Ponta Grossa – Casa Bittencourt
A Casa Bittencourt, em Ponta Grossa-PR, foi construída por volta do ano de 1933. Foi adquirido por Claudionor Tupi Villela Bittencourt em 1942.
Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR
Nome Atribuído: Casa Bittencourt
Localização: R. General Carneiro, esquina com R. Marechal Deodoro – Ponta Grossa-PR
Processo: 09/2001
Descrição: Localizado na Rua General Carneiro, esquina com a Rua Marechal Deodoro. O imóvel foi construído por volta do ano de 1933, adquirido por Claudionor Tupi Villela Bittencourt em 1942, quando passaram a residir no mesmo com sua esposa Luiza Balduino Lapido Bittencourt e os filhos. Hoje é utilizado por uma empresa de Odontologia. Edifício tombado no ano de 2001 seu estilo é eclético.
Fonte: Prefeitura Municipal.
Descrição: O imóvel foi construído por volta do ano de 1933. Adquirido por Claudionor Tupi Villela Bittencourt em 1942, quando passou a residir no mesmo com sua esposa Luiza Baldino Lapido Bittencourt e os filhos Deomar, Maria de Lourdes, Yara, Aray, Ernestina e Claudionara.
Claudionor Tupi Villela Bittencourt era filho do Major Manoel Vicente Bittencourt. Com a morte do pai, herdou terras na Fazenda Boa vista, no município de Ponta Grossa. Quando faleceu, deixou para a esposa Luiza a casa onde residiram, e que posteriormente passou a ser herança de seus filhos, netos e bisnetos, possuindo aproximadamente 36 herdeiros. Luiza também ficou com um terreno no bairro de Uvaranas, próximo ao Quartel 13° BIB, que foi loteado e recebeu o nome de Vila Claudionora, em homenagem a seu esposo Claudionor Bittencourt.
Quanto as origens da família, as informações é de que, durante as Guerras Napoleônicas, os Bittencourt deixaram a França sua terra natal, e foram residir em Portugal, Com a transferência da família real portuguesa para o Brasil, vieram também algumas famílias, entre estas, três irmãos Bittencourt.
A viagem foi difícil, faltavam acomodações, e uma forte tempestade atingiu a esquadra que separou os navios, destes, alguns aportaram na Bahia e outros no Rio de Janeiro, no final de 1808. Chegando ao Brasil, os irmãos Bittencourt seguiram rumos diferentes, sendo que dois vieram para o litoral do Paraná e um deles permaneceu no Rio de Janeiro.
Manoel Vicente Bittencourt nasceu na cidade de Morretes, em 1838. Vindo da marinha para Ponta Grossa, aqui foi comerciante, fazendeiro e político, sendo deputado e prefeito. Governou Ponta Grossa de 1892 a 1894, ano em que foi forçado a renunciar seu cargo, por ter ajudado a forças revolucionárias de Gumercindo Saraiva, chefe da Revolução Federalista.
Entre as obras mais importantes de seu governo, destacam-se:
- O arrasamento do antigo Cemitério São João, situado onde é a Praça Barão de Guaraúna.
- Nivelamento do terreno e aproveitamento de terras para fechar a barroca do pátio do Chafariz, posteriormente Largo do Rosário e atualmente Praça Barão do Rio Branco.
- Melhoramento na “Rua do Comércio”, atual Avenida Vicente Machado e na Rua Santana.
Informações:
Certidão Jus in ré n° 13.240 – 1° Registro de imóveis
Entrevista realizada com as Sras. Ernestina e Claudionora Bittencourt em junho de 2001 concedida a Isolde Maria Waldmann.
Pesquisadora: Isolde Maria Waldmann.
Fonte: Prefeitura Municipal.
Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.
Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.
O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.
O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.
Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.
Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.
Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.
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Prefeitura Municipal
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