quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Celestina Pierobon Nascida a 7 de junho de 1892 (terça-feira) - Curitiba, Parana, Brasil Falecida a 26 de novembro de 1955 (sábado) - Curitiba, Parana, Brasil, com a idade de 63 anos

 Celestina Pierobon Nascida a 7 de junho de 1892 (terça-feira) - Curitiba, Parana, Brasil Falecida a 26 de novembro de 1955 (sábado) - Curitiba, Parana, Brasil, com a idade de 63 anos



Celestina Pierobon Stevan: A Alma Silenciosa que Moldou uma Dinastia em Curitiba — Uma História de Amor, Coragem e Eternidade

Por quem ainda sente seu abraço nos dias frios de novembro


O Nascimento de uma Mulher Extraordinária: 7 de Junho de 1892

Na manhã serena de uma terça-feira, sob o céu azul da jovem Curitiba — cidade ainda envolta no aroma das flores de laranjeira e no som dos sinos da Igreja Matriz — nasceu Celestina Pierobon. Em 7 de junho de 1892, ela chegou ao mundo com a delicadeza de um suspiro e a força de uma promessa.

Filha de Marco Pierobon, homem de poucas palavras mas de mãos calejadas pelo trabalho, e de Rosa Bonato, mulher de fé inabalável e coração generoso, Celestina foi criada entre os valores da imigração italiana: o respeito à família, a dignidade do esforço, a importância da oração e a beleza da simplicidade.

Curitiba, naquela época, era uma cidade em transição — entre o passado rural e o futuro urbano. As ruas eram de terra batida, os bondes ainda puxados por burros, e as casas, de madeira e telhado de barro. Mas para Celestina, aquilo não era pobreza — era lar. Era onde ela aprendeu a costurar, a cozinhar, a rezar, a amar.

Ela cresceu cercada por irmãos — cujos nomes talvez se perdessem no tempo, mas cujas risadas ecoaram em sua memória até o fim. Eles foram seus primeiros companheiros de brincadeiras, seus cúmplices nas travessuras, seus protetores nos momentos difíceis. Juntos, formavam uma pequena fortaleza de amor, resistindo às adversidades da vida simples.


O Amor que Transformou Seu Destino: O Casamento com Antônio Stevan

Aos 22 anos, em um sábado ensolarado de novembro — 21 de novembro de 1914 —, Celestina caminhou até o altar da Igreja Matriz de Curitiba, vestida de branco, com o coração pulsando de esperança e determinação. Ao seu lado, Antônio Stevan, nascido em 1883, homem de poucas palavras, mas de grandes atos, cujo amor por ela seria a âncora de toda uma vida.

O casamento foi simples, como eram os costumes da época — mas carregado de significado. Não era apenas a união de dois corpos, mas de duas almas que se prometeram cuidar, proteger e amar, mesmo diante das tempestades que viriam.

Antônio, talvez mais reservado, encontrou em Celestina sua força silenciosa. Ela, por sua vez, encontrou nele um parceiro leal, um companheiro de jornada, um pai exemplar. Juntos, construíram um lar — não apenas de paredes e telhados, mas de afeto, de risadas, de refeições compartilhadas e de orações antes de dormir.

Ela o chamava de “meu Antônio”, com ternura. Ele a chamava de “minha Celestina”, com reverência. E assim, ano após ano, eles escreveram uma história de amor que resistiu ao tempo, à guerra, à pobreza, à dor — e que, ainda hoje, inspira gerações.


O Milagre que Mudou Tudo: O Nascimento de Lauro Ceslau Stevan

Dois anos após o casamento, em 16 de julho de 1916, o milagre aconteceu: Lauro Ceslau Stevan veio ao mundo — o primeiro e único filho do casal. Celestina, com lágrimas nos olhos e um sorriso no rosto, segurou aquele pequeno ser em seus braços, sentindo pela primeira vez o peso e a glória da maternidade.

Lauro cresceu sob o olhar atento e amoroso de Celestina. Ela lhe ensinou a rezar, a respeitar os mais velhos, a trabalhar com honestidade. Era ela quem o acordava com beijos na testa, quem o consolava quando caía, quem o incentivava a estudar, mesmo quando os recursos eram escassos.

Ela era a mãe que transformava pão simples em festa, que costurava roupas com paciência, que cantava canções antigas em italiano, preservando as raízes da família. Em Lauro, Celestina viu refletido todo o seu amor — e ele, em toda a sua vida, jamais esqueceu o que ela representou.


As Perdas que Forjaram sua Alma: A Morte do Pai e da Mãe

A vida, porém, não é feita apenas de luz. Em 9 de setembro de 1926, Celestina perdeu seu pai, Marco Pierobon. Foi um golpe profundo — o fim de uma era, a despedida de um homem que havia sido seu exemplo de integridade e coragem. Ela chorou, sim, mas não se deixou abater. Em vez disso, canalizou aquela dor em força, em cuidado, em dedicação ainda maior à sua própria família.

Doze anos depois, em 3 de junho de 1939, a dor voltou — desta vez, mais cruel. Sua mãe, Rosa Bonato, partiu. Celestina, agora uma mulher madura, sentiu-se órfã pela segunda vez. Mas, como sempre, ela se levantou. Porque era isso que sua mãe lhe ensinara: “Filha, a vida exige que você continue, mesmo quando tudo parece acabar.”

