quinta-feira, 12 de abril de 2018

Pedro Luiz Scroccaro (1926-1976)

Regional Santa Felicidade
Bairro: Ganchinho

Pedro Luiz Scroccaro era filho de Aurélio Scroccaro e Domingas Margarida Scroccaro. Nasceu no bairro Umbará, em 27 de dezembro de 1926. Aos 13 anos, mudou para a casa que seu pai construiu na localidade do Ganchinho. Sempre esforçado, desde criança esteve envolvido com o trabalho na lavoura, mas também exerceu a função de motorista. Prestativo com os demais moradores, Scroccaro é um exemplo de cidadão cuja vida humilde e simples lhe valeu a homenagem de batizar um logradouro. Faleceu em 7 de março de 1976, deixando viúva e sete filhos.

Fonte:
Sistema de Proposições Legislativas (SPL-CMC)

Paulo José Friebe (1962-2006)

Regional Boa Vista
Bairro: Bairro Alto

Nasceu em 24 de abril de 1962. Em 1980 resolveu investir na carreira dramática e frequentou o curso permanente de teatro, do Teatro Guaíra, por quatro anos. Em 1988, dirigiu o grupo de teatro "Vida e Sonho", constitído por jovens entre 16 e 20 anos, moradores do Bairro Alto, que ensaiavam e encenavam suas peças no espaço do colégio Madalena Sofia.
Entre os diversos trabalhos como ator em cinema e vídeo, destacam-se: "A Ervilha da Fantasia" (1985), de Werner Schumann; "Muiraquitã" (1986), de Willy Schumann e Eloi Pires Ferreira; "A Guerra do Pente" (1986), de Nivaldo Lopes; "Sr. Power" (1990), de Ozualdo Candeias; "Cronicamente Inviável" (2000), de Sérgio Bianchi. Entre seus trabalhos no teatro, destaca-se a participação durante anos na peça "O Vampiro e a Polaquinha", baseada em contos do escritor Dalton Trevisan. Figura popular do meio cênico paranaense, Paulo Friebe morreu em 12 de maio de 2006.

Fontes:
Sistema de Proposição Legislativa (SPL-CMC)

Paulo Groetzner (1873-1933)

Regional Cidade Industrial
Bairro: Cidade Industrial (nas proximidades do Bosque do Trabalhador)

Nascido em São Paulo a 15 de maio de 1873, Paulo Groetzner morou no Paraná até os oito anos, quando a família retornou para aquele estado. Posteriormente, Groetzner instalou-se definitivamente em Curitiba, onde inaugurou uma padaria na Avenida João Pessoa (atual Luiz Xavier). O sucesso desse empreendimento foi ampliado com a incorporação da fábrica Lucinda, localizada na divisa entre os bairros Ahú e Cabral. Os produtos da Fábrica Lucinda marcaram época, e Paulo Groetzner se tornou um dos nomes mais expressivos do cenário industrial em Curitiba. A Fábrica de Biscoitos Lucinda funcionou sob este nome até 1980, ao ser incorporada pela indústria de alimentícios Tip Top. Paulo Groetzner faleceu no ano de 1933, em Curitiba e sua importância enquanto empreendedor foi reconhecida com a escolha de seu nome para o batismo de uma via da Cidade Industrial.

Fonte:
Memória da Indústria Paranaense

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Ottoni Ferreira Maciel (1870-1944)

Regional Portão Fazendinha
Bairro: Vila Izabel 

Nascido em 28 de outubro de 1870, na cidade de Palmeira a 70 Km de Curitiba, Ottoni Ferreira Maciel era filho do "coronel" Pedro Ferreira Maciel, líder político regional. Advogado e promotor público na sua cidade natal, também foi presidente da Câmara Municipal daquela localidade. Mais jovem deputado estadual a integrar a constituinte estadual de 1892, Ottoni Ferreira defendeu a República por ocasião da Revolta Federalista, em 1894. Entre os anos de 1896 e 1901, foi eleito deputado estadual por três vezes .
No ano de 1907, foi eleito vice-presidente do estado do Paraná, ao lado do médico João Cândido Ferreira. Foram destituídos por uma articulação descrita pelo próprio Ottoni Ferreira no livro Bastidores Políticos, lançado em 1925. Entre 1914 e 1915, retornou ao Legislativo Estadual. Em 1918, foi eleito deputado federal. Já no final da década de 20, foi um dos líderes da chamada Aliança Liberal. Sua participação foi decisiva para que as tropas revolucionárias do general Miguel Costa alcançassem o território paulista, tornando-se, portanto, figura estratégica para a vitória da Revolução de 1930, no estado. Exercendo, também, influência junto ao interventor Manuel Ribas. Faleceu em29 de outubro de 1944, foi homenageado por Curitiba com o empréstimo de seu nome a uma das ruas do bairro Vila Izabel.

