fotos fatos e curiosidades antigamente O passado, o legado de um homem pode até ser momentaneamente esquecido, nunca apagado
sábado, 3 de abril de 2021
Estação Ferroviária Engenheiro Lange (antiga Volta Grande)
A estação de Volta Grande foi inaugurada em 1885. Em 1925 passou a se chamar Engenheiro Lange – homenagem ao engenheiro Rudolph Lange que foi por muitos anos chefe da via permanente e responsável pelos projetos da Estrada de Ferro do Paraná.
Em 1935, o antigo prédio de madeira foi desmontado e substituído por um de alvenaria. Durou pouco, pois em meados dos anos 1940, foi substituído pelo prédio atual. Depois da desativação dos trens de passageiros regulares da RFFSA, a estação estava abandonada; no final de 2005 foi restaurada, mas apenas a parte externa.
Estação Ferroviária Véu de Noiva
O posto telegráfico de Ypiranga foi inaugurado em 1885 e conservou seu nome até a mudança (1930) para Estação Ferroviária Véu de Noiva – nome da cascata do rio Ipiranga. A estação de madeira original foi substituída por uma nova, de alvenaria, nos anos 1940. Em 2002 a estação estava sendo utilizada pelo pessoal da manutenção da via, porém, em 2010 já estava abandonada e as casas da vila ferroviária encontram-se atualmente em ruínas.
Estação Ferroviária de Morretes
Ponto central e característico da cidade é o primeiro ponto de parada para aqueles que chegam a Morretes de trem. A estação de Morretes foi inaugurada em 1883, sendo ponta de linha por dois anos da linha da E. F. Paraná que, então, ligava apenas Morretes a Antonina. Esse antigo prédio da estação de Morretes, hoje parcialmente demolido, foi aproveitado para armazém de carga quando da construção da estação atual muitos anos mais tarde. Em 1885, a linha foi ligada a Curitiba. A partir de 1892, passou a ser a estação de saída para os trens do ramal de Antonina. Por volta de 1950, o prédio original deu lugar a uma estação com características modernas. A estação é uma das poucas ativas da linha ainda hoje, atendendo ao trem Curitiba-Paranaguá.
Cerâmica Weiss
Bairro Estação – Araucária
Em 1891 foi construída em Araucária a estação ferroviária que deu origem ao nome de um dos bairros mais importantes da cidade – em 1977 foi construída outra, em alvenaria, que funcionou até 1996. Através desta estação férrea foram feitas exportações de madeira, erva mate, manufaturados, produtos agrícolas – com destaque para a batata que era produzida em Araucária e Contenda para os demais estados brasileiros e também para o exterior. Devido a isto foram construídos vários armazéns nas proximidades da estação para receber, classificar, ensacar este produto. Hoje em dia estes armazéns que foram construídos por “batateiros” são utilizados por industriais, comerciantes e prestadores de serviços.
sexta-feira, 2 de abril de 2021
Palácio Visconde de Nácar Paranaguá
Mais que pela opulência e luxo original, o palacete é um referencial da história do Paraná e do Visconde de Nacar. Na primeira metade do século XIX, formou-se uma burguesia comercial e industrial paranaense calcada principalmente na produção e exportação da erva mate. Manoel Antônio Guimarães, o Visconde de Nacar, nascido em 1813, foi o senhor do comércio de Paranaguá, a ponto de somente seus negócios serem suficientes para justificar a instalação de uma casa de cobrança de impostos no município. Vários eram os negócios e imóveis que possuía em Paranaguá: olaria, empresa de transportes marítimos, armazéns no porto e comércio de escravos. Também era colaborador constante da Santa Casa de Misericórdia.
Durante o Império, sua influência junto ao Conselheiro Sinimbú foi decisiva para o crescimento dos seus negócios e da hegemonia de Paranaguá frente a outras cidades litorâneas. Então, não é infundada a hipótese de que o Visconde pretendia ser o primeiro presidente da província e de que seu palacete foi construído com o objetivo de abrigar o governo provincial. Na contínua disputa entre liberais industrialistas e republicanos com os conservadores monarquistas e escravagistas o Visconde ganhou as principais pelejas, exceto pela vitória dos liberais em colocarem Zacharias de Góes e Vasconcelos, um liberal baiano, como primeiro presidente da Província e que impôs Curitiba como capital da província.
Apesar de Visconde ter morado no palacete, durante a maior parte de sua existência a edificação abrigou o poder público municipal, primeiramente na condição de alugado e depois adquirido pelo município. Eis quão bem o projeto servia ao propósito de sede governamental.
Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR Paranaguá
O Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal do Paraná (MAE-UFPR), foi inaugurado em 1963 e é o primeiro museu universitário do Estado do Paraná. Sua sede expositiva está localizada no município de Paranaguá, nas instalações do prédio que abrigou o antigo Colégio dos Jesuítas, fundado em 1755. Essa edificação foi tombada pelo antigo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) em 1938 e transferida para a guarda da UFPR em 1958 – o edifício é uma construção do século XVIII, que após a expulsão da Companhia de Jesus do Brasil (1760) acabou se tornando uma ruína. Entretanto foi o primeiro edifício a ser tombado no estado do Paraná e hoje abriga a sede do Museu.
O MAE é um museu multilocalizado; além do espaço museológico em Paranaguá, existem dois outros em Curitiba: a reserva técnica, instalada no Campus Cabral, e uma sala didático expositiva, localizada no Prédio Histórico Central da UFPR. O acervo do museu é composto por artefatos coletados em pesquisas arqueológicas e etnográficas, principalmente do Paraná, daí sua grande importância para a compreensão da história do Estado. Atualmente possui um acervo de aproximadamente 80.000 peças, divididas em quatro grandes coleções: Arqueologia, Cultura Popular, Etnologia e Documentação Sonora, Visual e Textual.
Igreja de Nossa Senhora do Rosário Paranaguá
Primeira edificação construída em solo paranaense e a primeira dedicada à Nossa Senhora, no Sul do Brasil. Construídas por escravos e libertos devotos de Nossa Senhora no período de 1571 a 1578, foi o marco central do povoado e da vila de Paranaguá – que cresceu ao redor da igreja. Reformas e ampliações no decorrer dos séculos afastaram-na das características originais.