O Casamento das Princesas Isabel e Leopoldina Cristina (Filhas de Dom Pedro II)

Olá Curiosos!

Vamos falar hoje sobre o casamento das princesas brasileiras, Isabel e Leopoldina.

Quando as duas ficaram adolescentes, o nosso Pedrinho (Dom Pedro II) tratou de trazer, para o Brasil, a primeira câmera fotográfica do país. Para depois não o acusarem de ter enganado alguém, como aconteceu consigo ao casar-se por contrato com sua adorável esposa.

Voltando um pouquinho no tempo, vamos nos lembrar do episódio de chegada da Imperatriz Teresa Cristina, que enganou nosso Pedrinho com uma imagem "falsiane" e, quando Pedrinho subiu no barco pra encontrar sua Princesa Italiana, quase teve um infarto, desceu chorando do barco, - dizem até que desmaiou e tentou cancelar o contrato, mas, não deu nada certo.

Não é de se estranhar que ele, também, tenha pulado a cerca com a Condessa de Barral. Afinal, ele e a Imperatriz pararam de ser transantes, quando ele tinha vinte e cinco anos, quando faleceu seu segundo filho homem.

Mas, com as Princesas a coisa não aconteceu da mesma maneira. Ele mandou fotos reais delas bem arrumadinhas, tipo Tinder Imperial. - Tudo bem que não rolou um superlike, - mas naquele momento alianças eram importantes. Em dois de setembro de 1864, chegam dois nobres e lindos europeus para se casarem com as meninas. As fotos das duas já haviam sido enviadas, não dava pra dizer que a cigana enganou. Dona Amélia mexeu os pauzinhos lá na Europa, informando que elas nem eram tão bonitas, mas eram maneiras pra caramba. Então papo vai, papo vem, tiraram par ou ímpar.

Imagino a conversa dos dois vendo as fotos:

- Você é mais corajoso, pega a mais velha.

- Acho melhor não primo. Ela tem o nariz de berinjela. Acho melhor, eu pegar a mais nova.

- Cara, vai ser legal. Você pega a mais nova. Vamos pras festas juntos. Nossos filhos crescerão juntos. Continuaremos primos e irmãos e nossos filhos serão netos do Imperador do Brasil. Olha que moral?

- Tá, me convenceu. A mais nova é minha e a mais velha é sua.

- Fechado - afirmou Luiz Augusto. Crente que estava abafando.

Pois bem... Vieram os dois, na longa e cansativa viagem e se depararam com as duas. Primeiro foi um baque. O Conde d'Eu escreveu aos pais, " A mais nova é feia, mas a mais velha consegue ser mais feia ainda".

Elas nem eram feias assim, só que o Padrão na Europa naquele momento era outro. As Princesas da Baviera eram muito lindas, as espanholas idem, então eles meio que deram uma estremecida.

Mas, mesmo assim, quando Isabel, conheceu seu pretendente, que era até bem mais gato do que o Conde d'Eu, o Duque Luís Augusto, o Santo dela não bateu com o dele. Então resolveram trocar os pares. Os pretendentes não tinham muito que opinar. Uma feia pela outra. Era indiferente. Mas quem pegasse a mais fofinha, levava o Império do Brasil de cara, pois ela era a herdeira do pai até aquele momento e o Conde ganhava mais nessa, pois ser Conde era menos que ser Duque.

As duas já estavam passando do ponto e não dava pra ficar trocando de príncipes. Eles eram netos de nada mais nada menos que o Rei francês Luís Felipe I. Eles se encontraram pela primwira vez no Palácio Imperial. As duas muito tímidas. Quase não conversaram. O que piorou a situação. Pois, a Dona Amélia, a ex-esposa de Dom Pedro I, havia dito que elas eram muito simpáticas.

Aí começou a Treta.

Isabel disse que não casava com o Duque nem por nada nesse mundo!

