segunda-feira, 4 de novembro de 2024

A Corte dos Faraós

 A Corte dos Faraós

UM CORTESÃOObviamente o faraó não governava sozinho. Um grupo de funcionários do palácio, uma espécie de conselho privado, ajudava o rei a comandar o país. Havia também os altos funcionários do império e uma aristocracia militar. E escribas por toda parte. Algumas das pessoas que privavam da intimidade do faraó podiam estar ligadas a ele por relações de parentesco, mas outros vangloriavam-se de serem de origem humilde e terem se destacado por seu próprio valor. Havia também aqueles que cresciam junto dos faraós e até alguns cujas mães haviam sido amas-de-leite do rei. Tais famílias tendiam a formar dinastias de funcionários, com filhos e netos sucedendo os pais e avôs nas funções exercidas. Foi assim com Hapu-seneb, vizir de Hatshepsut (c. 1473 a 1458 a.C.), que havia sido precedido no posto por seu avô; foi assim, também, com Rekh-mi-re, vizir de Tutmósis III (c. 1479 a 1425 a.C.), que sucedeu no cargo a seu tio paterno e a seu avô. A experiência nas questões da administração era uma qualidade rara e havia tendência dos altos cargos serem mantidos dentro de um seleto grupo relativamente pequeno. Ao lado vemos o portador de leque à direita do rei, vestido com um longo casaco branco, elegante, como convinha ao seu posto de alto funcionário, diretor dos bens e tesoureiro de Tutmósis IV (c. 1401 a 1391 a.C.). O fato de que seu nome foi martelado na base da estátua leva a pensar que se pretendia apagar, também, sua memória.

Levando-se em conta a essência divina do rei, concebia-se a natureza do faraó carregada de força e de magia, como aquela dos deuses. Há provas de que sua divina pessoa era normalmente intocável e ninguém podia aproximar-se dela. Por tal razão, nas primeiras dinastias as funções exercidas na corte real relacionadas diretamente à pessoa do rei, tais como penteá-lo, vesti-lo ou alimentá-lo, estavam reservadas originalmente aos filhos do faraó pois, em razão de sua origem, poderiam resistir melhor aos eflúvios mágicos que emanavam do soberano. Posteriormente, os titulares de tais cargos passaram a usufruir de um status social superior. Um cortesão da V dinastia (c. 2465 a 2323 a.C.), de nome Raour, narra nas inscrições de seu túmulo em Gizé que ele, por estar muito próximo do rei, foi ferido acidentalmente por um cetro real carregado de poder durante a coroação de Neferirkare (c. 2446 a 2426 a.C.). Para conjurar o perigo, o faraó fez um voto por sua saúde e a seguir decretou que o incidente fosse inscrito em sua tumba.

As principais funções na corte faraônica eram as dos dois Inspetores do Tesouro, relacionadas com o recebimento e a distribuição de matérias-primas e bens acabados, com o controle de butins de guerra, de tributos e de outros proventos. Cabia ainda à administração do tesouro supervisionar as grandes construções, providenciar a alimentação e os salários dos trabalhadores das obras. A gestão dos monopólios reais, como a exploração das minas e das pedreiras, ou ainda a preparação e a realização prática das expedições comerciais ao exterior eram encargos dos tesoureiros.

Também importante era o Inspetor dos Celeiros do Alto e do Baixo Egito, cuja responsabilidade recaia sobre a colheita, registro e armazenagem da produção anual de grãos e demais produtos agrícolas em todo o território egípcio. Era obrigação sua a alimentação do palácio, da corte, do corpo de funcionários, bem como do templo funerário do rei e de todo o conjunto da sociedade. Havia muitos outros postos na corte: o de Mordomo Chefe, o de Escriba das Provisões, o de Primeiro Arauto, Secretário e Despenseiro, além de vários camareiros, pagens e portadores de leques. O título de portador de leque à direita do rei foi conferido como posição honorífica aos funcionários mais graduados do país.

Durante o Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.) havia dois cargos de especial importância. Um era o de Vice-rei de Kush, o delegado do faraó na Núbia e no Sudão até a quarta catarata. A sede de seu governo ficava em Aniba, 225 quilômetros ao sul da primeira catarata, de onde ele governava suas províncias em nome do faraó e com uma administração modelada naquela que era utilizada no Egito. Esse cargo servia com frequência de aprendizado e preparação para o príncipe herdeiro. O outro cargo era o de Primeiro Profeta ou Grão-Sacerdote de Amon em Tebas. Esse templo recebia tão grandes dotações e presentes dos faraós que qualquer um que administrasse tamanha riqueza, inevitavelmente se tornaria um homem poderoso dentro do país.

