quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

José Ribeiro Castello Branco Nascido a 5 de julho de 1880 - Lages, Santa Catarina, Brasil

 

M  José Ribeiro Castello Branco

    • Nascido a 5 de julho de 1880 - Lages, Santa Catarina, Brasil
    • Baptizado a 9 de janeiro de 1881 - Paróquia Nossa Senhora dos Prazeres, Lages, Santa Catarina, Brasil
    • Falecido em 1940 - Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, com a idade de 60 anos
    1 ficheiro disponível

 Pais

 Casamento(s) e filho(s)

 Irmãos

 Meios irmãos e meias irmãs

 Acontecimentos

  • 5 de julho de 1880 :Nascimento - Lages, Santa Catarina, Brasil
    9 de janeiro de 1881 :Baptismo - Paróquia Nossa Senhora dos Prazeres, Lages, Santa Catarina, Brasil

    Celebrante: O Vig. Antonio Luiz Esteves de Carvalho.
    Godparents:Capitão Jose Antunes Lima e sua mulher Maria Gertrudes de Moura Ramos

    --- :_UPD
    25 FEB 2020 21:21:06 GMT-3
    8 de setembro de 1898 :Casamento (com Maria Custodia Waltrich) - Paróquia Nossa Senhora dos Prazeres, Lages, Santa Catarina, Brasil
    --- :RIN (com Maria Custodia Waltrich)
    MH:F500968
    1940 :Morte - Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

 Notas

Notas individuais

  • JOSÉ Ribeiro CASTELLO Branco — (Lages, 1878 — Porto Alegre, 1940).

    ize: 12px;">No seu “O Imparcial”, foi, no princípio do século, um polemista que agitou a vida política, social e cultural de Lages. Quando implicava com alguém, levava semanas e até meses atacando-o, em geral, tentando ridicularizá-lo. Daí alguns incidentes em que se viu envolvido, dos quais nem sempre se saiu airosamente. Um dos numerosos alvos dos seus sarcasmos e ironias era o advogado provisionado, agrimensor, político e também ativo e inteligente colaborador de alguns jornais locais, João José Rath, alemão de nascimento e lageano por adoção, que nunca perdeu de todo o sotaque da língua materna e era criticado por José Castello Branco, sobretudo pelo português não muito escorreito dos seus freqüentes e longos discursos. Rath, que nunca dera maior importância aos ataques de “O Imparcial”, a certa altura, perdeu a paciência e publicou na “Seção Retribuída”, do “Cruzeiro do Sul” o “A Pedido” a que nos referimos anteriormente[*]. Castello aquietou-se por algum tempo, mas logo voltou a atacá-lo. E, como Rath, não lhe desse mais atenção, acabou cansando e foi procurar outra vítima. Uma delas, talvez a seguinte, foi o Coronel Henrique Ramos Júnior, figura respeitável pelas suas virtudes de cidadão, pela sua vida exemplar e pela sua tradicional família, porém, que como a maioria dos líderes políticos e sociais do seu tempo, tinha modesto nível de instrução. José Castello teria feito referências irreverentes a este aspecto da sua formação e o Coronel, ao chegar da fazenda, tendo com algumas dificuldades decifrado o que aquele “papelzinho dizia”, montou novamente a cavalo e com um chicote de açoitera comprida, dos de tropeiros, saiu imediatamente à cata do seu gratuito desafeto. Encontrou-o à Rua Lauro Müller, próximo ao Colégio dos Padres, e sem apear aplicou-lhe vários e violentos guascaços que o deixaram em lastimável estado. Dada a respeitabilidade do agressor e a evidente razão que o assistia, a própria vítima achou mais prudente afastar-se da Cidade, o que fez levando a família para a fazenda do Tributo, do seu não menos respeitável avô, Coronel Antônio Ribeiro dos Santos. Isto ocorreu em 1904. Passados alguns dias e já refeito, voltou à Cidade e continuou a publicar seu jornla. O incidente aquietara-o um pouco e ”O Imparcial” por alguns meses refletia o estado de espírito do seu dono e redator. Mas, Castello não esquecera os guascaços recebidos e, quando se considerou mais amparado politicamente, recomeçou a atacar a família Ramos, escolhendo como vítima o Coronel Vidal Ramos Júnior, que no Governo do Estado e depois como Deputado Federal, vivendo normalmente distante de Lages, representaria alvo menos perigoso para suas verrinas. E também nelas envolvia, vez por outra, o Coronel Belísario Ramos, que vivia na sua Fazenda dos Morrinhos e somente de raro em raro vinha à Cidade.

