sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Instalações antigas de um Posto de Combustíveis, ainda existente na AVENIDA VICENTE MACHADO X RUA BRIGADEIRO FRANCO, em registro de 1952.

 Instalações antigas de um Posto de Combustíveis, ainda existente na AVENIDA VICENTE MACHADO X RUA BRIGADEIRO FRANCO, em registro de 1952.


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Em 1952, o Brasil vivia os primeiros passos de uma nova era: o automóvel deixava de ser um luxo para se tornar símbolo de progresso, liberdade e modernidade. E no cruzamento da Avenida Vicente Machado com a Rua Brigadeiro Franco , um ponto de referência surgiu para atender a essa revolução sobre rodas: um posto de combustíveis com instalações típicas da década de 1950 , que ainda hoje resiste como testemunho do tempo.

O posto, com sua arquitetura simples e funcional, reflete o estilo da época:

  • Bomba de gasolina manual , com mostrador analógico e mangueira de borracha pesada, operada por atendentes de uniforme engomado;
  • Telhado em balanço , cobrindo a área de abastecimento para proteger carros e motoristas do sol e da chuva;
  • Letreiros em neon ou pintura artesanal , anunciando marcas como Shell , Gulf , Texaco ou Ipiranga , com logotipos clássicos que marcaram gerações;
  • Lojinha pequena ao lado , onde se vende óleo, água para o radiador, chicletes e revistas em quadrinhos;
  • E, claro, o "carteiro" , o funcionário que não só abastecia, mas lavava o para-brisa, calibrava os pneus e dava um bom-dia com simpatia.

Naquele tempo, o abastecimento era um ritual: o carro parava, o motorista descia, o atendente cumprimentava, e enquanto a gasolina descia pelo cano com um som característico, começava uma conversa — sobre o tempo, o futebol, ou o novo modelo da Chevrolet.

A Avenida Vicente Machado , mesmo em 1952, já era um dos eixos importantes da cidade, ligando bairros centrais ao comércio e à vida urbana. E o cruzamento com o Brigadeiro Franco foi ponto estratégico, onde o fluxo de veículos — ainda modesto, mas crescente — projeta serviços modernos.


Um Testemunho que Perdura

O fato do posto ainda existir em 2025 , quase 73 anos depois, é um milagre urbano. Muitos foram demolidos, modernizados ou substituídos por redes automáticas. Mas esta resistiu — talvez com reformas, talvez com novas bombas, mas mantendo a estrutura original, o espírito do lugar, a memória do concreto e do aço.

É um monumento vivo da história do automóvel , do desenvolvimento urbano e da cultura de rua. Um lugar onde o passado não foi apagado, apenas renovado com respeito.


📸 Fotografia de 1952 – Arquivo Histórico / Acervo Municipal

"Nem toda construção antiga é patrimônio por decreto. Algumas são patrimônio por memória. E este posto, com suas bombas antigas e seu chão de cimento, é lembrança viva de quando o futuro chegava com um tanque cheio e um sorriso no balcão."

Uma vista de onde hoje é a AVENIDA EMÍLIO JOHNSON, nas proximidades do TERMINAL de Almirante Tamandaré. Ano 1967.

 Uma vista de onde hoje é a Avenida Emílio Johnson, nas proximidades do Terminal Almirante Tamandaré. Ano 1967.

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Em 1967, o que hoje é um dos principais eixos da cidade ainda era um cenário de transformação — um pedaço de terra em movimento constante entre o passado e o futuro.

A Avenida Emílio Johnson , então, não era apenas uma rua. Era um caminho de histórias : onde ônibus antigos com placas metálicas e pintura viva seavam para o interior, onde homens e mulheres aguardavam na calçada com chapéus e bolsas de couro, e crianças corriam com sorvetes derretidos no sol quente.


O Terminal Almirante Tamandaré , já um ponto de referência, era um lugar de encontro — um centro de partidas, despededidasas e esperanças. Ali, os motoristas acenavam, os cobradores gritavam os ingressos, e a música ecoava nos altifalores do pátio: “Só vai ter amor… só vai ter amor…” — o som de uma época que sonhava em modernidade.


As casas ao redor eram simples, mas cheias de vida: varandas com flores, jardins pequenos, e árvores altas que ofereciam sombra aos passageiros. O chão batido, às vezes, mar-se em poça de lama, mas ninguém se preocupava: era parte do ritmo da vida.


Era um tempo em que o tempo crescia sem pressa. Nem tudo estava pronto, mas tudo estava começando. E cada passo no caminho era um passo rumo à história de um povo que, mesmo sem saber, estava construindo seu futuro.



📸 Fotografia: Arquivo Histórico / Acervo Municipal

*"No meio do movimento, há silêncio."No meio do movimento, há silêncio. No meio do barulho, há memória. E nessa esquina, onde hoje está a Avenida Emílio Johnson, ainda mar os rastros do tempo que foi — e o coração que nunca parou de bater."

RUA PASTOR NILSON DO AMARAL FANINI Nilson do Amaral Fanini, mais conhecido como Nilson Fanini (Paranaguá, 18 de março de 1932 – Dallas, 18 de setembro de 2009) foi um pastor batista, teólogo, escritor e empresário brasileiro. Pastor batista, teólogo, escritor e empresário.

 RUA PASTOR NILSON DO AMARAL FANINI

Nilson do Amaral Fanini, mais conhecido como Nilson Fanini (Paranaguá, 18 de março de 1932 – Dallas, 18 de setembro de 2009) foi um pastor batista, teólogo, escritor e empresário brasileiro. Pastor batista, teólogo, escritor e empresário.


