quarta-feira, 8 de março de 2023

Ponte sobre o Rio Iapó, Castro/PR., ano de 1894, foto de Edward Dukinfield Jones, postada no grupo Castro de Antigamente.

 Ponte sobre o Rio Iapó, Castro/PR., ano de 1894, foto de Edward Dukinfield Jones, postada no grupo Castro de Antigamente.


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Automóvel Simca Vedette (1954-1961) em frente à Igreja da Ordem, Paranaguá.

 Automóvel Simca Vedette (1954-1961) em frente à Igreja da Ordem, Paranaguá.


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Baía de Paranaguá em mapa de 1880.

 Baía de Paranaguá em mapa de 1880.

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— BR 277 = Entre Curitiba e Paranaguá —

 — BR 277 = Entre Curitiba Paranaguá —


Pode ser uma imagem de carro e estrada

— Vista da Avenida República Argentina, em 1952 —

 — Vista da Avenida República Argentina, em 1952 —


Pode ser uma imagem de 2 pessoas, pessoas em pé, estrada e ferrovia

— Rua XV de Novembro, em 1966 —

 — Rua XV de Novembro, em 1966 —


Pode ser uma imagem de 7 pessoas e rua

Durante os séculos 18 e 19, os caminhos do Itupava e da Graciosa foram os mais importantes meios de ligação entre o litoral paranaense e seu primeiro planalto, fundamentais principalmente para a comunicação e o comércio locais.

 Durante os séculos 18 e 19, os caminhos do Itupava e da Graciosa foram os mais importantes meios de ligação entre o litoral paranaense e seu primeiro planalto, fundamentais principalmente para a comunicação e o comércio locais.

"O CHÃO É FORMADO DE PEDRAS GRANDES E ESCORREGADIAS ..."
Durante os séculos 18 e 19, os caminhos do Itupava e da Graciosa foram os mais importantes meios de ligação entre o litoral paranaense e seu primeiro planalto, fundamentais principalmente para a comunicação e o comércio locais. Por estes caminhos circulavam constantemente pessoas e mercadorias nos dois sentidos, promovendo assim uma estrutura que se revelou importante para o desenvolvimento regional, especialmente de Curitiba e Paranaguá.
O caminho do Itupava é o mais antigo deles, pelo menos o primeiro a receber benfeitorias para melhorar as condições de viagem, já que ambos os caminhos foram traçados a partir de antigas trilhas indígenas.
No capítulo 51 de seus provimentos de 1720, Ouvidor Pardinho demonstra a importância do caminho para a economia paranaense, com o seguinte despacho:
“Provenho que os oficiais da Câmara tivessem o cuidado de abrir e consertar o caminho que vai desta Vila para a de Paranaguá, com que se faça facilmente a comunicação de ambas e, daquela venha com abundância e facilidade o necessário de mercadorias para esta, e desta vão com a mesma facilidade os frutos da terra para aquela, pois da dificuldade do caminho, resulta carestia, com que nesta Vila se vendem as fazendas”.
Assim, o caminho recebeu um revestimento de pedras grosseiras, principalmente no seu trecho mais sinuoso e íngreme. Este revestimento facilitava o transporte feito por mulas, talvez o mais importante tipo de transporte da época, pela sua resistência e capacidade de carga.
O caminho também recebeu na mesma época alguma estrutura destinada aos viajantes, construção de rodeios, locais destinados ao descanso dos animais, e palhas, estruturas rústicas onde os viajantes podiam se recompor.
Hum século depois, com a intensificação do transporte de produtos, principalmente da erva-mate, feito por meio de tropas de muares, ainda percebia-se o elevado grau de dificuldade, especialmente notado por Auguste Saint-Hilaire, viajante e naturalista francês que percorreu os Campos Gerais, Curitiba e o Litoral, por volta de 1820. Ele foi o primeiro a realizar uma descrição cientifica da erva-mate (Ilex Paraguaiensis) e também testemunhou as dificuldades dos caminhos e trilhas da Serra do Mar:
“A pior parte do caminho é onde começa a descida, e que tem nome de encadeado. O declive é abrupto demais, os ramos das árvores se estendem por sobre o caminho, escavado na montanha, tornando-o muito sombrio, e o chão é formado de pedras grandes e escorregadias, o que as vezes obriga as mulas a acelerarem o passo. Eu não me cansava de admirar a habilidade desses animais para se safar de situações difíceis. Eles são treinados inicialmente para fazerem a travessia da serra sem nenhuma carga no lombo, em seguida levando apenas a cangalha e, finalmente transportando a carga.” (SAINT- HILAIRE, 1995, p.139).
Os problemas decorrentes dos transportes foram resolvidos quando teve inicio, em 1855, a construção da Estrada da Graciosa e sua posterior conclusão em 1873. Essa estrada possibilitou a utilização de carroções e, mesmo assim, a demanda por transporte não era satisfatoriamente atendida.
Paulo Grani

