Regional Bairro Novo
Bairro: Sítio Cercado
Em 1891, Laurindo Ferreira da Cruz comprou um terreno no lugar então denominado sobriamente em documentos públicos como "Cercado". Neste local criou quatro filhos. O último, nascido em 06 de abril de 1897, recebeu o nome de Isac Ferreira da Cruz. Aos 23 anos, Isac casou-se com Magdalena Claudino, filha de um comerciante da região. Com o nascimento dos filhos, mudou-se para a cidade de Paula Freitas, no interior do Paraná, de onde voltaria em 1936 para se estabelecer novamente no Sítio Cercado. O desgosto decorrente da morte precoce de uma filha em 1945 o fez mudar-se para o Pinheirinho.
Buscava iniciar uma nova vida e deu início a dois empreendimentos: o posto de gasolina Santo Antônio, inaugurado em 15 de junho de 1948 e, algum tempo depois, um hotel no mesmo terreno. Estes dois estabelecimentos se tornaram referências comerciais nos anos 50 e 60. Como o Pinheirinho era uma região muito isolada, qualquer viajante que passasse por ali, pararia para uma refeição ou mesmo para um pernoite. A implantação da BR 116, via federal de pista dupla, foi difícil para os moradores da região, mas o posto permaneceu com intenso fluxo de clientes. Isac veio a falecer no final dos anos 60, mas seu papel foi determinante para a economia da região sul de Curitiba.
Fontes:
SUTIL, Marcelo Saldanha; AZEVEDO E COSTA, Vidal Antônio. Pinheirinho: o bairro na história da cidade. Boletim Informativo da Casa Romário Martins v.23, n.116. Fundação Cultural de Curitiba (FCC). Curitiba, 1996. Páginas: 22/26 e 64/66.
Nicolas, Maria. Almas das Ruas, Cidade de Curitiba. 3º Volume. Curitiba. Fundação Cultural de Curitiba/Casa Romário Martins. 1981. Pág. 67.
Opinião Curitiba
http://www.opiniaocuritiba.jex.com.br/conhecendo+o+seu+bairro/o+sitio+cercado+virou+bairro
fotos fatos e curiosidades antigamente O passado, o legado de um homem pode até ser momentaneamente esquecido, nunca apagado
sexta-feira, 6 de abril de 2018
General Carneiro (1846-1894)
Regional Matriz
Bairro: Alto da XV
Ernesto Gomes Carneiro nasceu na localidade de Serro, em Minas Gerais, a 18 de novembro de 1846. Era filho de Marciano Ernesto Carneiro e d. Maria Adelaide Gomes Carneiro. Após a conclusão do curso de Humanidades, esteve inclinado a assumir os negócios farmacêuticos da família, mas o advento da Guerra do Paraguai alterou seus objetivos. Foi o primeiro voluntário a se oferecer para a recém-criada "Divisão dos Voluntários da Pátria" e, sob o comando do General Ozório, contribuiu para a vitória na Batalha de Estero Bellaco, em 2 de maio de 1866, tornando-se alferes.
Com o término da guerra, Gomes Carneiro passou a frequentar a Academia Militar e a Escola de Tiro de Campo Grande. Nesses locais formou-se com distinção, mas não alheio às idéias republicanas. Um incidente com seu filho mudou isso.
O menino já não podia andar, pois perdera as pernas. Dom Pedro II foi pessoalmente à casa de Gomes Carneiro e doou ao seu filho o primeiro aparelho ortopédico do Brasil, o que possibilitou a volta dos movimentos da criança. Gomes Carneiro desligou-se de todos os vínculos republicanos. Quando a proclamação aconteceu em 1889, Carneiro estava no Mato Grosso, envolvido com a colocação da linha telegráfica e com a pacificação dos índios Bororós. Foi o criador dos Colégios Militares, instituições que inicialmente prestavam um serviço assistencial aos órfãos da Guerra do Paraguai.
Na transição entre os governos de Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, Gomes Carneiro era um homem da confiança de Floriano. Este lhe ordenou que contivesse os rebeldes gaúchos (maragatos) na cidade da Lapa. Carneiro tinha sob suas ordens, entre soldados e voluntários, 369 homens. Os revolucionários eram 3000. Mesmo assim, o general manteve a resistência ao cerco por 26 dias. Conta Maria Nicolas que ele não pôde abandonar o posto, mesmo com a notícia da morte de dois filhos. Atingido em combate, recebeu os cuidados do médico João Cândido, mas veio a falecer pouco dias depois, a 09 de fevereiro de 1894.
Fontes:
Blog Arthur Virmond de Lacerda Neto. O general Carneiro e a Lapa.
Publicado em 1 de fevereiro de 2009
http://arthurlacerda.wordpress.com/2009/02/01/o-general-carneiro-e-a-lapa/
Echeverria, Marcelo Silva. Rocha Pombo, relato e testemunho da revolução federalista no Paraná em 1894. Monografia apresentada à disciplina de Estágio Supervisionado em Pesquisa Histórica como requisito parcial à conclusão do Curso de História da Universidade Federal do Paraná. 2009.
http://www.historia.ufpr.br/monografias/2009/2_sem_2009/marcelo_silva_echeverria.pdf
Bairro: Alto da XV
Ernesto Gomes Carneiro nasceu na localidade de Serro, em Minas Gerais, a 18 de novembro de 1846. Era filho de Marciano Ernesto Carneiro e d. Maria Adelaide Gomes Carneiro. Após a conclusão do curso de Humanidades, esteve inclinado a assumir os negócios farmacêuticos da família, mas o advento da Guerra do Paraguai alterou seus objetivos. Foi o primeiro voluntário a se oferecer para a recém-criada "Divisão dos Voluntários da Pátria" e, sob o comando do General Ozório, contribuiu para a vitória na Batalha de Estero Bellaco, em 2 de maio de 1866, tornando-se alferes.