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Foi pastor durante 41 anos da Primeira Igreja Batista de Niterói (PIBN) e era uns dos líderes evangélicos brasileiros mais influentes dos últimos 25 anos do século XX e foi proprietário da TV Rio.
Nilson do Amaral Fanini nasceu em Paranaguá, no Paraná, em 18 de março de 1932, filho dos imigrantes italianos Olympio Fanini e Cecy do Amaral Fanini. Iniciou oficialmente sua carreira religiosa na década de 1950, ao formar-se bacharel no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil em 1955. Foi consagrado pastor na Igreja Batista de Itacuruçá, no bairro da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro, pastoreada pelo Pr. Oswaldo Ronis, em 24 de novembro de 1955 e foi pastor itinerante no norte do estado do Paraná por um período. Nos Estados Unidos da América, fez em 1958, o mestrado no Southwestern Baptist Theological Seminary, em Fort Worth, estado do Texas.
Casou-se com Helga Kepler em 1958, e com ela teve os filhos Otto, Roberto e Margareth, que residem nos EUA. Além da carreira teológica era bacharel em Ciências Jurídicas pela Universidade Federal Fluminense (UFF) (1969) e cursou a Escola Superior de Guerra (ESG) em 1981.
Pastoreou a Primeira Igreja Batista de Vitória até 1964, ano em que assumiu a Primeira Igreja Batista de Niterói (PIBN), sucedendo Manoel Avelino de Souza. Foi presidente e pastor titular dessa igreja por 41 anos. Neste período foi reitor do Seminário Teológico Bastista de Niterói (adjacente à sede da igreja), e também fundou a organização assistencial Reencontro Obras Sociais e Educacionais, da qual foi presidente por 35 anos. Apresentava um programa chamado Reencontro que é exibido em 146 emissoras de TV do Brasil e 10 nos EUA.
Sua administração foi marcada pelo crescimento da PIBN, que conforme contagem de 2005 possuía mais de 8 mil (este número seria reduzido a 2 mil após recadastramento posterior). Tornou-se referência no meio cristão, e tinha bom trânsito no meio político (teve audiências com todos os presidentes brasileiros desde Geisel) e tinha passaporte diplomático emitido por Fernando Henrique Cardoso. Sob sua direção a PIBN apresentou um grande destaque no meio evangélico brasileiro, chegando a contagem de 7 mil membros no início do século XXI (entretanto após recadastramento este número diminuiu para cerca de 2000 pessoas). Durante este período Fanini presidiria por 12 vezes a Convenção Batista Brasileira, e finalmente presidiu a Aliança Batista Mundial por cinco anos, de 1995 até 2000. Após o fim de seu mandato ingressou no conselho da organização.
De 1987 até 1992, foi proprietário da TV Rio, até a compra dessa pela recém-inaugurada Rede Record, a primeira concessão à entidade religiosa no país.
Foi homenageado com os títulos de Cidadão Niteroiense (1971), Cidadão Fluminense (1973), Cidadão Emérito do Estado do Rio de Janeiro (conferido pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro em 1977), Cidadão Vitoriense (Câmara Municipal de Vitória - Novembro de 1994), e Cidadão do Estado do Rio de Janeiro (1994), dentre outras homenagens.
Entretanto, sua posição foi severamente enfraquecida em 2004, após uma reportagem da revista evangélica Eclésia denunciar o desaparecimento de 1,6 milhões de dólares destinados a construção da nova sede da igreja.[2] Uma crise interna se instaurou na igreja, com uma comissão sendo designada para investigar o caso. Segundo as investigações da própria igreja, o dinheiro teria sido depositado sem o conhecimento da tesouraria na conta de intermediadores que negociariam um suposto empréstimo internacional para viabilizar a construção da Catedral no Caminho Niemeyer. Os intermediários, entretanto, revelaram-se golpistas que desapareceram com o dinheiro.
As investigações internas acabaram por revelar outras irregularidades da administração de Fanini, e o caso acabou sendo levado para a Justiça.
Embora tanto a Justiça quanto a própria igreja tenham inocentado Fanini das acusações de má-fé e desvio de dinheiro, sua posição na igreja foi severamente enfraquecida. Embora seu afastamento tenha sido descartado em uma assembleia geral da própria igreja, ele perdeu apoio tanto da administração quanto de antigos aliados. Citando problemas de saúde, em 8 de março de 2005, Fanini anunciou sua aposentadoria. Mesmo sem a conclusão do processo judicial, a igreja em assembleia votou por suspender todos os benefícios pleiteados pelo pastor (uma aposentadoria de R$ 15 mil reais, equivalente a seu salário até então, plano de saúde e seguro de vida).
Igreja Batista Memorial de Niterói
Apesar da aposentadoria anunciada, Fanini decidiu voltar à ativa no início de 2006, com a Igreja Batista Memorial de Niterói. Inicialmente funcionando na sede do Reencontro, a igreja logo cresceu, graças em parte à membros egressos da PIBN que discordaram de como o caso foi tratado pela PIBN. Exerceu a função de pastor titular da igreja até setembro de 2009.
Morte
Após chegar aos EUA em 11 de setembro de 2009, para visitar a família e conhecer a neta mais nova, Natali, Fanini sentiu-se mal e foi hospitalizado. No dia 12, foi diagnosticada uma pneumonia no Hospital Metodista de Bedford, Dallas, Texas.[5] No dia 16 de setembro, sofreu um forte AVC, que afetou várias partes de seu cérebro, entrando em coma logo em seguida.[6][7] Segundo o blog da Igreja Batista Memorial,[8] ele teve morte cerebral confirmada no dia 18. Após a família decidir por desligar os aparelhos por falta de condições financeiras,[9] teve a morte oficialmente declarada no dia 19, às 6:46[10] (horário de Brasília). Seu corpo foi cremado nos EUA, e suas cinzas foram trazidas ao Brasil para homenagens póstumas.