sexta-feira, 10 de março de 2023

Fonte Velha de Beber Água (Fontinha): a primeira obra de Paranaguá

 

Fonte Velha de Beber Água (Fontinha): a primeira obra de Paranaguá


Fonte atendeu a população até 1914
Muitos prédios históricos de Paranaguá se perderam ao longo de três séculos. Porém a primeira obra pública construída na cidade, segundo os historiadores, ainda se mantém: a Fontinha.
Também chamada "Fonte de Cima", tem ela sua origem num olho d'água que serviu, há séculos, a aldeia carijó localizada na baixada do antigo e desaparecido "Campo Grande". Quando os moradores da Cotinga, chefiados por Domingo Peneda, passaram para o continente, à margem esquerda do rio Taguaré (hoje Itiberê), procuraram logo o chapadão onde se achava o "olho d'água" usado pelos carijós.
Os anos iam passando e a população aumentando e com isso era necessário um represamento da água. Mas isso só veio acontecer, depois da chegada de Gabriel de Lara.  Os vereadores em 10 de abril de 1655, se mostraram favoráveis a limpeza do caminho da Fonte da Gambôa (como também era chamada). Os primeiros povoadores deram esse nome porque o local da Fonte era um curral indígena para a captura de peixes, que ficavam presos com a vazante da maré. Os índios costumavam dizer: "vamos camboar” (pegar peixes presos).
Esse caminho ficou pronto e limpo no dia 4 de abril de 1656 e passou a se chamar rua da Fonte (hoje Conselheiro Sinimbú). Nesse ano de 1656, um grupo de vereadores atuou no represamento da água em um reservatório, a fim de suprir a população, que havia aumentado bastante.  A obra ficou a cargo de Roque Dias e João Gonçalves Peneda (este último era filho de Domingos Peneda), ficando pronta em 30 dias.
        Não foi um trabalho perfeito. Em 1657, a Câmara  entregou a obra a um pedreiro mais competente, para construir o reservatório, fechado em forma de abóbada, tendo, na parede fronteira ao rio, uma janelinha por onde um operário pudesse entrar para fazer a limpeza interna.

Segundo o contrato, o empreiteiro daria os escravos para conduzir as pedras, o saibro e a cal, bem como colocaria a bica de pedra e os ladrões, para escoar o excesso d'água.  A obra ficou pronta em agosto de 1658 e até hoje, passados 355 anos, dez anos a menos que a idade de Paranaguá continua firme na sua estrutura. Ela supriu as necessidades da população até 1914, ano que Paranaguá recebeu o serviço de água encanada nas residências centrais. (Fonte de pesquisa: documentos históricos escritos pelo  Dr. Rafael P. Pardinho). 

O último grande desafio foi a ponte, inaugurada em 26 de junho de 1884. Com a estrutura concluída, foi possível levar de trem o resto do material para terminar o restante da ferrovia.

 O último grande desafio foi a ponte, inaugurada em 26 de junho de 1884. Com a estrutura concluída, foi possível levar de trem o resto do material para terminar o restante da ferrovia.


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1908 - ESTRADA DE FERRO PARANAGUÁ/CURITIBA.
O último grande desafio foi a ponte, inaugurada em 26 de junho de 1884. Com a estrutura concluída, foi possível levar de trem o resto do material para terminar o restante da ferrovia.
“Quando já ia muito adiantado escorregou todo inteiro, ficando perdida a obra, recorrendo os engenheiros a um túnel para não passarem mais pelo interior da rocha. Alguns desses escorregamentos levaram consigo os trabalhadores e deles mal se encontrava às vezes um fragmento.
Uma enchente descomunal no Rio São João carregou enorme massa de madeira que se tinha acumulado no estreito vale para se construírem os andaimes do grande viaduto. Em poucas horas desapareceu o valor superior a 40 contos e nem pau para lenha se aproveitou.”
— Barão de Capanema, engenheiro, agosto de 1884

Nessa época, as obras estavam atrasadas e o governo imperial prorrogou a data de conclusão por mais um ano: 30 de junho de 1885. A companhia francesa conseguiu terminar a ferrovia antes da nova data limite, possibilitando a inauguração da estrada de ferro em 2 de fevereiro de 1885.

https://especiais.gazetadopovo.com.br/.../a-primeira.../ Acessado em 29/11/2022 por ALMIRSS
#IHGP 

A PRIMEIRA POETISA PARANAENSE: JULIA MARIA DA COSTA. Publicado na Coluna IHGP da FOLHA DO LITORAL NEWS em 04/03/2023.