    érias parlamentares, vinha para a sua Fazenda de Santa Tereza e costumava passar dias tomando contato com os amigos e eleitores da Cidade. Moço, então dos seus 40 anos, não era homem de briga, mas a verdade é que não as enjeitava. Provocado, reagia quase sempre em tom mais violento que do ataque recebido. Às verrinas de José Castello, aliás, seu primo irmão, pelo “O Imparcial”, respondia pelo “Região Serrana“, violentamente. E um dia Castello errou na dose e a resposta lhe foi dada não em letra de forma, como ele esperava, mas em várias bengaladas que lhe deixaram, sobretudo a cabeça, em lastimável estado. O fato ocorreu em 10 de março de 1907, em frente ao Clube 1o. de Julho, e Castello voltou à velha casa de pedras, da Fazenda do Tributo, do seu avô, — o pai Ribeiro — para cursar-se e, naturalmente, para pensar no futuro, porque Lages, pelo rumo que tomaram os acontecimentos, não mais lhe parecia conveniente. E temos confirmação desta disposição pela carta de 19 de março ao seu amigo e correligionário, Coronel Córdova Passos. Nela confessa estar escondido na fazenda do avô, evitando o resgate de uma dívida ao Cel. Albuquerque, “intimiado a pagar por carta recebida dois dias depois de vitimado” pelo “rancor tradicional dos Ramos”.

    ily: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Diz que foi “ferido gravemente” e que “A polícia para punir o crime cercou o criminoso durante duas noites”. Parece que queria dizer que o Coronel Vidal teve sua casa protegida, durante duas noites.

    Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Depois comenta que Vidal pretendia mesmo era eliminá-lo porque “Verificou que o meu jornal seria um mal para o poderio perpétuo da família”.

    px;">A carta é longa, faz comentários sobre a situação em Lages e Castello termina dizendo que seguiria a 23 para Porto Alegre, onde logo ao chegar empregou quase todo o dinheiro que levava, na compra de um bilhete de loteria, e tirou a sorte grande. Mandou buscar a família, arrumou a vida e nos muitos anos que lhe restaram — faleceu nos anos 40 — não se cansava de dar graças a Deus pelas bengaladas recebidas do Coronel Vidal...

    'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">[*] Alvo também preferido de suas setas era João José Rath, alemão de nascimento, que se provisionou como advogado e exerceu a profissão em Lages, por longos anos, sendo também conceituado político e jornalista sempre em atividade. Castello o atacava com frequência, mas Rath não lhe dava troco. Um dia, porém, Castello passou da conta e Rath em um “A Pedido”, em “O Cruzeiro do Sul” lhe mandou o seguinte recado:

    x; padding: 0px; line-height: 17px; color: #333333; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">-- “Conta alheia” Ao Sr. José Castello.

    le="margin: 10px 0px 15px; padding: 0px; line-height: 17px; color: #333333; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">O Sr. quer palha? O seu Patrão que lh'a dê. Basta. João José Rath”.

    f; font-size: 12px;">Com o que Castelho [sic] se aquietou, por algum tempo. --

    ', Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Fonte: “O Continente das Lagens” de Licurgo Costa, terceiro volume, p. 1152-1155. [*] idem, p. 1089-1090.

    -sizing: content-box; height: 0px; border-right: none; border-left: none; border-image: initial; border-top-style: solid; border-top-color: #dddddd; border-bottom-style: solid; border-bottom-color: #ffffff; color: #333333; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;" />Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Membro da Loja Luz Serrana de Lages, Santa Catarina.

    333; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Fonte: ANDRADE, Eveline. A Cidade nos Campos de Cima da Serra: experiências de urbanização e saúde em Lages-SC - 1870 a 1910. 2011. 317 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de História, História Cultural, Universidade Federal de Santa Catarinal, Florianópolis, 2011.

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