Com o término da guerra, Gomes Carneiro passou a frequentar a Academia Militar e a Escola de Tiro de Campo Grande. Nesses locais formou-se com distinção, mas não alheio às idéias republicanas. Um incidente com seu filho mudou isso.
O menino já não podia andar, pois perdera as pernas. Dom Pedro II foi pessoalmente à casa de Gomes Carneiro e doou ao seu filho o primeiro aparelho ortopédico do Brasil, o que possibilitou a volta dos movimentos da criança. Gomes Carneiro desligou-se de todos os vínculos republicanos. Quando a proclamação aconteceu em 1889, Carneiro estava no Mato Grosso, envolvido com a colocação da linha telegráfica e com a pacificação dos índios Bororós. Foi o criador dos Colégios Militares, instituições que inicialmente prestavam um serviço assistencial aos órfãos da Guerra do Paraguai.
Na transição entre os governos de Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, Gomes Carneiro era um homem da confiança de Floriano. Este lhe ordenou que contivesse os rebeldes gaúchos (maragatos) na cidade da Lapa. Carneiro tinha sob suas ordens, entre soldados e voluntários, 369 homens. Os revolucionários eram 3000. Mesmo assim, o general manteve a resistência ao cerco por 26 dias. Conta Maria Nicolas que ele não pôde abandonar o posto, mesmo com a notícia da morte de dois filhos. Atingido em combate, recebeu os cuidados do médico João Cândido, mas veio a falecer pouco dias depois, a 09 de fevereiro de 1894.
Fontes:
Blog Arthur Virmond de Lacerda Neto. O general Carneiro e a Lapa.
Publicado em 1 de fevereiro de 2009
http://arthurlacerda.wordpress.com/2009/02/01/o-general-carneiro-e-a-lapa/
Echeverria, Marcelo Silva. Rocha Pombo, relato e testemunho da revolução federalista no Paraná em 1894. Monografia apresentada à disciplina de Estágio Supervisionado em Pesquisa Histórica como requisito parcial à conclusão do Curso de História da Universidade Federal do Paraná. 2009.
http://www.historia.ufpr.br/monografias/2009/2_sem_2009/marcelo_silva_echeverria.pdf
Francisca Beralde Paolini (1891-1982)
Regional Pinheirinho
Bairro: Caximba
Francisca Beralde Paolini nasceu na Iália em 22 de outubro de 1891. Veio para o Brasil instalando-se na região sul de Curitiba, mais especificamente no local que posteriormente ficou conhecido como Caximba. Em conformidade com os costumes da época, Francisca dedicou sua vida aos cuidados do lar, mas teve importância no desenvolvimento do bairro. Além de colaborar na construção da igreja, também acomodou as primeiras professoras que trabalharam na Caximba. O ato generoso foi além: cedeu cômodos de sua propriedade para que fossem usados como salas de aula.
A exemplo de outros bairros de Curitiba, as origens da Caximba remontam à colonização por imigrantes provenientes da Europa. Da mesma forma que a Colônia do Umbará, por exemplo, desenvolveu sua economia com base em atividades agro-pecuárias e nas olarias que se espalharam pela região. Em tempos recentes, o bairro comportou um aterro que, por mais de vinte anos, recebeu os detritos recolhidos nas demais regiões da cidade. Uma responsabilidade que cobrou seu preço, mas a desativação do aterro em outubro de 2010, já gerou um aumento de interesse na habitação do Caximba, palavra de origem tupi que significa "mato que gruda". Viúva de Dino Paolini, Francisca Beralde Paolini criou oito filhos, vindo a falecer no dia 24 de agosto de 1982.
Fonte:
Sistema de Proposições Legislativas (SPL-CMC)
Gazeta do Povo. Aterro da Caximba dará adeus sem deixar saudades.
http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1062767
Bairro: Caximba
Francisca Beralde Paolini nasceu na Iália em 22 de outubro de 1891. Veio para o Brasil instalando-se na região sul de Curitiba, mais especificamente no local que posteriormente ficou conhecido como Caximba. Em conformidade com os costumes da época, Francisca dedicou sua vida aos cuidados do lar, mas teve importância no desenvolvimento do bairro. Além de colaborar na construção da igreja, também acomodou as primeiras professoras que trabalharam na Caximba. O ato generoso foi além: cedeu cômodos de sua propriedade para que fossem usados como salas de aula.
A exemplo de outros bairros de Curitiba, as origens da Caximba remontam à colonização por imigrantes provenientes da Europa. Da mesma forma que a Colônia do Umbará, por exemplo, desenvolveu sua economia com base em atividades agro-pecuárias e nas olarias que se espalharam pela região. Em tempos recentes, o bairro comportou um aterro que, por mais de vinte anos, recebeu os detritos recolhidos nas demais regiões da cidade. Uma responsabilidade que cobrou seu preço, mas a desativação do aterro em outubro de 2010, já gerou um aumento de interesse na habitação do Caximba, palavra de origem tupi que significa "mato que gruda". Viúva de Dino Paolini, Francisca Beralde Paolini criou oito filhos, vindo a falecer no dia 24 de agosto de 1982.
