segunda-feira, 8 de agosto de 2022

A VISITA DE GETÚLIO VARGAS AO PARANÁ EM 1953

 A VISITA DE GETÚLIO VARGAS AO PARANÁ EM 1953

A VISITA DE GETÚLIO VARGAS AO PARANÁ EM 1953
Transcrevi adiante o pronunciamento do presidente Getulio Vargas por ocasião de sua visita à Curitiba, em 24/01/1953, por ocasião das comemorações do 1° Centenário da Emancipação do Paraná.
Nesta histórica foto do fotógrafo paulista P. C. Sheier, vemos uma amostra do que foi o desfile do presidente pela av. Luiz Xavier, em Curitiba, com chuva de papel picado e ovação. Tempos áureos de uma Curitiba transbordante de progresso. Getulio Vargas, com certeza foi o mais ilustre e célebre presidente que o país já teve até agora:
"Senhor Governador. Meus Senhores.
Com a homenagem que ora me prestais, em nome do Paraná e do seu nobre povo, quisestes acrescentar uma nova satisfação às profundas alegrias confortadoras que o meu sentimento de patriota aqui encontrou, ante o espetáculo do vosso triunfo pelo trabalho, da vossa bem conquistada abundância, do vosso empenho em contribuir para a grandeza da Nação.
E' grato ver que, ao celebrar o primeiro centenário da sua autonomia política, este admirável Estado, o mais jovem da Federação, já figura entre os vanguardeiros na luta pela emancipação econômica do Brasil. O progresso vertiginoso que vindes realizando, com a vossa fé e o vosso esforço, nestes rincões de esperança, nos reafirma a certeza de que haveremos de ganhar também essa última e decisiva batalha. Assim, como esteio da nossa riqueza e motivo de confiança na energia empreendedora da nossa gente, revestem-se da maior significação para todo o país os extraordinários índices de prosperidade que apresentais.
Ainda agora, a Exposição Internacional do Café, que tanto realça as comemorações destes dias festivos, põe em relevo uma proeza assombrosa do vosso labor aplicado à terra fecunda, no que diz respeito ao elemento básico da exportação brasileira. Avançando pelos campos infinitos, na verde marcha da fartura, até alcançar as barrancas do rio Paraná, os cafezais assinalam números estonteantes. A produção do Estado, que no começo do século não atingia a dez mil sacas, hoje ultrapassa a casa dos quatro milhões.
Esse é apenas um aspecto da vossa exuberância, do vosso crescimento promissor. Tendes a primazia na produção da erva-mate, como na indústria das madeiras, com a maior fábrica de toda a América Latina para a elaboração da sua pasta e produção de papel de imprensa. Entre os Estados brasileiros, sois o segundo na extração de ouro e prata, um dos cinco mais ricos em pecuária, com quase dois e meio milhões de cabeças de gado, obtendo ainda posições cada vez mais relevantes na lavoura dos cereais. Desbravando as matas virgens, estendendo sempre as florescentes plantações, já chegastes a ser o quarto Estado em área cultivada e o primeiro em produção agrícola per capita.
Por isso mesmo, repercutirá de maneira auspiciosa no desenvolvimento da economia paranaense a nova política de câmbio que, onerando as importações supérfluas, incentiva e favorece a produção dos artigos exportáveis, de modo a compensar os lavradores das agruras e incertezas próprias do labor campesino.
Muitas outras providências do meu Governo atestam o quanto reconhece a importância do Paraná para o Brasil e demonstram o meu cuidado em amparar o vosso Estado na solução dos seus problemas primordiais.
Os empréstimos concedidos ao Paraná pelo Banco do Brasil exprimem vigorosamente o empenho com que meu Governo tem procurado incentivar a vossa produção e o vosso surto de progresso. Desde o início do meu atual mandato, o Banco abriu créditos ao Governo paranaense cujo montante se aproxima da cifra de trezentos milhões de cruzeiros. Nesse mesmo período, só as operações da Carteira de Crédito Agrícola e Industrial do Banco do Brasil no Paraná envolveram financiamentos de iniciativas privadas que sobem a quase um bilhão de cruzeiros. O ritmo acelerado em que se desenvolve as aplicações do Banco no Paraná é ilustrado pelo seu aumento de 88% nos últimos dezoito meses, para atingir agora um total que sobe a mais de um bilhão e setecentos milhões de cruzeiros.
