sexta-feira, 6 de abril de 2018

Nicola Pellanda (1875-1955)

Regional Bairro Novo 
Bairro: Umbará 

Italiano da cidade de Pádua, em 6 de julho de 1875, Nicola Pellanda chegou ao Brasil com 17 anos em companhia de seus pais Bortolo Pellanda e Domingas Bernardi Pellanda e de três irmãos Miguel Angelo Pellanda, Benvenuto Pellanda e Giovanni Pellanda. Desembarcaram do navio Vapore Nord em Paranaguá, e subiram a serra a pé, instalando-se por seis meses em São José dos Pinhais. Com auxílio do padre Pietro Cobalchini (líder espiritual dos italianos que moravam nas colônias), Bortolo compra um terreno, na região do Umbará, onde passa a dividir o espaço com os filhos.
A família dedicou-se ao plantio (vinhedos duraram de 1894 a 1962), à criação de animais, ao corte da madeira (atividade comum no início do século XX) e, a administração de olarias. Nicola Pellanda não respondeu à convocação das forças armadas italianas e se casou com Paula Miqueletto, com quem veio a ter 15 filhos. O grande marco do bairro ainda é a Igreja de São Pedro, construída com o esforço de imigrantes como os da família Pellanda. 

Fontes:
Blog da Família Bortolo Pellanda (Lezir Pellanda Holaten)
http://familiabortolopellanda.blogspot.com.br/

Newton França Bittencourt (1911-1967)

Regional Matriz
Bairro: Ahú

Newton França Bittencourt nasceu a 13 de outubro de 1911. Era filho de Cezar Bittencourt e Maria José de França. Desde cedo colaborou para o sustento da família. Tornou-se técnico em economia e contabilidade, sendo o fundador da entidade representativa da classe no Paraná. Fundou também o Conselho Regional de Contabilidade. Integrou as diretorias de entidades como a Empresa Construtora de estradas ltda, Fábrica de Pianos Schneider, Santa Casa de Misericórdia, Instituto de Cegos, Clube Curitibano, Rotary Curitiba e Clube Atlético Paranaense, entre outros. 
Colaborou em jornais e revistas, com artigos sobre Finanças e Contabilidade e outros temas. Em 1959 recebeu da Sociedade de Geografia Brasileira a comenda "Marechal Cândido Rondon". Faleceu em 12 de setembro de 1967, em Curitiba.

Fonte: 
Sistema de Proposições Legislativas (SPL-CMC)

Nestor Vítor (1868-1932)

Regional Portão Fazendinha
Bairro: Água Verde

Nascido em Paranaguá a 12 de abril de 1868, Nestor Vítor foi escritor, poeta, crítico, ensaísta e conferencista. Exerceu o magistério no Rio de Janeiro e em Paris, onde foi correspondente internacional dos jornais O País e Correio Paulistano. No mesmo período, realizou traduções para a Livraria Garnier. Quando retornou ao Brasil, ficou residência no Rio, onde se tornou crítico literário no jornal Os Anais e, posteriormente, em O Globo. 
Orientava-se pela corrente francesa da crítica impressionista, em oposição à crítica de teor naturalista. Muitas vezes se utilizava do pseudônimo Nunes Vidal. Foi amigo e divulgador da obra do poeta catarinense Cruz e Souza, sendo sua a iniciativa da publicação das obras completas do poeta catarinense. A influência dessa relação fez com que Nestor Vítor se tornasse um dos principais articuladores do movimento simbolista em Curitiba, ao lado de nomes como Emiliano Perneta e Dario Velozzo. 
Cosmopolita, Nestor Vítor teve a oportunidade de conhecer grandes metrópoles do final do século XIX e tal experiência lhe serviu de parâmetro ao escrever A Terra do Futuro, no qual trata das mudanças ocorridas no paraná entre os anos de 1875 e 1912. Apesar de sua importância para o simbolismo, Nestor Vítor viu com otimismo a gênese do movimento modernista no Brasil. Morreu no dia 13 de outubro de 1932, na cidade do Rio de Janeiro.

