1953: Quando Curitiba Recebeu os “SkyMaster” da Aerovias Brasil — E o Paraná Virou Ponto de Conexão Aérea da América do Sul
📷 IMAGEM 1: “Cruzando os céus paranaenses, os poderosos ‘SKYMASTER’ das Aerovias Brasil”
Página numerada como 38, com título em letras maiúsculas e negrito, ocupando toda a largura da página. O texto começa com uma descrição épica:
“Tendo inaugurado nova linha — Rio-Buenos Aires, via São Paulo e Porto Alegre —, foi o San Martin, afiliado da primeira companhia argentina, que veio movimentar os mais altos círculos passageiros, com destino a Porto Alegre e Argentina.”
A foto central mostra um Douglas DC-4 SkyMaster estacionado no Aeroporto de Afonso Pena, em Curitiba. Ao fundo, pessoas elegantes — homens de terno e mulheres de vestido — observam o avião. Um grupo de autoridades, incluindo Sra. Eva Perón (sim, a esposa do presidente argentino Juan Perón), está presente.
👉 Detalhe visual: O avião tem pintura branca com listras vermelhas e azuis, e o logotipo da Aerovias Brasil visível na cauda. A foto é em preto e branco, mas a atmosfera é de festa — como se fosse a inauguração de um novo mundo.
O texto continua:
“Cerca das 14 horas, aportava em Curitiba a possante aeronave transportando 55 passageiros, entre as personalidades presentes, o Major Couto Pereira, diretor da ‘Aerovias Brasil’, e o Brigadeiro Fawcett, Diretor da Aviação Civil.”
📷 IMAGEM 2: “Governador Munhoz da Rocha e autoridades recebem o Major Couto Pereira”
Página numerada como 19, com duas fotos em preto e branco e texto justificado ao redor.
Na foto superior, vemos o Governador Munhoz da Rocha, acompanhado de membros de sua equipe, recebendo o Major Antonio Couto Pereira, diretor da Aerovias Brasil, no aeroporto. Ao fundo, o avião ainda está estacionado.
Na foto inferior, há um grupo de autoridades e convidados em um salão — provavelmente na Praça Carlos Gomes, em Curitiba — onde foi oferecido um coquetel aos presentes.
O texto diz:
“A sua chegada em Afonso Pena, as autoridades e convidados foram recebidos pelo Major Antonio Couto Pereira, diretor da agência da ‘Aerovias Brasil’, em Curitiba.”
E continua:
“Parabéns à ‘AEROVIAS BRASIL’ e em particular ao Major Couto Pereira por mais essa iniciativa nos anais dos caminhos aéreos do Brasil.”
👉 Detalhe visual: Os homens estão de terno escuro, gravata e chapéu — típico da moda masculina dos anos 1950. As mulheres usam vestidos longos e luvas. O ambiente é formal, com mesas cobertas por toalhas brancas e taças de champanhe.
📷 IMAGEM 3: “Fundição em Geral — Fábrica de Máquinas e Prógos — Muller Irmãos Ltda.”
Página numerada como 22, com um anúncio publicitário em estilo clássico dos anos 1950.
O título principal, em letras maiúsculas e negrito, diz:
“FUNDIÇÃO EM GERAL — FÁBRICA DE MÁQUINAS E PRÓGOS — MULLER IRMÃOS LTDA.”
Logo abaixo, em fonte menor:
COMPANHIA INDUSTRIAL “MARUMBY”
Endereço completo:
Av. Dr. Candido de Abreu, 13/127 — Telefones: 7-5-7 e 7-8-7 — Telegr.: industrialis — “Marumby” — Caixa Postal: 49 — CURITIBA — PARANÁ — BRASIL
O texto descreve os produtos da empresa:
“Fabricamos peças de ferro fundido, máquinas agrícolas, peças para indústria, e fornecemos serviços de fundição em geral.”
E finaliza com um apelo:
“Industrias fundadas em 1878 — Uma tradição de qualidade e confiança.”
👉 Detalhe visual: O anúncio tem um design limpo, com bordas decorativas e tipografia serifada. O nome “Muller Irmãos Ltda.” está em destaque, seguido de “Marumby” — marca registrada da empresa. O endereço é completo, com número da casa, telefone e caixa postal — algo raro hoje em dia!
📷 IMAGEM 4: “A Mulher No Lar e da Sociedade — Capricho”
Página numerada como 29, com um artigo assinado por Artur Arvedo, intitulado:
“CAPRICHO”
O texto começa com uma reflexão sobre a mulher moderna:
“Em Mar de Espanha havia um velho ditado: ‘Quem ama, capricha’. E esse ditado, tão antigo e sábio, ainda serve para definir o papel da mulher no lar e na sociedade.”
O autor fala sobre como a mulher deve cuidar da casa, da família e de si mesma — sem perder a elegância e o bom gosto.
Ele cita exemplos de mulheres que conseguiram equilibrar vida doméstica e social, e termina com uma frase marcante:
“Capricho não é luxo — é necessidade. É o que faz a diferença entre o comum e o extraordinário.”
👉 Detalhe visual: O texto está dividido em colunas, com parágrafos curtos e frases destacadas em itálico. O nome do autor, Artur Arvedo, está em negrito no início. O estilo é jornalístico, mas com um tom quase poético — típico dos artigos de revistas femininas da época.
📷 IMAGEM 5: “Conte-me — Debuxantes de 1951 do Clube Curitibano”
Página numerada como 35, com um layout de coluna única e texto justificado.
O título principal, em letras maiúsculas e negrito, diz:
“CONTE-ME”
Logo abaixo, em fonte menor:
“DEBUXANTES DE 1951 DO CLUBE CURITIBANO”
O texto é uma série de pequenos relatos ou “notas” sobre eventos sociais, casamentos, falecimentos e curiosidades da elite curitibana em 1951.
Exemplo:
“PARANÁ AZUL — Capital: Foi um grande espetáculo que se realizou no Clube Curitibano, com apresentações de artistas locais e convidados especiais.”
Outro trecho:
“CARAVANA SEM TÍTULO — Lacerda: Alfinetou, sem alvos, todos os que não querem saber de política. Mas, quem sabe, algum dia ele mesmo vai precisar de um cargo público?”
E finaliza com:
“DE UM CADAVER — Indicativo de um cadáver: Bandejas, lençóis, flores, coroa de louros, e um caixão.”
👉 Detalhe visual: O texto tem um tom irônico e sarcástico — típico da coluna social da época. As frases são curtas, com pontuação exagerada (vários pontos de exclamação e interrogação). O layout é simples, mas eficaz — como se fosse uma conversa entre amigos em um jantar.
💡 Por Que Isso Importa?
Porque essas páginas não são só papel velho — são testemunhos vivos de um momento crucial na história do Paraná. Em 1953, Curitiba já era uma cidade conectada ao mundo, com voos internacionais, indústrias modernas e uma elite social atenta às tendências globais.
E o mais incrível? Tudo isso aconteceu sem internet, sem smartphones, sem redes sociais — apenas com vontade, coragem e um pouco de capricho.
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