Em regime de acordo com o Estado, a União contribuirá para o incremento da vossa produção vegetal, destinando-se para isso verba apreciável e apenas superada pela que foi atribuída a Minas Gerais. Para o combate à praga do café, o Paraná também recebe do Governo Federal vultoso auxílio que só no último ano montou a mais de nove milhões de cruzeiros.
Como tendes a vocação de criar novas riquezas nestas abençoadas terras, o Governo vem estimulando aqui a produção do trigo, para cujo fomento já concedeu ao vosso Estado mais de três milhões de cruzeiros no ano findo e cerca de seis milhões no corrente exercício. Foi ainda assinado um convênio entre o Governo Federal e o Estadual para a construção de um armazém graneiro em União de Vitória, programando-se igualmente mais dois armazéns do mesmo gênero e um deles em Ponta Grossa.
Não têm sido menores os esforços do Governo Federal em prol da pecuária do vosso Estado. Através da Inspetoria Regional de Ponta Grossa, a Divisão de Fomento da Produção Animal, do Ministério da Agricultura, vem prestando constante auxílio aos criadores paranaenses, não só nos trabalhos relativos à aclimatação e multiplicação das raças bovinas mais puras, como também na seleção das qualidades do gado rústico. Estimula-se a melhoria dos rebanhos pelo Plano de Revenda. Os recursos financeiros concedidos a colônias estrangeiras, como as de Carambei e Castrolanda ândia, impulsionaram consideravelmente a indústria dos laticínios. Não deixou o Governo Federal de subsidiar as Exposições de Animais e Produtos Derivados no Paraná. Quanto à Defesa Sanitária Animal, até setembro do corrente ano já foram instalados quatro novos Postos de Vigilância, nas localidade de Mourão, Paranavai, Jaguaríari e Garapuava.
Por sua vez, não foram esquecidas as riquezas minerais deste Estado, como demostram os recursos e esforços que o meu Governo vem dispendendo no prosseguimento dos estudos e pesquisas, já encetados na minha gestão anterior, para o aproveitamento das jazidas carboníferas do Paraná.
Abrangem, assim, as providências federais o vasto campo das atividades criadoras do Paraná. Mas, todo o admirável labor do vosso povo, que floresce e frutifica na variedade e exuberância da produção, seria desperdiçado se faltassem meios de transporte capazes de assegurar a distribuição e o escoamento das riquezas obtidas. Para a solução desses problemas, que decorrem paradoxalmente da vossa prosperidade, o meu Governo está procurando dotar o Paraná de uma rede ferroviária em condições de atender as necessidades da sua laboriosa população. Como prova do meu empenho em levar adiante esse programa de ação, basta mencionar que o orçamento federal para 1953 prove o emprego de 95 milhões de cruzeiros na construção das ligações ferroviárias Apucarana- Guaira-Porto Mendes e Itaguá-Engenheiro Bley. Dez milhões de cruzeiros de recursos federais foram também destinados, no corrente ano, à manutenção da Estrada de Ferro Central do Paraná. Diversos trechos novos da Rede de Viaçao Paraná-Santa Catarina estão sendo construídos graças a dotações consignadas no orçamento da União.
O empreendimento de maior vulto no quadro geral do reaparelhamento do sistema de transportes do Paraná, foi sem dúvida o plano de reequipamento da Rede de Viaçao Paraná-Santa Catarina elaborado pela Comissão Mista Brasil-Estados Unidos. Esse estudo, que o Governo já aprovou, prevê o emprego de 17 milhões de dólares e 530 milhões de cruzeiros na remodelação de várias linhas e no reaparelhamento geral da importante ferrovia, eixo fundamental da economia de dois dos mais prósperos Estados da Federação. Ultimam-se no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico as providências para que seja entregue à Rede, desde logo, uma parte substanciosa daqueles recursos, a fim de possibilitar o início imediato das obras programadas.
