fotos fatos e curiosidades antigamente O passado, o legado de um homem pode até ser momentaneamente esquecido, nunca apagado
quarta-feira, 3 de maio de 2023
Água-Viva-Juba-de-Leão. Maior água-viva do mundo se reproduz desenfreadamente e preocupa cientistas
Cientistas captam pela 1ª vez imagens de ‘diabo negro do mar’
Cientistas captam pela 1ª vez imagens de ‘diabo negro do mar’
Image captionO peixe foi filmado em Monterrey, na Califórnia
Naufrágio fenício descoberto tem 50 pés e é datado de 700 aC.
Naufrágio fenício descoberto tem 50 pés e é datado de 700 aC.
terça-feira, 2 de maio de 2023
Cortejo fúnebre seguindo pela rua Henrique Martins Torres, no Boqueirão. Aí do lado direito da foto já é o Cemitério do Boqueirão. Provavelmente 1959/60 mais ou menos.
Alexandre Leopoldino de Campos
Alexandre Leopoldino de Campos
Nascido em Pelotas Rio Grande do Sul em 1865, veio com seu pai que fincou raízes na cidade de Palmas foi comerciante ativo da sociedade Palmense, esteve envolvido diretamente nos acontecimentos de 1894, foi designado para a Comissão de Empréstimos de Guerra, e também esteve no “olho” do furacão que varreu a maçonaria no Paraná em 1902, tentaremos neste singelo texto descrever de forma resumidamente a vida deste irmão que teve grande importância para o desenvolvimento da região Oeste do Paraná, esteve a frente do comércio em Palmas por vários anos e faleceu com 70 anos em 1935 conforme atestado em anexo.
Foi Juiz Distrital substituto da Comarca de Palmas em 1892. Comerciante na cidade de Palmas no Ramo de Armarinhos tecidos teve grande influência no comércio local.
Foi Prefeito de Palmas em 1892 até 1894, nomeado em 1894 pelo General Gumercindo Saraiva para formar a Comissão de Empréstimos de Guerra, participou da Loja Caridade Palmense, até 1902.
Após isso deixou o Grande Oriente do Brasil, acredito que tenha sido expulso pelo decreto 212 por participar de um Grande Oriente Dissidente no Paraná, dai sim encontramos ele filiado a Loja Cruzeiro do Sul fundada em 7 de Setembro de 1902 em Palmas Paraná.
Em 1 de Maio de 1903 a Loja Cruzeiro do Sul Federada ao Grande Oriente e Supremo Conselho do Paraná, comunica posse da sua nova diretoria.
(Atas nº 2 pág. 05, da Loja Acácia Paranaense )
Foi um dos fundadores da Loja Cruzeiro do Sul na cidade de Palmas em 7 de Setembro de 1902, e participou do Grande Oriente do Paraná e Supremo Conselho (Dissidente) de Trajano Reis, era Vogal do Partido Republicano de 1904 até 1909.
Em 1904 disputou o cargo de camarista (vereador)
Foi fundador e Tesoureiro da Associação Recreativa “Clube Civico e Recreativo Palmense”, fundado em 19 de Agosto de 1906.
Palmas possuía um ótimo clube recreativo: Clube União Palmeirense, onde se reunia a sociedade palmense. Este clube tinha como presidente, em 1924, o Cel. Alexandre Leopoldino de Campos. O clube mantinha uma biblioteca regular, para seus associados – a Biblioteca Rocha Pombo – e um moderno e vasto Teatro, arrendado pela firma Donato Santos & Cia., que ali instalou o cinema. Fundou-se também e manteve-se ali uma excelente banda de música, composta de vinte figuras, sendo maestro Antônio Beviláqua e diretor o musicista Aristóteles Vieira. Existia, também nesta época, uma Associação Comercial, com o fim de zelar pelos interesses de sua classe, sendo a mesma presidida pelo Cel. Alexandre Leopoldino de Campos.
É importante ressaltar que a questão dos limites ensejou o início da Guerra do Contestado, o mais sangrento conflito social vivido pelo Brasil em sua história. Ainda que outros fatores tenham pesado na deflagração do confronto (a miséria dos colonos, a expropriação de suas terras, o desemprego provocado pelo fim da construção da estrada de ferro São Paulo-Rio Grande), o abandono de uma enorme área territorial pelos governos criou as condições para uma guerra até hoje pouco conhecida pelos brasileiros. O conflito começou em 1912 e durou quatro anos, deixando quase 20 mil mortos, a grande maioria civis. O Contestado é considerado mais relevante do que a guerra de Canudos, e de três décadas para cá vem sendo objeto de intensos estudos, pesquisas e publicações que visam a tirar o assunto do limbo e torná-lo próximo das novas gerações.
Referências:
Hercule Spoladore História da Maçonaria Paranaense no século XIX
Rocha Pombo Para a História
Sampaio Ferreira Hamilton – Entre o Compasso e o Esuadro: Gênese das Lojas Maçônicas no Paraná de 1830- até 1930.
