Mostrando postagens com marcador O Verdadeiro “Buffalo Bill”: A História Esquecida de William Mathewson. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador O Verdadeiro “Buffalo Bill”: A História Esquecida de William Mathewson. Mostrar todas as postagens

domingo, 5 de outubro de 2025

O Verdadeiro “Buffalo Bill”: A História Esquecida de William Mathewson

 O Verdadeiro “Buffalo Bill”: A História Esquecida de William Mathewson



O Verdadeiro “Buffalo Bill”: A História Esquecida de William Mathewson

Antes que o nome “Buffalo Bill” ecoasse nos teatros da Europa, iluminasse palcos com fogos de artifício e se transformasse em símbolo do Velho Oeste, ele já tinha um dono real: William Mathewson , pioneiro do Kansas.

Nascido em Triangle, Nova York , Mathewson não foi um personagem de romance — foi um homem de ação. Explorador, caçador, guia indígena e combatente, ele viveu a fronteira como ela era: crua, desafiadora e repleta de riscos. Em 1849 , começou um trabalho para a Northwestern Fur Company , viajando por terras selvagens de Dakota, Nebraska e Wyoming , negociando com tribos nativas e aprendendo as complexidades das guerras entre povos indígenas — uma experiência que poucos brancos viveram tão de perto.

No pioneiro do Kansas, Mathewson ajudou a fundar assentamentos, negociou com os Wichita , e até traçou parte da famosa trilha Chisholm , rota vital para o transporte de gado e mercadorias. Tornou-se Comissário de Polícia de Wichita e serviu ao governo federal em postos comerciais das tribos Kiowa e Comanche — funções que projetam diplomacia, coragem e conhecimento profundo da cultura nativa.

Ele cavalgou ao lado de Kit Carson , sobreviveu nos fortes de Bent e St. Vrain , e chegou a enfrentar o temido chefe Kiowa Satanta em combate corpo a corpo — e saiu vitorioso, ganhando não só respeito, mas também amizade do líder indígena.

Morreu em 1916 , em Wichita, Kansas , aos 87 anos, deixando uma vida marcada por coragem, integridade e presença direta na construção do Oeste americano.

Mas aqui está o ponto mais curioso — e triste — da história: o mundo nunca o conheceu como mito .

Quem levou o nome "Buffalo Bill" às estrelas foi William Cody , outro caçador de búfalos — mas, diferentemente de Mathewson, um mestre da autopromoção. Cody transformou sua própria história (e, muitas vezes, a dos outros) em espetáculo: shows itinerantes, folhetins baratos, turnês europeias, cartazes grandiosos. Ele não apenas contou histórias — criou um mito global .

Enquanto Mathewson permanece na sombra da memória , lembrado apenas por historiadores e entusiastas, Cody tornou-se lenda — e seu nome eclipsou o do verdadeiro pioneiro que primeiro usou o apelido.

A história nos convida a refletir: o que realmente cria uma lenda? É a vida que um homem vive — ou a forma como ela é contada?

William Mathewson foi o primeiro “Buffalo Bill”. Mas foi William Cody quem transformou o nome em mito.

E talvez seja por isso que, mesmo hoje, quando pensamos no Velho Oeste, imaginamos chapéus de cowboy, tiros no ar e cavalos galopando... e quase nunca nos lembramos do homem que realmente caminhou por aquelas terras — sem maquiagem, sem plateia, mas com toda a coragem do mundo.


Texto: Paulo Henrique Lacerda (A História Esquecida)

#BuffaloBill #WilliamMathewson #VelhoOeste #HistóriaAmericana #PioneirosDoKansas #HistoriaEsquecida #WilliamCody #TrilhaChisholm #KitCarson #Satanta #IndigenasAmericanos #FronteiraAmericana #HistóriaReal #MitoVSRealidade #HistóriaQueInspira #CuriosidadesHistóricas #BiografiaVerdadeira #LendasDoOeste #HeróisEsquecidos #AventuraNaFronteira

Antes que o nome “Buffalo Bill” se tornasse sinônimo de shows, fogos de artifício e aventuras lendárias, ele já tinha dono — William Mathewson, o pioneiro do Kansas. Nascido em Triangle, Nova York, Mathewson se tornou explorador, caçador, guia indígena e combatente. Em 1849, trabalhou para a Northwestern Fur Company, viajando por Dakota, Nebraska e Wyoming, negociando com tribos indígenas e aprendendo tudo sobre a guerra entre os povos nativos.

Nos tempos pioneiros do Kansas, ele ajudou a fundar assentamentos, negociou com os índios Wichita e criou a trilha Chisholm, rota essencial para transporte de gado e mercadorias. Tornou-se Comissário de Polícia de Wichita e prestou serviços ao governo em postos comerciais das tribos Kiowa e Comanche. Mathewson cavalgou com Kit Carson, sobreviveu nos fortes de Bent e de St. Vrain e até enfrentou o chefe Kiowa Satanta em combate corpo a corpo, ganhando seu respeito e amizade. Ele morreu em 1916, em Wichita, Kansas, deixando uma vida marcada pela coragem e pela ação direta na fronteira.

Mas o mundo não conheceu Mathewson como mito. Quem transformou “Buffalo Bill” em lenda foi William Cody, caçador de búfalos que virou mestre da autopromoção. Cody levou o nome aos palcos, ingressos, folhetins baratos e até à Europa, criando o mito global que conhecemos hoje. Enquanto Cody virou espetáculo, Mathewson permaneceu na sombra da memória, lembrado apenas por quem conhecia a verdadeira vida do Oeste.

A história nos faz pensar: o que cria uma lenda — a vida que um homem vive ou a forma como ela é contada? Mathewson foi o primeiro Buffalo Bill, mas Cody foi quem transformou o nome em mito.

Texto: Paulo Henrique Lacerda (A História Esquecida)