Por outro lado, não descurou o Governo de ampliar o sistema rodoviário paranaense e melhorar as suas condições de tráfego. Desde o início do meu mandato, mais de 240 milhões de cruzeiros de verbas federais foram utilizadas na construção, conservação e pavimentação de estradas de rodagem neste Estado. Cumpre mencionar aqui que prossegue em ritmo acelerado a execução das obras da rodovia Ponta Grossa-Foz do Iguaçu, de grande importância política, estratégica e econômica. A lei orçamentária em vigor destina 30 milhões de cruzeiros à continuação desses trabalhos. Prevê-se a sua conclusão no correr de 1954.
Para proporcionar-vos condições materiais condizentes com o vulto das necessidades do vosso comércio, determinei fosse incluído no plano de reaparelhamento e ampliação dos portos nacionais a dragagem da Barra de Paranaguá, que já se encontra em plena fase de execução.
A parte essas providências, destinadas ao esforço da vossa estrutura econômica, desvelou-se o Governo em assegurar plena assistência à população do Estado, por vários títulos digna do afeto e da admiração de todos os brasileiros. No campo da educação, saúde e assistência, de 1951 ã 1953, a União empregou no vosso Estado cerca de 175 milhões de cruzeiros, que foram dispendidos em auxílios e subvenções a estabelecimentos hospitalares, em campanhas contra doenças endêmicas, na construção de Escclas e em contribuições para o desenvolvimento da Universidade do Paraná.
Dentro em breve terão início as obras de construção do conjunto residencial do Cajuru, com as quais o meu Governo, através do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriados, trará uma contribuição decisiva para a solução do problema de habitação do trabalhador paranaense.
Esses e tantos outros dados, que seria fastidioso mencionar nesta oportunidade, testemunham que o Governo Federal, cônscio da magnitude da contribuição paranaense para a grandeza nacional., procura envidar o melhor de seus esforços a fim de que seja dada ao Paraná integral assistência material, financeira e técnica, para permitir o pleno desenvolvimento de suas fabulosas reservas.
Na exploração fecunda dos recursos naturais, gozará brevemente a população rural do Paraná, como a de todo o Brasil, de novas condições de tranqüilidade e estabilidade, graças a uma importante iniciativa de meu Governo, consubstanciada em projeto de lei já aprovado pelo Congresso e que afetará profundamente a vida dos Estados cuja economia se funda sobretudo na lavoura e na pecuária. Refiro-me à Lei que jnstitue no Brasil o seguro agrícola, verdadeira revolução na estrutura de nossa vida do campo. Fez-se, desse modo nosso País o pioneiro neste Continente de uma instituição que dará novo impulso às atividades rurais em toda a extensão de seu imenso território. O propósito de garantir e preservar as colheitas contra as fatalidades dos riscos naturais foi o ponto de partida dessa iniciativa.
Não é preciso encarecer a transcendental significação do seguro agrícola para um operoso povo de lavradores e criadores como o do Paraná, que, episódicamente, tem demonstrado a sua fibra e a sua tenacidade na luta contra as pragas e as calamidades da natureza. Amparado por ele, o homem do campo se sentirá doravante mais garantido em seus empreendimentos, na consciência tranqüila de que o Governo o protege contra a devastação das colheitas e o indeniza dos riscos eventuais que possam ameaçar o fruto do seu labor.
Meus amigos do Paraná.
Estou seguro de cumprir um dever de justiça ao render o pleito do meu louvor e da minha homenagem ao Governador Munhoz da Rocha, a cuja administração operosa, empreendedora e esclarecida tanto deve o progresso do vosso Estado e o bem estar do seu povo.
O Paraná é um espelho de otimismo e de esperança, em que vemos engrandecida e venturosa a imagem da Pátria.
Guardarei para as horas do meu labor devotado ao País e aos seus problemas as exultantes impressões destes dias de festa, vividos onde a vida se mostra tão promissora e ao calor de uma hospitalidade que profundamente me comove.
Fortaleço-me no vosso exemplo. A lição do Paraná reacende a flama da nossa fé inabalável nos destinos do Brasil." - Getulio Vargas.
(Foto: acervo Paulo José Costa)
Paulo Grani

