sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Antiga confeitaria Stuart na esquina da praça Osório com Av. Luiz Xavier , final da década de 20.

 Antiga confeitaria Stuart na esquina da praça Osório com Av. Luiz Xavier , final da década de 20.


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No final da década de 1920, em pleno centro de Curitiba , erguia-se um verdadeiro templo do doce e da moda: a Confeitaria Stuart , situada na esquina nobre entre a Praça Osório e a Avenida Luiz Xavier — um dos cruzamentos mais movimentados e sofisticados da cidade naquele tempo.

Com sua fachada clássica, vitrines reluzentes e toldos listrados, a Stuart era muito mais que uma confeitaria: era um símbolo de civilidade, modernidade e requinte . Um lugar onde a elite curitibana, comerciantes, políticos e famílias tradicionais se encontravam para tomar um chá, saborear um bolo, ou simplesmente ver e ser visto.

Por dentro, o ambiente era um encanto:

  • Mesas de mármore com cadeiras de ferro forjado,
  • Toalhas brancas impecáveis,
  • Garçons de paletó branco e gravata borboleta,
  • E o cheiro inconfundível de pão de mel, chantilly, café recém-passado e chocolate quente .

Seus doces finos , feitos com receitas europeias, eram uma raridade na cidade. Havia tortas de frutas, pavês, suspiros, bombons artesanais e os famosos "biscoitos Stuart" , que viraram desejo de toda criança que passava pela vitrine.

Era comum ver senhoras de chapéu e luvas sentadas com suas amigas, tomando chá das cinco, enquanto os homens discutiam negócios ao fundo, com jornal na mão e charuto aceso. Na virada do século, a Stuart já era ponto de encontro da sociedade , onde se comemoravam aniversários, noivos e até propostas de casamento.


Um Símbolo da Modernidade

Naquela época, a Avenida Luiz Xavier começava a se afirmar como eixo comercial da cidade, com lojas, bancos e edifícios modernos. E a Praça Osório , com sua fonte central e arborização cuidada, era o coração urbano — onde o progresso se encontrava com a tradição.

A Confeitaria Stuart, posicionada exatamente nesse ponto de confluência, tornou-se um marco cultural . Era um pedaço da Europa trazido para o Brasil , inspirado nas confeitarias de Paris, Viena e Lisboa. Um lugar onde o tempo parecia andar mais devagar, marcado pelo tique-taque do relógio e pelo tilintar das xícaras.


Fim de uma Era

Com o passar dos anos, o ritmo da cidade mudou. O comércio se expandiu, os hábitos alimentares evoluíram, e a Stuart, como tantas casas tradicionais, foi se apagando do cenário urbano. Hoje, o prédio talvez ainda exista — mas o nome, a decoração, o cheiro e o encanto se foram.


Mas quem viveu aquela época não esquece: do sorriso do confeiteiro ao abrir a vitrine pela manhã, da emoção de ganhar um doce de presente, ou do simples prazer de ver a cidade passar pela janela, enquanto se tomava um café com leite em uma xícara de porcelana fina.




📸 Imagem de época – Acervo Arquivo Público do Paraná / Coleção Familiar

"A Confeitaria Stuart não vende apenas doces. Vendia memórias. E mesmo que seu último bolo tenha sido servido há décadas, o sabor daquele tempo ainda vive na imaginação de quem a conheceu."


🍰 Um pedaço de história, feito de açúcar, tradição e moda. E guardado para sempre na esquina da Praça Osório.

Curitiba, 1º de julho de 1947 – Bar Paraná

 Curitiba, 1º de julho de 1947 – Bar Paraná


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Quem aí lembra do lendário Bar Paraná? 😊 Inaugurado nos anos 1940, tinha até um slogan divertido: “Quer viver 120 anos? Faça suas refeições no restaurante Bar Paraná”. Apesar do nome, funcionava como restaurante — naquela época, bebida alcoólica só acompanhada de comida — abrindo apenas para almoço e jantar. As paredes exibiam grandes fotos, como a de um trem soltando fumaça na Serra do Mar, que se tornou marca registrada do ambiente.
Na foto, vemos Saul Lupion Quadros (à direita) e o jornalista José Ernesto Ericksen Pereira, dois nomes marcantes da imprensa curitibana. O prato na mesa, anotado no verso da foto, é um clássico simples e saboroso: salada de feijão com cebola. Era comida de bar de verdade, servida fresca e sem firulas, perfeita para acompanhar uma boa conversa e uma cerveja gelada.
Saul (1915–1975) foi diretor do jornal O Dia, cronista e memorialista que deixou um rico acervo cultural. José Ernesto, além de jornalista, era figura conhecida nos círculos artísticos, amigo de pintores como Waldemar Freyesleben, Guido Viaro e Theodoro De Bona.
📚 Fontes: Acervo particular de Saul Lupion Quadros; Memória Urbana – Prefeitura de Curitiba; registros do jornal O Dia; referências históricas sobre José Ernesto Ericksen Pereira.
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