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Em algum lugar da serra, década de 1890, local de descanso e troca de mudas de animais.
Foto: Acervo Gazeta do Povo.

Nenhuma descrição de foto disponível.Carroção tipo ucraniano, muito usado para o transporte de erva-mate.
Foto: ucraniano.com.br

"Na manhã de 23/08/1923, os amigos Afonso Lange e Ricardo Wagner partiram de Ponta Grossa, em suas motocicletas em direção a Curitiba.

 "Na manhã de 23/08/1923, os amigos Afonso Lange e Ricardo Wagner partiram de Ponta Grossa, em suas motocicletas em direção a Curitiba.

UMA AVENTURA SOBRE DUAS RODAS, EM 1923
"Na manhã de 23/08/1923, os amigos Afonso Lange e Ricardo Wagner partiram de Ponta Grossa, em suas motocicletas em direção a Curitiba. Os dois combinaram de manter uma certa distância um do outro para evitar a poeira que era levantada pelos extensos "areiões". Foi em um desses, inclusive, que Ricardo tomou um tombo, mas nada grave.
Depois do vilarejo de Palmeira, eles chegaram ao pior trecho da aventura: o "rio de pedras", como disseram, uma estrada feita de pedras soltas que impedia um ritmo mais rápido da viagem devido ao terreno extremamente acidentado e instável. Além disso, os "carroções" eram presença frequente nas estradas da época. Com cargas que chegavam a 1,5 tonelada e sendo puxados por até 10 animais, eles deixavam o chão todo irregular – um convite para tombos.
Se não bastasse, ao chegar ao rio Papagaios, Ricardo acabou caindo com a sua moto dentro da água, com o motor ligado. Afonso pulou para ajudar o amigo e também tirar a motocicleta de lá. Segundo Lange, foi o maior acidente de toda a excursão e colocou a aventura toda em risco, mas eles foram persistentes, consertaram a moto e seguiram viagem.
Com tudo de volta nos conformes, os dois paranaenses continuaram em direção à Curitiba, que já contava com estradas bem melhores em seus arredores. Afonso e Ricardo passaram a noite em um hotel da Capital e, às seis da manhã do dia seguinte, botaram as motocicletas na estrada de novo, rumando para a icônica Estrada da Graciosa, famoso trecho tropeiro que ligava Curitiba ao litoral paranaense.
Lange desceu a serra com tranquilidade, parando para esperar Ricardo enquanto saboreava algumas bananas. O problema é que seu companheiro não chegava, e então ele resolveu verificar o que havia acontecido – para isso, precisou subir boa parte do trecho novamente, descobrindo que Ricardo havia ficado sem gasolina. Precavido, Afonso carregava consigo um galão de combustível e salvou a viagem, mais uma vez.
Toda a aventura resultou em um saboroso almoço na cidade de Antonina. A estadia, no entanto, foi breve, pois os dois decidiram voltar para Curitiba durante a tarde do mesmo dia. A volta foi sem grandes emoções, já que a dupla chegou à capital durante a noite, retornando para Ponta Grossa no dia seguinte.
Ao acordar, porém, uma tempestade caía sobre Curitiba. O jeito foi colocar as motos em uma carroça e levá-las até a ferroviária curitibana para voltar de trem. Se você acha que a aventura acabou por aí, Afonso explica que o azar não havia terminado: A locomotiva descarrilou em algum ponto do trecho. Mesmo assim, havia esperança: Como a esposa do presidente do Estado era passageira no mesmo trem, não demorou muito para que o tráfego fosse restabelecido.
Os amigos ainda tiveram a oportunidade de sair da estação ferroviária em Ponta Grossa e retornar para casa em cima das motocas, dando fim à primeira grande viagem de motocicletas de que se tem registro no Brasil."
(Texto e fotos extraídos de: curitibaantigamenteeregiaoemfotos.blogspot.com.br)
Paulo Grani

