Noemia Da Cunha Nascida a 18 de setembro de 1893 (segunda-feira) - Curitiba, Paraná, Brasil Falecida a 30 de janeiro de 1954 (sábado) - Curitiba, Paraná, Brasil, com a idade de 60 anos Enterrada - Curitiba, Paraná, Brasil
Noemia Da Cunha: Uma Vida Tecida em Amor, Perdas e Legado Familiar na Curitiba do Século XX
Em uma manhã de segunda-feira, 18 de setembro de 1893, nas ruas ainda em formação da Curitiba do fim do Império, nascia Noemia Da Cunha—uma mulher cuja vida se tornaria um silencioso testemunho de força, dedicação e amor familiar em tempos de transformações profundas no Brasil. Filha de Luiz Manoel Da Cunha (1856–1940) e Aurora Branco (1876–1935), Noemia cresceu entre os costumes rígidos da sociedade paranaense do início do século XX, mas com um coração aberto à ternura e à responsabilidade.
Sua infância foi marcada pelo aconchego de uma família que valorizava a honra, a fé e o trabalho. Seu pai, Luiz, era homem de poucas palavras, mas de presença firme—um nome respeitado na comunidade curitibana. Sua mãe, Aurora, era a alma da casa: cuidadosa, generosa e profundamente ligada aos filhos. Esses pilares moldaram Noemia em uma jovem serena, determinada e profundamente apegada aos laços familiares.
Aos apenas 16 anos, em 17 de setembro de 1910—um sábado ensolarado típico da primavera curitibana—Noemia trocou suas vestes de menina pelas de esposa, unindo-se em matrimônio a João Luiz Pereira de Araujo Costa (1887–1969), um homem de caráter íntegro e espírito trabalhador. O casal logo se estabeleceu em sua própria casa, onde construíram não apenas um lar, mas um refúgio de afeto e resiliência.
Durante anos, esperaram com paciência e oração. A chegada de um filho parecia tardar, mas em 15 de novembro de 1920, aos 27 anos, Noemia finalmente abraçava nos braços o fruto de seu amor: João Luiz Da Cunha Costa. Aquele menino nasceu não só como um herdeiro, mas como a realização de um sonho silencioso que Noemia guardara por mais de uma década. Sua dedicação a ele foi total—cada noite acordada, cada costura feita à luz de lamparina, cada ensinamento dado com paciência e carinho.
A vida, porém, não poupou Noemia das provações. Em 1917, aos 23 anos, perdeu seu avô materno, Romão Rodrigues de Oliveira Branco, uma figura que havia moldado a moral da família Branco. Anos depois, em 1935, com 41 anos, enfrentou a dolorosa partida de sua mãe, Aurora—sua confidente, sua raiz. Cinco anos mais tarde, em 1940, seu pai Luiz também partiu, deixando-a órfã em plena maturidade. Sozinha, mas nunca desamparada, Noemia seguiu em frente, guiada pela fé e pelo exemplo dos pais.
Seu filho, João Luiz, cresceu sob sua vigilância amorosa. Tornou-se um homem de bem, e em 23 de maio de 1946, aos 52 anos, Noemia viveu um dos momentos mais emocionantes de sua vida: viu seu único filho se casar com Dora Miró Tourinho. Naquele dia, entre lágrimas discretas e sorrisos orgulhosos, ela soube que seu legado de amor e valores estaria vivo em novas gerações.
Noemia Da Cunha partiu da vida terrena em 30 de janeiro de 1954, um sábado frio e chuvoso em Curitiba, aos 60 anos. Foi enterrada na mesma terra que a viu nascer, crescer, amar e sofrer—Curitiba, sua eterna casa. Seu túmulo é modesto, como foi sua vida, mas seu nome ecoa com força na memória de quem a conheceu e nos registros de sua descendência.
Ela não escreveu livros, não comandou impérios, nem teve seu nome estampado nos jornais. Mas Noemia foi arquiteta de uma linhagem, guardiã de tradições, mãe devotada e esposa fiel. Em sua simplicidade, reside uma grandeza rara: a de quem escolheu amar em silêncio, servir sem recompensa e existir com dignidade.
Sua história é um lembrete poderoso de que os verdadeiros heróis da história muitas vezes caminham sem aplausos—mas deixam marcas eternas nos corações daqueles que os amam.
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- Nascida a 18 de setembro de 1893 (segunda-feira) - Curitiba, Paraná, Brasil
- Falecida a 30 de janeiro de 1954 (sábado) - Curitiba, Paraná, Brasil, com a idade de 60 anos
- Enterrada - Curitiba, Paraná, Brasil
Pais
- Luiz Manoel Da Cunha 1856-1940
- Aurora Branco 1876-1935
Casamento(s) e filho(s)
- Casada a 17 de setembro de 1910 (sábado), Curitiba, Paraná, Brasil, com João Luiz Pereira de Araujo Costa 1887-1969 tiveram
João Luiz Da Cunha Costa 1920-
Notas
Notas individuais
Fontes
- Pessoa: FamilySearch Family Tree
FamilySearch Family Tree (https://www.familysearch.org) - "FamilySearch Family Tree," database, FamilySearch - The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints - accessed 10 Mar 2025), entry for João Luiz da Cunha Costa - , person ID GMFW-91Z. - 3 - Nascimento, morte, enterro: FamilySearch Family Tree (https://www.familysearch.org) - "FamilySearch Family Tree," database, FamilySearch - The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints - accessed 10 Mar 2025), entry for João Luiz da Cunha Costa, person ID GMFW-91Z.
- Casamento: FamilySearch Family Tree (https://www.familysearch.org) - "FamilySearch Family Tree," database, FamilySearch - The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints - accessed 10 Mar 2025), entry for Noemia da Cunha, person ID G3W8-HZP.
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Nascimento
Casamento
Morte do avô materno
Nascimento de um filho
Morte da mãe
Morte do pai
Casamento de um filho
Morte
Antepassados de Noemia Da Cunha
| José Rodrigues Branco † | Joana Rodrigues Ferreira † | Francisco de Paula Xavier Pinto 1732-1805 | Rita Ferreira Bueno † | José Rodrigues Branco † | Joana Rodrigues Ferreira † | |||||||||||||
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| José Rodrigues Branco † | Gertrudes Ferreira de Oliveira Bueno †1806 | Manoel José Alves 1762-1 | Serafina Rodrigues Ferreira † | |||||||||||||||
| | | - 1802 - | | | | | | | ||||||||||||||
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| Manoel Rodrigues de Oliveira Branco 1803- | Teresa Ansuategey † | Antonio José Alves † | Manoela Garay Alves † | |||||||||||||||
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| Romão Rodrigues de Oliveira Branco †1917 | Ana Balbina Alves † | |||||||||||||||||
| | | - 1858 - | | | ||||||||||||||||
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| Luiz Manoel Da Cunha 1856-1940 | Aurora Branco 1876-1935 | |||||||||||||||||
| | | - 1892 - | | | ||||||||||||||||
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| Noemia Da Cunha 1893-1954 | ||||||||||||||||||
Descendentes de Noemia Da Cunha
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