segunda-feira, 8 de maio de 2023

Encontrado navio de James Cook: após buscas no Atlântico Norte foi achado o navio britânico que deu a volta ao mundo há 250 anos

 Encontrado navio de James Cook: após buscas no Atlântico Norte foi achado o navio britânico que deu a volta ao mundo há 250 anos


James Cook foi um explorador e oficial da Marinha Real inglesa

Encontrado navio de James Cook: após buscas no Atlântico Norte foi achado o navio britânico que deu a volta ao mundo há 250 anos

O Projeto de Arqueologia Marinha de Rhode Island (RIMAP) acredita que foi encontrado navio de James Cook. O barco foi usado para completar sua volta ao mundo no século XVIII. O navio foi encontrado por arqueólogos no fundo do mar do Atlântico Norte. Perto do estado de Rhode Island, na costa Nordeste dos Estados Unidos.

O britânico James Cook foi um explorador e oficial da Marinha Real inglesa. Em 1768, assumiu o comando da HMS Endeavour, navio no qual daria a volta ao mundo, explorando partes desconhecidas do Oceano Pacífico.

Em 1771 Cook estabeleceu o primeiro contato com a costa leste da Austrália. Fez a primeira visita à Nova Zelândia, descobriu inúmeras ilhas no Pacífico e visitou o Taiti.

O navegador ainda faria mais duas viagens para explorar o Pacífico. Numa delas (1779), morreu ao entrar em conflito com nativos do Havaí. Foi um dos maiores navegadores de todos os tempos.
HMS Endeavour é transformado em navio de carga

Historiadores já sabiam que após voltar ao Reino Unido o navio HMS Endeavour havia sido convertido em navio de transporte. Ele fazia a ligação entre o Reino Unido e as ilhas Malvinas. A embarcação ficou tão danificada na viagem de exploração de Cook que, mesmo após reparos, só pôde assumir esse tipo de serviço.

O Endeavour fez três viagens de ida e volta até as Malvinas. Até que foi vendido a um empresário, J. Mather, por £ 645 (cerca de £ 80 mil, ou R$ 411 mil) em 1.175. Ele tentou revender, ou alugar, para a marinha inglesa durante a Guerra da Independência dos EUA. O almirantado não aceitou.
O desaparecimento do Endeavour dos registros oficiais

O Endeavour desaparece dos registros oficiais até que, em 2007, pesquisadores do Projeto de Arqueologia Marinha de Rhode Island descobriram que Mather enganou o governo.

O magnata dos transportes tentou vender outro navio à Marinha: o Lord Sandwich. Descobrindo isso, sabiam onde o navio estava: muito danificado, foi afundado de propósito no litoral de Rhode Island em 1778, durante um bloqueio naval da costa americana.

Depois de nove anos de buscas os pesquisadores acreditam que encontraram os restos do navio, entre “80% e 100% intactos”.
Outros tesouros no fundo do mar…

Recentemente, canadenses encontraram um navio lendário desaparecido no século 19. A Embarcação ficou presa no gelo do Ártico em 1845. E outro navio que estava desaparecido há 60 anos também foi encontrado a quase um quilômetro de profundidade, perto da ilha havaiana de Oahu.

(Do https://marsemfim.com.br/)

Conheça a história da "cruz do padre", entre o Campeche e a Joaquina

 Conheça a história da "cruz do padre", entre o Campeche e a Joaquina


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Conheça a história da "cruz do padre", entre o Campeche e a Joaquina
Estrutura homenageia sacerdote que morreu afogado e é rodeada por causos de arrepiar

Gabriela Wolff
gabriela.wolff@horasc.com.br


Imponente entre as dunas, visível aos olhos de quem caminha pela praia do Campeche à Joaquina, em Florianópolis, a cruz de cimento de mais de dois metros chama atenção. Fincada em 1961 em homenagem a um padre que morreu afogado no mar bravo em frente, a cruz virou ponto de referência, local de orações, devoção e de lendas entre os mais antigos.