O principal funcionário abaixo do rei durante esse período, entretanto, ainda era o vizir, cujo cargo remonta ao alvorecer da história e persistiu até o século IV a.C. Nessa época geralmente havia dois vizires: um para o Baixo e outro para o Alto Egito. Rekh-mi-re, vizir que serviu sob as ordens do faraó Tutmósis III, deixou gravado em seu túmulo um relato detalhado de suas atribuições. Elas incluíam não só um relatório diário para o soberano sobre a situação do país, mas também a realização de julgamentos na Sala de Audiências, o recebimento e transmissão de instruções para os vários ramos do governo central e a implantação e revogação de decretos.

O cargo de vizir poderia ser considerado como o traço de união entre a administração central e as administrações regionais do Estado. O homem que o ocupava era responsável pela coordenação de todos os cargos administrativos, supervisionava os monopólios estatais e a economia e as finanças como um todo, além de ser a mais alta instância judiciária. Presidindo os colegiados distritais, fazia com que os testamentos fossem cumpridos e supervisionava a medição dos campos. Uma das principais atribuições de um vizir era a de controlar o recolhimento das taxas em todo o país, mas ele também mobilizava o corpo de guarda pessoal do faraó; zelava pelo abate de árvores e pela irrigação em geral; orientava os chefes locais no cultivo de verão; fazia uma inspeção semanal dos recursos hídricos; controlava as necessidades de renda dos templos e determinava os valores das taxas a serem recolhidas.

Além de tudo isso, ainda administrava o exército no interior do país, verificava o estado das fortalezas nas fronteiras; tomava medidas efetivas contra ataques de ladrões e nômades e zelava pelos armamentos das embarcações. Casos importantes de disputas civis eram enviados a ele pelas cortes de menor nível e então resolvia questões de disputa de terras e testamentos, bem como casos criminais que requeriam sentenças mais rigorosas, tudo em virtude de sua autoridade como Chefe de Justiça. Recebia embaixadores estrangeiros e supervisionava as oficinas e os trabalhos de construção, inclusive as do túmulo real. Não sem razão, portanto, recebia títulos de Diretor da Política, Conselheiro Secreto de Todas as Ordens do Rei e de Diretor de Todo o País, entre outros, os quais reafirmavam seu papel de representante do rei na ausência dele.

Ao nomear esses funcionários de elevada categoria os faraós costumavam enfatizar que aquela função era o sustentáculo do país e que, ao invés de ser doce, era amarga como fel. Alertavam ainda o novo ocupante do cargo para que nunca o ocupasse para atender aos seus próprios interesses e para que jamais demonstrassem favoritismo por quem quer que fosse. Somente um comportamento que atendesse aos interesses do rei e do Estado poderia ser útil à vida profissional de um indivíduo. Por outro lado, entendiam os reis que tais funcionários deviam ser bem recompensados, pois caso contrário estariam abertos à corrupção. Aos que se destacavam em suas atribuições o faraó outorgava o ouro da honra e recebê-lo era um dos mais importantes acontecimentos da carreira de um funcionário. A entrega de tais condecorações, representadas sobretudo nos túmulos do Império Novo, era feita pelo próprio rei. Nos relevos o faraó aparece, a maioria das vezes acompanhado da esposa, proferindo palavras elogiosas na janela da aparição de seu palácio, ou colocando ele mesmo um colar de ouro no pescoço de seus funcionários.

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As Famílias dos Faraós

 As Famílias dos Faraós

Representações de cenas familiares envolvendo os faraós são raras. Os momentos da vida íntima da família real surgem apenas na arte da época amarniana, ou seja, durante o reinado de Akhenaton (c. 1353 a 1335 a.C.), e ocupam um lugar inexistente em épocas anteriores. Nesse período os relevos nos mostram os doces e ternos relaciona-mentos entre o rei e a rainha, das princesas entre si e com seus pais. Tais temas são repetidos com variações sempre novas e surpreendentes. Acima vemos um desses instantes de ternura entre Nefertiti e uma de suas filhas. Por outro lado, a idéia de representar os corpos de frente é uma inovação revolucionária na arte do relevo.