Fonte: 
Dagostim, Maristela Wessler. A república dos conselhos:  um estudo sobre a transformação da elite política paranaense (1930-1947). Dissertação de Mestrado (Programa de Pós-graduação em Ciência Política-PPGCP), Universidade Federal do Paraná, 2011
http://www.humanas.ufpr.br/portal/cienciapolitica/files/2011/08/DissertacaoMaristelaTexto.pdf

Osiel Fonseca de Souza (1975-2008)

Regional Cidade Industrial
Bairro: Augusta

Osiel Fonseca de Souza nasceu em 30 de Julho de 1975 em Curitiba. Foi pianista e compositor de renome na cidade. Tecladista da Orquestra a base de Sopro, tocou piano no Vocal Brasileirão e no Coral Brasileirinho, foi arranjador e lecionou música em vários locais, com destaque para o Conservatório de Música de Curitiba. Recentemente foi homenageado pela Orquestra a Base de Sopros com a inclusão de alguns temas de sua autoria no cd/dvd Nossos Compositores. Osiel participou do grupo desde sua fundação em 1993 até seu falecimento, em 2008.

Fonte: 
Sisitema de Proposições Legislativas (SP-CMC)

Nilo Cairo (1874-1928)

Regional Matriz
Bairro: Centro - Alto da XV

Nascido em Paranaguá a 12 de novembro de 1874, Nilo Cairo da Silva mudou-se cedo para a cidade do Rio de Janeiro, onde se incorporou ao Exército. Graduado em engenharia militar, trabalhou nessa seara entre os anos de 1891 e 1904, quando foi vítima de um incidente que lhe custou o rompimento dos tímpanos. Transferido para a reserva, Nilo Cairo se dedicou a estudos diversos obtendo o bacharelado em medicina, ciências físicas e matemática.
Em 1906, mudou-se para Curitiba onde abriu uma clínica especializada em medicina homeopática. Cairo se tornou um entusiasta do tema, tendo publicado várias obras a respeito. Sua mais significativa contribuição enquanto pessoa pública foi a luta em prol do desenvolvimento da Universidade do Paraná, ideia gestada ainda no século XIX por intelectuais como Rocha Pombo. O grupo conseguiu concretizar o projeto e a universidade foi inaugurada em 19 de Dezembro de 1912. Após essa iniciativa, Cairo lecionou disciplinas diversas nos cursos de Medicina, Odontologia e Engenharia. Em 1925 afastou-se das atividades profissionais.
Segundo Wilson Bóia, Nilo Cairo era "dono de risadas homéricas, de piadas mordazes, às vezes irritadiço, caminhava célere, afobado, cumprimentando bruscamente amigos e conhecidos, acenando-lhes com a mão. Impulsivo e franco, arregimentou inimigos e indiferentes. Mostrava-se irônico e impiedoso contra os que se antepunham a ses projetos. Enciclopédico, cérebro privilegiado, casado por três vezes, faleceu no Rio de Janeiro em 6 de junho de 1928". Seus restos mortais encontram-se junto ao seu busto na Praça Santos Andrade, em frente à sede da Universidade federal do Paraná. 

Fontes:
Hoerner, Valério Júnior; Bóia, Wilson e Vargas, Túlio. Academia Paranaense de Letras - Biobibliografias (1936-2006). Ed Posigraf. Curitiba, 2001. Página 263.

Nicola Pellanda (1875-1955)

Regional Bairro Novo 
Bairro: Umbará 

Italiano da cidade de Pádua, em 6 de julho de 1875, Nicola Pellanda chegou ao Brasil com 17 anos em companhia de seus pais Bortolo Pellanda e Domingas Bernardi Pellanda e de três irmãos Miguel Angelo Pellanda, Benvenuto Pellanda e Giovanni Pellanda. Desembarcaram do navio Vapore Nord em Paranaguá, e subiram a serra a pé, instalando-se por seis meses em São José dos Pinhais. Com auxílio do padre Pietro Cobalchini (líder espiritual dos italianos que moravam nas colônias), Bortolo compra um terreno, na região do Umbará, onde passa a dividir o espaço com os filhos.
A família dedicou-se ao plantio (vinhedos duraram de 1894 a 1962), à criação de animais, ao corte da madeira (atividade comum no início do século XX) e, a administração de olarias. Nicola Pellanda não respondeu à convocação das forças armadas italianas e se casou com Paula Miqueletto, com quem veio a ter 15 filhos. O grande marco do bairro ainda é a Igreja de São Pedro, construída com o esforço de imigrantes como os da família Pellanda. 

Fontes:
Blog da Família Bortolo Pellanda (Lezir Pellanda Holaten)
http://familiabortolopellanda.blogspot.com.br/

Newton França Bittencourt (1911-1967)

Regional Matriz
Bairro: Ahú

Newton França Bittencourt nasceu a 13 de outubro de 1911. Era filho de Cezar Bittencourt e Maria José de França. Desde cedo colaborou para o sustento da família. Tornou-se técnico em economia e contabilidade, sendo o fundador da entidade representativa da classe no Paraná. Fundou também o Conselho Regional de Contabilidade. Integrou as diretorias de entidades como a Empresa Construtora de estradas ltda, Fábrica de Pianos Schneider, Santa Casa de Misericórdia, Instituto de Cegos, Clube Curitibano, Rotary Curitiba e Clube Atlético Paranaense, entre outros. 
Colaborou em jornais e revistas, com artigos sobre Finanças e Contabilidade e outros temas. Em 1959 recebeu da Sociedade de Geografia Brasileira a comenda "Marechal Cândido Rondon". Faleceu em 12 de setembro de 1967, em Curitiba.