O historiador Hugo Adriano Daniel, nativo da região, é pesquisador da história do Rio Tavares e relata que a cruz foi colocada naquele ponto poucos dias após a morte do padre gaúcho Alfredo Dullius, na época com 45 anos. Segundo relatos orais e registros, na encosta do morro, próximo aonde hoje se localiza a Igreja de Pedra do Rio Tavares, que antigamente pertencia ao Colégio Catarinense, existia um casarão, em que padres e seminaristas costumavam passar os fins de semana em meio a natureza. Naquele tempo, a luz elétrica ainda não havia chegado na região, e a estrada era totalmente de terra:

— Logo depois do almoço, no dia 26 de dezembro de 1961, o padre Alfredo e seminaristas pegaram a trilha em meio às dunas e foram tomar banho de mar. Pelos relatos, o padre entrou na água de batina, e no primeiro mergulho caiu em uma corrente de repuxo e não conseguiu mais sair. Até tentaram salvá-lo, mas não foi possível — conta Hugo. 

Os seminaristas saíram desesperados em busca de ajuda. Alguns foram em direção a base aérea, que enviou um avião de treinamento militar, que localizou o corpo boiando a cerca de um quilômetro da costa. Pescadores do Campeche também tentaram em vão, chegaram a jogar cipó-banana, mas não teve jeito. O mar estava tão revolto que tiveram dificuldades até para erguer o corpo para a canoa, e foi preciso amarrar uma corda e arrastá-lo até o pico do Campeche, no local chamado Pontal, uma operação que durou mais de três horas.

O bombeiro aposentado Artur Nunes, 84 anos, nascido e morador do Rio Tavares até hoje, recorda que foi uma grande comoção entre todos, e na mesma semana o padre Alvino Bertholdo Braun, que era o pároco da Igreja de Pedra, encomendou a cruz:

— O padre veio falar com o meu pai para fazer o cepo para a cruz, que depois fizemos de ipê-amarelo com 2,2 metros. A cruz era grande e pesada, levamos até as dunas pela Picada da Isidoro de carro de boi. No dia de colocar teve uma missa muito grande, encheu de gente — recorda.

Quem ele era

O padre era professor no Colégio Catarinense há três anos e também capelão auxiliar da Escola de Aprendizes Marinheiros no Estreito, por isso tinha muitos amigos e conhecidos na cidade, conforme explica o historiador.
O advogado Aluísio Dobes, 75 anos, foi aluno do padre Dullius no Colégio Catarinense no 1º Científico, equivalente ao Ensino Médio nos dias atuais. Ele conta que o sacerdote tinha uma característica muito interessante:
— Ele tinha um olho verde e outro azul. Era professor de história mundial, e colocamos o apelido nele de "long play", pois ele abria um mapa mundi no púlpito e com uma vareta apontada, começava a falar e não parava mais contando a história. Foi um choque muito grande quando ele morreu, todos gostavam dele. Eu não estava mais na escola porque tinha ido servir o exército, mas soube pelo boca a boca dos amigos — recorda.
— Depois disso, passaram a chamar aquele lugar de Picada da Cruz do Padre. Os antigos chamam assim até hoje, essa coisa de "Pico da Cruz" foram os surfistas que inventaram — conta. 
Seu Artur explica que há uns 15 anos tiveram que substituir a cruz original por uma de concreto, pois a madeira apodreceu devido a maresia. 

Lendas em torno da cruz

Morador do Campeche, o historiador Hugo conta que cresceu ouvindo os pescadores falarem que tinham medo de passar na Picada da Cruz, pois o fantasma do padre aparecia:
— Outra curiosidade é que os pescadores relataram que quando resgataram o corpo, o padre estava com as mãos em oração, e em nenhum momento o corpo afundou — recorda.
Para Artur, tudo era imaginação dos pescadores:

— Já ouvi falar que viram vultos próximo da cruz, mas é tudo lenda, coisa da cabeça das pessoas — finaliza.

Mas, por via das dúvidas, se você tem medo dessas coisas, é melhor evitar a picada.
(Do www.clicrbs.com.br)

Desde 1872 até hoje, Mary Celeste é sinônimo de navio fantasma nos EUA

 Desde 1872 até hoje, Mary Celeste é sinônimo de navio fantasma nos EUA


Navio fantasma
Mary Celeste, navio fantasma, à deriva
Desde 1872 até hoje, Mary Celeste é sinônimo de navio fantasma nos EUA

No dia 04 de dezembro de 1872 um veleiro de 31 metros foi encontrado navegando à deriva pelo Oceano Atlântico, rumo ao Estreito de Gibraltar. Seu nome virou sinônimo de navio fantasma, o Mary Celeste.



