Regional Matriz
Bairro: Centro
Nascido em Paranaguá, no dia 6 de agosto de 1849, Ildefonso Pereira Correia era filho do tenente-coronel Manuel Francisco Correia Júnior e de Francisca Antônia Pereira Correia. Sua juventude foi marcada pelo envolvimento de seus familiares com a política, a começar por seu pai, um entusiasta da emancipação do Paraná em relação a São Paulo. Ildefonso graduou-se em Humanidades no Rio de Janeiro, de onde voltou para ingressar no mercado da erva-mate que vivia um momento ascendente. Seu primeiro engenho de mate foi construído em Antonina, mas com o surgimento da estrada da Graciosa, transferiu suas atividades para Curitiba.
Na capital, adquiriu e modernizou o engenho Iguaçu, além de inaugurar o Engenho Tibagi. Adquiriu a Typographya Paranaense e passou a imprimir selos coloridos que identificavam sua erva mate, o quê multiplicou as vendas. A Typographya passou a se chamar Impressora Paranaense. Ildefonso Correia também possibilitou a existência do Banco Industrial e Mercantil e também foi o acionário mais importante da Companhia Ferrocarril de Curitiba, além de ser proprietário do jornal Diário do Comércio e diretor da Sociedade Protetora de Ensino. Participou da fundação da Associação Comercial do Paraná e foi seu primeiro presidente.
Em 1882, foi eleito deputado provincial e, seis anos depois, assumiu de forma interina o governo da província. Quando exerceu a presidência da Câmara Municipal, assumiu o compromisso público de libertar todos os escravos do município, antes mesmo da assinatura da lei Áurea. Com a proclamação da república, foi convidado por Vicente Machado a participar do Partido Republicano, mas seu interesse em política já não era mais o mesmo.
A Revolução Federalista irrompeu no ano de 1893. Pretendendo chegar a São Paulo, revoltosos oriundos do Rio Grande do Sul cercaram a cidade da Lapa que resistiu por muitos dias até a capitulação com a morte do General Gomes Carneiro. Vicente Machado afastou-se de Curitiba e a capital ficou à mercê dos revolucionários que adentraram sem maiores problemas. Ildefonso Correia desempenhou papel decisivo na preservação de Curitiba e de seus habitantes. Cedeu dinheiro do próprio bolso para evitar saques e estupros. Após a volta das forças legalistas, o Barão foi preso e executado no km 65 da estrada de ferro Curitiba-Paranaguá em companhia de cinco amigos, também presos políticos. Os verdadeiros fatos em torno da memória de Ildefonso Pereira Correia passaram a ser resgatados nos anos 40 do século XX. Autores como Rocha Pombo, Leôncio Correia e Túlio Vargas, assim como recentemente o cineasta Maurício Appel contribuíram para o reconhecimento de sua importância para a história do Paraná.
Fontes:
Vargas, túlio. A última viagem do Barão do Serro Azul. 2ª edição/2ª reimpressão. Editora Juruá. Curitiba, 2009.
Sêga, Rafael Augustus. Tempos Belicosos. A Revolução federalista no Paraná e a rearticulação da vida político-administrativa do estado (1889-1907). Editora Instituto da Memória, 2ª edição. Curitiba, 2008.
Pombo, Rocha. Para a História. Fundação Cultural de Curitiba (FCC). Curitiba, 1980.
fotos fatos e curiosidades antigamente O passado, o legado de um homem pode até ser momentaneamente esquecido, nunca apagado
quinta-feira, 5 de abril de 2018
Antonio Gubert (1904-1989)
Regional Pinheirinho
Bairro: Campo de Santana
Antonio Gubert nasceu na localidade de Fieira di Primiero na região do Trento na Itália em 31 de outubro de 1904. Era filho de Francisco Gubert e Anna Simoni Gubert. Na década de 20, Gubert integrou o Corpo de Carabinieri em Trento. Vindo para o Brasil, transitou entre Porto Alegre e Curitiba, até que se instalou em definitivo nesta última. Casou em 1933 com Maria Ortolani, também italiana, oriunda de família de Nove di Bassano del Grappa. Dois anos depois, instalou uma fábrica de ladrilhos, azulejos e esculturas que funcionou até a morte de seu sócio.
Vendida a fábrica, Gubert passou a prestar serviços como empreiteiro de acabamentos e seus conhecimentos foram aplicados em obras como a do Colégio Estadual do Paraná, da Penitenciária Agrícola situada em Piraquara, e do Hotel das Cataratas em Foz do Iguaçu. Após 1951, passou para o ramo imobiliário, tendo sido responsável pela venda de mais de cinco mil lotes em dez anos. Faleceu em 1989 ao lado da esposa, ambos vítimas de um atropelamento.
