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quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Curitiba dos Anos 1940: Avenida do Batel, entre sonhos e telhados

 

Curitiba dos Anos 1940: Avenida do Batel, entre sonhos e telhados



Curitiba dos Anos 1940: Avenida do Batel, entre sonhos e telhados

Nesta imagem em preto e branco, capturada na década de 1940, a Avenida do Batel ainda era uma rua tranquila, de casas espaçosas, jardins generosos e calçadas largas — longe do ritmo acelerado, das torres de vidro e do trânsito incessante que hoje definem o bairro mais elegante de Curitiba.

Os imóveis que se erguem no centro da foto — os números 1920 e 1938 — são verdadeiros testemunhos vivos da história da cidade. Construídos em estilo arquitetônico europeu típico da primeira metade do século XX, eles exibem:

  • Telhados inclinados de duas águas, cobertos por telhas cerâmicas escuras
  • Janelas altas com caixilharia de madeira, muitas com pequenas varandas ou toldos
  • Fachadas claras, provavelmente revestidas com estuque ou pintadas de branco — contrastando com as persianas escuras
  • Muros baixos e portões de ferro forjado, com postes decorativos que delimitam os terrenos — como se cada casa fosse um pequeno palácio particular

Ao fundo, vê-se a linha de postes de madeira com fios elétricos e telefônicos, símbolo da modernização lenta, mas constante, da capital paranaense. A ausência de carros na via reforça a sensação de calma — uma curiosidade: naquela época, a Avenida do Batel ainda não era o corredor comercial que é hoje. Era, antes de tudo, um bairro residencial de elite, onde famílias tradicionais construíam suas casas com muito espaço, jardim e privacidade.


Imóveis que Resistiram ao Tempo

O que torna esta fotografia tão especial é saber que os imóveis nos números 1920 e 1938 ainda existem hoje — quase 90 anos depois.

Apesar de reformas, adaptações e, em alguns casos, uso comercial (lojas, escritórios, clínicas), a estrutura original permanece. As fachadas foram mantidas, os telhados preservados, e até mesmo os muros e portões originais ainda podem ser reconhecidos por quem sabe olhar com atenção.

São edifícios que testemunharam:

  • A transformação de Curitiba de vila colonial em capital moderna
  • A chegada do automóvel, do telefone, da televisão
  • As mudanças nas modas, nos costumes, nas formas de viver

E, mesmo assim, continuam de pé — como guardiões silenciosos da memória urbana.


Entre Passado e Presente

Hoje, caminhar pela Avenida do Batel é mergulhar em contradições:
De um lado, prédios de vidro e concreto, lojas de luxo, cafés sofisticados.
Do outro, casas como essas — antigas, mas vivas, com histórias guardadas nas paredes, nos pisos de madeira, nas escadas de mármore.

Elas nos lembram que a cidade não apaga sua história — ela a incorpora.
E que, mesmo diante da modernidade, há lugar para o antigo — desde que seja valorizado, respeitado e preservado.


Uma Homemagem à Arquitetura que Não Morreu

Que esta fotografia sirva como lembrete:

Não são só os museus que guardam a história — são também as casas, as ruas, os muros, os telhados.
E quando olhamos para elas, estamos olhando para nós mesmos — para o que fomos, para o que somos, para o que queremos ser.


Em memória da Curitiba que foi — e que, em pedra e tijolo, ainda vive.


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