Fonte: 
Sistema de Proposições Legislativas (SPL-CMC)

Nestor Vítor (1868-1932)

Regional Portão Fazendinha
Bairro: Água Verde

Nascido em Paranaguá a 12 de abril de 1868, Nestor Vítor foi escritor, poeta, crítico, ensaísta e conferencista. Exerceu o magistério no Rio de Janeiro e em Paris, onde foi correspondente internacional dos jornais O País e Correio Paulistano. No mesmo período, realizou traduções para a Livraria Garnier. Quando retornou ao Brasil, ficou residência no Rio, onde se tornou crítico literário no jornal Os Anais e, posteriormente, em O Globo. 
Orientava-se pela corrente francesa da crítica impressionista, em oposição à crítica de teor naturalista. Muitas vezes se utilizava do pseudônimo Nunes Vidal. Foi amigo e divulgador da obra do poeta catarinense Cruz e Souza, sendo sua a iniciativa da publicação das obras completas do poeta catarinense. A influência dessa relação fez com que Nestor Vítor se tornasse um dos principais articuladores do movimento simbolista em Curitiba, ao lado de nomes como Emiliano Perneta e Dario Velozzo. 
Cosmopolita, Nestor Vítor teve a oportunidade de conhecer grandes metrópoles do final do século XIX e tal experiência lhe serviu de parâmetro ao escrever A Terra do Futuro, no qual trata das mudanças ocorridas no paraná entre os anos de 1875 e 1912. Apesar de sua importância para o simbolismo, Nestor Vítor viu com otimismo a gênese do movimento modernista no Brasil. Morreu no dia 13 de outubro de 1932, na cidade do Rio de Janeiro.

Fontes:
O Momento Literário (Nestor Vítor) de João do Rio e A voz dissonante e simbólica de nestor Vítor, de Monalisa Valente Ferreira
http://artculturalbrasil.blogspot.com.br/2009/11/nestor-victor.html

"A terra do Futuro, de Nestor Vítor" blog de Domingos van Erven http://dvetextos.blogspot.com.br 

Pequeno Dicionário de Literatura Brasileira; Enciclopédia Mirador Internacional

Nestor de Castro (1867-1906)

Regional Matriz
Bairro: Centro
Logradouro: Travessa
Nestor de Castro nasceu na "Deitada-à-Beira-do-Mar" (antigo nome de Antonina) no ano de 1867. Era filho de Felipe de Castro e Ana Pereira de Castro. Ainda na infância tornou-se órfão, mas com a ajuda do cônego Manoel Vicente, pôde frequentar um seminário em São Paulo. De volta a Curitiba em 1887, tentou um empreendimento comercial sem sucesso. No ano posterior, casou-se com Arminda Pinheiro da Costa e passou a trabalhar no jornal 19 de Dezembro. 
Neste período, colaborou com o escritor Jaime Balão em textos teatrais que foram musicados por Augusto Stresser. Com o advento da revolução federalista em 1894, Nestor de Castro tornou-se secretário do governo provisório, o que era coerente com sua filiação liberal. Tal conduta acarretou-lhe um exílio por cidades do sul do país. A experiência não foi de todo negativa, pois nessas viagens ele travou contato com a figura folclórica de "Bento Cego", cantador cujas trovas eram conhecidas e cantadas por todo o sul, mas sobre quem pouco se sabia. Nestor de Castro compilou os versos e fez um levantamento do que poderia ser a vida desse artista mítico, tendo empreendido para este fim, viagens por vários estados.
Quando retornou a Curitiba, sofreu retaliações em virtude de seus posicionamentos políticos. Casado e com 12 filhos, Nestor de Castro só conseguiu se restabelecer financeiramente quando, em 1904, seu amigo Teófilo Soares Gomes convenceu Vicente Machado a contratá-lo no jornal A República, de orientação legalista. Passou a escrever no mesmo jornal que enfrentara anteriormente em muitas polêmicas. Apesar das contrariedades, foi nesse momento que Nestor de castro concluiu seu estudo sobre Bento Cego, obra de referência sobre a cultura popular brasileira. Sua carreira foi interrompida de modo súbito no dia 14 de agosto de 1906, quando o escritor contava com 39 anos. Nestor de Castro empresta seu nome a uma travessa localizada nas proximidades da catedral e também é o patrono da cadeira número 33 da Academia Paranaense de Letras. 

Fontes: 
O que sabemos de Bento Cego? Sexta-feira, 18 de maio de 2012
http://urublues1.blogspot.com.br/2012/05/o-que-sabemos-de-bento-cego.html. Texto baseado em Samuel César, "O elogio do Patrono", discurso na Academia de Letras do Paraná em 21 de janeiro de 1927; publicado em "Obras de Nestor de Castro". Curitiba, Editora GERPA, 1945.