Wikipédia
http://palmas-pr131anosdehistriaehistrias.blogspot.com/2010/05/prefeitos-de-palmas-pr.html
Biblioteca Nacional
FamilySearch
Alfredo Alves da Silva
Alfredo Alves da Silva
Nascido em Paranaguá em 1863, filho de Antonia da Silva o pai infelizmente não pudemos encontrar nesta singela pesquisa.
Podemos começar nossa história em idos de 1888, encontramos nosso personagem fazendo parte da “Sociedade de Imigração de Paranaguá”, interessante que mutos membros faziam parte da Loja Perseverança. Muito poucas informações sobre esta sociedade
Professor de destaque na comunidade paranguara, desde idos de 1880 deu aulas na escola gratuita como se chamavam à época , iniciado maçom na Loja Perseverança de Paranaguá, foi professor em diversas escolas na cidade e foi professor da Escola Noturna em Paranaguá, esteve a frente da Escola José de Carvalho que era mantida pela Loja Fraternidade Paranaense, o qual foi um dos fundadores, esteve ligado ainda a Loja Luz Invisível em Curitiba.
Um velho professor paranagüense, há poucos anos falecido na Capital do Estado, o Sr. Alfredo Alves da Silva, por nos consultado ,assim respondeu: “Quando eu era criança, os antigos ao relatarem alguns acontecimentos de nossa terra, diziam que os navios negreiros, ao virem carregados de escravos, às ocultas, por temerem a fiscalização das autoridades, desembarcavam estes na ilha dos Valadares, para, no dia seguinte, os traficantes virem à cidade tratar de vendê-los.
Diziam mais, que nessa ilha moravam uns indivíduos que se encarregavam de tais transações e pertenciam à família Valadares.
Por este valioso testemunho, fica fora de dúvida que a denominação certa é de Ilha dos Valadares, ali morou família de tal nome e de ilustre descendência no país. E o Prof. Alves da Silva acrescentou:
Há muitos anos (1888 ou 1889) quando era Secretário da Loja Maçónica “PERSEVERANÇA”, desta cidade, indo em comissão com outros membros da Loja ao Hotel, para cumprimentar o coronel Henrique Valadares, então Secretário Geral do Grande Oriente do Brasil, que visitava Paranaguá, dele ouvi em palestra, que tinha prazer em visitar a terra dos seus avós”. Por essa revelação do velho professor, verifica-se que, como um borrão no esplendor da paisagem, existia ali um mercado ou entreposto para venda de escravos. a terra de seus avós. Este episódio deu-se em 1888 ou 89 e dele. Até aí as reminiscências do nosso venerando conterrâneo que vieram revelar a incógnita do problema, provando que houve com efeito uma família que deu nome à ilha. É verdade que da lista das pessoas notáveis de Paranaguá no começo do século XIX não consta pessoa alguma com o nome Valadares, mas sendo a relação, que vem nas Memórias Históricas do professor Vieira dos Santos, de 1900, e mesmo que até 1821 não se encontre tal denominação, tudo nos induz que se tratasse de habitantes mui antigos do nosso recôncavo e que no primeiro quartel do século passado habitassem a ilha, sem grande notoriedade social para serem contemplados na lista de pessoas de maior destaque, ali exercendo um comércio que embora repugnante para os nossos sentimentos atuais, não o era para a mentalidade do tempo, sendo até considerado legal.
Voltando ao nosso personagem histórico foi ele nomeado Professor em Tamandaré iniciado em 1883 na Loja Perseverança em Paranaguá, encontramos uma passagem sobre Alfredo no Livro Paranaguá na História e na Tradição de Manoel Viana, fala sobre ter sido professor de Vicente Nascimento Junior. que o preparou para os exames que iria prestar.
Encontramos ainda no Jornal Dezenove de Dezembro diversas solicitações do professor para o Governado da Província solicitando aumento de subvenção para a manutenção da Escola Noturna que na época era gratuita. Em 1889 foi nomeado para a cadeira de instrução primária conforme abaixo.
Esteve servindo na 3 Cia como Alferes sob o comando de Manoel Bonifácio Carneiro, esta Companhia Militar esteve junto com os amotinados Fazia parte de um plano geral, um levante liderado pelo maçom Coronel Theófilo Soares Gomes, da Loja Perseverança, contra a guarnição local legalista comandada pelo Coronel Eugênio de Mello, No dia 13 de Janeiro de 1894 que fora a data marcada para a esquadra dos Maragtos chegar, mas isso não ocorreu. O coronel Eugênio de Mello venceu os revoltosos e os prendeu todos.
Aqui verificamos que Alfredo já tinha subido a Serra e estava com moradia fixa em Curitiba.
Foi um dos Fundadores da Loja Fraternidade Paranaense, confirmado pela ATA de instalação da Loja o qual Alfredo foi Secretário da 1 Administração da Loja.
Encontramos registros de Alfredo em Curitiba em 1900, dando aulas na Escola José de Carvalho.
Referências
História Crônicas e Lendas V Nascimento Jr
Viana Manoel Paranaguá na História e na Tradição
Spoladore Hercule História da Maçonaria Paranaense no Século XIX
Sampaio Ferreira Hamilton – Entre o Compasso e o Esquadro: Gênese das Lojas Maçônicas no Paraná de 1830- até 1930.
Biblioteca Nacional
Pombo Rocha Para a História