Fontes:
O Momento Literário (Nestor Vítor) de João do Rio e A voz dissonante e simbólica de nestor Vítor, de Monalisa Valente Ferreira
http://artculturalbrasil.blogspot.com.br/2009/11/nestor-victor.html

"A terra do Futuro, de Nestor Vítor" blog de Domingos van Erven http://dvetextos.blogspot.com.br 

Pequeno Dicionário de Literatura Brasileira; Enciclopédia Mirador Internacional

Nestor de Castro (1867-1906)

Regional Matriz
Bairro: Centro
Logradouro: Travessa
Nestor de Castro nasceu na "Deitada-à-Beira-do-Mar" (antigo nome de Antonina) no ano de 1867. Era filho de Felipe de Castro e Ana Pereira de Castro. Ainda na infância tornou-se órfão, mas com a ajuda do cônego Manoel Vicente, pôde frequentar um seminário em São Paulo. De volta a Curitiba em 1887, tentou um empreendimento comercial sem sucesso. No ano posterior, casou-se com Arminda Pinheiro da Costa e passou a trabalhar no jornal 19 de Dezembro. 
Neste período, colaborou com o escritor Jaime Balão em textos teatrais que foram musicados por Augusto Stresser. Com o advento da revolução federalista em 1894, Nestor de Castro tornou-se secretário do governo provisório, o que era coerente com sua filiação liberal. Tal conduta acarretou-lhe um exílio por cidades do sul do país. A experiência não foi de todo negativa, pois nessas viagens ele travou contato com a figura folclórica de "Bento Cego", cantador cujas trovas eram conhecidas e cantadas por todo o sul, mas sobre quem pouco se sabia. Nestor de Castro compilou os versos e fez um levantamento do que poderia ser a vida desse artista mítico, tendo empreendido para este fim, viagens por vários estados.
Quando retornou a Curitiba, sofreu retaliações em virtude de seus posicionamentos políticos. Casado e com 12 filhos, Nestor de Castro só conseguiu se restabelecer financeiramente quando, em 1904, seu amigo Teófilo Soares Gomes convenceu Vicente Machado a contratá-lo no jornal A República, de orientação legalista. Passou a escrever no mesmo jornal que enfrentara anteriormente em muitas polêmicas. Apesar das contrariedades, foi nesse momento que Nestor de castro concluiu seu estudo sobre Bento Cego, obra de referência sobre a cultura popular brasileira. Sua carreira foi interrompida de modo súbito no dia 14 de agosto de 1906, quando o escritor contava com 39 anos. Nestor de Castro empresta seu nome a uma travessa localizada nas proximidades da catedral e também é o patrono da cadeira número 33 da Academia Paranaense de Letras. 

Fontes: 
O que sabemos de Bento Cego? Sexta-feira, 18 de maio de 2012
http://urublues1.blogspot.com.br/2012/05/o-que-sabemos-de-bento-cego.html. Texto baseado em Samuel César, "O elogio do Patrono", discurso na Academia de Letras do Paraná em 21 de janeiro de 1927; publicado em "Obras de Nestor de Castro". Curitiba, Editora GERPA, 1945. 

Nair Pereira Queirolo (1923-2001)

Regional Boqueirão
Bairro: Hauer (entre a Rua das Carmelitas, Frei Henrique de Coimbra e São Bento)

Nair Pereira Queirolo nasceu em Santos, estado de São Paulo, no dia 1º de abril de 1923. Era filha de Constantino Pereira Domingues e de Ramona Alonso Pla. Entre os anos de 1940 e 49, praticou voleibol pelo Clube Atlético Santista. Em 1950, casou-se com o artista circense (acróbata) Julião Guião, integrante da família Queirolo. A história desse clã de artistas que excursionava pelos bairros de Curitiba marcou gerações curitibanas.
Nair participou das atividades circenses até 69, quando em companhia do marido, passou a trabalhar no Teatro Guaíra. Nair Faleceu aos 78 anos de idade, no dia 20 de outubro de 2001. 

Fontes:
Paraná Online Família Queirolo é lembrada em livro (Joice carvalho, 27/09/2009) 
http://www.parana-online.com.br/editoria/pais/news/201395/

Site da Prefeitura de Curitiba - Hauer ganha nova área de lazer nesse sábado
http://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/noticiaimpressao.aspx?codigo=26870

Monsenhor Celso (Celso Itiberê da Cunha) (1849-1930)

