A PRIMEIRA POETISA PARANAENSE: JULIA MARIA DA COSTA.
Publicado na Coluna IHGP da FOLHA DO LITORAL NEWS em 04/03/2023.
Ao longo do ano, muitos estudantes, professores e visitantes vêm conhecer o espaço do IHGP e, quase sempre, ficam encantados com a história da poeta, da grande e inesquecível Júlia da Costa.
Júlia Maria da Costa nasceu em Paranaguá, no dia 1º de julho de 1844, na cidade de Paranaguá. Júlia era filha de Alexandre José da Costa, natural de Paranaguá (PR), e de Maria Machado da Costa, oriunda de São Francisco do Sul (SC). Ainda criança, Júlia mudou-se com sua mãe para Santa Catarina. Foi em São Francisco do Sul que Júlia iniciou seu trabalho no campo literário. Publicou, em 1867, dois livros: Flores dispersas 1.ª série, e Flores dispersas 2.ª série. Sob os pseudônimos de Sonhadora, Americana e J. C. (entre outros), escreveu poemas e crônicas publicadas em folhetins e jornais.
A sua frase “Ser inteligente é um fardo muito pesado para uma mulher”, demonstra como se sentia, enfrentando tabus e preconceitos, sem ser devidamente reconhecida pelo seu trabalho. De acordo com Roberto Gomes, “no seu caso, com um agravante: fazer coisas reservadas aos homens, tais como escrever, defender ideias, ser independente”. Por pressão familiar, com a idade de 26 anos, Júlia se casou com o Comendador Costa Pereira, um homem de negócios, proprietário de fazendas, dono de uma companhia de navegação, importador e exportador de mercadorias. Porém, Júlia nunca deixou de nutrir seu amor Carvoliva. Júlia faleceu em 1911, sozinha e doente no seu sobrado, em São Francisco do Sul.
De acordo com Roberto Gomes, Júlia terminou vítima do grande sonho de um amor romântico e das armadilhas de sua época. Sonhava de forma precursora com a igualdade entre homens e mulheres, mas sucumbiu ao peso e ao apelo familiar, de um casamento tradicional. Sem realizar seus sonhos, sua vida só poderia terminar em desgraça. Essa tragédia pessoal é a grandeza da vida de Júlia.
Por fim, neste singelo texto introdutório, podemos dizer que Júlia era dona de uma escrita profundamente apaixonada, ela não tinha medo de demonstrar seus sentimentos e a sua opinião. Na biblioteca do IHGP, é possível consultar os textos acadêmicos escritos sobre a vida de Júlia, os seus poemas publicados e, a sua obra Flores Dispersas, uma leitura mais que recomendada. Particularmente, no IHGP, existe um espaço que faz uma homenagem a poeta, no Panteão dos Heróis encontra-se o jazigo de Júlia da Costa e a transcrição de parte do seu poema “Minha Terra”.
Priscila Onório Figueira
Tesoureira IHGP- Biênio 2023-2024
Referências
GOMES, Roberto. Conheça a história da poeta Júlia da Costa. Revista Helena. Publicado em 03/07/2014. Disponível em: https://www.bpp.pr.gov.br/.../Conheca-historia-da-poeta... Acesso em: 01/03/2022.
MUZART, Zahidé Lupinacci (org.). Poesia: Júlia da Costa. Curitiba: Imprensa Oficial do Paraná, 2001.
VILELA, J. S; SILVA. M. M. Poesia e política em Júlia da Costa. Revista Cacto Ciência, Arte, Comunicação em Transdisciplinaridade Online V. 1 N. 1 2021 / ISSN 2764-1686
Júlia Maria da Costa nasceu em Paranaguá, no dia 1º de julho de 1844, na cidade de Paranaguá. Júlia era filha de Alexandre José da Costa, natural de Paranaguá (PR), e de Maria Machado da Costa, oriunda de São Francisco do Sul (SC). Ainda criança, Júlia mudou-se com sua mãe para Santa Catarina. Foi em São Francisco do Sul que Júlia iniciou seu trabalho no campo literário. Publicou, em 1867, dois livros: Flores dispersas 1.ª série, e Flores dispersas 2.ª série. Sob os pseudônimos de Sonhadora, Americana e J. C. (entre outros), escreveu poemas e crônicas publicadas em folhetins e jornais.
A sua frase “Ser inteligente é um fardo muito pesado para uma mulher”, demonstra como se sentia, enfrentando tabus e preconceitos, sem ser devidamente reconhecida pelo seu trabalho. De acordo com Roberto Gomes, “no seu caso, com um agravante: fazer coisas reservadas aos homens, tais como escrever, defender ideias, ser independente”. Por pressão familiar, com a idade de 26 anos, Júlia se casou com o Comendador Costa Pereira, um homem de negócios, proprietário de fazendas, dono de uma companhia de navegação, importador e exportador de mercadorias. Porém, Júlia nunca deixou de nutrir seu amor Carvoliva. Júlia faleceu em 1911, sozinha e doente no seu sobrado, em São Francisco do Sul.
De acordo com Roberto Gomes, Júlia terminou vítima do grande sonho de um amor romântico e das armadilhas de sua época. Sonhava de forma precursora com a igualdade entre homens e mulheres, mas sucumbiu ao peso e ao apelo familiar, de um casamento tradicional. Sem realizar seus sonhos, sua vida só poderia terminar em desgraça. Essa tragédia pessoal é a grandeza da vida de Júlia.
Por fim, neste singelo texto introdutório, podemos dizer que Júlia era dona de uma escrita profundamente apaixonada, ela não tinha medo de demonstrar seus sentimentos e a sua opinião. Na biblioteca do IHGP, é possível consultar os textos acadêmicos escritos sobre a vida de Júlia, os seus poemas publicados e, a sua obra Flores Dispersas, uma leitura mais que recomendada. Particularmente, no IHGP, existe um espaço que faz uma homenagem a poeta, no Panteão dos Heróis encontra-se o jazigo de Júlia da Costa e a transcrição de parte do seu poema “Minha Terra”.
Priscila Onório Figueira
Tesoureira IHGP- Biênio 2023-2024
Referências
GOMES, Roberto. Conheça a história da poeta Júlia da Costa. Revista Helena. Publicado em 03/07/2014. Disponível em: https://www.bpp.pr.gov.br/.../Conheca-historia-da-poeta... Acesso em: 01/03/2022.
MUZART, Zahidé Lupinacci (org.). Poesia: Júlia da Costa. Curitiba: Imprensa Oficial do Paraná, 2001.
VILELA, J. S; SILVA. M. M. Poesia e política em Júlia da Costa. Revista Cacto Ciência, Arte, Comunicação em Transdisciplinaridade Online V. 1 N. 1 2021 / ISSN 2764-1686
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