Fonte:
Sistema de Proposições Legislativas (SPL-CMC)
Gazeta do Povo. Aterro da Caximba dará adeus sem deixar saudades.
http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1062767
Eufrásio Correia (1839-1888)
Regional Matriz
Bairro: Centro
Lograduro: Praça
Manuel Eufrásio Correia, nascido a 16 de agosto de 1839, em Paranaguá, era filho do coronel Manoel Francisco Correia e de Joaquina Assumpção Correia e tio de Ildefonso Correia, o Barão do Serro Azul. Fez os estudos primários em Paranaguá e transferiu-se para Recife, onde ingressou na Faculdade de Direito em 1858. Após a conclusão do curso, instalou-se em Curitiba onde passou a exercer a advocacia. Foi delegado de polícia, promotor público, primeiro suplente de juiz municipal em Paranaguá, inspetor do Tesouro Provincial e chefe de polícia do estado de Santa Catarina. Chefe do Partido Conservador no Paraná e colaborador do jornal Gazeta Paranaense, órgão de imprensa dos conservadores. Convidado pelo Barão de Cotegipe para ser Chefe de Gabinete Imperial, optou por ser presidente da província de Pernambuco, onde faleceu em 4 de fevereiro de 1888.
Seu nome foi dado ao antigo Campo do Schmidlin, também conhecido como Largo da Estação, em virtude da sua proximidade com a Estação Ferroviária. O local se revestiu de importância nas primeiras décadas do século XX por ser a porta de entrada para todo aquele que chegasse a Curitiba vindo de trem. A praça foi cercada, recebeu luz elétrica e sediou a exposição de produtos agrícolas de 1903. Reformulada em 1915 pelo prefeito Cândido de Abreu, a praça recebeu nova arborização, bem como luminárias em ferro fundido e um chafariz ornado por uma ninfa de bronze trazida de Paris. Todo o ambiente compreendido pela praça é composto por bens tombados: sobrados laterais, prédio da Câmara Municipal de Curitiba (Palácio Rio Branco), antigo estacionamento dos bondes, Casa Emilio Romani e Estação Ferroviária. Ao lado da Praça Carlos Gomes, a Praça Eufrásio Correia é o único espaço público reformulado por Cândido de Abreu que preserva as características de época.
Fontes:
Sistema de Proposições Legislativas (SPL-CMC)
Biobibliografia da Academia Paranaense de Letras (Túlio Vargas, Valério Hoerner Jr. E Wilson Bóia, 2006, pág. 83
Bairro: Centro
Lograduro: Praça
Manuel Eufrásio Correia, nascido a 16 de agosto de 1839, em Paranaguá, era filho do coronel Manoel Francisco Correia e de Joaquina Assumpção Correia e tio de Ildefonso Correia, o Barão do Serro Azul. Fez os estudos primários em Paranaguá e transferiu-se para Recife, onde ingressou na Faculdade de Direito em 1858. Após a conclusão do curso, instalou-se em Curitiba onde passou a exercer a advocacia. Foi delegado de polícia, promotor público, primeiro suplente de juiz municipal em Paranaguá, inspetor do Tesouro Provincial e chefe de polícia do estado de Santa Catarina. Chefe do Partido Conservador no Paraná e colaborador do jornal Gazeta Paranaense, órgão de imprensa dos conservadores. Convidado pelo Barão de Cotegipe para ser Chefe de Gabinete Imperial, optou por ser presidente da província de Pernambuco, onde faleceu em 4 de fevereiro de 1888.
Seu nome foi dado ao antigo Campo do Schmidlin, também conhecido como Largo da Estação, em virtude da sua proximidade com a Estação Ferroviária. O local se revestiu de importância nas primeiras décadas do século XX por ser a porta de entrada para todo aquele que chegasse a Curitiba vindo de trem. A praça foi cercada, recebeu luz elétrica e sediou a exposição de produtos agrícolas de 1903. Reformulada em 1915 pelo prefeito Cândido de Abreu, a praça recebeu nova arborização, bem como luminárias em ferro fundido e um chafariz ornado por uma ninfa de bronze trazida de Paris. Todo o ambiente compreendido pela praça é composto por bens tombados: sobrados laterais, prédio da Câmara Municipal de Curitiba (Palácio Rio Branco), antigo estacionamento dos bondes, Casa Emilio Romani e Estação Ferroviária. Ao lado da Praça Carlos Gomes, a Praça Eufrásio Correia é o único espaço público reformulado por Cândido de Abreu que preserva as características de época.
Fontes:
Sistema de Proposições Legislativas (SPL-CMC)
Biobibliografia da Academia Paranaense de Letras (Túlio Vargas, Valério Hoerner Jr. E Wilson Bóia, 2006, pág. 83
Desembargador Westphalen (1847-1923)
Regional Matriz e Portão Fazendinha
Bairros: Centro, Rebouças, Parolin e Portão
Emygdio Westphalen nasceu a 11 de novembro de 1847 na cidade da Lapa. Formou-se em direito no ano de 1867 pela Faculdade de Direito de São Paulo. E sua primeira atividade profissional foi como promotor na cidade de Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro. Em seguida, retornou à Lapa, onde também foi promotor, além de exercer o cargo eletivo de vereador. Entre 1882 e 1884 exerceu as seguintes funções: juiz em Curitiba, juiz na Lapa, deputado provincial e chefe de polícia.