Regional Matriz
Bairro: Centro

Celso Itiberê da Cunha, o Monsenhor Celso, nasceu na cidade de Paranaguá, em setembro de 1849. Foi ordenado padre no Seminário Episcopal de São Paulo. Sua primeira missa foi celebrada na antiga igreja matriz de Curitiba, em 1873. Foi uma figura de relevo tanto para a reforma da Igreja da ordem, quanto na construção da nova catedral, que só foi terminada em 1893. 
Já no primeiro ano do século XX, assume a igreja matriz de Curitiba. Irmão do músico Brasílio Itiberê da Costa, Monsenhor Celso sempre foi um estimulador de qualquer espécie de manifestação artística e presença constante nas discussões pertinentes ao cotidiano de Curitiba. Recebeu muitas homenagens, entretanto a mais significativa foi o empréstimo de seu nome à rua que liga a Praça Tiradentes à Praça Carlos Gomes (conhecida anteriormente como Ladeira do Pelourinho, Travessa da Matriz e 1o de Março). 

Fontes: 
Nicolas, Maria. Almas das ruas. Curitiba. Fundação Cultural de Curitiba/Casa Romário Martins. 1981. 

Gazeta do Povo, Coluna Nostalgia, Cid Destefani, 23/10/2011. O cara da rua.
http://www.gazetadopovo.com.br/colunistas/conteudo.phtml?id=1183935

Blog Christian Barbosa. Monsenhor Celso, o ilustre sacerdote parnanguara (sem data)
http://christianbarbosa.blogspot.com.br/p/monsenhor-celso-o-ilustre-sacerdote.html

A Escola Normal de Curitiba e o Ingresso de Mulheres (Nilvan Laurindo Sousa e outros)
www.histedbr.fae.unicamp.br/acer_histedbr/seminario/.../2.38.pdf

Mário de Barros (1911-1960)

Regional Matriz 
Bairro: Centro Cívico

Mário de Barros nasceu em Curitiba, a 22 de dezembro de 1911. Filho de Hugo de Barros e de dona Conceição Baptista de Barros, estudou nos colégios Júlio Teodorico e no Ginásio Paranaense (que veio a ser o Colégio Estadual do Paraná). Seu nome estava entre os formandos da turma de medicina da Universidade Federal do Paraná, no ano de 1936. 
Posteriormente, sua tese de doutoramento sobre as influências da esplenectomia (retirada total ou parcial do baço) sobre a pressão arterial recebeu o prêmio dado pela Fundação Alexander von Humboldt, sediada na Alemanha. Também foi agraciado com o prêmio que à época era conferido pelo Laboratório Raul Leite. No início da carreira, foi assistente dos professores Castro Araújo e Fernando Magalhães, ambos no Rio de Janeiro.
Foi médico do Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Comerciários (I.A.P.C. E) e do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (D.N.E.R.), Em 1940, inaugurou a Cooperativa dos Rodoviários, tendo sido o médico-chefe desta instituição para o setor Paraná-Santa Catarina.
No ano de 1953 (Centenário da Emancipação do Estado do Paraná), Mário de Barros foi indicado por Getúlio Vargas para dirigir o Serviço de Assistência Médico-Domiciliar Urgente (S.A.M.D.U.). Cercou-se de experientes profissionais e usou técnicas administrativas que fizeram a entidade se tornar uma referência qualitativa entre os serviços públicos. 
Tornou-se secretário de saúde do governador Bento Munhoz, e teve a oportunidade de implementar melhorias no sistema de saúde de todo o estado. Em 1955 tentou lançar seu nome ao governo do Paraná, mas não obteve votos suficientes para competir com o ex-governador Moysés Lupion. Em 58, Mário de Barros reelegeu-se deputado estadual, mas dois anos depois veio a falecer em razão de uma doença súbita.

Fontes: 
Nicolas, Maria. Almas das ruas. Curitiba. Fundação Cultural de Curitiba/ Casa Romário Martins. 1981.

Relembrando a História: Vargas, Mário de Barros e o Samdu. Paraná Online 29/06/2003
http://www.parana-online.com.br/editoria/almanaque/news/52004/?noticia=RELEMBRANDO+A+HISTORIA+VARGAS+MARIO+DE+BARROS+E+O+SAMDU

Luiz Antônio Xavier (1856 - 1933)