A história de Mary Celeste começou no dia 05 de novembro de 1872 quando o veleiro deixou o porto de Nova Iorque com destino a Gênova, Itália. Mas o barco nunca chegou….

Quando a tripulação do navio Dei Gratia encontrou Mary Celeste à deriva, e subiu a bordo, o cenário encontrado foi intrigante. O veleiro estava em ótimas condições de navegação, com as velas içadas e com apenas uma bomba de água funcionando. Tinha cerca de um metro de água nos porões. As escotilhas estavam todas abertas. O relógio não funcionava, a bússola e o sextante tinham desaparecido. O único barco salva-vidas não estava a bordo.
Mary Celeste foi abandonado por sua tripulação

Tudo indica que Mary Celeste foi abandonado por sua tripulação. A bordo também foram encontrados barris de álcool, água e comida para cerca de seis meses de viagem. Na ponte de comando não foram encontrados os papéis do veleiro. Apenas o diário de bordo com o último registro feito no dia 24 de novembro de 1872, indicando a posição de 160 km a oeste dos Açores.

Nenhum dos 10 ocupantes -sete marinheiros, Capitão Briggs, sua esposa e seus dois filhos jamais foram encontrados.

Audiência em Gibraltar

Na primeira audiência, em Gibraltar, para investigar o que poderia ter acontecido os representantes da investigação consideraram várias possibilidades de crime, incluindo motim por parte da tripulação, atos de pirataria por parte dos membros do Dei Gratia, entre outros motivos. Conspiração por parte da tripulação, para ativar o seguro da embarcação de forma fraudulenta foi um deles. No entanto, não encontraram quaisquer indícios para apoiar essas teorias.
Um ano depois pescadores espanhóis recuperaram dois botes

Um ano depois, pescadores espanhóis recuperaram dois botes, um com quatro corpos, e outro com um corpo e uma bandeira americana. Todos foram enterrados em valas comuns sem serem identificados. Nunca se soube se pertenciam ao Mary Celeste.
Navio fantasma: origem a várias dramatizações em documentários

A história da descoberta do navio abandonado em 1872 deu origem a várias dramatizações em documentários, séries e filmes, e o nome do navio tornou-se sinônimo de abandonos inexplicáveis.
Conan Doyle escreveu uma história baseada no mistério

Em 1894, o britânico Arthur Conan Doyle escreveu uma história baseada no mistério, mas o nome do navio foi escrito como Marie Celeste.

A pergunta que fica é: se o barco foi encontrado em boas condições de navegação, com água e comida para seis meses, por que foi abandonado pela tripulação?
A resposta nunca saberemos mas, em todo os Estados Unidos, o Mary Celeste é sinônimo de navio fantasma.

(Do https://marsemfim.com.br/)

OURO E PRATA DOS INCAS NO PÂNTANO DO SUL

 

OURO E PRATA DOS INCAS NO PÂNTANO DO SUL


"João Dias de Solis, a serviço da Espanha, em 1515, desce com sua armada toda a costa sul brasileira e penetra no estuário do Rio Santa Maria, depois da Prata.
     Em abril de 1516, voltando, um temporal faz com que 3 de seus navios tocassem na ilha, daí a sua baía ter recebido o nome de “Baía dos Perdidos”, denominação que não pegou porque ficou sendo conhecida por “Porto dos Patos” ou “Porto da Ilha dos Patos”, nomes dados pela expedição de Cristovão Lopes Haro, que por aqui passou em 1514.
      A noite, um forte vento atirou uma caravela contra os rochedos de uma ponta da ilha ( Ponta dos Naufragados )  e só 16 tripulantes conseguiram chegar em terra ( entre eles, o alferes Melchior Ramirez, Gosçalo da Costa, Aleixo Garcia, Francisco de Chaves, Francisco Fernandez, Henrique Montes, José Sedenho e o mulato Francisco Pacheco).
Destes, muitos se amancebaram com índias carijós e tiveram filhos. ( carta de 28/7/1524 do embaixador João de Zuñiga a Carlos V). Nove deles, em fins de 1521, foram aí encontrados por Cristovão Jacques que levou um deles ( alferes Melchior Ramirez) como turgimão ( ou dragomano, nome dado aos intérpretes das delegações ou consulados no Oriente) para o Rio Santa Maria, prometendo aos outros que os levaria de regresso à Europa. Trouxe Ramirez na volta, que quis ficar em Santa Catarina e não cumpriu a promessa feita aos outros.
     Aleixo Garcia, que era português e estava entre os náufragos, tendo-se integrado na vida dos carijós, aprendido a língua e se amasiado com uma índia, ouvindo falar na Serra da Prata, reuniu um grupo de índios e internou-se no sertão, entre 1524 e 1526.