Em primeiro de agosto de 1891, assumiu a função de Desembargador do recém-criado Tribunal de Apelação do Estado do Paraná. Após um ano de funcionamento, este órgão teve seu nome alterado para Superior Tribunal de Justiça (estadual). Em meio a tais mudanças, Westphalen continuou exercendo forte influência na política local. Seus posicionamentos sempre foram transparentes, e um exemplo disso foi seu notório envolvimento com um governo republicano provisório que se instalou na Ilha do Desterro (hoje, Florianópolis), antes mesmo da proclamação da república. Westphalen foi obrigado a se aposentar compulsoriamente, penalidade imposta pelo então presidente em exercício da província, Vicente Machado como represália por uma suposta conivência com os revolucionários maragatos que se instalaram em Curitiba no início de 1894. Toda a cúpula da magistratura foi aposentada, fenômeno que o historiador Rui Cavalin Pinto considera isolado na história do Brasil.
Após este período, entre 1908 e 1912, Westphalen foi procurador-geral do estado e colaborou com vários órgãos de imprensa, como o Opinião Liberal, Commércio do Paraná, Livre Paraná, A Reforma e Província do Paraná. Foi também um dos fundadores da Associação Literária Lapeana. Faleceu no dia 17 de março de 1923.
Fontes:
Memorial do Ministério Público (Rui Cavalin Pinto)
http://www.memorial.mp.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=88
Hoerner, Valério Júnior; Bóia, Wilson e Vargas, Túlio. Academia Paranaense de Letras - Biobibliografias (1936-2006). Ed Posigraf. Curitiba, 2001. Página 93
Bairros: Centro, Rebouças, Parolin e Portão
Emygdio Westphalen nasceu a 11 de novembro de 1847 na cidade da Lapa. Formou-se em direito no ano de 1867 pela Faculdade de Direito de São Paulo. E sua primeira atividade profissional foi como promotor na cidade de Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro. Em seguida, retornou à Lapa, onde também foi promotor, além de exercer o cargo eletivo de vereador. Entre 1882 e 1884 exerceu as seguintes funções: juiz em Curitiba, juiz na Lapa, deputado provincial e chefe de polícia.
Em primeiro de agosto de 1891, assumiu a função de Desembargador do recém-criado Tribunal de Apelação do Estado do Paraná. Após um ano de funcionamento, este órgão teve seu nome alterado para Superior Tribunal de Justiça (estadual). Em meio a tais mudanças, Westphalen continuou exercendo forte influência na política local. Seus posicionamentos sempre foram transparentes, e um exemplo disso foi seu notório envolvimento com um governo republicano provisório que se instalou na Ilha do Desterro (hoje, Florianópolis), antes mesmo da proclamação da república. Westphalen foi obrigado a se aposentar compulsoriamente, penalidade imposta pelo então presidente em exercício da província, Vicente Machado como represália por uma suposta conivência com os revolucionários maragatos que se instalaram em Curitiba no início de 1894. Toda a cúpula da magistratura foi aposentada, fenômeno que o historiador Rui Cavalin Pinto considera isolado na história do Brasil.
Após este período, entre 1908 e 1912, Westphalen foi procurador-geral do estado e colaborou com vários órgãos de imprensa, como o Opinião Liberal, Commércio do Paraná, Livre Paraná, A Reforma e Província do Paraná. Foi também um dos fundadores da Associação Literária Lapeana. Faleceu no dia 17 de março de 1923.
Fontes:
Memorial do Ministério Público (Rui Cavalin Pinto)
http://www.memorial.mp.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=88
Hoerner, Valério Júnior; Bóia, Wilson e Vargas, Túlio. Academia Paranaense de Letras - Biobibliografias (1936-2006). Ed Posigraf. Curitiba, 2001. Página 93
Desembargador Hugo Simas (1883-1941)
Regional Matriz e Boa Vista
Bairros: São Francisco, Bom Retiro e Pilarzinho
Nascido na cidade de Paranaguá em 23 de outubro de 1883, Hugo Gutierrez Simas era filho de Fernando Simas e de Helena Gutierrez. Formado em Direito, passou a exercer o cargo de promotor na cidade de Antonina, mas sua notoriedade ganhou força quando se tornou advogado militante e professor no Ginásio Paranaense. A fama decorrente lhe possibilitou o ingresso na política com sua eleição para deputado estadual. Ao lado de nomes como Nilo Cairo e Victor Ferreira do Amaral, Simas foi um dos fundadores da Universidade Federal do Paraná.
Na década de 20, morou na cidade do Rio de Janeiro, onde exerceu a função de consultor jurídico do banco Lloyd, mas em 32, aceitou a chefia do Ministério Público do Paraná, a pedido do interventor Manuel Ribas. Tornou-se, posteriormente, desembargador pela instância então conhecida como Superior Tribunal de Justiça (estadual). Entre seus livros de caráter jurídico, merecem destaque: Seguros Marítimos, de 1930; Tribunais Marítimos Administrativos, de 1931; Compêndio de Direito Marítimo, de 1938 e os comentários ao Código Brasileiro do Ar, de 1939. O conjunto de sua obra escrita (jurídica e literária) lhe valeu o ingresso em instituições como o Centro de Letras do Paraná e a Academia Paranaense de Letras. Faleceu em 27 de outubro de 1941
Fontes:
Sistema de Proposições Legislativas (SPL-CMC)
Memorial do Ministério Público
http://www.memorial.mp.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=88
Hoerner, Valério Júnior; Bóia, Wilson e Vargas, Túlio. Academia Paranaense de Letras - Biobibliografias (1936-2006). Ed Posigraf. Curitiba, 2001. Página 185.