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QUEM JÁ ANDOU EM ALGUM DESSES BUSÕES ? Paulo Grani

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sexta-feira, 5 de agosto de 2022

***— ***𝑹𝒖𝒂 São Francisco, em 1945

 ***— ***𝑹𝒖𝒂 São Francisco, em 1945


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No dia 1º de Janeiro de 1919, a chegada do menor Luiz Antenor Lazzarotti, encaminhado pela Santa Casa de Misericórdia (depois de batizado pelo padre Mauricio Dumand), inaugura a ação das Irmãs da Congregação de São José, nessa direção.

 No dia 1º de Janeiro de 1919, a chegada do menor Luiz Antenor Lazzarotti, encaminhado pela Santa Casa de Misericórdia (depois de batizado pelo padre Mauricio Dumand), inaugura a ação das Irmãs da Congregação de São José, nessa direção.

CRIAÇÃO DO ASILO SÃO LUIZ, EM CURITIBA
No dia 1º de Janeiro de 1919, a chegada do menor Luiz Antenor Lazzarotti, encaminhado pela Santa Casa de Misericórdia (depois de batizado pelo padre Mauricio Dumand), inaugura a ação das Irmãs da Congregação de São José, nessa direção.
Luiz, nome do primeiro menino asilado, será também o nome do Asilo. Luizinho, como era chamado pelas Irmãs, tinha apenas 2 anos de idade, foi deixado aos cuidados das Irmãs depois da morte dos pais por gripe espanhola.
Assim, a criação do Asilo São Luiz aconteceu devido a situação de abandono de vários menores que ficaram desamparados devido a epidemia da gripe espanhola de 1918. Meninos e jovens foram encaminhados para um local improvisado, em uma pequena casa anexa ao Colégio São José, que era administrado pelas Irmãs de São José de Chambéry. A criação do Asilo São Luiz foi oficializada por Dom João Francisco Braga seis meses depois, em 21 de junho de 1919.
As meninas órfãs eram encaminhadas para o Orfanato do Cajuru, que já existia há vários anos e era administrado pelas mesmas religiosas. A Congregação das Irmãs de São José estava no Paraná há mais de uma década e exercia atividades de assistência aos doentes e necessitados e ações educacionais.
A prática educativa, como complemento inseparável da educação religiosa, seria ação fundamental que as Irmãs desenvolveriam no Asilo São Luiz desde sua organização; educação primária e cursos profissionalizantes – uma tentativa de possibilitar para os menores uma inserção social digna, segundo padrões cristãos.
Em 1931, com 12 anos, Luiz, que havia feito curso de marcenaria é transferido para a Escola de Reforma do Estado, instituição destinada à regeneração de menores infratores.
(Compilado de gazetadopovo.com.br)
Paulo Grani.
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O grande grupo de meninos órfãos de Curitiba, em atendimento no ano de 1926.
Foto: Acervo Paulo José Costa.
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Predio do Asilo de Órfãos São Luiz, em 1923.
Arquivo ASL.

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Oficina de Alfaiataria.
Foto: Acervo ASL.

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Oficina de Sapataria.
Foto: Acervo ASL

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Oficina de Marcenaria
Foto: Acervo ASL

