sábado, 3 de junho de 2023

O PIRATA INGLÊS QUE ESCOLHEU SER CURITIBANO

 O PIRATA INGLÊS QUE ESCOLHEU SER CURITIBANO


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Edital da venda dos terrenos públicos no Pilarzinho, contendo o nome de João Francisco Inglez, usado por ZULMIRO enquanto morou em Curitiba.

"Já ouviu falar sobre uma lenda de um pirata que teria vivido em Curitiba?
Mas, de acordo com Marcos Juliano Ofenbock, 41 anos, economista por formação e arqueólogo por uma espécie de destino, não se trata de uma lenda. O pesquisador conseguiu documentos que comprovam que o pirata Zulmiro, de origem inglesa, último pirata do século 19, não somente existiu como, também, morou no bairro Pilarzinho, vivendo incógnito durante 40 anos, e está sepultado desde 1889, em Curitiba.
A história é conhecida na cidade e, em novembro de 2018, Marcos Juliano fez com que ela deixasse de ser apenas um conto e passasse a ser reconhecida por Adam Paul Patterson, cônsul honorário do Reino Unido em Curitiba.
O ano é 1880, o inglês Edward Stammers, recém-chegado ao Brasil, conhece um velho, de 80 anos, morando em um pequeno casebre no bairro Pilarzinho, em Curitiba. De origem inglesa, uma breve amizade surge entre os dois e o senhor, conhecido como Pirata Zulmiro, resolve contar a história da sua vida para o jovem inglês.
“Como eles falavam o mesmo idioma, Zulmiro logo se identifica e conta que, junto com outros dois piratas, ele escondeu um grande tesouro na Ilha da Trindade, no Espírito Santo. Com muita educação e perfeito vocabulário, Edward logo suspeita que ele era estudado e descobre que o pirata nasceu em Cork, na Irlanda – na época fazia parte da Inglaterra – e que tinha estudado em um escola para príncipes. Depois de se formar, ele entra para a Marinha Britânica. Mas, por conta de uma briga, em que matou um capitão, ele resolveu fugir e se tornar um pirata”, explica Marcos Juliano.
Depois de ouvir toda a história fantasiosa do pirata, Edward faz um pacto e promete que só irá contá-la quando Zulmiro morrer. Após alguns anos, Edward se muda para o Rio de Janeiro com a esposa e cinco filhos e, desde a mudança, passou a acreditar que tudo não passou de uma grande mentira e que na verdade o ‘velho era doido’. Mas essa ideia mudaria em breve. Um belo dia acorda, pega o jornal para ler e encontra uma reportagem sobre um pirata, conhecido como Zarolho, publicada na edição. Assim que lê, percebe que esse era o pirata que fazia parte de um trio juntamente com Zulmiro e José Sancho.
Chocado com a descoberta, manda um telegrama para Curitiba e descobre que Zulmiro tinha falecido há sete anos. Com o pirata morto, Edward finalmente poderia revelar a história e, claro, o roteiro do tesouro. Decidido e muito empolgado, ele manda diversas cartas ao jornal e tem a sorte de todas serem publicadas. No entanto, a alegria durou pouco. Edward escondia o roteiro dentro de um baú e com a publicação das cartas, bandidos ficaram interessados no grande mapa e acabaram invadindo a casa do inglês. Na época, poucos entenderam a morte do jovem inglês, já que levou dois tiros no peito sem motivo aparente. Com as cartas publicadas, expedições brasileiras foram em busca do tesouro.