No caminho, outros índios guaranis foram se juntando à expedição e Garcia chegou com mais de 2 mil deles até a Bolívia, onde atacaram e saquearam Misque e Tomina. Ao regressar a expedição, Garcia foi assassinado por companheiros brancos que pouco depois foram dizimados no Paraguai pelos índios paiaguás. Mas alguns carijós, mandados na frente da expedição, chegaram a Meiembipe com objetos de ouro e prata ( pesando de duas a três arrobas ), destinados ao mosteiro de Nossa Senhora de Guadalupe, na Espanha. Do grande tesouro roubado dos Incas, só restou isto e a notícia da existência deste povo e desta riqueza, informação que se espalhou com os guaranís, até o Rio Santa Maria ou Rio de Sólis ou Rio da Prata.
     Após a descoberta da “passagem” para o Pacífico – o Estreito – por Fernando de Magalhães, em 1520, as expedições em busca das Molucas ou Malacas se sucedem. Integrando a armada de Frei Jofre Garcia de Loaysa, em 1525, veio o galeão São Gabriel, sob o comando de D. Rodrigo de Acuña. Em outubro, já quase na Patagônia, a armada foi colhida por ventos e temporais que a fizeram retroceder.

O São Gabriel, a 1 de maio (ou  março) de 1526, fundeava na extremidade sul da Ilha de Meiembipe; acorrem logo em uma canoa Henrique Montes e o alferes Melchior Ramirez que fizeram levar o galeão para a enseada do Pântano do Sul, depois chamada Porto de D. Rodrigo. Aí estiveram por mais de dois meses os espanhóis, abastecendo-se de água, lenha e mantimentos, obtidos dos carijós pela solicitude de Henrique Montes, que também contou que dos náufragos de Sólis só quatro existiam agora na região (sete tinham ido para a baía dos Santos Inocentes ou Santos, e os outros tinham acompanhado  Aleixo a uma expedição, da qual uns índios haviam trazido objetos de ouro e prata).

     “No dia 4 de maio o comandante determinou ao tesoureiro e ao contador que decessem à terra e trouxessem umas arroubas de prata e de ouro, bem como as provisões compradas e o respectivo vendedor que seria pago. No regresso, quando já se encontravam perto de galeão, foi ao fundo o batel em que viajavam, perecendo 15 dos seus 23 ocupantes, inclusive os mencionados funcionários. Perderam-se as virtualhas ( o mesmo que víveres )
e os metais.
Na manhã ulterior era o batel retirado e entregue aos carpinteiros e calafates que, em quatro dias, o deixaram reparado. Quando foi levado a bordo do galeão, alguns de seus condutores disseram a D. Rodrigo que o contramestre Sebastião de Villa Real assentara de ficar e lhe pedia a devolução da roupa. Em dez dias, nove lhe seguiram o exemplo, uns com licensa e outros sem ela. Tão boa era assim a terra e os carijós, que prendiam os europeus.”

( Trecho de carta )

    O São Gabriel partiu, levando 120 arrobas de farinha e 16 de feijão, além de patos, galinhas, mel e lenha, tudo adquirido dos carijós. Haviam desertado dezessete e, dentre os já referidos, Luis de León, Miguel Biscainho, Nicolau Cañon, Pedro Ayala e um certo Durango, além daqueles cujos nomes não chegaram até nós.
     Como os antigos espanhóis que se amancebaram com as índias já tivessem muitos filhos, pagãos, o comandante antes de partir mandou o capelão os batizar – o que foi feito no meio de uma festa, quando o São Gabriel acabou de ser consertado.
     Assim, ficaram no fundo da enseada de Pântano do Sul o ouro e a prata dos Incas."

