Juliana Rodrigues França Nascida cerca 1762 - Curitiba, Paraná, Brasil Falecida a 10 de novembro de 1834 (segunda-feira) - Curitiba, Paraná, Brasil, com cerca de 72 anos
- Nascida cerca 1762 - Curitiba, Paraná, Brasil
- Falecida a 10 de novembro de 1834 (segunda-feira) - Curitiba, Paraná, Brasil, com cerca de 72 anos
Juliana Rodrigues França: Uma Vida Tecida em Fé, Família e Solo Paranaense
Nascida por volta de 1762, nas terras ainda silvestres e bucólicas de Curitiba — então uma vila remota do sertão colonial —, Juliana Rodrigues França veio ao mundo em um tempo em que o Brasil era governado por coroas distantes, e a vida na fronteira sul do Império se construía com as mãos calejadas de pioneiros, a fé inabalável dos devotos e o silêncio profundo das matas virgens. Filha de Agostinho Fernandes França e Ana Maria Esteves, dois nomes gravados na história dos primeiros colonizadores da região, Juliana herdou não apenas o sangue dos fundadores, mas também a força de quem nasce para semear raízes onde quase nada floresceu antes.
Sua infância transcorreu entre os aromas de erva-mate e lenha queimada, sob os olhos vigilantes dos pais e ao lado dos irmãos: Manoel, o mais velho, nascido em 1749, e José, cuja vida foi ceifada ainda jovem, por volta do ano de seu próprio nascimento, 1762. Crescer em Curitiba na segunda metade do século XVIII era conviver com a simplicidade rústica, mas também com laços familiares fortes, celebrações religiosas que marcavam o tempo com mais precisão que os relógios, e uma comunidade que se apoiava como se fosse um só corpo.
Aos apenas 16 anos — idade incomum hoje, mas frequente na época —, em 1º de junho de 1778, numa segunda-feira ensolarada que certamente ecoou com sinos e rezas em alguma capela modesta, Juliana uniu sua vida à de Salvador Chaves de Siqueira, homem nascido em 1753, de família igualmente enraizada nas tramas da vila. O casal, jovem mas determinado, iniciou juntos uma jornada que duraria mais de meio século — até a morte de Salvador em 1833, apenas um ano antes do próprio falecimento de Juliana.
Dessa união nasceu, em 1783, sua única filha documentada: Ana Rodrigues França. Batizada em 31 de julho daquele ano, na igreja matriz de Curitiba, Ana carregaria adiante o nome da mãe e o legado familiar. Juliana, agora mãe, dedicou-se com zelo à criação da menina, ensinando-lhe os ofícios domésticos, os modos de rezar aos santos, e os segredos das ervas curandeiras que passavam de geração em geração — saberes que em nada eram registrados em papel, mas sim gravados na memória viva das mulheres da terra.
Com o passar das décadas, Juliana assistiu, com o coração cheio, ao crescimento da filha. Em 1811, Ana casou-se com Pedro Soares Fragoso, selando uma aliança que ampliaria a linhagem familiar em múltiplos ramos. Dos braços de Ana, nasceram netos que Juliana pôde acalentar: Maria, Justina, Gertrudes, João, Luciana, Joaquim e Salvador Soares Fragoso — sete vozes infantis que encheram sua velhice de alegria e propósito. Ela testemunhou batismos, primeiras missas, colheitas e até o casamento de Justina em 1832, aos 70 anos — um privilégio raro numa época em que poucos chegavam à terceira idade.
Juliana viveu 72 anos na mesma terra onde nasceu. Viu Curitiba evoluir de uma vila isolada para um núcleo urbano em expansão. Sobreviveu à perda da avó materna Margarida Esteves em 1777, acompanhou os casamentos dos irmãos, criou uma filha com dignidade, e amparou uma família numerosa com amor silencioso e constante. Quando faleceu na segunda-feira, 10 de novembro de 1834, seu corpo foi enterrado em solo paranaense — o mesmo solo que a acolhera ao nascer, que testemunhara seus passos e que, agora, guardaria seu repouso eterno.
Sua história não está em grandes feitos registrados em livros oficiais, mas nas linhas tênues dos registros paroquiais, nos nomes repetidos em batismos e testamentos, e nas veias de seus descendentes que, inconscientemente, carregam seu sangue, sua fé e sua resistência. Juliana Rodrigues França foi mais do que uma mulher do século XVIII: foi uma guardiã da memória, uma tecelã de família, uma alma que escolheu permanecer onde tudo começou — em Curitiba, na sombra das araucárias, sob o olhar atento dos céus.
Que sua memória seja honrada não apenas como um dado genealógico, mas como um farol de força feminina silenciosa e ancestral.
#JulianaRodriguesFrança #HistóriaDeFamília #CuritibaAntiga #GenealogiaBrasileira #MulheresDaHistória #AncestraisParanaenses #MemóriaAfetiva #RaízesBrasileiras #HistóriaLocal #FamíliaFrança #MulheresDoSéculoXVIII #HerançaCultural #LinhaDoTempoFamiliar #HistóriaGenealógica #VidasQueInspiram #BrasilColonial #ResgateDaMemória #FamíliaChavesDeSiqueira #ParanáHistórico #AncestralidadeFeminina
Pais
Juliana Rodrigues França: Uma Vida Tecida em Fé, Família e Solo Paranaense
Nascida por volta de 1762, nas terras ainda silvestres e bucólicas de Curitiba — então uma vila remota do sertão colonial —, Juliana Rodrigues França veio ao mundo em um tempo em que o Brasil era governado por coroas distantes, e a vida na fronteira sul do Império se construía com as mãos calejadas de pioneiros, a fé inabalável dos devotos e o silêncio profundo das matas virgens. Filha de Agostinho Fernandes França e Ana Maria Esteves, dois nomes gravados na história dos primeiros colonizadores da região, Juliana herdou não apenas o sangue dos fundadores, mas também a força de quem nasce para semear raízes onde quase nada floresceu antes.