 A PRIMEIRA POETISA PARANAENSE: JULIA MARIA DA COSTA.
Publicado na Coluna IHGP da FOLHA DO LITORAL NEWS em 04/03/2023.


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Ao longo do ano, muitos estudantes, professores e visitantes vêm conhecer o espaço do IHGP e, quase sempre, ficam encantados com a história da poeta, da grande e inesquecível Júlia da Costa.
Júlia Maria da Costa nasceu em Paranaguá, no dia 1º de julho de 1844, na cidade de Paranaguá. Júlia era filha de Alexandre José da Costa, natural de Paranaguá (PR), e de Maria Machado da Costa, oriunda de São Francisco do Sul (SC). Ainda criança, Júlia mudou-se com sua mãe para Santa Catarina. Foi em São Francisco do Sul que Júlia iniciou seu trabalho no campo literário. Publicou, em 1867, dois livros: Flores dispersas 1.ª série, e Flores dispersas 2.ª série. Sob os pseudônimos de Sonhadora, Americana e J. C. (entre outros), escreveu poemas e crônicas publicadas em folhetins e jornais.
A sua frase “Ser inteligente é um fardo muito pesado para uma mulher”, demonstra como se sentia, enfrentando tabus e preconceitos, sem ser devidamente reconhecida pelo seu trabalho. De acordo com Roberto Gomes, “no seu caso, com um agravante: fazer coisas reservadas aos homens, tais como escrever, defender ideias, ser independente”. Por pressão familiar, com a idade de 26 anos, Júlia se casou com o Comendador Costa Pereira, um homem de negócios, proprietário de fazendas, dono de uma companhia de navegação, importador e exportador de mercadorias. Porém, Júlia nunca deixou de nutrir seu amor Carvoliva. Júlia faleceu em 1911, sozinha e doente no seu sobrado, em São Francisco do Sul.
De acordo com Roberto Gomes, Júlia terminou vítima do grande sonho de um amor romântico e das armadilhas de sua época. Sonhava de forma precursora com a igualdade entre homens e mulheres, mas sucumbiu ao peso e ao apelo familiar, de um casamento tradicional. Sem realizar seus sonhos, sua vida só poderia terminar em desgraça. Essa tragédia pessoal é a grandeza da vida de Júlia.
Por fim, neste singelo texto introdutório, podemos dizer que Júlia era dona de uma escrita profundamente apaixonada, ela não tinha medo de demonstrar seus sentimentos e a sua opinião. Na biblioteca do IHGP, é possível consultar os textos acadêmicos escritos sobre a vida de Júlia, os seus poemas publicados e, a sua obra Flores Dispersas, uma leitura mais que recomendada. Particularmente, no IHGP, existe um espaço que faz uma homenagem a poeta, no Panteão dos Heróis encontra-se o jazigo de Júlia da Costa e a transcrição de parte do seu poema “Minha Terra”.

Priscila Onório Figueira
Tesoureira IHGP- Biênio 2023-2024
Referências

GOMES, Roberto. Conheça a história da poeta Júlia da Costa. Revista Helena. Publicado em 03/07/2014. Disponível em: https://www.bpp.pr.gov.br/.../Conheca-historia-da-poeta... Acesso em: 01/03/2022.
MUZART, Zahidé Lupinacci (org.). Poesia: Júlia da Costa. Curitiba: Imprensa Oficial do Paraná, 2001.
VILELA, J. S; SILVA. M. M. Poesia e política em Júlia da Costa. Revista Cacto Ciência, Arte, Comunicação em Transdisciplinaridade Online V. 1 N. 1 2021 / ISSN 2764-1686

Plan de La Baie de Paranaguá, 1868. Planta hidrográfica da baía de Paranaguá publicada em 1868 por Ernest Mouchez, oficial da Marinha Francesa. Considerada uma das plantas mais completas e precisas da baía de Paranaguá, foi utilizada por vários geógrafos, engenheiros e marinheiros que estudaram o litoral paranaense no século XIX. Nesta cópia existem registros feitos à mão (traçado de estradas, projeto de ferrovia, colônias e etc.), provavelmente pelo engenheiro Jeronymo Rodrigues de Moraes Jardim que cita essa planta em um de seus relatórios sobre os portos de Paranaguá e Antonina, em 1874.