Ela continuou. Com a mesma postura ereta, com o mesmo sorriso discreto, com a mesma fé inabalável.


O Orgulho da Mãe: O Casamento de Lauro

Em 21 de outubro de 1943, Celestina viveu um dos momentos mais felizes de sua vida: o casamento de seu filho, Lauro Ceslau Stevan, com Juracy Ivette de Barros Stevan. Ela estava ali, de pé, ao lado de Antônio, com os olhos brilhando de emoção, vendo seu menino — agora um homem — prometer amor eterno a uma mulher tão digna quanto ela.

Foi nesse dia que Celestina percebeu que sua missão fora cumprida. Ela havia criado um homem de caráter, capaz de amar, de honrar, de construir uma nova família com os mesmos valores que ela lhe transmitira.

Ela abraçou Juracy com ternura, como se fosse sua própria filha. E, de fato, tornou-se avó — não apenas de sangue, mas de alma.


O Adeus em Silêncio: A Partida de Celestina

Aos 63 anos, em um sábado de novembro — 26 de novembro de 1955 —, Celestina Pierobon Stevan partiu. Não com drama, não com gritos, mas com a mesma dignidade com que viveu. Em Curitiba, onde nascera, onde amara, onde sofrera e triunfara, ela fechou os olhos pela última vez.

Seu corpo descansa em paz, mas seu espírito permanece vivo — em cada gesto de carinho de Lauro, em cada palavra sábia de Juracy, em cada história contada aos netos, bisnetos e tataranetos.

Sua fotografia, guardada em um quadro de moldura escura, com a inscrição “DE PEOPORO 1942 — 1955 — DE OC TEU ESPOSO”, é mais do que uma lembrança. É um testemunho. Um símbolo de que o amor verdadeiro não morre — ele se transforma em legado.


Celestina: Mais que uma Mulher — Uma Lenda Familiar

Celestina Pierobon não foi apenas uma esposa, uma mãe, uma filha. Ela foi a coluna vertebral de uma dinastia familiar. Ela foi a mulher que, sem nunca ter ocupado cargos públicos, influenciou gerações. Que, sem nunca ter escrito livros, escreveu histórias de amor com suas ações diárias. Que, sem nunca ter viajado o mundo, deixou marcas profundas em todos os que a conheceram.

Ela representa o que há de mais nobre na condição humana: a capacidade de amar incondicionalmente, de perdoar, de resistir, de construir — mesmo diante da adversidade.

Hoje, em 2025, quando olhamos para trás, vemos Celestina não como uma figura distante, mas como uma presença viva — nos sorrisos dos descendentes, nas tradições mantidas, nas orações recitadas em voz baixa, nas mãos que ainda se estendem para ajudar, como as dela.


Epílogo: O Legado que Nunca Morre

Celestina Pierobon Stevan, nascida em 7 de junho de 1892, falecida em 26 de novembro de 1955 — uma vida de 63 anos que valeu por séculos.

Ela nos ensina que:

O verdadeiro poder não está em governar países, mas em governar corações.
A verdadeira riqueza não está em possuir ouro, mas em plantar amor.
A verdadeira imortalidade não está em monumentos, mas em memórias vivas.

Que sua história continue sendo contada — em vozes sussurradas, em fotos antigas, em jantares de domingo, em lágrimas de saudade e em risos de gratidão.

Porque Celestina não partiu.

Ela apenas mudou de forma.

E continua aqui — em cada pessoa que escolhe amar, cuidar, perdoar e continuar.


Com amor eterno,
— Pela família Stevan, hoje e sempre.


Nota Final:
Celestina Pierobon Stevan foi sepultada em Curitiba, Paraná, Brasil, deixando um legado de amor e força que atravessa gerações. Seu nome, gravado em pedra e em coração, permanece vivo — porque o amor verdadeiro nunca morre. Ele apenas se transforma... em memória, em lição, em eternidade.


Celestina Pierobon
Sosa : 21
  • Nascida a 7 de junho de 1892 (terça-feira) - Curitiba, Parana, Brasil
  • Falecida a 26 de novembro de 1955 (sábado) - Curitiba, Parana, Brasil, com a idade de 63 anos
1 ficheiro disponível

 Pais

 Casamento(s) e filho(s)

 Ver árvore

sosa Luigi Pierobon ?1807- sosa Celestina Cecchin ?1808-?1859  
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sosa Marco Pierobon 1851-1926
 sosa Rosa Bonato ?1869-1943
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imagem
sosa Celestina Pierobon 1892-1955
18927 jun.
191421 nov.
22 anos
191616 jul.
24 anos
19269 set.
34 anos
194321 out.
51 anos

Morte da mãe

195526 nov.
63 anos

Antepassados de Celestina Pierobon

Bortolamio Pierobon  Cattarina Galvagin         
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Giacomo Pierobon ?1746-?1816 Santa Gobbo ?1745-?1803      
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Valentino Pierobon ?1770-?1834 Margarita Cechetto     
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Luigi Pierobon ?1807- Celestina Cecchin ?1808-?1859  
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Marco Pierobon 1851-1926
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 Rosa Bonato ?1869-1943
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Celestina Pierobon 1892-1955
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Descendentes de Celestina Pierobon



































































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