Em 1668, uma pequena capela foi edificada na Vila de Nossa Senhora da Luz e do Bom Jesus dos Pinhais, no local onde, hoje, está a Praça Tiradentes, com a denominação de Igreja de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais, época em que foi levantado o pelourinho na vila.
A antiga Igreja com suas duas torres, em 28/04/1870, em recepção aos soldados vitoriosos da Guerra Paraguai-Brasil.
Foto: Adolpho Volk / Acervo FCC
Foto: Adolpho Volk / Acervo FCC
A Catedral sendo construída, em foto de 1880.
Acervo FCC.
Acervo FCC.
Em fase mais adiantada da edificação, em foto de 1892.
Foto: Acervo Casa da Memória de CuritibaA Catedral, agora concluída, em foto de 1893, provavelmente no dia da sua inauguração.
Foto: J. Vasques / Acervo Biblioteca Nacional.
Foto: J. Vasques / Acervo Biblioteca Nacional.
A população dirige-se à Catedral, em 1894.
Foto: .. Aguiar / Acervo Paulo José Costa)
Foto: .. Aguiar / Acervo Paulo José Costa)
Cartão Postal década de 1910.
A Catedral e parte da Praça Tiradentes, em foto de 1938.
Foto: Domingos Fogiatto / Acervo Paulo José Costa
Foto: Domingos Fogiatto / Acervo Paulo José Costa
A cerração quase encobre a Catedral, após a nevasca num dia de inverno de 1928.
Foto: FCC.
Foto: FCC.
A Catedral destaca-se em um lindo dia de 1928, entre as árvores agora mais crescidas.
Foto: Acervo Cid Destefani
Foto: Acervo Cid Destefani
A Catedral, em outra foto de 1928.
Foto: Acervo Gazeta do Povo
Foto: Acervo Gazeta do Povo
A Catedral, anos 1950.
Foto: Autor desconhecido /
Foto: Autor desconhecido /
A Catedral, anos 1930.
Foto: CP Mercado Livre
Foto: CP Mercado Livre
A Catedral, anos 1940.
Foto: Arquivo Público do Paraná
Foto: Arquivo Público do Paraná
A Catedral, anos 1970.
Foto: Acervo Luiz Felippe de Andrade.
Foto: Acervo Luiz Felippe de Andrade.
HISTORIANDO A CATEDRAL METROPOLITANA DE CURITIBA
Em 1668, uma pequena capela foi edificada na Vila de Nossa Senhora da Luz e do Bom Jesus dos Pinhais, no local onde, hoje, está a Praça Tiradentes, com a denominação de Igreja de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais, época em que foi levantado o pelourinho na vila.
Como era comum à época, essa primeira igreja se resumia a uma construção de pau a pique no estilo colonial. Ela foi edificada num ponto que teria sido indicada pelo cacique Tindiquera, da tribo Tingüi – uma estátua dele ocupa um lugar de destaque na Praça Tiradentes, conforme determinou o prefeito Rafael Greca, à época da colocação da estátua.
De forma resumida, a história da Igreja e dos mitos fundadores de Curitiba apontam para a instalação das famílias Soares do Valle e Rodrigues de Andrade às margens do Rio Atuba, na chamada Vilinha – localizado no que hoje é o Bairro Alto. Com ascendência portuguesa e devotos de Nossa Senhora, eles tinham uma imagem dela que amanheceu dias seguidos voltada para o oeste, como que apontando para um novo lugar. Como o local onde estavam não tinha víveres suficientes para os colonizadores e os índios que ali viviam, as famílias pediram auxílio ao cacique, que indicou um novo lugar, dizendo que lá havia muito pinhão, ou “Coré Etuba”, em uma grafia antiga. Assim, os colonizadores foram encaminhados para o local onde hoje é a Praça Tiradentes.
No dia 29/03/1693, o povo da vila se reuniu para a instalação da Câmara Municipal, a fim de eleger as primeiras autoridades locais, marcando a fundação oficial da Vila de Nossa Senhora da Luz e do Bom Jesus dos Pinhais de Curitiba, hoje a capital do Paraná.
Anos mais tarde essa pequena construção deu lugar a uma maior, em pedra e barro, denominada Igreja Matriz, que foi concluída em 1721.
Em 1854, por ordem do Presidente Zacarias, foram iniciadas obras na igreja para elevação de duas torres, as quais foram ultimadas em 1858. Em uma das torres foi colocado um relógio, implantado pelo ourives M. Nicourd. A nave possuía "altares adornados de ricas e preciosas entalhações. A nave era "iluminada por lindos lustres de pingentes de vidro e por uma rica lâmpada de prata".
Pouco tempo depois, apareceram rachaduras nas paredes e nas torres, colocando em perigo os fiéis. Os irmãos Rebouças e os engenheiros Chalréo Júnior, Tourinho e Veland, emitiram pareceres constando que as torres não tinham alicerces suficientes e o terreno era pouco sólido: "As torres se abateram perigosamente e as rachaduras nas grossas paredes da igreja e das torres devido a grandes temporais", quando a "água penetrou pelas fendas das torres deslocando o respectivo madeiramento, aumentando a tendência das paredes a afastarem-se da linha do prumo e minando as correntes fluviais a solidez de suas bases".
Assim, por sua vez, a igreja foi demolida entre os anos de 1875 e 1880, para que finalmente fosse edificada a atual Catedral, cujas obras ocorreram entre 1876 e 1893, seguindo o projeto neogótico do francês Alphonse Conde de Plas, com pequenas modificações feitas pelo engenheiro Giovani Lazzarini, responsável pela execução da obra.
A catedral foi construída em estilo neogótico - ou gótico romano - inspirada na Catedral da Sé de Barcelona, na Espanha. As pinturas existentes são dos artistas italianos Carlos Garbaccio e Anacleto Garbaccio.
No plano original, uma de suas duas torres comportaria um sino e um relógio, enquanto a outra um observatório meteorológico dotado com um barômetro, que jamais foi instalado, em razão dos altos custos.
A atual Catedral foi erguida no mesmo local, à frente da Praça Tiradentes. A Igreja Matriz foi elevada à condição de Catedral, em 1892, com a criação da Diocese de Curitiba. Dois anos depois, o templo recebeu o título de Catedral, com a posse do primeiro bispo, Dom José Camargo.
No dia 07/06/1993, cem anos após sua inauguração, a Catedral foi elevada ao grau de Basílica Menor, em reverência à Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, a santa padroeira da capital paranaense.
(Fontes: Haus Engenharia, Gazeta do Povo, catedralcuritiba.com, Wikipedia)
Paulo Grani
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