(Relato do historiador Aujor Ávila da Luz em "Santa Catarina - Quatro Séculos de História - 1600 a 1900" - Editora Insular / 2000)

Itália busca o barco das orgias de Calígula

 Itália busca o barco das orgias de Calígula


Ilustração do século XVIII de uma embarcação como a que Calígula utilizava. CORBIS / HULTON ARCHIVE

Itália busca o barco das orgias de Calígula

A busca do terceiro navio de Calígula reaviva a fascinação que os governantes mais cruéis e extravagantes continuam despertando


A lenda ganha corpo científico e em Nemi as pessoas esfregam as mãos. A pequena localidade, 33 quilômetros a sudeste de Roma, rastreia o fundo de seu lago em busca do terceiro grande navio de Calígula. Duas daquelas villasflutuantes, que o imperador mandou construir multiplicando sua fama de exagerado, foram recuperadas por Mussolini, entre 1928 e 1932, expostas em um museu junto ao lago e queimadas na noite de 31 de maio de 1944 na fuga alemã ante o avanço aliado sobre Roma. Sobreviveram ao incêndio poucos pedaços de madeira, algumas moedas e o voluntarioso desejo de que não fossem os únicos barcos. Agora, a possibilidade de encontrar um terceiro, como já indicavam documentos do século XV, devolve vigor ao fascínio por um imperador que governou durante quatro anos que as crônicas transformaram em 1.400 dias de terror.

Nemi e seus navios foram o protótipo romano de festa flutuante de verão: sexo, álcool e horário ilimitado. Mas, para além da hipérbole e dos relatos da micro-história que confirmam nossa predileção pelas narrativas sobre os governantes canalhas, o que se preservou 2000 anos sob a água doce do lago foi também a caixa preta de uma das etapas mais turbulentas do império. De modo que, depois de quatro séculos de imersões estéreis para recuperá-las, Mussolini contratou uma empresa milanesa que esvaziou o lago com uma prodigiosa bomba hidráulica. Cerca de 40 milhões de metros cúbicos de água foram canalizadas para o mar através de velhos aquedutos romanos e, debaixo do lodo, pouco a pouco, apareceram os dois barcos: o primeiro media 71 metros e o segundo, 75. Palácios flutuantes com aposentos de mármore, esculturas e avanços tecnológicos como encanamento de chumbo para que a água quente regasse as farras. Um símbolo dos excessos que regeram a vida de Calígula.


Mas os mesmos excessos, de algum modo, o conduziram à morte. Em 24 de janeiro do ano 41 decidiu tomar um banho para aliviar uma ressaca incômoda. Os arrebatamentos paranoicos não o impediram naquele dia de adentrar um beco do palácio em Roma, onde foi esfaqueado por um grupo de centuriões que agiram como mensageiros. Tinha 28 anos e só havia governado quatro quando o mandaram para o outro mundo. Seu curto mandato, como também sucedeu com Nero, por outras razões, se transformou na imagem da corrupção e da perversão do poder absoluto em Roma. O único inconveniente é que esse retrato foi construído sobre a escorregadia damnatio memoriae, a página em branco da história surgida ao se apagarem todos os registros oficiais de suas obras. Incluindo os navios de Nemi, afundados por seus sucessores.

O inquietante relato oficial de Calígula – na verdade, Cayo Julio César Augusto Germânico— fala de um homem que ameaçou nomear seu cavalo cônsul, que prostituía as irmãs, abusava de seu poder sistematicamente e violava as esposas de seus súditos como passatempo. No entanto, a representação feita dele tem a ver também com o álibi moral edificado por seus autores para tirá-lo do caminho, como argumenta a historiadora e prêmio Princesa de Astúrias 2016 Mary Beard:“Grande parte da história foi exagerada ou inventada depois de sua morte para justificar o assassinato. Isso não significa que eu pense que Calígula foi um bom imperador, na verdade, agora é quase impossível diferenciar os fatos da ficção. Mas estou bastante segura de que não era exatamente como o pintam”.