Regional Matriz
Bairro: Centro

Nascido em Curitiba em 21 de dezembro de 1856, Luiz Antônio Xavier era filho de Manoel Antônio Xavier e Anna Fernandes dos Santos Xavier. Iniciou suas atividades profissionais como tabelião de notas aos 20 anos de idade. Foi advogado, promotor público na cidade de Ponta Grossa, secretário de Finanças e secretário de Interior, Justiça e Instrução Pública. No ano de 1893, Xavier exerceu o cargo de secretário de Justiça por breves dias. Foi o primeiro prefeito a se reeleito para uma segunda gestão na cidade de Curitiba, tendo ocupado o cargo entre os anos de 1900 a 1907. Nessa época, a estrutura da cidade ainda apresentava deficiências e limitações orçamentárias que dificultavam o cotidiano dos habitantes. Luiz Xavier iniciou as alterações que possibilitaram as profundas reformas operadas posteriormente por Cândido de Abreu. Após esse período, retornou ao cargo de secretário de Justiça entre os anos de 1908 e 1912. Também representou o Paraná na Câmara Federal por mais de uma legislatura. 
Quando exerceu a prefeitura de Curitiba, ampliou a largura do trecho de rua que ligava a Rua XV à Praça Osório. O lugar ficou curiosamente conhecido como "a menor avenida do mundo". Esta pequena via recebeu o nome de Luiz Xavier quando este ainda era vivo. O nome foi alterado para João Pessoa por vontade do então presidente Getúlio Vargas, que quando vinha para Curitiba, costumava se hospedar no Braz Hotel, localizado naquele local. O logradouro ostentou o nome de João Pessoa por mais de 20 anos. Com a queda de Getúlio, a população de Curitiba decidiu pelo retorno do nome de Luiz Xavier, mas o político, falecido em 1933, não testemunhou a homenagem. 

Fonte: 
Espirais de Madeira
http://www.patrimoniocultural.pr.gov.br/arquivos/File/BIBLIOGRAFIACPC/ESPIRAIS/ctb4.pdf

León Nicolas (1865-1958)

Regional Pinheirinho 
Bairro: Capão Raso

León Nicolas nasceu em 21 de março de 1865, na cidade de Morognes, França. Era filho de Duasau Nicolas August e Marie Cochet, casal que veio para Brasil em julho de 1875. Participou, ao lado do pai, na construção da ponte São João, uma das mais complexas da estrada de ferro Paranaguá Curitiba.
Depois passou a trabalhar em teatros, aprendendo a criar cenografia. Era carpinteiro, eletricista, contra-regra, cenógrafo e zelador, nem sempre recebendo pelo seu trabalho. Falava corretamente francês, italiano, espanhol e o português, sem sotaque estrangeiro. Foi uma figura fundamental para a consolidação da cena teatral do Paraná. Faleceu em 21 de outubro de 1958, aos 93 anos de idade, em Curitiba.

Fontes:
Sistema de Proposições Legislativas (SPL-CMC)

Leoberto Leal (1912-1958)

Regional Cajuru 
Bairro: Guabirotuba 

Filho de Miguel da Silva Leal e de Iracema Laus, o político Leoberto Leal nasceu na cidade de Tijucas, em 4 de julho de 1912. Formado em Direito no ano de 1936, inciou cedo nas lides políticas. Integrante do PSD (Partido Social Democrático), foi eleito deputado federal por Santa Catarina em 1950 e reelegeu-se quatro anos depois, dessa vez, pela Aliança Social Trabalhista. Além dessas atividades eletivas, também exerceu as presidências da Comissão Especial de Preços e da Secretaria de Viação e Obras Públicas.
Igualmente marcantes foram suas viagens à Europa e à Ásia como integrante das delegações parlamentares brasileira. Ainda na seara diplomática, Leoberto Leal também participou de comissões que representaram o Brasil em países como Argentina, Espanha, França, Itália, Suíça e Inglaterra. 
No dia 16 de junho de 1958, um desastre aéreo vitimou o deputado Leoberto Leal nas proximidades do aeroporto Afonso Penna, em São José dos Pinhais. Além de Leoberto Leal, morreram no mesmo acidente o então governador de Santa Catarina, Jorge Lacerda e Nereu Ramos, senador pelo mesmo estado.
Por ocasião de seu súbito falecimento, Leoberto Leal estava com 45 anos. A cidade de Curitiba o homenageou emprestando seu nome a uma rua do bairro Guabirotuba.

Fontes:
Nicolas, Maria. Almas das Ruas, Cidade de Curitiba. 3º Volume. Curitiba. Fundação Cultural de Curitiba/Casa Romário Martins. 1981.

Portal de José Wille
http://www.jws.com.br/2013/11/o-aniversario-do-maior-acidente-aereo-do-parana/