sexta-feira, 30 de março de 2018

Capela Santa Maria

A Capela Santa Maria integrou o conjunto arquitetônico da primeira sede do Instituto Santa Maria, que funcionou na Praça Santos Andrade entre 1925 e 1984. Foi inaugurada no dia 15 de outubro de 1939, um domingo, com uma missa celebrada às 7h30min e contando com a presença de pais, alunos e autoridades. A sofisticada edificação foi projetada pelo engenheiro Eduardo Fernando Chaves, que até 1942 era o responsável pelas várias construções e ampliações da escola.
Propriedade do município desde 1998, a capela foi inserida no programa de Recuperação dos Espaços Culturais e revitalização da região central da cidade. A restauração e a reciclagem, finalizadas em 2008, transformaram este espaço em uma sala de concertos (com 203 lugares na plateia e 75 lugares nos mezaninos laterais e no primeiro balcão). O complexo cultural Capela Santa Maria abriga também a Camerata Antiqua de Curitiba, grupo de coro e orquestra, fundado em 1974 e mantido pela Prefeitura Municipal. É uma Unidade de Interesse de Preservação de Curitiba.

Teatro Guaíra

A história do Teatro Guaíra tem início na Província do Paraná. Em 1884, na Rua Dr. Muricy, é inaugurado o Teatro São Teodoro. Na década seguinte, é fechado e, em 1900, reaberto como Teatro Guaíra, funcionando no local até 1939.
Durante toda a década de 1940, há discussões sobre a necessidade de uma nova sede para o teatro. As obras são iniciadas em 1952, inseridas nas comemorações do Centenário da Emancipação Política do Paraná, que incluíam também o Centro Cívico, a Biblioteca Pública do Paraná, a Praça Dezenove de Dezembro e o Colégio Estadual Tiradentes, entre outras. A construção, no entanto, não foi concluída no aniversário de 100 anos do Paraná. Realizada em várias etapas, seu término ocorreu em 12 de dezembro de 1974.
Projetato pelo engenheiro Rubens Meister, o Teatro Guaíra é um importante exemplar da arquitetura modernista de Curitiba e do Paraná. O conjunto arquitetônico é composto por três auditórios: o Miniauditório - Glauco Flores de Sá Brito, com 107 lugares; o Guairinha - Auditório Salvador de Ferrante, com 496 lugares; e o Guairão - Auditório Bento Munhoz da Rocha Netto, com 2.167 lugares.
O Teatro Guaíra foi tombado pelo Patrimônio Estadual em 2003 e é uma Unidade de Interesse de Preservação de Curitiba.

Conservatório de Música Popular Brasileira de Curitiba

O conjunto arquitetônico do Conservatório de Música Popular Brasileira de Curitiba é formado por dois sobrados, ambos pertencentes a Manoel Antônio Guimarães Netto e datados do final do século XIX. As edificações estão voltadas para a Rua Treze de Maio, sendo que a de número 571 é conhecida como Solar dos Guimarães por abrigar, até o início do século XX, a tradicional família paranaense. Em seguida, o imóvel é alugado, ora como residência, ora com fins comerciais. Na década de 1980, o Solar dos Guimaraes é restaurado e reciclado e, entre 1985 e 1993, abriga a Casa da Memória.
Já a edificação de número 581, de três pavimentos, é utilizada como residência até 1908, momento em que passa a ter uso comercial. Ali se estabelecem um hotel para imigrantes alemães, a Tipografia e a Fábrica de Papelão Locker, o Hotel São José, Hotel Machado e uma pensão. Em 1979, após um incêndio que destrói parcialmente o imóvel, ocorre sua desapropriação. Na década de 1990 é restaurado e reciclado, segundo o projeto dos arquitetos Fernando Luiz Popp e Valéria Bechara. Em 7 de julho de 1992, é inaugurado o Conservatório de Música Popular Brasileira de Curitiba. Ainda na década de 1990, o Solar dos Guimarães passa a integrar o conjunto arquitetônico do Conservatório.
O Conservatório de Música Popular Brasileira de Curitiba tem por objetivo o ensino, a pesquisa e a produção de eventos artístico-culturais na área da Música Popular Brasileira. O espaço cultural oferece cursos semestrais, promove workshops e bate-papos musicais e organiza programas musicais para incentivar e divulgar o trabalho dos músicos curitibanos. É a sede da Orquestra À Base de Corda, da Orquestra À Base de Sopro, do Vocal Brasileirão e do Coral Brasileirinho.
O conjunto arquitetônico do Conservatório de Música Popular Brasileira é formado por dois importantes exemplares da arquitetura residencial do final do século XIX e são Unidades de Interesse de Preservação de Curitiba.

