Rua do Rosário
A via leva o nome da famosa Igreja do Rosário, uma das mais antigas da cidade
No ano de 1857, Curitiba tinha 12 vias importantes, pelas quais a população passava diariamente. Eram elas a Rua do Fogo, Rua Direita, Rua da Entrada, Rua da Carioca, Estrada da Marinha, Rua Fechada, Rua do Rosário, Rua do Nogueira, Rua das Flores, Rua do Comércio, Rua do Saldanha e Rua da Assembleia.
A Rua do Rosário teve ao longo de sua história a presença de ilustres moradores. Destaque para José Hauer Sênior – proprietário da primeira usina elétrica de Curitiba e que construiu na via a mansão conhecida como Castelo Hauer. Outro notório residente foi Waldemar Curt Freyesleben, artista renomado e um dos fundadores da Escola de Música e Belas Artes do Paraná. O curitibano teve Alfredo Andersen como mestre de sua trajetória na arte.
Durante a década de 1940, a Rua do Rosário também abrigou importantes estabelecimentos como a Padaria do Max Rosenmann; Funerária Falce; Marmoria Vardanega; e a Pensão Paranaense. O clima pacato da época só era substituído pelo sino da Igreja do Rosário que avisava a chegada de um novo funeral. No início dos anos de 1970, a Rua do Rosário teve parte da sua extensão fechada para veículos. A liberação – em função do comércio e de uma alternativa viária na região – aconteceu no final da década de 1990.
O nome é uma referência a Igreja do Rosário – construção localizada no fim da via. O local já se chamou Rua Nova do Rosário (1773) e Rua Nova de Nossa Senhora do Rosário. Torna-se um caso atípico ao manter o nome sem grandes alterações ao longo do tempo.
Referências:FENIANOS, Eduardo Emílio. Manual de Curitiba: A cidade em suas mãos. Curitiba. UniverCidade. 2003. 160p.TREVISAN, Edilberto. Curitiba na Província – Ruas, Moradores Antigos, Explosão de Cidadania. Curitiba. 2000.Texto de Cid Destefani.GAZETA DO POVO. Carros voltam à Rua do Rosário. 1997.