domingo, 13 de agosto de 2023

Índios do Brasil enterrados nas Catacumbas de Paris

 Índios do Brasil enterrados nas Catacumbas de Paris


Nenhuma descrição de foto disponível.


Nenhuma descrição de foto disponível.

Índios do Brasil enterrados nas Catacumbas de Paris.
Após a fundação da França Equinocial (São Luís do Maranhão) em 1612 por Daniel de la Touche, os missionários franceses Père Claude d'Abbeville e Yves d'Évreux, franciscanos, enviaram a França um grupo de índios tupinambás para serem batizados pelo Bispo de Paris na Presença do jovem Rei Luis XIII. O líder do grupo. Itapucú, (batizado de Luis Maria) estava acompanhando de mais 5 índios escolhidos dentre os líderes locais para representar os nativos do Maranhão frente ao Rei da França. Três dos seis índios porém morreram antes de chegar a Paris.
"E maio de 1613, após rigoroso inverno, foram batizados in extremis com nomes cristãos logo antes de morrerem: Anthoine Manen, Jacques Patua e François Carypyra . O perfil e a biografia de cada um foi desenhado a bico de pena nas crônicas dos capuchinhos Claude D´Abbeville e Yves D´Evreux, que viveram em São Luís. "O primeiro a ter morrido devido ao clima foi o guerreiro tabajára François Carypyra , cujas tatuagens ou riscas indicam que ganhou vinte e quatro nomes , matando outros tantos inimigos, faleceu aos sessenta ou setenta anos de idade e lhe foi dado o nome de François, após ter sido batizado, em tributo ao Senhor de Razilly. No mesmo dia, Patova, com quinze ou dezesseis anos de idade, foi arrebatado por um estado febril constante que o arrastou para o leito de morte depois de oito dias.
Ao receber o batismo, lhe foi concedida a alcunha de Jacques, em lembrança do Cardeal Du Perron, benfeitor dos capuchinhos. O terceiro índio moribundo,Manen, renomeado Antoine em atenção a outro benfeitor dos frades menores, o Senhor de Beauvais Nangy, morreu aos vinte ou vinte e dois anos. Os três tupinambás foram agraciados com os protocolos solenes, não indumentados com seus usuais plumachos, mas envolvidos com os trajes de São Francisco.
Mesmo diante dessas perdas, na igreja do convento de Saint-Honoré, em junho de 1613, na presença do rei Luís XIII e da rainha sua mãe, Archange dePembrock, na condição de Vigário Superior, realizou o batizado dos três indígenas sobreviventes.
Devido à confirmação do sacramento dos três novos cristãos pelo alto clero etambém pela realeza da França, lhes foram dados novos nomes, segundo a vontade de LuísXIII: Itapucu passou a chamar-se Louis-Marie, Uaroyo passou a chamar-se Louis-Henri e Iapuay, por sua vez, passou a chamar-se Louis de Saint-Jean." Os índios foram enterrados no antigo Convento dos Capuchinhos na Rua Saint-Honoré, e após a revolução francesa os restos de todos os mortos do cemitério do Convento foram transferidos para as Catacumbas de Paris em 1804.
Ref Terra de Santa Cruz

Nenhum comentário:

Postar um comentário