GRUPO ESCOLAR CRISTO REI - 1954
Texto: João Angelo Belotto
GRUPO ESCOLAR CRISTO REI - 1954
Texto: João Angelo Belotto
Neste dia em especial, o primeiro dia de aulas no Grupo Escolar, minha mãe Guadalupe Garcia Belotto, com meu irmão Sérgio Roberto Belotto no colo. Ao fundo o Grupo, onde por 4 anos estudei, bem pertinho de minha casa, uma quadra e meia para ser mais exato... Porque minha mãe estava ali, pois é, neste dia foi o primeiro de aulas, e, pediram para os pais levarem os filhos... eu especialmente, pois meu pai havia,novamente,se transferido para Curitiba, pois era na época Tenente do Exercito e as transferências eram constantes, e, ele havia construido a nossa casa na Rua Presidente Abranches, atual Prefeito Angelo Lopes. Eu tinha feito o meu primeiro ano na cidade de Joaçaba em Santa Catarina e já ia entrar, é claro, no segundo ano aqui. Imagino que estava um pouco nervoso com mais uma mudança. No novo colégio me senti muito a vontade, pois minha professora (não lembro o nome) e gostaria muito de lembrar, foi fantástica, a ponto de até hoje eu me lembrar dela de relance. Lembro bem que tinha um caseiro no Grupo que chamavam de "Mamangava"... tinha uma voz rouca e forte... e todos tinham pavor dele, pois fazia as vezes de Inspetor... e daqueles brabos... Um dia, sem aulas, possívelmente domingo, liberaram a quadra para que os jovens pudessem brincar, e no outro lado da cerca, ou melhor muro, era o campo do Bloco Esportivo Morguenau, time que na época competia pau a pau com o Coritiba e Atlético, na 1ª Divisão do futebol paranaense (a camisa era praticamente a do São Paulo), incluindo ai o distintivo e as cores (vermelho, branco e preto). Neste dia o "Bloco" como chamavam iria enfrentar o Coritiba, e, eu, pequenino e sem dinheiro, ao lado do campo, fui assistir o jogo em cima do muro. Ocorre que entre o Colégio (prédio) e o muro em que me encontrava sentado, tinha um canil, com 4 cães, e dos brabos, um deles pastor alemão. Num deslize meu, cai dentro do canil e fui vítima de várias mordidas, todas elas na perna e nos pés, pois no afã de não ser mordido e na tentativa de sair o mais rápido possível dali eu fiquei pendurado no muro, apoiado somente com as mãos, e, vejam só, quem me tirou do sufoco, o "MAMANGAVA"... O "TERRÍVEL INSPETOR"... não lembro, só sei que tive que tomar uma bateria de picadas próximo do umbigo por causa da raiva, era um sufoco... todos os dias. Fique muito amigo do Mamangava nos anos que se seguiram e, mesmo depois de sair do Grupo eu continuei visitando-o. Grandes lembranças do GRUPO ESCOLAR CRISTO REI....
PS. Fui procurar o significado de MAMANGAVA e vejam só: "São abelhas grandes do gênero "Bombus". No Brasil a mais comum é a "Bombus terrestris".São grandes, fazem um zumbido alto quando voam e a sua ferroada é muito dolorosa, mas elas são essenciais para a polinização das plantas"
FOTO DE VICTÓRIO BELOTTO - acervo da familia Belotto.
Texto: João Angelo Belotto
Neste dia em especial, o primeiro dia de aulas no Grupo Escolar, minha mãe Guadalupe Garcia Belotto, com meu irmão Sérgio Roberto Belotto no colo. Ao fundo o Grupo, onde por 4 anos estudei, bem pertinho de minha casa, uma quadra e meia para ser mais exato... Porque minha mãe estava ali, pois é, neste dia foi o primeiro de aulas, e, pediram para os pais levarem os filhos... eu especialmente, pois meu pai havia,novamente,se transferido para Curitiba, pois era na época Tenente do Exercito e as transferências eram constantes, e, ele havia construido a nossa casa na Rua Presidente Abranches, atual Prefeito Angelo Lopes. Eu tinha feito o meu primeiro ano na cidade de Joaçaba em Santa Catarina e já ia entrar, é claro, no segundo ano aqui. Imagino que estava um pouco nervoso com mais uma mudança. No novo colégio me senti muito a vontade, pois minha professora (não lembro o nome) e gostaria muito de lembrar, foi fantástica, a ponto de até hoje eu me lembrar dela de relance. Lembro bem que tinha um caseiro no Grupo que chamavam de "Mamangava"... tinha uma voz rouca e forte... e todos tinham pavor dele, pois fazia as vezes de Inspetor... e daqueles brabos... Um dia, sem aulas, possívelmente domingo, liberaram a quadra para que os jovens pudessem brincar, e no outro lado da cerca, ou melhor muro, era o campo do Bloco Esportivo Morguenau, time que na época competia pau a pau com o Coritiba e Atlético, na 1ª Divisão do futebol paranaense (a camisa era praticamente a do São Paulo), incluindo ai o distintivo e as cores (vermelho, branco e preto). Neste dia o "Bloco" como chamavam iria enfrentar o Coritiba, e, eu, pequenino e sem dinheiro, ao lado do campo, fui assistir o jogo em cima do muro. Ocorre que entre o Colégio (prédio) e o muro em que me encontrava sentado, tinha um canil, com 4 cães, e dos brabos, um deles pastor alemão. Num deslize meu, cai dentro do canil e fui vítima de várias mordidas, todas elas na perna e nos pés, pois no afã de não ser mordido e na tentativa de sair o mais rápido possível dali eu fiquei pendurado no muro, apoiado somente com as mãos, e, vejam só, quem me tirou do sufoco, o "MAMANGAVA"... O "TERRÍVEL INSPETOR"... não lembro, só sei que tive que tomar uma bateria de picadas próximo do umbigo por causa da raiva, era um sufoco... todos os dias. Fique muito amigo do Mamangava nos anos que se seguiram e, mesmo depois de sair do Grupo eu continuei visitando-o. Grandes lembranças do GRUPO ESCOLAR CRISTO REI....
PS. Fui procurar o significado de MAMANGAVA e vejam só: "São abelhas grandes do gênero "Bombus". No Brasil a mais comum é a "Bombus terrestris".São grandes, fazem um zumbido alto quando voam e a sua ferroada é muito dolorosa, mas elas são essenciais para a polinização das plantas"
FOTO DE VICTÓRIO BELOTTO - acervo da familia Belotto.
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