Museu Paranaense

O Museu Paranaense é uma instituição de grande importância para o Paraná e para Curitiba. Foi idealizado por Agostinho Ermelino de Leão e José Candido Murici e inaugurado em 25 de setembro de 1876, no Largo da Fonte, hoje Praça Zacarias, em Curitiba. Trata-se do primeiro museu do Paraná e do terceiro do Brasil, o qual possuía inicialmente um acervo de 600 peças, entre objetos, artefatos indígenas, moedas, pedras, insetos, pássaros e borboletas. Em 1882, passou para a administração do governo provincial e desde então recebeu – e ainda recebe – contínuas doações.
Dirigido por grandes nomes da sociedade paranaense, o Museu Paranaense consolidou-se como um centro de instrução e pesquisa e possui atualmente um acervo com cerca de 400 mil itens, entre objetos de uso pessoal, mobiliário, armas, uniformes, indumentárias, documentos, mapas, fotos, filmes, discos, máquinas, equipamentos de diversas espécies, moedas, medalhas, porcelanas, pinturas em diversas técnicas e esculturas, além de grande acervo arqueológico (lítico, cerâmico e biológico), antropológico (cestaria, plumária, armas, adornos e cerâmicas indígenas), retratos a óleo da antiga Pinacoteca do Estado. Sua coleção foi tombada pelo IPHAN em 1941 e pelo Patrimônio Estadual em 1972.
Desde a sua inauguração o Museu Paranaense ocupou seis sedes até fixar-se na atual, o Palácio São Francisco, também tombada pelo Patrimônio Estadual em 1986 e considerada uma Unidade de Interesse de Preservação de Curitiba.

Centro de Criatividade de Curitiba

O Centro de Criatividade de Curitiba, localizado na Rua Mateus Leme, 4.777, dentro do Parque São Lourenço, foi inaugurado em 14 de dezembro de 1973. O espaço cultural integra as primeiras iniciativas de preservação do patrimônio edificado de Curitiba. Trata-se de reciclagem das instalações da antiga fábrica de cola, a Boutin. O conjunto arquitetônico compreende 2400 m² de área coberta, é formado por cinco pavilhões integrados por uma cobertura metálica e foi projetado pelo arquiteto Roberto Gandolfi.
Abrigou os primeiros ateliês e mostras de gravuras, por onde passaram grandes artistas e nomes reconhecidos no cenário nacional. Ainda hoje funciona com o objetivo de estimular a criação, constituindo-se em importante centro de pesquisas e de desenvolvimento da criatividade em suas mais variadas formas.
No Centro de Criatividade estão instalados o Teatro Cleon Jacques, espaço alternativo para as artes cênicas, o Ateliê de Escultura e a Casa da Leitura Augusto Stresser, unidade dedicada à literatura, além salas de exposições temporárias.

Conjunto Reitoria UFPR

Os edifícios D. Pedro I e D. Pedro II, concebidos para abrigar as faculdades de Ciências Econômicas e Administrativas e de Filosofia, Ciências e Letras, e da reitoria da Universidade Federal do Paraná foram projetados, em 1952, pelo arquiteto David Xavier Azambuja. Ao conjunto arquitetônico inicial foi anexado o Auditório da Reitoria, de autoria de Rubens Meister. A obra foi concluída e inaugurada em 1958. Dentro dos festejos de inauguração, organizou-se uma série de audições entre os dias 17 e 23 de outubro, com a participação dos maestros Alceu Bochino e Mário Garau, da solista Lia Salgado e do concertista Arnaldo Rebello.
Trata-se de um importante representante da arquitetura modernista de Curitiba, tombado em 1999.