Sua infância transcorreu entre os aromas de erva-mate e lenha queimada, sob os olhos vigilantes dos pais e ao lado dos irmãos: Manoel, o mais velho, nascido em 1749, e José, cuja vida foi ceifada ainda jovem, por volta do ano de seu próprio nascimento, 1762. Crescer em Curitiba na segunda metade do século XVIII era conviver com a simplicidade rústica, mas também com laços familiares fortes, celebrações religiosas que marcavam o tempo com mais precisão que os relógios, e uma comunidade que se apoiava como se fosse um só corpo.
Aos apenas 16 anos — idade incomum hoje, mas frequente na época —, em 1º de junho de 1778, numa segunda-feira ensolarada que certamente ecoou com sinos e rezas em alguma capela modesta, Juliana uniu sua vida à de Salvador Chaves de Siqueira, homem nascido em 1753, de família igualmente enraizada nas tramas da vila. O casal, jovem mas determinado, iniciou juntos uma jornada que duraria mais de meio século — até a morte de Salvador em 1833, apenas um ano antes do próprio falecimento de Juliana.
Dessa união nasceu, em 1783, sua única filha documentada: Ana Rodrigues França. Batizada em 31 de julho daquele ano, na igreja matriz de Curitiba, Ana carregaria adiante o nome da mãe e o legado familiar. Juliana, agora mãe, dedicou-se com zelo à criação da menina, ensinando-lhe os ofícios domésticos, os modos de rezar aos santos, e os segredos das ervas curandeiras que passavam de geração em geração — saberes que em nada eram registrados em papel, mas sim gravados na memória viva das mulheres da terra.
Com o passar das décadas, Juliana assistiu, com o coração cheio, ao crescimento da filha. Em 1811, Ana casou-se com Pedro Soares Fragoso, selando uma aliança que ampliaria a linhagem familiar em múltiplos ramos. Dos braços de Ana, nasceram netos que Juliana pôde acalentar: Maria, Justina, Gertrudes, João, Luciana, Joaquim e Salvador Soares Fragoso — sete vozes infantis que encheram sua velhice de alegria e propósito. Ela testemunhou batismos, primeiras missas, colheitas e até o casamento de Justina em 1832, aos 70 anos — um privilégio raro numa época em que poucos chegavam à terceira idade.
Juliana viveu 72 anos na mesma terra onde nasceu. Viu Curitiba evoluir de uma vila isolada para um núcleo urbano em expansão. Sobreviveu à perda da avó materna Margarida Esteves em 1777, acompanhou os casamentos dos irmãos, criou uma filha com dignidade, e amparou uma família numerosa com amor silencioso e constante. Quando faleceu na segunda-feira, 10 de novembro de 1834, seu corpo foi enterrado em solo paranaense — o mesmo solo que a acolhera ao nascer, que testemunhara seus passos e que, agora, guardaria seu repouso eterno.
Sua história não está em grandes feitos registrados em livros oficiais, mas nas linhas tênues dos registros paroquiais, nos nomes repetidos em batismos e testamentos, e nas veias de seus descendentes que, inconscientemente, carregam seu sangue, sua fé e sua resistência. Juliana Rodrigues França foi mais do que uma mulher do século XVIII: foi uma guardiã da memória, uma tecelã de família, uma alma que escolheu permanecer onde tudo começou — em Curitiba, na sombra das araucárias, sob o olhar atento dos céus.
Que sua memória seja honrada não apenas como um dado genealógico, mas como um farol de força feminina silenciosa e ancestral.
#JulianaRodriguesFrança #HistóriaDeFamília #CuritibaAntiga #GenealogiaBrasileira #MulheresDaHistória #AncestraisParanaenses #MemóriaAfetiva #RaízesBrasileiras #HistóriaLocal #FamíliaFrança #MulheresDoSéculoXVIII #HerançaCultural #LinhaDoTempoFamiliar #HistóriaGenealógica #VidasQueInspiram #BrasilColonial #ResgateDaMemória #FamíliaChavesDeSiqueira #ParanáHistórico #AncestralidadeFeminina
- Agostinho Fernandes França 1722-
- Ana Maria Esteves 1723-
Casamento(s) e filho(s)
- Casada a 1 de junho de 1778 (segunda-feira), Curitiba, Paraná, Brasil, com Salvador Chaves De Siqueira 1753-/1833 tiveram
Ana Rodrigues França 1783-1863
Irmãos
Manoel Fernandes França 1749-
Juliana Rodrigues França ca 1762-1834
José Rodrigues França †
Notas
Notas individuais
_FSLINK: https://www.familysearch.org/tree/person/details/9NPJ-7P5
Juliana Rodrigues França 9NPJ-7P5
Nascimento: aproximadamente 1762 Curitiba, Paraná, Brasil
Falecimento: 10 11 1834 Curitiba, Paraná, Brasil
Fontes
- Pessoa: FamilySearch Family Tree
FamilySearch.org - "FamilySearch Family Tree," database, FamilySearch - The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints - (http://www.familysearch.org) - Casamento: FamilySearch.org - "FamilySearch Family Tree," database, FamilySearch - The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints - (http://www.familysearch.org)
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