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sexta-feira, 17 de março de 2023

Ildefonso Pereira Correia (1849-1894), o barão do Serro Azul, e sua esposa, Maria José Correia, (1853-1921) a Baronesa de Serro Azul.

 Ildefonso Pereira Correia (1849-1894), o barão do Serro Azul, e sua esposa, Maria José Correia, (1853-1921) a Baronesa de Serro Azul.

Ildefonso foi um empresário e político paranaense, era o maior exportador e produtor de erva-mate do mundo no Século XIX.
Filho do tenente-coronel Manuel Francisco Correia Júnior e de Francisca Antônia Pereira Correia. Nasceu quando seu pai foi destituído de todos os seus cargos públicos, por ter imprimido um manifesto solicitando a separação da comarca de Curitiba da província de São Paulo.
Estudou no curso de humanidades no Rio de Janeiro, e aos 24 anos de idade retornou para o Paraná. A partir daí, Ildefonso Pereira Correia passou a se dedicar no comércio de erva-mate.
Aos vinte e sete anos, em sociedade, instalou seu primeiro engenho de erva-mate, em Antonina. Quatro anos depois viajou aos EUA para exibir seus produtos na Grande Exposição de 1880, obtendo grande sucesso.
Ao retornar, recebeu o convite para ser candidato à deputado provincial pelo partido Conservador. A partir daí, nunca mais deixou de participar de atividades políticas.
Com a construção da estrada da Graciosa, transferiu suas atividades para Curitiba. Nessa época já acumulava ponderável riqueza, que rivalizava com as famílias mais abastadas e tradicionais do Paraná.
Em Curitiba, adquiriu e modernizou o engenho Iguaçu, construiu o Engenho Tibagi, comprou serrarias e lançou-se à exportação de madeira.
Adquiriu posteriormente o controle acionário da Companhia Ferrocarril de Curitiba, lançou as bases do Banco Industrial e Mercantil, comprou o jornal Diário do Comércio e foi diretor da Sociedade Protetora de Ensino.
Alguns comparam-no ao Barão de Mauá, pois nenhum outro paranaense tenha produzido tanto na política ou na atividade empresarial quanto ele.
Causou simpatia ao imperador Dom Pedro II, quando este visitou Curitiba em 1881. Ao regressar ao Rio de Janeiro, o imperador concedeu-lhe a comenda da Imperial Ordem da Rosa.
Abolicionista convicto, quando se tornou presidente da câmara municipal de Curitiba, comprometeu-se publicamente a promover a emancipação dos escravos do município.
Em 8 de agosto de 1888, recebeu da princesa Isabel, então regente do Brasil, o título de barão do Serro Azul.
Ildefonso foi fuzilado em 1894 pelas tropas do General maranhense Éwerton de Quadros, sem qualquer processo legal ou acusação formal durante o caos Revolução Federalista, uma guerra civil que devastou o Sul do Brasil após a Proclamação da República. A tentativa de negociação com o líder dos maragatos, Gumercindo Saraiva, em busca da paz na região por parte do Barão soou como traição por parte dos florianistas, que justificaram a sua execução sumária
Após o fim da Revolução Federalista, o barão de Serro Azul foi considerado traidor da República. Os seus atos foram banidos da história oficial do estado do Paraná, documentos foram arrancados, referências apagadas, e qualquer discussão sobre a execução sumária dele e seus companheiros era evitada. A sua magnífica mansão em Curitiba foi transformada em quartel do Exército, tendo a baronesa e os seus filhos que morar em um anexo.
O Barão do Serro Azul teve seu reconhecimento como um homem que tentou proteger Curitiba apenas em 2008, quando teve seu nome incluído no Livro de Aço dos Heróis Nacionais, do Panteão da Pátria Tancredo Neves, em Brasília
A sua residência em Curitiba, construída em 1883, foi restaurada e é atualmente o Centro Cultural Solar do Barão.
A baronesa de Serro Azul passou a ter uma atuação de destaque especialmente após a morte do marido, que foi executado por forças governistas em 1894, deixando três filhos pequenos. Em uma época em que mulheres não podiam se candidatar a cargos políticos e nem mesmo frequentar o Congresso, ganhou repercussão a carta que ela escreveu ao Barão do Ladário, lida perante o Senado Federal.
O texto narra com detalhes os esforços do barão para que os revolucionários não destruíssem a cidade e denuncia os desdobramentos que levaram à morte trágica do marido.
Após a morte do barão, a baronesa permaneceu à frente dos empreendimentos da família, até por volta de 1909. Em seu palacete, organizou uma série de eventos, como o casamento de seus filhos e reuniões sociais, frequentados por importantes personalidades da cidade, como Maria Clara de Leão, Agostinho de Leão Junior, Trajano Reis, Cândido de Abreu e Bernardo da Veiga, o que mostra sua influência na sociedade da época.
Ela também contribuiu fortemente com a Sociedade Treze de Maio e com outras ações de filantropia. Fonte: O Barão do Serro Azul e seu papel na história do Paraná

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