Fonte:
Sistema de Processo Legislativo (SPL-CMC)
http://www.cmc.pr.gov.br/wspl/sistema/ProposicaoDetalhesForm.do?select_action=&ordena=009.00060.2000&popup=s&chamado_por_link&pro_id=16923&pesquisa=antonio%20gubert
Bairro: Campo de Santana
Antonio Gubert nasceu na localidade de Fieira di Primiero na região do Trento na Itália em 31 de outubro de 1904. Era filho de Francisco Gubert e Anna Simoni Gubert. Na década de 20, Gubert integrou o Corpo de Carabinieri em Trento. Vindo para o Brasil, transitou entre Porto Alegre e Curitiba, até que se instalou em definitivo nesta última. Casou em 1933 com Maria Ortolani, também italiana, oriunda de família de Nove di Bassano del Grappa. Dois anos depois, instalou uma fábrica de ladrilhos, azulejos e esculturas que funcionou até a morte de seu sócio.
Vendida a fábrica, Gubert passou a prestar serviços como empreiteiro de acabamentos e seus conhecimentos foram aplicados em obras como a do Colégio Estadual do Paraná, da Penitenciária Agrícola situada em Piraquara, e do Hotel das Cataratas em Foz do Iguaçu. Após 1951, passou para o ramo imobiliário, tendo sido responsável pela venda de mais de cinco mil lotes em dez anos. Faleceu em 1989 ao lado da esposa, ambos vítimas de um atropelamento.
Fonte:
Sistema de Processo Legislativo (SPL-CMC)
http://www.cmc.pr.gov.br/wspl/sistema/ProposicaoDetalhesForm.do?select_action=&ordena=009.00060.2000&popup=s&chamado_por_link&pro_id=16923&pesquisa=antonio%20gubert
Ângelo Cretã (1942-1980)
Regional Bairro Novo
Bairro: Sítio Cercado
Ângelo Cretã, nasceu na reserva Indígena de Mangueirinha, Sudoeste do Paraná, no ano de 1942. Pertencente à tribo Kaingang, Cretã decidiu participar de forma ativa do processo político. Tornou-se vereador pelo município de Mangueirinha em 1976, representando os indígenas residentes em Mangueirinha, Chapecozinho, Nonohai e Rio das Cobras. Foi o primeiro indígena eleito para um cargo público no Brasil.
A Reserva Indígena de Mangueirinha (antigo Posto Cacique Capanema) de 180km2 foi oficializada em 1913, mas em 1949, o governo do estado fez um acordo com o governo federal que possibilitou a venda de uma parte da reserva à empresa Slaviero. Novas discussões foram realizadas, mas a indeterminação quanto à legitimidade da posse dos indígenas manteve-se ao longo dos anos, fazendo com que uma liderança como Ângelo Cretã surgisse.
Durante o conflito ocorrido na localidade de Rio das Cobras, Ângelo Cretã conseguiu expulsar 180 invasores. Algum tempo depois, morreu num acidente automobilístico dentro da própria reserva, em janeiro de 1980. Houve suspeitas de que se tratava de uma emboscada, mas a verdade nunca veio à tona. Seu filho Romancil Cretã deu continuidade à sua luta e permanece à frente dos indígenas que vivem naquela região.
Fontes:
Prefeitura de Mangueirinha
http://pmmangueirinha.com.br/recordando_mais.php?id=23
Documentário sobre Ângelo Cretã dirigido por Valêncio Xavier
http://www.youtube.com/watch?v=4Z8eI1NVWuo
Castro, Paulo Afonso de Souza. Ângelo Cretã e a retomada das terras indígenas no sul do Brasil. Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Paraná, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Antropologia Social. Curitiba, 2011.
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/handle/1884/26277/DISSERTACAO%20BIO%20KRETA%20FINAL%2012%20DE%20JULHO.pdf?sequence=1.
Bairro: Sítio Cercado
Ângelo Cretã, nasceu na reserva Indígena de Mangueirinha, Sudoeste do Paraná, no ano de 1942. Pertencente à tribo Kaingang, Cretã decidiu participar de forma ativa do processo político. Tornou-se vereador pelo município de Mangueirinha em 1976, representando os indígenas residentes em Mangueirinha, Chapecozinho, Nonohai e Rio das Cobras. Foi o primeiro indígena eleito para um cargo público no Brasil.
A Reserva Indígena de Mangueirinha (antigo Posto Cacique Capanema) de 180km2 foi oficializada em 1913, mas em 1949, o governo do estado fez um acordo com o governo federal que possibilitou a venda de uma parte da reserva à empresa Slaviero. Novas discussões foram realizadas, mas a indeterminação quanto à legitimidade da posse dos indígenas manteve-se ao longo dos anos, fazendo com que uma liderança como Ângelo Cretã surgisse.