Bairros: São Francisco, Bom Retiro e Pilarzinho
Nascido na cidade de Paranaguá em 23 de outubro de 1883, Hugo Gutierrez Simas era filho de Fernando Simas e de Helena Gutierrez. Formado em Direito, passou a exercer o cargo de promotor na cidade de Antonina, mas sua notoriedade ganhou força quando se tornou advogado militante e professor no Ginásio Paranaense. A fama decorrente lhe possibilitou o ingresso na política com sua eleição para deputado estadual. Ao lado de nomes como Nilo Cairo e Victor Ferreira do Amaral, Simas foi um dos fundadores da Universidade Federal do Paraná.
Na década de 20, morou na cidade do Rio de Janeiro, onde exerceu a função de consultor jurídico do banco Lloyd, mas em 32, aceitou a chefia do Ministério Público do Paraná, a pedido do interventor Manuel Ribas. Tornou-se, posteriormente, desembargador pela instância então conhecida como Superior Tribunal de Justiça (estadual). Entre seus livros de caráter jurídico, merecem destaque: Seguros Marítimos, de 1930; Tribunais Marítimos Administrativos, de 1931; Compêndio de Direito Marítimo, de 1938 e os comentários ao Código Brasileiro do Ar, de 1939. O conjunto de sua obra escrita (jurídica e literária) lhe valeu o ingresso em instituições como o Centro de Letras do Paraná e a Academia Paranaense de Letras. Faleceu em 27 de outubro de 1941
Fontes:
Sistema de Proposições Legislativas (SPL-CMC)
Memorial do Ministério Público
http://www.memorial.mp.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=88
Hoerner, Valério Júnior; Bóia, Wilson e Vargas, Túlio. Academia Paranaense de Letras - Biobibliografias (1936-2006). Ed Posigraf. Curitiba, 2001. Página 185.
Dario Vellozo (1869-1937)
Regional Portão Fazendinha
Bairro: Vila Izabel
Dario Persiano de Castro Vellozo nasceu no Rio de Janeiro a 26 de novembro de 1869. Era filho de Cyro de Almeida Vellozo (que foi um dos primeiros prefeitos eleitos de Curitiba) e de Zulmira Mariana de Castro Vellozo. O início de sua vida foi marcado por dificuldades financeiras. Dario trabalhou como encadernador enquanto cursava Humanidades no Colégio D. Pedro II. Mudou-se para Curitiba, em 1885 e passou a trabalhar como tipógrafo nas oficinas do jornal 19 de Dezembro. Foi amanuense da Chefatura de Polícia, Praticante da Tesouraria da Fazenda, Relator dos Debates da Assembléia Legislativa e professor (Escola Normal e Ginásio Paranaense.
Estudioso do Helenismo, Dario Velozzo marcou época como um dos nomes mais importantes da vida intelectual em Curitiba no início do século XX, em especial, do movimento simbolista. Eventos no Passeio Público atraíam o interesse da população em torno de famosos escritores como Emiliano Perneta e o próprio Velozzo. O escritor dirigiu algumas publicações como O Cenáculo, Esfinge, Ramo de Acácia, Pitágoras e Brasil Cívico, entre outras. Foi também autor de poesias, contos, romances e estudos diversos.
Em 22 de novembro de 1918, Dario Velozzo inaugurou o Instituto Neo-Pitagórico (conhecido como Templo das Musas), no então distante bairro de Vila Izabel. O projeto do prédio foi de autoria do arquiteto e poeta nordestino Mariano Alves de Farias. Durante muitos anos a entidade reuniu cidadãos de procedências e características diversas no intuito de entender e debater as bases do pensamento místico-filosófico d grego Pitágoras, sob o viés de Dario Vellozo. Além de preservar uma pequena fração da mata nativa da localidade, o Instituto reuniu uma biblioteca composta por mais de 70 mil volumes. No ano de 1987, um incêndio atingiu o local e muitos exemplares se perderam. Os próprios sócios, encabeçados pelo professor Rosala Garzuze, juntaram a quantia necessária para restaurar o local. Intelectuais como Paulo Leminski e Décio Pignatari foram frequentadores do Instituto. Dario Vellozo faleceu em Curitiba a 28 de setembro de 1937.
Fontes:
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 02 de julho de 1989
http://www.millarch.org/artigo/templo-das-musas-renasce-mesmo-sem-ajuda-oficial
"Vellozo, o professor das Nove Musas". O Paraná. Publicado em 08/09/2013
http://www.oparana.com.br/variedades/vellozo-o-professor-das-nove-musas-38378/
Gazeta do Povo. Entrevista com a professora Cassiana de Lacerda.
