sexta-feira, 14 de novembro de 2025

MARCHA NUPCIAL: ELEGÂNCIA, TRADIÇÃO E MODERNIDADE EM CENA Um relato detalhado dos casamentos mais aguardados da sociedade curitibana, com destaque para os desfiles de moda que encantaram a cidade.

 MARCHA NUPCIAL: ELEGÂNCIA, TRADIÇÃO E MODERNIDADE EM CENA

Um relato detalhado dos casamentos mais aguardados da sociedade curitibana, com destaque para os desfiles de moda que encantaram a cidade.

MARCHA NUPCIAL: ELEGÂNCIA, TRADIÇÃO E MODERNIDADE EM CENA
Curitiba, Paraná — Ano de 1960

Um relato detalhado dos casamentos mais aguardados da sociedade curitibana, com destaque para os desfiles de moda que encantaram a cidade.


Página 1: A Marcha Nupcial — Um Casamento de Sonho na Igreja Santa Terezinha

No coração de Curitiba, sob os olhares atentos da elite social, realizou-se, em data recente de 1960, uma cerimônia nupcial que ficará marcada pela beleza, pompa e tradição: o casamento de Lévy Pinto Filho com Laurita Moraes Correa.

A igreja Santa Terezinha, adornada com crisântemos brancos e velas de cera, tornou-se palco para um dos eventos sociais mais comentados da temporada. A noiva, radiante em seu vestido de tafetá branco com cauda e véu de renda belga, foi conduzida pelo pai até o altar, onde esperava o noivo, trajado com paletó preto e gravata borboleta — elegância impecável à moda dos anos 60.

A cerimônia contou com a presença de familiares e amigos ilustres, entre eles os pais dos noivos, Sr. e Sra. Lévy Pinto e Sr. e Sra. Moraes Correa, além de figuras como Dr. Antônio Moreira, Dr. José Maria Pinto e a distinta família Guimarães. Após a bênção religiosa, os recém-casados seguiram para a recepção na residência familiar, onde foram recebidos com jantar à francesa e música ao vivo da orquestra “Sonho d’Ouro”, regida pelo maestro Alcides Silva.

Este casamento não foi apenas um enlace entre duas pessoas, mas um símbolo da continuidade de valores familiares que ainda sustentam a nobreza da vida curitibana em pleno ano de 1960.


Página 2: Leprevost – Luchesi — Uma União que Une Duas Grandes Famílias

Em cerimônia igualmente majestosa, celebrada na igreja de Santa Teresinha em pleno inverno de 1960, ocorreu o casamento de Dr. Antônio Leprevost com Stella Saragi Leprevost. O evento reuniu cerca de 300 convidados, entre autoridades médicas, jurídicas e representantes da indústria paranaense.

O casal, cujas famílias são referências no cenário político e cultural da cidade desde o início do século, escolheu a data para celebrar não apenas o amor, mas também a união de dois legados históricos. A noiva, filha de Sr. Antônio Leprevost e Sra. Flávia Luchesi, surpreendeu com vestido de seda marfim, mangas bufantes e cinto de cetim, enquanto o noivo exibia traje de cerimônia escuro, sapatos de verniz e chapéu-coco — detalhes que marcavam a distinção da época.

A celebração religiosa foi presidida pelo Padre João Batista, que, em sua homilia, destacou a importância do matrimônio como pilar da sociedade moderna. Após a missa, os noivos receberam os cumprimentos na sacristia, antes de partirem para a recepção no Clube Concórdia, cujos salões foram decorados com orquídeas e arranjos de folhagens tropicais.

Entre os presentes, destacaram-se Dr. Alcides Costa, Dr. Celso Petri, Dr. Tadeu Leprevost, Dr. Gustavo Müller e toda a família Luchesi. Após a festa, o casal embarcou para uma lua de mel no Rio de Janeiro, destino clássico da elite brasileira em 1960.


Página 3: Elegância e Filantropia — O Desfile de Modas Matarazzo-Bressac no Clube Concórdia

Enquanto os casamentos ocupavam as crônicas sociais, outro evento conquistou a sociedade curitibana em 1960: o desfile de modas organizado pelas renomadas lojas Matarazzo-Bressac, realizado nos salões do Clube Concórdia.