OS FÓSFOROS DA FIAT LUX, EM CURITIBA

 OS FÓSFOROS DA FIAT LUX, EM CURITIBA

OS FÓSFOROS DA FIAT LUX, EM CURITIBA
Hoje estava a lembrar-me da fábrica de fósforos da Cia. Fiat Lux, existente no bairro Rebouças, em Curitiba.
Além de ter sido usuário desses fósforos (com certeza, a maioria dos curitibanos também), tive a grata experiência de ter conhecido a diretoria da fábrica, nos idos de 1986, quando cientifiquei-a que o Salário-Educação recolhido por eles podia ser revertido em benefício direto à educação dos funcionários.
Com bastante empenho dos funcionários envolvidos na empreitada, em poucos dias já tínhamos encaminhado algumas dezenas de trabalhadores a recuperar tempo de estudos perdido, estudando em horário diverso ao seu turno de trabalho, concluindo seus estudos de 1° e/ou 2° graus.
Lembrei-me ainda que, para ir ao trabalho, passava ao lado de suas instalações e, sempre via sua chaminé fumegando e, no ar, sentia aquele característico cheiro dela, ao manusearem os elementos químicos na fabricação dos indispensáveis fósforos, tão necessários para fazer o fogo para esquentar a fria Curitiba.
Ficava a pensar, como toras de madeira se transformavam naqueles minúsculos pedacinhos de madeira, todos semelhantes, e, como recebiam em suas pontas o dito "fósforo". Vale lembrar que, naquela época, até as caixinhas eram feitas de finas chapas de madeira.
Assim, reuni aqui, várias edições das caixas de fósforos produzidas na fábrica de Curitiba, as quais, certamente, trarão boas recordações aos colegas. Salvo aqueles que, quando crianças, as mães viviam dizendo: "Menino, largue de brincar com fogo, senão você vai acabar mijando na cama!".
Paulo Grani.

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Fábrica da Cia. Fita Lux de Curitiba, no bairro Rebouças.
Foto: gazetadopovo.com.br

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Fábrica da Av. Senador Souza Naves, bairro Cristo Rei.
Foto: Pinterest.