Pode ser uma imagem de 2 pessoasAfonso e Ricardo, posando para registro da aventura.

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"Em meados do século XVIII, faiscadores de ouro (vindos de Paranaguá e Santos) subiram o Vale do Rio Ribeira e a Serra do Mar chegando ao Planalto Curitibano.

 "Em meados do século XVIII, faiscadores de ouro (vindos de Paranaguá e Santos) subiram o Vale do Rio Ribeira e a Serra do Mar chegando ao Planalto Curitibano.

UM LAMENTO PARNANGUARA
"Em meados do século XVIII, faiscadores de ouro (vindos de Paranaguá e Santos) subiram o Vale do Rio Ribeira e a Serra do Mar chegando ao Planalto Curitibano. Assim surgiu a primeira povoação vinculada ao garimpo e fixada às margens do rio Atuba e atualmente localizada no Bairro Alto em Curitiba.
A atividade mineradora entrou em decadência e a população transferiu-se para o local onde hoje encontramos a região central da cidade na Praça Tiradentes, entremeio na confluência dos rios Ivo e Belém. Em 1693, o povoado transformou-se na Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais e no ano de 1842, Curitiba foi elevada a categoria de cidade, juntamente com Paranaguá, no mesmo ato provincial.
Em 1854, um ano após a criação da Província do Paraná (antiga 5ª Comarca de São Paulo), a pequena Curitiba foi escolhida como capital em detrimento à Paranaguá, mais desenvolvida na época. Por conta desta decisão, alguns anos depois (em 1861), o Sr. Demétrio Acácio Fernandes da Cruz, funcionário público e morador em Paranaguá, publicou o texto abaixo:
"Curitiba não tem recursos para ser uma capital. É com efeito custoso viver numa cidade lamacenta e charcosa, molhada e fria na maior parte do ano. Este lugar nada promete. Estéril e sem cultura, nem sequer tem comércio. Exceto um pequeno mercado. O único comércio que prospera em Curitiba é o da erva-mate e do gado.
Infelizmente para Curitiba o seu presente e seu futuro é desesperador.
Central, sem uma única via de comunicação regular, isolada, sem comércio, não passa do que realmente é, uma cidade sem significação.
É tão valente a nossa convicção a este respeito que não trepidamos em afirmar que daqui a um século, correndo como infelizmente correm os nossos negócios provinciais, ela pouco será que a Curitiba de hoje". (citado por MOREIRA, 1990).
Extraído de: Breve história da formação de Curitiba, seus rios e paisagens)
Paulo Grani

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Em 1888, o pintor Carlos Hubenthal fez esta aquarela retratando a pacata recém-nominada "cidade", com suas poucas ruas.
Foto: Casa da Memória de Curitiba)

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Aspecto da Rua da Praia às margens do Rio Itiberê nas imediações do antigo Porto, tendo diversas naus ancoradas, década de 1890.
(Foto: IHGPguá)

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Rua XV de Novembro, Paranaguá, primeira década de 1900. A Casa do Capitão-Mor (com os três mastros na sacada), em seguida a Câmara e Cadeia (com a guarita na frente), detalhe para um dos lampíões instalados na cidade. Do outro lado, o muro da antiga Praça Xavante, que hoje é a Praça Leocádio Pereira.
(Foto: IHGPguá)