Com o tema “Elegância e Solidariedade”, o desfile uniu moda e caridade, destinando parte da arrecadação à Santa Casa de Misericórdia. O evento atraiu centenas de convidados, entre damas da alta sociedade, empresários e jornalistas do Diário da Tarde e Gazeta do Povo.

As modelos desfilaram com peças inspiradas nas coleções de Paris e Rio de Janeiro: vestidos de linha reta, casacos estruturados, chapéus pequenos e luvas até o cotovelo — tudo em tecidos como tafetá, organza e lã fina. Destaque para o vestido de noite em cetim preto com detalhes em strass, que arrancou aplausos calorosos.

Além da beleza das roupas, o ambiente foi marcado por generosidade. Entre os presentes estavam Sr. Augusto Caldeira, Sr. e Sra. Luiz Paulo Botelho e a própria diretoria do Clube Concórdia. A diretora da Matarazzo-Bressac, Dona Elza Ribeiro, afirmou que “a moda deve servir não só à beleza, mas também ao bem comum”.

O sucesso do evento já garantiu nova edição em 1961 — sinal de que Curitiba, em 1960, já caminhava entre tradição e modernidade com graça e propósito.


Página 4: Enlace Stenghel-Guimarães — A União de Norma e Pedro Stenghel Guimarães

Em meio às celebrações sociais de 1960, outro casamento chamou a atenção pela simplicidade e profundidade emocional: o enlace entre Norma Stenghel Guimarães e Pedro Stenghel Guimarães.

Realizado na igreja de Santa Teresinha em uma tarde de outono, o casamento foi íntimo e cheio de significado. A noiva, acompanhada por seus pais, entrou ao som de “Ave Maria” de Gounod, executada no órgão da igreja. Seu vestido, de corte reto com gola barco, simbolizava a nova mulher brasileira: discreta, mas decidida.

A união foi celebrada diante de familiares próximos, incluindo os pais dos noivos e a família Camargo, representada por Dona Maria de Camargo. Após a cerimônia, foi servido um chá colonial no jardim da igreja, com bolos caseiros, doces de leite e café coado na hora.

O casal, que namorou por dois anos, decidiu iniciar sua vida conjunta em um apartamento no bairro Alto da Glória — símbolo do crescimento urbano de Curitiba em 1960.


Página 5: Agostinho Brenner & Cia. Ltda. — O Avião Leve que Conquista os Homens de Negócios

Para fechar esta edição com visão de futuro, destacamos uma oferta exclusiva para o empresário moderno de 1960: a linha de aviões leves Cessna, oferecida pela Agostinho Brenner & Cia. Ltda., pioneira na aviação civil do sul do Brasil.

Com modelos como o Cessna 150, ideal para voos regionais, e o Bimotor 310P, perfeito para executivos, a empresa disponibiliza aeronaves com tecnologia americana, segurança comprovada e design aerodinâmico. Em 1960, voar deixou de ser um luxo — tornou-se uma necessidade para quem deseja expandir seus negócios.

Localizada na Rua XV de Novembro, 864, a concessionária oferece demonstrações de voo, financiamento próprio e manutenção certificada. “Em tempos de progresso, o céu não é o limite — é o caminho”, afirma o diretor comercial, Sr. Brenner.

Venha conhecer a Cessna. Porque em 1960, Curitiba já olha para o futuro — com os pés no chão e os olhos no horizonte.


Conclusão: Uma Cidade em Plena Transformação

Esta edição reflete o espírito de Curitiba em 1960: respeitosa com suas tradições familiares, entusiasmada com a moda e a tecnologia, e comprometida com a solidariedade. Seja nas cerimônias religiosas, nos salões sociais ou nos hangares da aviação, nossa cidade demonstra que é possível crescer sem perder a alma.

Que 1960 seja lembrado como o ano em que o passado acolheu o futuro — com elegância, fé e coragem.


Publicado em Curitiba, Paraná — Novembro de 1960
(Edição especial das Crônicas Sociais)


















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