Publicado em 07/02/2009. Escola simbolista nasceu como contraponto ao parnasianismo. http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=855385
Maia. Paulo Cézar. Miragens literárias em Dario Vellozo e Emiliano Perneta. Curitiba, 2006. Dissertação apresentada para a obtenção do título de mestre em História pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/handle/1884/26442/Dissertacao%20de%20Paulo%20Maia.pdf?sequence=1
Bairro: Vila Izabel
Dario Persiano de Castro Vellozo nasceu no Rio de Janeiro a 26 de novembro de 1869. Era filho de Cyro de Almeida Vellozo (que foi um dos primeiros prefeitos eleitos de Curitiba) e de Zulmira Mariana de Castro Vellozo. O início de sua vida foi marcado por dificuldades financeiras. Dario trabalhou como encadernador enquanto cursava Humanidades no Colégio D. Pedro II. Mudou-se para Curitiba, em 1885 e passou a trabalhar como tipógrafo nas oficinas do jornal 19 de Dezembro. Foi amanuense da Chefatura de Polícia, Praticante da Tesouraria da Fazenda, Relator dos Debates da Assembléia Legislativa e professor (Escola Normal e Ginásio Paranaense.
Estudioso do Helenismo, Dario Velozzo marcou época como um dos nomes mais importantes da vida intelectual em Curitiba no início do século XX, em especial, do movimento simbolista. Eventos no Passeio Público atraíam o interesse da população em torno de famosos escritores como Emiliano Perneta e o próprio Velozzo. O escritor dirigiu algumas publicações como O Cenáculo, Esfinge, Ramo de Acácia, Pitágoras e Brasil Cívico, entre outras. Foi também autor de poesias, contos, romances e estudos diversos.
Em 22 de novembro de 1918, Dario Velozzo inaugurou o Instituto Neo-Pitagórico (conhecido como Templo das Musas), no então distante bairro de Vila Izabel. O projeto do prédio foi de autoria do arquiteto e poeta nordestino Mariano Alves de Farias. Durante muitos anos a entidade reuniu cidadãos de procedências e características diversas no intuito de entender e debater as bases do pensamento místico-filosófico d grego Pitágoras, sob o viés de Dario Vellozo. Além de preservar uma pequena fração da mata nativa da localidade, o Instituto reuniu uma biblioteca composta por mais de 70 mil volumes. No ano de 1987, um incêndio atingiu o local e muitos exemplares se perderam. Os próprios sócios, encabeçados pelo professor Rosala Garzuze, juntaram a quantia necessária para restaurar o local. Intelectuais como Paulo Leminski e Décio Pignatari foram frequentadores do Instituto. Dario Vellozo faleceu em Curitiba a 28 de setembro de 1937.
Fontes:
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 02 de julho de 1989
http://www.millarch.org/artigo/templo-das-musas-renasce-mesmo-sem-ajuda-oficial
"Vellozo, o professor das Nove Musas". O Paraná. Publicado em 08/09/2013
http://www.oparana.com.br/variedades/vellozo-o-professor-das-nove-musas-38378/
Gazeta do Povo. Entrevista com a professora Cassiana de Lacerda.
Publicado em 07/02/2009. Escola simbolista nasceu como contraponto ao parnasianismo. http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=855385
Maia. Paulo Cézar. Miragens literárias em Dario Vellozo e Emiliano Perneta. Curitiba, 2006. Dissertação apresentada para a obtenção do título de mestre em História pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/handle/1884/26442/Dissertacao%20de%20Paulo%20Maia.pdf?sequence=1
quinta-feira, 5 de abril de 2018
Coronel João Gualberto (1874-1912)
Regional Matriz
Bairros: Alto da Glória e Juvevê
Filho de João Gualberto Gomes de Sá e de dona Júlia Bezerra Gomes (Cavalcanti) de Sá, João Gualberto Gomes de Sá Filho nasceu em Recife, Pernambuco, a 11 de outubro de 1874. Passou a infância e a juventude naquela cidade, de onde só saiu para ingressar na Academia Militar do Rio de Janeiro, onde se graduou alferes, em 1894. Obteve também graduação em engenharia militar e Ciências Físicas e Matemáticas. A partir de 1901, prestou serviços como tenente no 13º Regimento de Cavalaria do Exército, em Curitiba. João Gualberto fundou foi comandante do Tiro de Guerra 19, (posteriormente chamado Barão do Rio Branco), no local onde hoje está o Teatro Guaíra.
Em 1912, o Presidente Carlos Cavalcanti pensou em indicar João Gualberto para a prefeitura de Curitiba, mas seu nome foi preterido em favor do engenheiro Cândido de Abreu. Coube a Gualberto o comando do Regimento de Segurança do Estado do Paraná (a atual Polícia Militar), função que assumiu em 21 de agosto daquele ano. Nesse período aumentaram os distúrbios na região de divisa entre Paraná e Santa Catarina. Colonos foram despejados de suas terras por empresas estrangeiras que pretendiam dominar a economia da região. Ao mesmo tempo, se impõem a figura do monge João Maria (o terceiro líder messiânico a arrebanhar seguidores na região usando este nome). O coronel João Gualberto reuniu quatrocentos homens e foi até União da Vitória pela linha férrea. De lá, seguiu em marcha com os soldados por mais de 50 quilômetros até Palmas. No dia 2 de outubro, ao adentrar os Campos do Irany (território catarinense), João Gualberto e seus homens foram surpreendidos por mais de 4000 revoltosos. Na batalha, morreram o coronel e o monge. A metralhadora que seria sua garantia falhou.