 Plan de La Baie de Paranaguá, 1868.
Planta hidrográfica da baía de Paranaguá publicada em 1868 por Ernest Mouchez, oficial da Marinha Francesa. Considerada uma das plantas mais completas e precisas da baía de Paranaguá, foi utilizada por vários geógrafos, engenheiros e marinheiros que estudaram o litoral paranaense no século XIX. Nesta cópia existem registros feitos à mão (traçado de estradas, projeto de ferrovia, colônias e etc.), provavelmente pelo engenheiro Jeronymo Rodrigues de Moraes Jardim que cita essa planta em um de seus relatórios sobre os portos de Paranaguá e Antonina, em 1874.


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Este é o famoso "São" João Maria, personagem cercado de lendas e estórias por todas as cidades que passou, principalmente no Paraná.

 Este é o famoso "São" João Maria, personagem cercado de lendas e estórias por todas as cidades que passou, principalmente no Paraná.


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O andarilho cultivava uma aura messiânica e profética, devido as curas que supostamente realizava utilizando-se de ervas e fontes d'água que ele mesmo fazia brotar da terra e eram milagrosas. Para reforçar este caráter dizia ter a idade de 180 anos e suas peregrinações teriam início após um sonho.
Há registros de sua existência entre o final do século XIX e início do XX.
Na verdade, bem pouca gente sabe, mas existiram três "João Maria". Suas histórias têm tanta similaridade que na cabeça do povo era um só, pois todos cruzaram o sul do Brasil em suas andanças realizando as mesmas peripécias, em épocas diferentes. Talvez por isso no imaginário popular o mesmo tinha os 180 anos alegado. 

Curitiba vista do Alto São Francisco em 1904. *(Ao fundo avista-se a Santa Casa de Misericórdia, na atual Praça Rui Barbosa). *

 Curitiba vista do Alto São Francisco em 1904.
*(Ao fundo avista-se a Santa Casa de Misericórdia, na atual Praça Rui Barbosa). *


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Rua do Rosário, na subida em direção a Igreja do Rosário e a Praça Garibaldi, em meados da década de 1930

 Rua do Rosário, na subida em direção a Igreja do Rosário e a Praça Garibaldi, em meados da década de 1930


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Avenida Paraná, por volta de 1980

 Avenida Paraná, por volta de 1980


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Praça Santos Andrade, em 1927. A fotografia foi feita de uma das janelas da Universidade do Paraná, em direção ao bosque que existia na então Chácara da família de Ventura de Almeida Torres � espaço hoje ocupado pelo Teatro Guaíra. A imagem foi gravada em razão de estar ocorrendo uma comemoração cívica, com a participação de alunos de Escolas Primárias de Curitiba| Foto: Gazeta do Povo.

 Praça Santos Andrade, em 1927. A fotografia foi feita de uma das janelas da Universidade do Paraná, em direção ao bosque que existia na então Chácara da família de Ventura de Almeida Torres � espaço hoje ocupado pelo Teatro Guaíra. A imagem foi gravada em razão de estar ocorrendo uma comemoração cívica, com a participação de alunos de Escolas Primárias de Curitiba| Foto: Gazeta do Povo.


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***— Até meados dos anos cinquenta, a Praça era um descampado usado para manobras militares. A Praça Rui Barbosa continha, em seu entorno, o Quartel do 15º BC, a Santa Casa, um colégio de freiras, o Orfanato São Luiz e a Igreja do Bom Jesus, que aparece nesta imagem gravada em outubro de 1932. Até ser urbanizado, seu espaço foi usado para os mais diversos eventos, como exposições, parques de diversões e circos. Foto Gazeta do Povo. ***

 ***— Até meados dos anos cinquenta, a Praça era um descampado usado para manobras militares. A Praça Rui Barbosa continha, em seu entorno, o Quartel do 15º BC, a Santa Casa, um colégio de freiras, o Orfanato São Luiz e a Igreja do Bom Jesus, que aparece nesta imagem gravada em outubro de 1932. Até ser urbanizado, seu espaço foi usado para os mais diversos eventos, como exposições, parques de diversões e circos. Foto Gazeta do Povo. ***


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