Pedrinho pedia a Isabel pra ser mais tolerante, que apesar do primeiro encontro dele com a esposa ter sido um desastre, ele passou a amá-la com o tempo. E eram até felizes e grandes amigos (E eram mesmo!). Apesar da vida sexual estagnada, Dom Pedro II tinha grande amizade com A imperatriz Teresa Cristina, sua esposa.

Os dias foram passando e os encontros no palácio dos dois casais foram se tornando surpreendentes. Só que o Conde passou a gostar da Isabel e o Duque ... da Leopoldina.

Uma coisa que aproximou muito o Conde d'Eu e a Princesa Isabel foi o amor pelos cães que os dois tinham em comum.

Passados cinco dias, após a chegada, resolveram, então, que trocariam de pares.

Foi algo inusitado e nunca ocorrido antes em casamentos dinásticos.

Mas, a troca deu extremamente certa.

A delicadeza e educação das meninas conquistaram o coração dos bonitões pra sempre. Eles nunca mais tocaram no assunto feiura.

A festa de casamento de Isabel não foi lá essas coisas. Muitas coisas deram errado. As luminárias encomendadas não deram muito certo. Os Fogos Falharam. A iluminação de velas botou fogo no banheiro. O buffet não era lá essas coisas, também. Passavam servindo coxas assadas de frango, na bandeja, pra pegar com a mão, e o Conde d'Eu chegou a comentar que achara a festa meio bizarra.

No dia seguinte, os jornais caíram de pau. Disseram que a orquestra não sabia tocar as músicas escolhidas pelo primeiro casal, que se casou, em 15 de outubro de 1864. Um pouco mais de um mês, após a chegada de d'Eu. E, em 16 de dezembro, do mesmo ano, a Princesa Leopoldina e o Duque Luis Augusto sobem ao altar, com toda pompa e circunstância.

E não tem o ditado que diz que feio faz filho bonito? Pois bem... Deu certo, nesse caso.

As crianças de ambos os casais eram lindas. Independentes das mães. Também, o avô Pedrinho era um gato, quando novo. A bisa Leopoldina era bonita, também, e os pais ajudaram. DNA bateu e deu tudo certo.

Os historiadores relatam que os registros feitos pela princesa e pelo conde, mostram um casal extremamente apaixonado e que possuía uma relação sólida.

Do casamento da princesa Isabel e do Conde d’Eu nasceram quatro filhos: Luísa Vitória, Pedro, Luís e Antônio.

O conde, por sua vez, não era a pessoa mais popular na corte brasileira, por ser estrangeiro e por ter problemas de comunicação, ocasionados pela sua surdez (Perdeu a audição em uma Guerra) e pelo seu mau português.

Eles levaram dez anos para o nascimento da primeira que, infelizmente, nasceu morta, (Leiam o Post dos Partos dela, que esse primeiro é de arrepiar, deixo o Link no final). O segundo nasceu no fórceps, o que lhe tirou o movimento de um dos braços, com uma lesão irreversível. E os outros dois nasceram com tudo ok.

Foram super felizes e apaixonados. Viveram muito. Ele era um maridão. E ela morreu aos setenta e cinco anos, em Paris, no Exílio. Ele, no Rio de Janeiro, no ano seguinte, a bordo do Navio em que vinha receber uma homenagem para Isabel. Ambos estão sepultados, em Petrópolis na Catedral se São Pedro.

Leopoldina não teve a mesma sorte.

Deu à luz ao neto preferido de D. Pedro II, o príncipe Pedro Augusto. Mas morreu precocemente, aos 23 anos. Vítima da febre tifoide, que assolava Viena. Deixando seus quatro filhos órfãos. Os mais velhos (Pedro Augusto e Augusto Leopoldo) foram trazidos para o Brasil, para serem educados pelo avô. E só foram preteridos da linha de sucessão ao trono com o nascimento do primeiro filho de Isabel.

Leopoldina foi amada pelo duque e feliz. O duque não saía do seu lado, no período de sua doença. Ignorando, até os pedidos dos médicos. Segundo relatos, chorou o tempo inteiro e, em memória a jovem princesa Leopoldina, decidiu não mais se casar.

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Para ler o Post do Parto da Princesa Isabel

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