A chegada de seus restos mortais a Curitiba reuniu centenas de pessoas em frente à Estação. O conflito do Contestado se estendeu por mais tempo e estima-se que tenha gerado aproximadamente 20.000 mortos. O nome de João Gualberto foi escolhido para rebatizar o antigo Boulevard 2 de Julho, entre o Passeio Público e o Alto da Glória.
Fontes:
Gazeta do Povo 28/12/2012. Contestado, o início da campanha
http://www.gazetadopovo.com.br/colunistas/conteudo.phtml?id=1312270&tit=Contestado-o-inicio-da-campanha
Bairros: Alto da Glória e Juvevê
Filho de João Gualberto Gomes de Sá e de dona Júlia Bezerra Gomes (Cavalcanti) de Sá, João Gualberto Gomes de Sá Filho nasceu em Recife, Pernambuco, a 11 de outubro de 1874. Passou a infância e a juventude naquela cidade, de onde só saiu para ingressar na Academia Militar do Rio de Janeiro, onde se graduou alferes, em 1894. Obteve também graduação em engenharia militar e Ciências Físicas e Matemáticas. A partir de 1901, prestou serviços como tenente no 13º Regimento de Cavalaria do Exército, em Curitiba. João Gualberto fundou foi comandante do Tiro de Guerra 19, (posteriormente chamado Barão do Rio Branco), no local onde hoje está o Teatro Guaíra.
Em 1912, o Presidente Carlos Cavalcanti pensou em indicar João Gualberto para a prefeitura de Curitiba, mas seu nome foi preterido em favor do engenheiro Cândido de Abreu. Coube a Gualberto o comando do Regimento de Segurança do Estado do Paraná (a atual Polícia Militar), função que assumiu em 21 de agosto daquele ano. Nesse período aumentaram os distúrbios na região de divisa entre Paraná e Santa Catarina. Colonos foram despejados de suas terras por empresas estrangeiras que pretendiam dominar a economia da região. Ao mesmo tempo, se impõem a figura do monge João Maria (o terceiro líder messiânico a arrebanhar seguidores na região usando este nome). O coronel João Gualberto reuniu quatrocentos homens e foi até União da Vitória pela linha férrea. De lá, seguiu em marcha com os soldados por mais de 50 quilômetros até Palmas. No dia 2 de outubro, ao adentrar os Campos do Irany (território catarinense), João Gualberto e seus homens foram surpreendidos por mais de 4000 revoltosos. Na batalha, morreram o coronel e o monge. A metralhadora que seria sua garantia falhou.
A chegada de seus restos mortais a Curitiba reuniu centenas de pessoas em frente à Estação. O conflito do Contestado se estendeu por mais tempo e estima-se que tenha gerado aproximadamente 20.000 mortos. O nome de João Gualberto foi escolhido para rebatizar o antigo Boulevard 2 de Julho, entre o Passeio Público e o Alto da Glória.
Fontes:
Gazeta do Povo 28/12/2012. Contestado, o início da campanha
http://www.gazetadopovo.com.br/colunistas/conteudo.phtml?id=1312270&tit=Contestado-o-inicio-da-campanha
Comendador Fontana (1849-1894)
Regional Matriz
Bairro: Alto da Glória
O Comendador Francisco Fasce Fontana nasceu na localidade de Nova Palmira, Uruguai, a 13 de janeiro de 1849. Foi um dos mais importantes industriais de erva-mate no Paraná, durante a segunda metade do século XIX. A Fábrica Fontana, montada na região do Alto da Glória, utilizava-se de um sistema de pilões desenvolvido pelo próprio Comendador. Em plano inclinado os pilões realizavam automaticamente a carga e a descarga da erva-mate, ao contrário dos lentos pilões horizontais.
Fontana, com apoio do então presidente da província Alfredo D'Escragnolle Taunay e do Barão do Serro Azul, criou o Passeio Público de Curitiba, em um banhado nas proximidades de sua fábrica de erva-mate. Com a transformação daquele trecho do Rio Belém em um lago, a obra cumpria objetivos de embelezamento da cidade e saneamento urbano. O Passeio Público foi amplamente aceito pela população e pode ser visto como uma das primeiras iniciativas para mudar a aparência da cidade.
Em 1887 foi inaugurada a primeira linha de bondes conduzidos por muares em Curitiba. O trajeto contemplava de um lado o engenho do Barão do Serro Azul, no Batel e, no outro extremo, o Passeio Público, ao lado da Fábrica Fontana e de seu palacete, o mais antigo do caminho que posteriormente ficou conhecido como Boulevard 2 de julho. O Comendador foi responsável pelas obras e exerceu o cargo de diretor do Passeio Público até 1900. Recebeu a comenda da ordem da Rosa e foi cônsul do Brasil no Uruguai. Faleceu a 13 de março de 1894, em Curitiba.
Fontes:
Aparecida Vaz da Silva Bahls - O Verde na Metrópole, Curitiba, 1998
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/handle/1884/24659/D%20-%20BAHLS,%20APARECIDA%20VAZ%20DA%20SILVA.pdf;jsessionid=B6571662603019690FEEEB7CDE367141?sequence=1
Bairro: Alto da Glória
O Comendador Francisco Fasce Fontana nasceu na localidade de Nova Palmira, Uruguai, a 13 de janeiro de 1849. Foi um dos mais importantes industriais de erva-mate no Paraná, durante a segunda metade do século XIX. A Fábrica Fontana, montada na região do Alto da Glória, utilizava-se de um sistema de pilões desenvolvido pelo próprio Comendador. Em plano inclinado os pilões realizavam automaticamente a carga e a descarga da erva-mate, ao contrário dos lentos pilões horizontais.
