sr. José Hauer.
O local, até então chamado de Largo do Mercado, abrigava desde 1874 o Mercado Municipal da cidade que, na ocasião da foto, havia sido transferido para o Mercado Provisório construído nas imediações da Praça Dezenove de Dezembro, à epoca chamado Largo do Nogueira.
Entre 1914 e 1916, neste local foi edificada o prédio do Paço Municipal, segundo projeto do engenheiro e prefeito Candido de Abreu, sendo sede da Prefeitura de Curitiba até 1969 e sede do Museu Paranaense, de 1973 a 2002.
Em 1948, o entorno recebeu o nome de Paço da Liberdade. Em 2009, foi reformado.
Paulo Grani

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