Embora a monogamia fosse a regra fundamental no antigo Egito, a política de matrimônio seguida pela casa real, principalmente no Império Novo (c. 1550 a 1070), favorecia a poligamia, com o objetivo de preservar o poder. Em função desse mesmo propósito, geralmente não se concedia às princesas estrangeiras a condição de esposas principais. Quando, por exemplo, Amenófis III (c. 1391 a 1353 a.C.), por razões políticas, casou-se com uma princesa mitaniana, os dizeres comemorativos inscritos em um escaravelho afirmavam:

Ano 10 sob Amenófis e Teye, Grande Esposa Real, cujo pai se chama Yuya e cuja mãe se chama Tuya. Maravilhas trazidas para Sua Majestade: Gilu-Khepa, filha de Shuttarna, príncipe do Mitanni, e a maior parte do seu harém, 317 mulheres.
Ou seja, mesmo proclamando-se esse grande matrimônio de Estado, reafirmava-se a prioridade de Teye, embora ela fosse uma filha de plebeus. A chegada de uma princesa estrangeira não prejudicava a posição da primeira esposa. Já o matrimônio consagüíneo está frequentemente documentado entre a população em geral, mas raramente entre irmãos, ainda que isso pudesse ocorrer na família real, nesse caso com o mesmo objetivo da preservação do poder. Foi o que aconteceu no enlace de Tutankhamon (c. 1333 a 1323 a.C.) com sua meia-irmã, Ankhesenamum, se concordarmos com os egiptólogos que afirmam que aquele faraó era filho de Akhenaton com uma de suas esposas secundárias, chamada Kiya.

DETALHE DA PALETA DE NARMEROs filhos dos faraós, desde a I dinastia (c. 2920 a 2770 a.C.), agiam como se fossem funcionários da corte a serviço de seus pais. Por exemplo, na paleta de Narmer (detalhe ao lado), o personagem que caminha diante do rei, envolto em uma pele de animal, e que podemos interpretar como um precursor dos futuros vizires, supõe-se que seja um filho do rei. Sem dúvida, também era o filho mais velho do faraó quem, originalmente, exercia a função de sacerdote Sem. O ocupante desse cargo desempenhava um papel essencial tanto no ritual da festa Sed, realizando a cerimônia de abertura da boca, quanto nos rituais de sepultamento.

Também eram os filhos do rei que, inicialmente, cuidavam da administração das províncias, às quais os gregos chamaram de nomos. Todos os jovens príncipes recebiam educação esmerada. As aulas eram ministradas na escola da corte, anexa ao harém real, e dirigidas por um personagem chamado de Preceptor dos Filhos Reais. O título de Filho do Rei, porém, raramente era conferido ao homem que não fosse já de fato rei ou, pelo menos, herdeiro presuntivo do trono. Os filhos de funcionários da corte e dos nobres provinciais, principalmente dos nomarcas, também frequentavam essas aulas. Com o crescimento do império, entretanto, era natural que as tarefas fossem se multiplicando e se especializando e surgiu a necessidade da criação de novos cargos e o poder passou a ser delegado a pessoas sem laços familiares com o faraó.

As meninas nascidas da esposa principal recebiam o título de Filhas do Rei, para distinguí-las daquelas nascidas das demais esposas. Outros títulos importantes que podiam ser atribuídos a uma mulher, os quais permaneceriam, então, com suas detentoras pelo resto de suas vidas, eram o de Grande Esposa Real, Mãe do Rei, Esposa do Rei e Irmã do Rei.

Tanto a mãe quanto a esposa principal do soberano, a Grande Esposa Real, ocupavam um lugar de particular importância no seio da família do faraó. Desde os primeiros tempos que, entre os títulos colocados acima do número de anos do reinado em curso, atrás do nome do rei em questão, se faz menção ao nome de sua mãe. Somente as mães dos faraós podiam ostentar o título de Filha do Deus e isso revela seu papel excepcional e indica que todas as ligações genealógicas pertenciam ao plano mítico e religioso do dogma real. Na VI dinastia, Pepi II (c. 2246 a 2152 a.C.) herdou o trono enquanto ainda era criança e, sem problemas, sua mãe atuou como regente e aparece com grande importância nas primeiras inscrições daquele rei. Qualquer mulher, tivesse ela origem real ou não, fosse ela casada com um rei ou não, elevada à condição de mãe do faraó pelo coroamento do seu filho, passava a se inserir, pelo fato em si, em um plano mítico que respaldava a idéia do nascimento divino do rei.

Mas sem dúvida a XVIII dinastia (c. 1550 a 1307 a.C.) sobrepujou as épocas anteriores na admissão e reconhecimento da influência da mulher. Amósis-Nofretari, por exemplo, esposa e irmã de Amósis (c. 1550 a 1525 a.C.), primeiro faraó daquela dinastia, tornou-se uma rainha muito poderosa. Ela foi a primeira na história do Egito a receber o título de Esposa do Deus. Nessa época a mãe do rei passou a ocupar, de forma vitalícia, posição de precedência sobre a rainha, esposa do seu filho. Decretos reais foram especialmente emitidos instituindo cultos para veneração de algumas rainhas-mães, as quais podiam em certos casos exercer a regência em nome de seu filho menor. Hatshepsut (c. 1473 a 1458 a.C.) tomou para si títulos masculinos e se fez "rei".