Fontana, com apoio do então presidente da província Alfredo D'Escragnolle Taunay e do Barão do Serro Azul, criou o Passeio Público de Curitiba, em um banhado nas proximidades de sua fábrica de erva-mate. Com a transformação daquele trecho do Rio Belém em um lago, a obra cumpria objetivos de embelezamento da cidade e saneamento urbano. O Passeio Público foi amplamente aceito pela população e pode ser visto como uma das primeiras iniciativas para mudar a aparência da cidade.
Em 1887 foi inaugurada a primeira linha de bondes conduzidos por muares em Curitiba. O trajeto contemplava de um lado o engenho do Barão do Serro Azul, no Batel e, no outro extremo, o Passeio Público, ao lado da Fábrica Fontana e de seu palacete, o mais antigo do caminho que posteriormente ficou conhecido como Boulevard 2 de julho. O Comendador foi responsável pelas obras e exerceu o cargo de diretor do Passeio Público até 1900. Recebeu a comenda da ordem da Rosa e foi cônsul do Brasil no Uruguai. Faleceu a 13 de março de 1894, em Curitiba.
Fontes:
Aparecida Vaz da Silva Bahls - O Verde na Metrópole, Curitiba, 1998
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/handle/1884/24659/D%20-%20BAHLS,%20APARECIDA%20VAZ%20DA%20SILVA.pdf;jsessionid=B6571662603019690FEEEB7CDE367141?sequence=1
Benjamim Lins (1876-1951)
Regional Matriz
Bairro: Batel
Benjamin Baptista Lins d'Albuquerque nasceu em João Pessoa, Paraíba, em 29 de janeiro de 1876. Era filho do Capitão João Lins d'Albuquerque e Anna Carolina Lins d'Albuquerque. Formou-se na Faculdade de Direito de Recife, Pernambuco. Para se sustentar, lecionava Matemática e Português no Colégio Porto Carrero. Em 1907, acompanhado pelo amigo Lindolpho Pessoa da Cruz Marques, veio morar em Curitiba, onde abriu um escritório de advocacia na Alameda Dr. Muricy.
Lecionou as disciplinas de "Enciclopédia Jurídica", "Filosofia do Direito" e "Introdução à Ciência do Direito" na recém-fundada Universidade do Paraná. Na revolução de 30, o professor Lins foi nomeado para o cargo de diretor da Instrução Pública e, posteriormente, Procurador Regional da República.
Além destas atividades, benjamim Lins foi um dos fundadores do jornal Gazeta do Povo, em 1919 e também do jornal O Dia. Em suas palavras, "ambos destinados a formar as correntes de opinião do povo paranaense, para livrá-lo das estreitezas e egoísmos de certos políticos que não entendem a vida pública senão subordinada ao maquiavelismo dos interesses particulares". Faleceu em 13 de janeiro de 1951 e seu nome foi dado a uma via do bairro Batel.
Fontes:
Museu Maçônico Paranaense
http://www.museumaconicoparanaense.com/mmpraiz/autoridades_pr/goindpr902_918-benjamin_lins.htm
Gazeta do Povo - 02/02/2009 - Especial 90 Anos, entrevista com Enólia Lins de Loyola e Silva, filha de Benjamin Lins (vídeo).
http://www.gazetadopovo.com.br/90anos/videos/conteudo.phtml?tl=1&id=851686&tit=Meu-pai-foi-severo-mas-generoso
Bairro: Batel
Benjamin Baptista Lins d'Albuquerque nasceu em João Pessoa, Paraíba, em 29 de janeiro de 1876. Era filho do Capitão João Lins d'Albuquerque e Anna Carolina Lins d'Albuquerque. Formou-se na Faculdade de Direito de Recife, Pernambuco. Para se sustentar, lecionava Matemática e Português no Colégio Porto Carrero. Em 1907, acompanhado pelo amigo Lindolpho Pessoa da Cruz Marques, veio morar em Curitiba, onde abriu um escritório de advocacia na Alameda Dr. Muricy.
Lecionou as disciplinas de "Enciclopédia Jurídica", "Filosofia do Direito" e "Introdução à Ciência do Direito" na recém-fundada Universidade do Paraná. Na revolução de 30, o professor Lins foi nomeado para o cargo de diretor da Instrução Pública e, posteriormente, Procurador Regional da República.
Além destas atividades, benjamim Lins foi um dos fundadores do jornal Gazeta do Povo, em 1919 e também do jornal O Dia. Em suas palavras, "ambos destinados a formar as correntes de opinião do povo paranaense, para livrá-lo das estreitezas e egoísmos de certos políticos que não entendem a vida pública senão subordinada ao maquiavelismo dos interesses particulares". Faleceu em 13 de janeiro de 1951 e seu nome foi dado a uma via do bairro Batel.
Fontes:
Museu Maçônico Paranaense
http://www.museumaconicoparanaense.com/mmpraiz/autoridades_pr/goindpr902_918-benjamin_lins.htm
Gazeta do Povo - 02/02/2009 - Especial 90 Anos, entrevista com Enólia Lins de Loyola e Silva, filha de Benjamin Lins (vídeo).
http://www.gazetadopovo.com.br/90anos/videos/conteudo.phtml?tl=1&id=851686&tit=Meu-pai-foi-severo-mas-generoso
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