AS PRIMEIRAS COLÔNIAS DE IMIGRANTES NO LITORAL DO PARANÁ

 AS PRIMEIRAS COLÔNIAS DE IMIGRANTES NO LITORAL DO PARANÁ

AS PRIMEIRAS COLÔNIAS DE IMIGRANTES NO LITORAL DO PARANÁ
As primeiras colônias no litoral paranaense eram de particulares, subvencionados pelo governo Imperial, responsáveis por introduzir e estabelecer os colonos. A idéia de colocar os colonos no litoral veio da esperança de que a proximidade com o porto de Paranaguá propiciaria produtos mais baratos para o mercado europeu crescente. Duas dessas colônias foram marcantes na história da imigração italiana para o Paraná: a colônia Alexandra e a colônia Nova Itália.
A colônia Alexandra foi a mais desastrada de todas. O proprietário da colônia foi o italiano Sabino Tripotti, que ganhou um contrato do governo imperial logo depois que chegou ao Brasil em 1871. Em fevereiro de 1872 foi fundada a colônia Alexandra. O terreno de má qualidade, os aspectos climáticos, muito diferentes do que os imigrantes estavam acostumados, os insetos típicos do clima tropical, que afetavam não somente os colonos, mas também suas plantações, já eram fatores que dificultavam o progresso da colônia. Somado a isso, a principal cláusula do contrato não havia sido cumprida: a construção da estrada que ligava a colônia ao porto não havia sido realizada.
Não bastassem todos esses complicadores, Tripotti alegou que havia algumas falhas no contrato. Entre elas, não estava claro quem pagaria as despesas iniciais até o assentamento dos colonos. Mesmo depois que o contrato foi reescrito, houve um erro de cálculo que diminuía pela metade o reembolso dessas despesas iniciais. Por conta disso, Tripotti racionou, dentre outras coisas, a comida dos colonos que muitas vezes passaram fome. Essa situação precária da colônia, somada às revoltas dos imigrantes ainda na Itália contra os agentes de Tripotti, fez com que, em 1877, o contrato fosse cancelado, além de todos os seus bens confiscados pelo governador.
Para resolver a questão do assentamento das famílias descontentes que estavam abandonadas na colônia Alexandra, os imigrantes foram transferidos para Morretes e Porto de Cima, e lá foi fundada a colônia Nova Itália. O município de Morretes, contava com oito núcleos de assentados: América de Cima, América de Baixo, Sesmaria, Rio do Pinto, Sitio Grande, Anhaia, Rio Sagrado e Nossa Senhora do Porto. Ó município de Porto de Cima, ficou com cinco núcleos de assentados: Marques, Ipiranga, Bananal, Cari e Esperança.
Mesmo assim, os colonos sofriam muito com o clima quente do verão, com a febre amarela, com as moscas, os mosquitos e os bichos-de-pé, com a falta de comida e agasalho, com o mau uso do dinheiro pelos funcionários responsáveis pela colônia, etc. Os abrigos provisórios só começaram a ser construídos quando já havia mais de mil imigrantes na colônia.
Depois de instalados, finalmente, nos lotes prometidos, os imigrantes deveriam plantar e desmatar mil braças quadradas, construir uma morada permanente de pelo menos 400 palmos quadrados, abrir caminho que delimitasse seus lotes e manter um desmatamento periódico até o final dos primeiros seis meses. Caso não cumprissem essas obrigações estabelecidas por contrato, oficialmente, eles perderiam os melhoramentos e as parcelas já pagas.
Como o governo demorava até mais de seis meses para sequer demarcar os lotes, essas exigências não eram cobradas rigorosamente. Além disso, os imigrantes que conseguiram colher alguma coisa o faziam com a ajuda dos negros e caboclos, que ensinavam aos recém-chegados a técnica da queimada, davam-lhes alimentos e os ajudavam na escolha da madeira e na construção de casas.
Por contrato, os imigrantes tinham o direito de trabalhar seis meses na construção de estradas de ferro, o que servia de uma renda alternativa. Em alguns casos os seis meses acabavam e os imigrantes ainda não estavam instalados em seus lotes, e quando tomavam posse definitiva destes, já não tinham mais o direito de trabalhar nas ferrovias. Sem nenhum tipo de renda, eles dedicavam-se exclusivamente para a agricultura de subsistência.
No final de 1877, mais de 800 famílias estavam na miséria na colônia Nova Itália, sem roupas e sem sementes para plantar. Os colonos estavam muito descontentes, alguns queriam voltar para a Itália, outros exigiam serem assentados em outros locais. Buscando alternativa para resolver o problema, a Província do Paraná, disponibilizou carroças para que os imigrantes pudessem subir a serra pela Estrada da Graciosa. Algumas poucas famílias ainda ficaram no litoral, enquanto outras voltaram, de fato, para a Itália.
Chegando em Curitiba, estabeleceram-se como agricultores em vários núcleos coloniais da região, que posteriormente deram origem aos atuais bairros de Pilarzinho, Água Verde, Umbará e Santa Felicidade. Com o passar do tempo adotaram outras atividades, incluindo industriais e comerciais.
Além dos municípios da Microrregião de Paranaguá e a capital, outras cidades no entorno de Curitiba também receberam imigrantes italianos, como São José dos Pinhais, Araucária, Campo Largo, Piraquara, Cerro Azul e Colombo, assim como do interior receberam significativo número de imigrantes. Atualmente representam cerca de 40% da população paranaense, sendo o estado sulista com maior população descendente de italianos.
Paulo Grani

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A primeira Capela construída em tábuas, na Colônia Nova América.

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Registro fotográfico de italianos da região do Veneto, embarcando com destino ao Brasil.

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Estação de Alexandra, em foto da primeira década de 1900, cerca de 30 anos após o êxodo dos imigrantes italianos, em direção à Morretes.

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

— Em primeiro plano o Antigo complexo do Chá Mate Real. ***— Ano - 1976 — Rua João Negrão, 1285. Hoje é o IFPR. (Instituto Federal do Paraná) *** ***— Foto - Kalkbrenner Fotografias ***

 — Em primeiro plano o Antigo complexo do Chá Mate Real.
***— Ano - 1976
— Rua João Negrão, 1285. Hoje é o IFPR. (Instituto Federal do
Paraná) ***
***— Foto - Kalkbrenner Fotografias ***


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Momento da construção do Palácio Avenida na Av. Luiz Xavier, Curitiba, em 1928. (Foto: Curitiba.pr.gov.br) Paulo Grani.

 Momento da construção do Palácio Avenida na Av. Luiz Xavier, Curitiba, em 1928.
(Foto: Curitiba.pr.gov.br)
Paulo Grani.


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