Esses barcos foram o protótipo da festa: sexo, álcool e horário ilimitado. São a 'caixa preta' de umas da etapas mais turbulentas do império

As melhores crônicas são as escritas contra. Ainda acontece com alguns presidentes, cuja excentricidade e tendência ao caos são a receita perfeita para o cultivo de visitas a qualquer meio de comunicação online. Calígulas contemporâneos, costuma brincar Tom Holland, autor de Dinasty: The Rise and Fall of The House of Caesar. Os excessos de Donald Trumpcomo magnata, seus edifícios e seus barcos, seus comentários sobre as mulheres, a errática tomada de decisões como presidente, a aversão pelos impostos, suas provocações no Twitter ou a inclinação por nomear e decapitar assessores configuram um irresistível convite aos que parecem ser razoáveis. “Calígula nos fascina 2000 anos depois porque ainda serve como arquétipo dos caprichos da crueldade do poder absoluto”, afirma Holland.

Mas a verdadeira gênese do mal talvez tivesse a ver, no caso de Calígula, com os problemas sucessórios e a falta de uma lógica clara que ordenasse esse processo sem conspirações nem violência. Nos primeiros 100 anos do império, como recorda Beard, a morte dos imperadores esteve rodeada desse tipo de mecanismo e suspeita. Seu assassinato poderia ser atribuído a grupos de poder que não queriam que Roma fosse por mais tempo uma autocracia dinástica. A resistência de certo establishment acentuou essa sensação de encurralamento e sua obsessão pela segurança. Mas que alguém seja paranoico não quer dizer que não esteja sendo perseguido.
Retrato do imperador Calígula. GETTY


Para além do mito, Calígula é hoje uma oportunidade comercial para Nemi. Um lugar de apenas 2.000 habitantes que atraiu artistas como Goethe, Byron, Stendhal e Turner e que, talvez, se conformaria hoje com a fama de seus deliciosos morangos da floresta. Por ora, o destrutível magnetismo do imperador permanece nos ímãs com seu rosto e nos souvenirs da loja de Santino Lenzi, um artesão que penteia seus cabelos brancos como um autêntico romano, à espera de notícias. As primeiras informações das sondas deixam entrever mais desejos que indícios. Mas até então, como festeja o prefeito da cidade, Alberto Bertucci, todos voltam a olhar para Nemi em busca de respostas.

( Do ://brasil.elpais.com/)

sexta-feira, 5 de maio de 2023

Os novos proprietários norte-americanos colocaram números de identificação nos bondes belgas pela primeira vez. Este é o CFLP 25 da linha Trajano Reis por volta de 1932 [col. Cid Destefani]

 Os novos proprietários norte-americanos colocaram números de identificação nos bondes belgas pela primeira vez. Este é o CFLP 25 da linha Trajano Reis por volta de 1932 [col. Cid Destefani]


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Dois bondes Birney trafegam na Praça Tiradentes em 1934. A vista é noroeste col. Cid Destefani

 Dois bondes Birney trafegam na Praça Tiradentes em 1934. A vista é noroeste col. Cid Destefani


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Antonio Paulo Pereira Lemos

 

Antonio Paulo Pereira Lemos

Português de nascimento, nasceu em 1844 era filho de Paulo Pereira de Lemos e Maria Angelica Lemos, tornou-se paranaense de coração, Antonio devotou-se à sua pátria adotiva, constituiu família no Paraná e sempre primou pela dignidade em seu trabalho, um perfeito cavalheiro.

Mudou-se para Morretes e conheceu sua futura esposa filha de Jozé Ricardo da Costa Guimarães Vereador de Morretes, casou-se com Saturnina das Costa Ferreira de Lemos em 1871 na Província de São Paulo.

1871 27 de Julho Diário de São Paulo página 2 edição 1739 *1.

Dispnesa Matrimonial de 1871.

Estranhamente encontramos na dispensa Matrimonial de 1871 o nome de sua esposa Saturnina da Costa Guimarães não aparece.

Após seu casamento mudou-se para Curitiba, fixando residência ali, era médico, grande humanista.

1889 Dezenove de Dezembro edição 159 página 2.

Em 1889 solicitou ao chefe de Estado autorização para formar uma empresa que seria um Engenho.

Foi Sócio do Clube Curitibano em 1890 e participou da Comissão para a Construção da Estatua do Barão do Rio Branco conforme noticia o Jornal A República de 30 de Maio de 1912.