Todos queriam o tesouro do pirata russo Zarolho, do inglês Zulmiro e do espanhol José Sancho. O pirata Zarolho teria entregado o mapa aos britânicos antes de morrer, em 1850. O tesouro era fruto de um roubo, que aconteceu em 1821, onde o trio teria roubado o grande tesouro da Catedral de Lima, no Peru. Apesar das buscas, pelo que se sabe até o momento, o tesouro ainda permanece escondido no Espírito Santo.
Anos se passaram e o arqueólogo Marcos Juliano, fascinado pela história de Zulmiro, que ainda era conhecida como lenda, conseguiu comprovar a existência dele por meio de documentos ingleses, depois de 15 anos de pesquisa. A descoberta surgiu por meio de uma pesquisa no livro de registros do Cemitério Municipal São Francisco de Paula, em Curitiba. Na lista de sepultamentos de 24/07/1889, João Franciso Inglês, nome que Zulmiro adotou quando chegou à capital, aparece registrado. Além desse documento, Marcos Juliano também localizou documentos sobre o pirata, da época em que ele vivia na Inglaterra.
Em 1798, a cidade de Cork, na Irlanda, ainda fazia parte da Inglaterra e foi neste lugar que Francis Hodder, que mais tarde se tornaria o pirata Zulmiro, nasceu. De família rica e com privilégios, estudou na Etton College, uma escola interna para garotos, fundada em 1440 por Henrique VI da Inglaterra. Atualmente, a instituição educa mais de 1.300 alunos, com idades entre 13 e 18 anos. Quando entrou na escola, Francis Hodder, como se identificava, tinha apenas 13 anos e foi li que se formou. Anos se passaram e ele entrou para a Marinha Britânica, mas acabou matando um oficial e fugiu para não ser morto.
“Por conta dessa morte, ele iria para a corte marcial e seria enforcado, porque matou outro oficial. Por isso, ele desertou, abandonou e resolveu ir até o porto da Flórida e embarcou como imediato em um navio negreiro. Naquela época, o tráfico de escravos e a pirataria estavam ligados e eles resolveram fazer um motim, onde hastearam uma bandeira preta. Na ocasião, o pirata trocou de nome e passou a se chamar Zulmiro. Ele resolve abandonar o passado e faz um acordo com outros dois piratas, José Sancho e um russo, com uma cicatriz na cara, chamado de Zarolho. Eles roubam esse grande tesouro no Peru e resolvem esconder a fortuna na Ilha da Trindade”, detalhou.
Logo depois de esconderem o tesouro, cada um seguiu seu rumo e, em 1838, Zulmiro acaba capturado por um navio de guerra inglês, H.M.S Childers, que tinha como capitão Henry Kappel. Acontece que o capitão e Zulmiro se conheceram durante o tempo em que o pirata estava na Marinha. “Como eles eram amigos naquela época, Henry disse à ele, ‘vou simular sua fuga, mas, você tem que me prometer que nunca mais irá aparecer e que vai deixar de ser um pirata’. Ele liberou Zulmiro e lhe deu 50 libras, que valia muito dinheiro naquela época, para ele não morrer de fome, e mais alguns livros para que ele tivesse o que fazer. Ele foi solto no Litoral do Paraná e nove dias depois ele chegou à Curitiba e ao Pilarzinho, onde comprou uma escrava e passou a viver em Curitiba”, contou Marcos Juliano."
Marcos Juliano Ofenbock, escreveu um livro sobre esta história intitulado "As Aventuras do Pirata Zulmiro, tendo sido prestigiado em seu lançamento com a presença do prefeito de Curitiba.
O prefeito Greca não apenas ratificou a história como se comprometeu a mandar esculpir uma estátua do pirata e colocá-la em um parque da cidade.
(Extraído da Gazeta do Povo)
Paulo Grani

VOCÊ ENTRA NA MATA E VÊ PÁSSAROS, MACACOS E ONÇAS ... Assim expressou-se o comerciante Kamel, nos idos de 1927, acerca das matas existentes no entorno de Curitiba

 VOCÊ ENTRA NA MATA E VÊ PÁSSAROS, MACACOS E ONÇAS ...
Assim expressou-se o comerciante Kamel, nos idos de 1927, acerca das matas existentes no entorno de Curitiba


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Momento da construção do edifício, em 1927.
(Foto: Acervo Gazeta do Povo).
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A salsicharia W. Krause-Schlacht Wurst-Geschaft, em 1894, na então Rua da Imperatriz, depois XV de Novembro.
Foto: Família Krause/Carlos Roberto Krause.
VOCÊ ENTRA NA MATA E VÊ PÁSSAROS, MACACOS E ONÇAS ...
Assim expressou-se o comerciante Kamel, nos idos de 1927, acerca das matas existentes no entorno de Curitiba, naquela época, enquanto admirava a grandeza da construção do edifício que viria a ser chamado "Palácio Avenida", conforme veremos a seguir no texto retirado do livro "Mohamed, O Latoeiro", de Gilberto Abrão:
" Em 1927, o imigrante sirio-libanês, Fares Merhy, mandou demolir a salsicharia W. Krause-Schlacht Wurst-Geschaft, ponto de encontro dos estudantes, localizada na recém-pavimentada rua Quinze de Novembro, em Curitiba, e colocou as pedras de alicerce do enorme edifício que viria a ser o Cine-Theatro Avenida.
Kamel, ou Camilo, que descera do bonde que vinha lá das bandas da estação ferroviária e passava por ali, parou para assistir à movimentação dos operários e das máquinas. Nunca tinha visto algo semelhante em sua amada Síria. "Este Brasil é mesmo um país de milagres", pensava ele. "Em menos de duas horas, em lombo de mula, você entra na mata fechada, vê pássaros coloridos, macacos, onças, todo tipo de animais e aqui estão construindo um grande palácio!" Sentiu o orgulho estufar o seu peito. Afinal, quem estava construindo aquele palácio era um patrício seu, que viera quase três décadas antes dele. "Insha'Allah, daqui a vinte anos vou construir um edifício igual!" Mais uma vez o orgulho aflorou: Os árabes também estavam construindo Curitiba, assim como alemães, italianos, portugueses, espanhóis, poloneses e outros.
A imaginação de Kamel vagava em sonhos, quando ouviu que o chamavam.
- Kamel! Kamel!
Olhou para trás e viu Daoud Abbud, um dos irmãos proprietários da casa A Preferida.
- Olá, Daoud! Como conseguiu me ver no meio dessa gente toda?
- Ora, Kamel, e' fácil. Basta enxergar as duas enormes malas de mascate que você carrega, ver um chapéu grande, de feltro preto, com a aba caída. Você está em baixo do chapéu.
Daoud referia-se à estatura e à magreza de Kamel. [...]
Kamel perguntou a Daoud:
- Como vai seu irmão?
- Tanus vai bem. Você deve estar viajando bastante. Por onde andou agora?
- Desci a serra! Antonina, Morretes, até Paranaguá...
Em uma caminhada de dez minutos, eles chegaram à praça Municipal, onde estava localizada A Preferida, a loja de tecidos dos dois simpáticos "turcos", seu David e seu Antonio. A loja tinha doze metros de comprimento por seis de largura e balcões de madeira em toda sua extensão. Em cada balcão havia um metro de madeira, pregado, que servia para medir o tecido, e uma tesoura ao lado do metro. As prateleiras estavam abarrotadas de rolos de tecidos de todos os tipos, desde o popular algodão até a mais pura seda importada. ...".
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O PALÁCIO AVENIDA
A edificação, construída a partir de 1927 e inaugurada em 1929, foi erguida pelo imigrante e empresário sírio-libanês Feres Merhy, com projeto arquitetônico original de Valentim Freitas, Bernardino Assumpção Oliveira e Bortolo Bergonse.
Ao longo de sua história, o imponente complexo de cerca de 18 mil metros quadrados, abrigou escritórios, lojas, cafés (como o folclórico Café Guairacá) e o Cine Avenida, uma das primeiras salas de exibição da capital paranaense.
Em 1968, o prédio foi adquirido pela banco Bamerindus e restaurado em toda a sua originalidade. Em 05 de março de 1991 foi reinaugurado para ser agência central do banco. Com a extinção do Bamerindus, toda sua estrutura, inclusive o prédio, foi vendida para o Hong Kong and Shanghai Banking Corporation, e desta maneira, tornou-se a sede nacional do HSBC Bank Brasil. Em 2016, o HSBC vendeu sua subsidiária para o Bradesco, tornando-se o edifício, sede regional da instituição.
Atualmente, o andar térreo é uma agência bancária, enquanto próximo ao terraço esta instalado o "Teatro Avenida", que tem capacidade para 250 espectadores.
Desde 1991, é realizado nas janelas do edifício o espetáculo "Natal do Palácio Avenida", com apresentações de um coral de crianças que cantam músicas tradicionais do Natal e alguns sucessos da MPB, em ritmo natalino. O evento tornou-se bastante representativo das festividades de fim-de-ano em Curitiba e é conhecido em todo o Brasil, recebendo intenso afluxo de turistas."
(Extraído da Wikimedia).
Paulo Grani.

Coxinha com massa de farinha e batata

 Coxinha com massa de farinha e batata


Ingredientes (30 porções)

Massa

  • água1 litro de água
  • caldo de galinha1 tablete caldo de galinha
  • sal2 colheres sopa de sal
  • óleo1 fio de óleo
  • azeiteAzeite
  • batata3 batatas medias cozidas
  • farinha de trigo1 kg de farinha de trigo

Recheio

  • Óleo o suficiente para refogar todos os ingredientes
  • peito de frango1 peito de frango cozido e desfiado
  • cebola1 cebola media picada ou ralada
  • salsinhaSalsinha a gosto
  • salSal a gosto
  • pimenta-do-reinoPimenta-do-reino a gosto
  • 2 tomates picados em pedaços bem pequenos (os tomates nao podem estar muito maduros)
  • 2 colheres de sola de extrato de tomate ou molho pronto, fica a seu critério

Modo de preparo

Modo de preparo : 2h
  1. 1

    Massa:

    Em uma panela grande e funda adicionar a água, o caldo de galinha, o óleo e o sal, em outra panela cozinhar as batatas.

  2. 2

    Depois de cozidas reserve.

  3. 3

    Quando a agua estiver fervendo adicionar a farinha de trigo aos poucos e mexa, de preferência com uma colher de pau, o ponto da massa é quando desgrudar do fundo da panela.

  4. 4

    Em um mármore ou uma mesa lisa e limpa, espalhe um pouco de farinha de trigo.

  5. 5

    Em seguida jogue a massa em cima, espere uns 25 minutos para poder sovar a massa, pois corre o risco de se queimar.

  6. 6

    Depois desse tempo, comece a sovar a massa, abra com rolo de macarrão e feche com as mãos, faça esse procedimento quantas vezes for preciso até massa alcançar um textura lisa e macia.

  7. 7

    Depois de alcançar uma textura lisa, descascar as batatas e com um amassador ou uma peneira espremer em cima da massa aberta, aos poucos, pois a batata é só para deixar a massa mais macia e gostosa, ela não pode ficar mole demais nem grudando nas mãos, senao vai dificultar na hora de fechar as coxinhas.

  8. 8

    O procedimento é o mesmo, abra a massa, coloque a batata em cima e feche, abre e fecha, sempre apertando bem a massa.

  9. 9

    Se grudar na mesa ou no mármore acrescente mais farinha na supperfície, quando a massa estiver lisa, macia e desgrudando das mãos está pronta.

  10. 10

    Modo de fechar as coxinhas:

    O tamanho fica a seu critério.

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    Pegar a porção desejada e pressionar nas mãos, sempre em movimento, amasse e pressione nas mãos e ao mesmo tempo faça o formato de bolinha.

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    Unte a ponta do dedo indicador fure a massa e com o mesmo dedo abra as bordas até obter formato de um copo.

  13. 13

    Coloque o recheio e feche com o peito da mão a ponta da massa, apertando e girando até fazer o formato de coxinha.

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    Para fechar as coxinhas você vai precisar de uma pequena porção de óleo para molhar a ponta do dedo para furar e abrir a massa.

  15. 15

    E por último empane as coxinhas em 500 ml de leite e farinha de rosca o suficiente.

  16. 16

    Podem ser congeladas por meses.

  17. 17

    Vale lembrar que precisa descongelar naturalmente para depois fritar.

Empadão preguiçoso

 Empadão preguiçoso


Ingredientes (6 porções)

  • leite3 xícaras de leite
  • óleo1 xícara de óleo
  • farinha de trigo2 e 1/2 xícaras de farinha de trigo
  • ovo3 ovos
  • salsal
  • 1 colher cheia de fermento em pó ou 1 envelope
  • queijo parmesão3 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado

Recheio

  • ervilha1 lata de ervilha escorrida
  • milho1 lata de milho escorrida
  • salsal
  • peito de frango1 peito de frango cozido e desfiado
  • cebola1/2 cebola picadinha
  • tomate1 tomate picado sem pele
  • cheiro-verde3 colheres (sopa) de tempero verde
  • queijo parmesão3 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado
  • orégano1 colherinha de orégano
  • temperotempero completo

Modo de preparo

Modo de preparo : 50min
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    Bata todos os ingredientes da massa no liquidificador, sempre deixando a farinha para o final e reserve.

  2. 2

    Para o recheio, misture todos os ingredientes e despeje uma pequena parcela da massa em uma assadeira untada.

  3. 3

    Acrescente o recheio, cubra com o restante da massa.

  4. 4

    Leve para assar em forno preaquecido, temperatura média/baixa por aproximadamente 40 minutos ou até dourar.