segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Motocicletas Indian em Curitiba: Um Encontro de 1917 que Acelerou a História

 

Motocicletas Indian em Curitiba: Um Encontro de 1917 que Acelerou a História



🏍️ Motocicletas Índias em Curitiba: Um Encontro de 1917 que Acelerou a História

Imagine Curitiba em 1917 : ruas de pedra, bondes puxados por cavalos, casas de telhado colonial… e, de repente, o rugido de motocicletas indianas cortando o silêncio do centro da cidade .

Essa cena não é ficção — é história registrada . Esta foto mostra um encontro e exposição de motocicletas indianas , organizado em frente ao Paço Municipal , no dia 18 de fevereiro de 1917 , conforme assinado à direita por Luiz S. Corrêa .

E olhar para ela é como dar a partida em uma máquina do tempo: não para voltar, mas para sentir o pulso da modernidade chegando a Curitiba — com estilo, coragem e muita velocidade .


🏁 Quando a Cidade Conheceu o Futuro

No início do século XX, a motocicleta era mais do que um meio de transporte — era um símbolo de liberdade, tecnologia e ousadia . E a Indian , uma das marcas mais prestigiadas do mundo, representava o auge da engenharia americana.

Em 1917, Curitiba ainda era uma cidade pequena, mas já mostrava sinais de que queria estar conectado ao mundo. E esse encontro foi um marco: o primeiro grande evento de motociclismo da capital paranaense .

As máquinas, certificadas com perfeição, mostram detalhes que impressionaram até hoje: tanques cromados, guidões altos, rodas raiadas e até sidecars — alguns com passageiros posando com elegantes. Os pilotos, de terno, gravata e chapéu, parecem executivos do futuro — homens que dominavam não só a estrada, mas também o tempo.

No centro da foto, uma placa clara: ➡️ “Motocicletas Índias – Agente Víctor Rebello” O nome do representante local, responsável por trazer essas máquinas revolucionárias para o Paraná.


🎉 Um Evento de Prestígio — e de Curiosidade Popular

O local escolhido para o encontro não foi por acaso: em frente ao Paço Municipal , o coração político e simbólico da cidade. A arquitetura neoclássica do prédio — com colunas, frontões e janelas altas — contrasta com a modernidade das motos, criando um cenário quase cinematográfico.

Mas o que mais encanta é o público ao redor . Homens, mulheres, crianças — todos parados, olhando, apontando, sorrindo. Algumas aparências. Outros, fascinados. Um menino seguro o boné, como se estivesse vendendo um foguete.

E no primeiro plano, duas crianças vestidas com trajes indígenas , segurando uma bandeira com o logotipo da Índia. Um toque de marketing da época — e também um símbolo de apelo “selvagem” e “livre” que a marca usava em sua identidade.


🧑‍🤝‍🧑 Um Encontro que Era Mais que Máquinas

Esse não era apenas um evento técnico. Era uma celebração da comunidade . Entre os participantes havia pilotos, comerciantes, entusiastas e curiosos — todos unidos por um amor comum: a paixão por duas rodas.

E talvez, entre aqueles homens de chapéu e gravata, houvesse alguém que, anos depois, viria a fundar o primeiro clube de motociclistas do Paraná. Ou quem sabe, o avô de alguém que lê este texto hoje.


🚀 O Futuro Chegou — e Ficou

Em 1917, o Brasil mal tinha estradas asfaltadas. Carros eram raros. Motos, então, eram quase uma fantasia. Mas Curitiba, com sua vocação para o progresso, abraçou a novidade.

Esse encontro mostra que: ➡️ A cidade já sabia olhar para o futuro. ➡️ As pessoas tinham sede de novidade — e coragem para experimentar. ➡️ A tecnologia não assustava: inspirava.


Hoje, quando saímos por uma avenida cheia de motos, talvez consigamos ouvir, por um instante, o rugido de um índio de 1917 — ecoando não só nas ruas, mas na alma da cidade.


📸 Foto de 1917: Encontro de motocicletas indianas em frente ao Paço Municipal de Curitiba. Assinada por Luiz S. Corrêa, 18 de fevereiro de 1917.


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