A cidade de Quatro Barras surgiu devido aos primeiros caminhos traçados pelo Paraná. Em 1666, no planalto de Curitiba, foi criado o Arraial de Campina Grande, que fazia parte do Arraial Queimado.
O povoado da época era formado por bandeirantes procurando ouro. Antes da chegada dos primeiros colonizadores portugueses e espanhóis, o território era ocupado por tribos indígenas, das famílias linguísticas Tupi Guarani e Jê. A comunicação entre os povoados era feita por trilhas que originaram os caminhos da Graciosa e do Itupava.
O caminho do Itupava, do século XVI, foi o mais importante meio de ligação entre o litoral e Curitiba, durante dois séculos. Em 1873, se deu a abertura da Estrada da Graciosa, uma antiga trilha usada pelos índios. A estrada foi a primeira via que poderia ser usada por carroças na Província do Paraná.
Em novembro de 1883, a Lei Provincial 762 estabeleceu os povoados de Capivari Grande e Quatro Barras como integrantes do Termo da Freguesia de Colombo. Somente em 1961 foi criado o município de Quatro Barras, com lei sancionada pelo governador Moisés Lupion de Tróia. O território da cidade foi desmembrado dos municípios de Piraquara e Campina Grande do Sul.
Um fato notável da região foi a breve passagem do imperador Dom Pedro II em 1880. O imperador passou pela Estrada da Graciosa em direção a Curitiba. Durante o percurso, ele se acomodou debaixo de um pinheiro-do-paraná para descansar. Em homenagem ao acontecimento, uma tela foi pintada por José Demeterco, levando o nome de Pinheiro histórico de Dom Pedro II. Uma das principais avenidas de Quatro Barras tem o nome do imperador, como forma de homenagem.
O nome da cidade faz referência às barras dos rios Bracajuvava, Timbu, Canguiri e Capitanduva. Atualmente, Quatro Barras tem uma área aproximada de 169,47 km², composta por 37 bairros. A população é de 22 mil habitantes, incluindo descendentes de portugueses, alemães, poloneses e italianos.
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