sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Ponta Grossa – Casa da Família Nadal

 

Ponta Grossa – Casa da Família Nadal


A Casa da Família Nadal, em Ponta Grossa-PR, foi construída em 1926, em alvenaria com sótão. O Sr. Antônio Zan foi o construtor.

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Casa da Família Nadal
Outros Nomes: Residência do Sr. Bortolo Nadal
Localização: R.  XV de Setembro, nº 931 – Vila Ana Rita – Ponta Grossa-PR
Processo: 01/2003

Descrição: Localizado na Rua Residência do Sr. Bortolo Nadal, construído em 1926, em alvenaria com sótão, sendo o construtor o Sr. Antônio Zan. A família mudou-se para o imóvel em 1927. A edificação em questão é uma típica contribuição da imigração para a região. Originalmente uma casa rural, a construção é bastante simples, o que não impede de ter importantes características e linguagem de arquitetura merecedoras de preservação. Processo de tombamento ano de 2003.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: Residência do Sr. Bortolo Nadal, construída em 1926, em alvenaria, com sótão, sendo construtor o Sr. Antônio Zan. A Família mudou-se para o imóvel em 1927, sendo que nesta época Helena Nadal tinha apenas 8 anos de idade. Casou-se com 22 anos e mudou-se do local.

A família Nadal é de origem italiana, e seu patriarca, Nadal Giacomo Du Domenico, imigrou para o Brasil em 1879 com sua esposa Angela e seus filhos ainda crianças, Paulo, Santo e Maria. Moraram na cidade de Morretes, onde Bortolo Nadal nasceu no ano de 1908. Jacob Nadal e Angela Nadal transferiram-se para Ponta Grossa e aqui adquiriram terras, formando uma chácara em Uvaranas, bem como montaram uma leiteria, onde atualmente encontra-se situado o Seminário adquirido recentemente pelo Colégio Sant’Ana.

Além da leiteria, exerciam outras atividades: plantavam parreiras e produziam vinho, vendiam frutas, hortaliças e posteriormente abriram casas comerciais à Av. Carlos Cavalcanti, que mantêm até os dias atuais.

Os italianos sempre foram muito religiosos: ajudaram na construção da Igreja Nossa Senhora da Conceição dando materiais, promoviam festas para arrecadar fundos, entre outras atividades sociais, mantendo estreito vínculo da família com a comunidade.

D. Helena relatou que seu avô possuía uma casa grande perto do imóvel em questão, com mais de 20 cômodos, inclusive uma grande sala onde os homens reuniam-se para as refeições e também para as discussões, enquanto as mulheres permaneciam na cozinha, realizando atividades domésticas. Este casarão foi demolido quando foram abertas as ruas e vendidos os lotes que deram origem aos núcleos residenciais 31 de Março, Jardim Florença e Jardim Conceição.

Jacob e Angela Nadal tiverem os seguintes filhos: Paulo, Santo e Maria, que nasceram na Itália; Bortolo, Isabel, Domingos, Lucia e João. O filho Bortolo Nadal casou-se com Thereza Pissaia e tiveram oito filhos: Iolanda, Angelina, Paulo, Albino, Helena, Constantino, Edmundo Mario e Rosa. Eram católicos e muitos dos seus filhos ainda professam e participam de atividades religiosas, bem como trabalham na área da educação.

Pesquisadora: Isolde Maria Waldmann
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município:  Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:

VÍDEO:

Fonte: Prefeitura Municipal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário