sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Francisco Bonete De Siqueyra Nascido a 22 de julho de 1733 (quarta-feira) - Curitiba, PR, Brasil Baptizado a 31 de julho de 1733 (sexta-feira) - Curitiba, PR, Brasil Falecido a 30 de setembro de 1769 (sábado) - Curitiba, PR, Brasil, com a idade de 36 anos

 Francisco Bonete De Siqueyra Nascido a 22 de julho de 1733 (quarta-feira) - Curitiba, PR, Brasil Baptizado a 31 de julho de 1733 (sexta-feira) - Curitiba, PR, Brasil Falecido a 30 de setembro de 1769 (sábado) - Curitiba, PR, Brasil, com a idade de 36 anos

Francisco Bonete de Siqueyra: O Filho da Terra Paranaense que Viveu Breve, mas Deixou Raízes Eternas

Na madrugada de 22 de julho de 1733, uma quarta-feira tranquila nas serras ainda selvagens da Capitania de São Paulo—em uma Curitiba ainda embrionária, cercada por matas densas e rios cantantes—nascia Francisco Bonete de Siqueyra. Seu primeiro choro ecoou entre paredes de taipa e telhas de barro, em um lar simples, mas de profunda dignidade. Apenas nove dias depois, em 31 de julho, foi batizado na pequena igreja matriz da vila, sob os olhos atentos de sua mãe, Ellena de Siqueyra, e do espírito protetor de seu pai, Martinho Bonete Vareyro, homem de origem portuguesa, agricultor e figura respeitada na comunidade.

Francisco entrou no mundo em tempos difíceis—numa colônia onde a sobrevivência exigia coragem diária, onde o trabalho nos campos era duro, a fé era escudo contra as incertezas, e a família era o único porto seguro. Cresceu entre enxadas, orações matinas e as histórias contadas à luz do fogo—histórias de ancestrais vindos do além-mar, de índios que ensinaram os segredos da terra, e de bravos colonos que desbravaram o Planalto Curitibano com coragem e fé.

Em casa, não estava sozinho. Era o terceiro filho de um clã numeroso e unido. Seus irmãos—Manoel de Pinna Vellozo, Sebastião Bonete de Siqueyra, João Bonette de Siqueira, Salvador Bonete Vareyro e Maria da Luz Siqueira—compartilhavam com ele o mesmo sangue, os mesmos afazeres e os mesmos sonhos. Cada nascimento na família era uma bênção, cada casamento, um novo elo com outras estirpes da terra. Francisco testemunhou, ainda jovem, os matrimônios de seus irmãos mais velhos e o crescimento da rede familiar que começava a se entrelaçar com outras linhagens da vila.

Aos 22 anos, em 1756, a dor bateu à sua porta com força implacável: seu pai, Martinho, partiu, deixando um vazio difícil de preencher. A morte do patriarca colocou sobre os ombros dos filhos homens a responsabilidade de sustentar a honra do sobrenome e cuidar das terras herdadas. Francisco, agora um homem feito, assumiu sua parte com seriedade e silêncio—qualidades típicas de quem vive mais com as mãos do que com palavras.

Seis anos mais tarde, em 22 de novembro de 1763, aos 30 anos, seu coração encontrou seu porto: Maria Luiza de Ramos, jovem nascida em 1747, de olhar sereno e mãos habilidosas. Casaram-se na mesma igreja onde ele fora batizado, diante da comunidade que os via como pares perfeitos—um casal formado não pelo luxo, mas pela devoção mútua e pelo compromisso com a vida simples, mas plena, do campo curitibano.

Do amor entre Francisco e Maria Luiza nasceu Pedro Bonette de Siqueyra, seu único filho—uma centelha de esperança, o prolongamento do nome que Francisco carregava com tanto zelo. Em seus últimos anos, Francisco dedicou-se a ensinar ao menino os caminhos da terra, os sinais das estações, o respeito pelos santos e pelos ancestrais. Sabia, mesmo que não dissesse em voz alta, que o tempo lhe era curto.

E foi. Em 30 de setembro de 1769, um sábado sombrio, Francisco Bonete de Siqueyra entregou sua alma aos céus com apenas 36 anos. Partiu cedo demais—no auge da força, no meio da missão de criar um filho, no calor de um casamento ainda em florescência. Foi enterrado em solo curitibano, na mesma terra que o viu nascer, trabalhar, amar e sonhar.

Sua vida foi breve, mas intensa. Não deixou fortunas, nem títulos, nem escritos. Mas deixou Pedro—e, por meio dele, uma linhagem que se ramificaria por gerações no Paraná. Deixou o exemplo de um homem que viveu com honra, que amou com discrição e que enfrentou as perdas com coragem silenciosa. Francisco é um desses nomes que os livros de história oficial ignoram, mas que os registros paroquiais, os arquivos familiares e os corações dos descendentes guardam com reverência.

Hoje, mais de 250 anos depois, seu nome ressoa como um sussurro ancestral—lembrança de que a grandeza não está na duração da vida, mas na profundidade com que se vive.


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  • Nascido a 22 de julho de 1733 (quarta-feira) - Curitiba, PR, Brasil
  • Baptizado a 31 de julho de 1733 (sexta-feira) - Curitiba, PR, Brasil
  • Falecido a 30 de setembro de 1769 (sábado) - Curitiba, PR, Brasil, com a idade de 36 anos

 Pais

 Casamento(s) e filho(s)

 Irmãos

 Notas

Notas individuais

Livro de Batismo 01, fl 275 Catedral Metropolitana de Curitiba, pároco Manoel Domingues Leitão
Padrinhos: Rev. Pe. Ignácio Lopes e Anna Rodrigues (casada c/Joam do Souto Vareyro)

Livro 1 de Óbitos - Catedral Metropolitana de Curitiba - f.183v - 30 anos (consta Ma. Luis dos Santos como esposa)

Notas de casamento

Casamento registrado no Livro 2 da Catedral Metropolitana de Curitiba, pág.34v

173322 jul.
173331 jul.
9 dias
1735
2 anos
173731 maio
3 anos

Nascimento de um irmão

 
Baptismo a 7 de junho de 1737 (Curitiba, PR, Brasil)
173814 out.
5 anos
17419 set.
8 anos

Nascimento de uma irmã

 
Baptismo a 17 de setembro de 1741 (Curitiba, PR, Brasil)
175010 out.
17 anos

Morte da avó paterna

175618 jul.
22 anos
175922 jan.
25 anos
175910 fev.
25 anos
176322 nov.
30 anos
176930 set.
36 anos

Antepassados de Francisco Bonete De Siqueyra

  João do Souto Generosa Rodrigues    
  | |    
  


    
  |    
Manoel Bonete Vareyro Luzia Do Souto 1663-1750 Lourenã§O De Siqueyra Paschoa de Pina Velloza 1705-
|- 1721 -| | |



 


| |
Martinho Bonete Vareyro 1691-1756 Ellena De Siqueyra 1708-
|- 1729 -|



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Francisco Bonete De Siqueyra 1733-1769


Descendentes de Francisco Bonete De Siqueyra

  















































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