ESTÁTUA DE TEYEAlgumas rainhas receberam de seus esposos tratamento diferenciado na arte. Foi o caso, por exemplo, de Teye, esposa de Amenófis III, e de Nefertiti, mulher de Akhenaton (c. 1353 a 1335 a.C.). A primeira surge representada nas estátuas em tamanho colossal, sentada ao lado do esposo, e não presa às pernas do faraó em tamanho menor, como se fosse um indivíduo relativamente insignificante, como era habitual. Seu esposo tinha prazer em declarar que queria honrá-la construindo-lhe um lago no qual pudessem navegar na barca real. Na foto ao lado uma das estátuas que a representa, encontrada pelos arqueólogos em 2006.

No que diz respeito à rainha, a língua egípcia não tem um termo específico para designá-la, o que mostra que sua função e seu lugar eram determinados pelo rei. Os próprios títulos que usava como, por exemplo, Aquela que Vê Hórus e Seth ou Aquela que Segue Hórus, já indicam isso. A exemplo de seu esposo, era sempre uma figura também imponente: vestida de linho fino, calçada com couro, ornada de jóias, com uma cabeleira composta de centenas de minúsculas tranças que lhe chegavam aos ombros, impunha admiração e respeito. Um de seus títulos mais antigos, o de Mãe dos Filhos Reais denuncia sua principal missão, ou seja, a de assegurar a continuidade dinástica. Outro título do Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.) que a denomina de Portadora de Seth ou de Portadora de Hórus também mostra sua função de garantidora da sucessão real.

ADORNO DA RAINHAUma insígnia bem antiga usada pela rainha era o adorno de cabeça com o abutre. As asas e o corpo da representação artística da ave eram estendidos sobre uma espécie de barrete justo, enquanto que a cabeça do animal se projetava para a frente. Um substituto do abutre era a cobra naja, conhecida como uraeus. Abutre ou naja protegiam a rainha dos perigos. Essas eram as marcas mais características da soberania do rei e, por associação, também da soberania da sua esposa. Outro símbolo da realeza usado por mulheres a partir da XIII dinastia (c. 1783 até após 1640 a.C.) era um par de plumas de falcão montadas em um suporte circular, como vemos acima. Adornos de cabeça semelhantes eram usados pelos deuses Min e Amon e pela deusa Hátor. Além disso, a exemplo das divindades e reis, as mulheres reais são representadas segurando símbolos de propriedade como o ankh, o sistro e o colar menat.

A primeira esposa do faraó era consorte de um deus a quem se havia concebido o privilégio excepcional do contato físico com ele — escreve o egiptólogo John A. Wilson. Se ademais era filha de um faraó anterior, havia sido engendrada por um corpo divino e devia ter em si algo da natureza divina. Temos aqui alguns dos elementos que contribuíram para a forte tendência matriarcal na teoria egípcia da sucessão real: a legitimidade para governar estava condicionada pela descendência real da mãe tanto como pela do pai. O faraó podia ter muitas mulheres de diversas origens, mas a linha mais pura para continuar a semente do deus-Sol, , tinha que ser a da mãe que pertencesse diretamente à família real. Essa foi a causa pela qual alguns faraós se casaram com uma irmã, a fim de assegurar a estirpe mais divina possível e com o objetivo secundário de reduzir o número dos pretendentes ao trono.

Entretanto, outros estudiosos acreditam que as forças políticas possam ter influenciado mais do que os laços familiares na sucessão faraônica. Mas pode-se duvidar — afirma o professor de egiptologia da Universidade de Constança, Wilfried Seipel —, que a "pureza do sangue", ou seja, a origem genealógica direta da rainha tenha desempenhado um papel para legitimar as reivindicações ao poder do seu esposo. Com efeito, não se insiste jamais sobre o fato de que o rei nasceu de uma esposa principal, e o casamento consangüíneo entre irmãos e irmãs nascidos do mesmo pai e da mesma mãe não é atestado explicitamente antes da época ptolomaica (304 a 30 a.C.). A concepção frequentemente expressa segundo a qual, na época de uma mudança de dinastia, esposava-se uma filha da antiga dinastia para assegurar a legitimidade da nova, pode assim ser recusada. Na maior parte dos casos, são as forças políticas presentes que devemos levar em consideração para explicar o triunfo das reivindicações ao trono. (...) Desde o Império Médio (c. 2040 a 1640 a.C.) que o título de "grande esposa real" colocou expressamente a rainha em evidência com relação às numerosas outras esposas secundárias do harém real.

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