quarta-feira, 11 de maio de 2022

QUANDO MUHAMAD ALI ESTEVE EM CURITIBA "Um dos maiores nomes da história do esporte em todos os tempos, campeão mundial de boxe nos pesos pesados, defensor da causa dos negros, financiador de pesquisas sobre o Mal de Parkinson, pacifista... e negociante de carros.

 QUANDO MUHAMAD ALI ESTEVE EM CURITIBA
"Um dos maiores nomes da história do esporte em todos os tempos, campeão mundial de boxe nos pesos pesados, defensor da causa dos negros, financiador de pesquisas sobre o Mal de Parkinson, pacifista... e negociante de carros.


Pode ser uma imagem de 1 pessoa, criança, em pé e texto que diz "CARLT Muhammad Ali, 1987, em shopping curitibano. (foto: João Bruschz- Gazeta do povo)"

QUANDO MUHAMAD ALI ESTEVE EM CURITIBA
"Um dos maiores nomes da história do esporte em todos os tempos, campeão mundial de boxe nos pesos pesados, defensor da causa dos negros, financiador de pesquisas sobre o Mal de Parkinson, pacifista... e negociante de carros. [...]
Em matéria publicada pelo jornal Gazeta do Povo, ela lembrou a passagem do então chamado 'The Greatest' (O Melhor), em 1987, para negociar a compra de unidades do Puma P-18, modelo da montadora brasileira fundada nos anos 1960. O único registro fotográfico de sua passagem pela capital foi feito pelo fotógrafo João Bruschz.
O intermediário da vinda de Ali ao país foi Ru­­bens Maluf Dabul, que levou-o à fábrica da Puma e acompanhou-o à capital paranaense, junto com sua comitiva (advogado, engenheiro e consultor), durante três semanas.
Nesses dias, o então ex-boxeador que já estava aposentado desde 1981, visitou a fábrica para conhecer a fabricação do P-18, considerado uma joia. Muhammad Ali negociou então 1.440* carros por US$ 36 milhões - levados aos EUA, ele foram equipados com motores e caixas de câmbio do Porsche 911. Os veículos foram vendidos na Arábia Saudita, país cujo príncipe era amigo do pugilista, com o nome de Puma Al Fassi.
Dalmo Hernandes, em seu blog FlatOut!, escreveu: "O xeique também adorava o Puma, mas pediu algumas alterações no projeto - a carroceria ficou mais larga e foram realizadas modificações nos faróis, pára-brisa e tampa do porta-malas. Além disso, o interior ganhava um novo painel, com desenho mais sofisticado e acabamento em madeira para aproximá-lo dos esportivos europeus. O modelo se chamaria 'Puma Al Fassi by Muhammad Ali' - Al Fassi por exigência do xeique, em homenagem a seu filho, e Muhammad Ali porque associar o nome do ex-pugilista ao carro certamente ajudaria nas vendas.
O lendário pugilista passeou pelas ruas do centro de Curitiba e foi solícito com quem o reconhecia. Na fábrica, foi a mesma coisa.
'A negociação era com o consultor. Ele ficava na linha de produção o dia todo, brincando com os trabalhadores e fazendo mágicas', disse ao jornal Rubens Maluf Dabul, que também falou da simplicidade do convidado. 'Vestia bermuda e chinelo. Era brincalhão. Aprendeu até os palavrões da linha de montagem'. [...]
No fim das contas, a negociação dos quase 1.500 carros da Puma nunca se concluiu, seja por questões alfandegárias brasileiras, americanas ou de simples homologação.
A Puma, então nas mãos da Araucária Veículos, acabou fechando no começo dos anos 1990. Um dos P-018, o vermelho das fotos anexas, porém, ficou no Brasil.
( * Somente três exemplares modificados do P-018 foram preparados: um cupê, um conversível e um mais longo e bem-equipado, eram mais largos que o modelo original, sendo que dois seguiram para os EUA para receber motor e câmbio de Porsche 911 antes de seguirem para garagens árabes.)
(Extraído e adaptado de: gazetadopovo.com.br - autor: Fernando Rudnick / Foto: João Bruschz )
Paulo Grani

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