Em 1891,  era proprietário do Moinho Paranaense moinho de Trigo,  mas ainda exercia sua profissão de médico.

1890 Revista da Engenharia pág 244  Moinho Paranaense.

EDITOR, Editor. 1889 Dezenove de Dezembro edição 159 página 2. Dezenove de Dezembro, Curitiba, ano 159, n. edição 159, 1 abr. 1889. 2, p. 1-8.

EDITOR, Editor. 1871 27 de Julho Diário de São Paulo página 2 edição 1739. Diário de São Paulo, SÃO PAULO, ano 1739, n. edição 1739, 27 jul. 1871. 2, p. 1-8.

Quando da ocupação de Curitiba pelas tropas Federalistas, foi nomeado médico do Hospital Militar de Curitiba juntamente com o Dr Victor Ferreira do Amaral, tratando inúmeros Maragatos e acreditamos que diversos Legalistas também.

1894 Jornal a Federação 22 de Fevereiro Curitiba edição 20 Julio Koch.JULIO KOCH, Julio Koch. Serviço Sanitário do Exército: 1894 Jornal a Federação 22 de Fevereiro Curitiba edição 20 Julio Koch. A Federação, Curitiba, ano 20, v. 20, n. 20, p. 3, 22 fev. 1894.

Maçom

Foi um dos fundadores da Loja Fraternidade Paranaense conforme encontramos no livro “Entre o Compasso e o Esquadro: Gênese da Formação das Lojas no Paraná entre 1830 e 1930 em sua página 177. A transcrição da ATA de fundação da Oficina.

No periódico  “Esphynge”  de 1897 página 147 encontramos menção a administração desta oficina para o período de  1897-1898 , funcionamento Provisório


Periódico Esphynge 1897 página 147 edição 06-07-08 e 09.

EDITOR, Editor. Periódico Esphynge: Periódico Esphynge 1897. Periódico Esphynge, Curitiba, v. 20, n. 6 a 9, p. 147, 1 abr. 1897

Genealogia paranaense volume 5 página 187.

Encontramos em Genealogia Paranaense volume 5 em sua página 187 informações sobre ele ter sido um comerciante em Curitiba e estranhamente omitindo sua condição de médico.

Em 1899 foi Vice Presidente da Sociedade Portuguesa Beneficiente.

Faleceu em 02 de Março de 1914 com 70 anos de idade

atestado-obito Family Search 1914 – Fevereiro dia 2.

Referencias:

NEGRAO, DIAS. GENEALOGIA PARANAENSE: GENEALOGIA PARANAENSE. GENEALOGIA PARANAENSE, Curitiba, v. 5, n. 5, p. 187, 1 abr. 1897.

JUNIOR, Hamilton. Entre o Compasso e o Esquadro: Gênese da Formação das Lojas no Paraná entre 1830 e 1930.. In: ENTRE o Compasso e o Esquadro. 1. ed. Curitiba: [s. n.], 2019. v. 20, cap. 1, p. 177. ISBN 978-65-900604-0-2.

Moinho a Vapor, conforme nos informa o relatório do Ministério da Fazenda de 1891, página 73.

EDITOR, Editor. 1871 27 de Julho Diário de São Paulo página 2 edição 1739. Diário de São Paulo, SÃO PAULO, ano 1739, n. edição 1739, 27 jul. 1871. 2, p. 1-8.

Atestado de óbito

JUNIOR, Hamilton. Entre o Compasso e o Esquadro: Gênese da Formação das Lojas no Paraná entre 1830 e 1930.. In: ENTRE o Compasso e o Esquadro. 1. ed. Curitiba: [s. n.], 2019. v. 20, cap. 1, p. 177. ISBN 978-65-900604-0-2.

EDITOR, Editor. Periódico Esphynge: Periódico Esphynge 1897. Periódico Esphynge, Curitiba, v. 20, n. 6 a 9, p. 147, 1 abr. 1897.


NEGRAO, DIAS. GENEALOGIA PARANAENSE: GENEALOGIA PARANAENSE. GENEALOGIA PARANAENSE, Curitiba, v. 5, n. 5, p. 187, 1 abr. 1897.