Escola Estadual Dom Pedro II

O Grupo Escolar D. Pedro II foi inaugurado em 24 de fevereiro de 1928, ao final de oito anos na Presidência do Paraná de Caetano Munhoz da Rocha. Trata-se do primeiro grupo escolar construído no Paraná apresentando um programa completo de ambientes para este tipo de educandário: 12 salas de aula, diretoria, secretaria, sala de professores, salão nobre, portaria e vestiários, distribuídos em 1.550,00 m². O D. Pedro II, juntamente com as escolas normais de Curitiba, Paranaguá e Ponta Grossa e vários grupos escolares construídos no Paraná materializam um período de reestruturação de ensino público coordenado por Prieto Martinez. A Escola Estadual D. Pedro II mantém suas características arquitetônicas originais, foi tombada em 2012 e é uma Unidade de Interesse de Preservação (UIP) de Curitiba.

Colégio Estadual Dr. Xavier da Silva

A elegante sede do então Grupo Escolar Dr. Xavier da Silva, projetada pelo engenheiro Candido de Abreu, simboliza e materializa o início do ensino seriado no Paraná e a importância da educação para a República. Sua inauguração deveria fazer parte das comemorações do cinquentenário da Emancipação da Província do Paraná, em 19 de dezembro de 1903. A obra, no entanto, não foi concluída a tempo e a escola passou a funcionar somente no ano seguinte.
Em 1907, a escola possuía 315 alunos, distribuídos em cinco turmas. Ao longo da trajetória de mais de cem anos, o Xavier da Silva consolidou sua importância na história e na memória de Curitiba e dos curitibanos.
Mesmo com a ampliação de sua estrutura física, o edifício inicial projetado por Candido de Abreu mantém a imponência e importância. O Colégio Estadual Dr. Xavier da Silva é tombado pelo Patrimônio Estadual (2012) e reconhecido como uma Unidade de Interesse de Preservação (UIP) do município.

Instituto de Educação do Paraná Professor Erasmo Pilotto

O Instituto de Educação do Paraná é umas das instituições mais antigas do Estado. Foi criado em 1876 com o nome de Escola Normal e desde então dividiu suas instalações com o Ginásio Paranaense. Somente em 7 de setembro de 1922, data da comemoração do Centenário da Independência do Brasil, a Escola Normal de Curitiba ganha a sua sede própria, na atual Rua Emiliano Perneta, a qual ficou conhecida por "Palácio da Instrução". A festa mereceu o seguinte comentário do então Presidente do Paraná, Caetano Munhoz da Rocha:
"O Paraná comemorou com toda solenidade a data centenária da Independência Politica da Pátria, fazendo refletir nessas comemorações a sua cultura cívica e o seu desenvolvimento material.(...)
Aqui, na Capital, as festividades tiveram o brilho excepcional que lhes imprimiu o regozijo do povo todo e o encanto que as crianças das escolas, como realce insuperável, sabem dar às delicadas manifestações da sua alma.
O Governo inaugurou o palácio da instrução como padrão da sua nítida compreensão de que, procurando resolver o máximo problema da instrução popular, contribui eficientemente para o engrandecimento da Pátria."
O edifício apresenta construção aprimorada, linhas elegantes e esmerada ornamentação, revelando a importância atribuída naquele momento à formação de professores.
O Instituto de Educação do Paraná Professor Erasmo Pilotto foi tombado pelo Patrimônio Estadual em 2004 e é classificado como uma Unidade de Interesse de Preservação (UIP) do município.

Colégio Estadual Tiradentes

O Grupo Escolar Tiradentes foi inaugurado em 1895 e é uma das escolas mais antigas de Curitiba. Sua primeira sede foi demolida em 1934, devido ao alargamento da Avenida Candido de Abreu. Desde então a escola funcionou em vários locais.
Em 1952, o engenheiro Rubens Meister projetou a nova sede do Grupo Escolar Tiradentes. A entrega da obra faria parte das Comemorações do Centenário de Emancipação Política do Paraná, no entanto diversos problemas na construção impediram sua conclusão naquele momento. O edifício de concepção modernista foi inaugurado somente em 6 de outubro de 1962.
O Colégio Estadual Tiradentes permanece em atividade e seu conjunto arquitetônico foi tombado em 2012.