Durante o conflito ocorrido na localidade de Rio das Cobras, Ângelo Cretã conseguiu expulsar 180 invasores. Algum tempo depois, morreu num acidente automobilístico dentro da própria reserva, em janeiro de 1980. Houve suspeitas de que se tratava de uma emboscada, mas a verdade nunca veio à tona. Seu filho Romancil Cretã deu continuidade à sua luta e permanece à frente dos indígenas que vivem naquela região.
Fontes:
Prefeitura de Mangueirinha
http://pmmangueirinha.com.br/recordando_mais.php?id=23
Documentário sobre Ângelo Cretã dirigido por Valêncio Xavier
http://www.youtube.com/watch?v=4Z8eI1NVWuo
Castro, Paulo Afonso de Souza. Ângelo Cretã e a retomada das terras indígenas no sul do Brasil. Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Paraná, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Antropologia Social. Curitiba, 2011.
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/handle/1884/26277/DISSERTACAO%20BIO%20KRETA%20FINAL%2012%20DE%20JULHO.pdf?sequence=1.
quarta-feira, 4 de abril de 2018
André de Barros (1845-1923)
Regional Matriz
Bairro: Centro
André Pinto de Barros, filho de Miguel Pinto de Barros e Gabriela Ferreira dos Santos nasceu na Vila da Conceição do Norte, localizada na então Província de Goiás, em 1845. Enfermeiro do Exército, foi transferido para Curitiba, onde foi lotado na Enfermaria da Circunscrição Militar, atual sede do Hospital Militar. Quando se desligou do Exército, Barros passou a administrar sua própria farmácia. O estabelecimento foi destruído por um incêndio, mas André de Barros não esmoreceu e, posteriormente, retomou a atividade no mesmo local. Entre os anos de 1920 e 1922, o farmacêutico exerceu a função de provedor da Santa Casa de Misericórdia. Segundo a professora Maria Nicolas, pesquisadora da história de Curitiba, a postura sóbria e atenciosa de André de Barros conquistou a simpatia da população. Por razões de saúde afastou-se do cargo, e veio a falecer naquele mesmo ano de 1923.
André de Barros sempre foi parcimonioso com seus gastos, o que lhe possibilitou acumular uma grande quantia em dinheiro ao longo da vida. Seu testamento beneficiou, além de pessoas próximas a ele, várias instituições de saúde e de caridade como a Santa Casa de Misericórdia de Goiás e a Santa Casa de Paranaguá. A instituição mais privilegiada por André de Barros em seu legado foi a Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, que recebeu uma quantia superior a mil e trezentos contos de réis em bens imóveis e títulos da dívida pública da União. Recebeu diversas homenagens, sendo que a mais significativa se deu por iniciativa dos então integrantes da Câmara Municipal de Curitiba. Por meio da Lei 621, de 30 de outubro de 1923, os vereadores determinaram que a então Rua da Misericórdia (cujo início era justamente a partir do prédio da Santa Casa) passaria a se chamar André de Barros.
Fontes:
Paraná Online. 09/07/2002, atualizado em 19/01/2013. André de Barros, benemérito da Santa Casa
http://www.parana-online.com.br/canal/vida-e-saude/news/17001/
Bairro: Centro
André Pinto de Barros, filho de Miguel Pinto de Barros e Gabriela Ferreira dos Santos nasceu na Vila da Conceição do Norte, localizada na então Província de Goiás, em 1845. Enfermeiro do Exército, foi transferido para Curitiba, onde foi lotado na Enfermaria da Circunscrição Militar, atual sede do Hospital Militar. Quando se desligou do Exército, Barros passou a administrar sua própria farmácia. O estabelecimento foi destruído por um incêndio, mas André de Barros não esmoreceu e, posteriormente, retomou a atividade no mesmo local. Entre os anos de 1920 e 1922, o farmacêutico exerceu a função de provedor da Santa Casa de Misericórdia. Segundo a professora Maria Nicolas, pesquisadora da história de Curitiba, a postura sóbria e atenciosa de André de Barros conquistou a simpatia da população. Por razões de saúde afastou-se do cargo, e veio a falecer naquele mesmo ano de 1923.
André de Barros sempre foi parcimonioso com seus gastos, o que lhe possibilitou acumular uma grande quantia em dinheiro ao longo da vida. Seu testamento beneficiou, além de pessoas próximas a ele, várias instituições de saúde e de caridade como a Santa Casa de Misericórdia de Goiás e a Santa Casa de Paranaguá. A instituição mais privilegiada por André de Barros em seu legado foi a Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, que recebeu uma quantia superior a mil e trezentos contos de réis em bens imóveis e títulos da dívida pública da União. Recebeu diversas homenagens, sendo que a mais significativa se deu por iniciativa dos então integrantes da Câmara Municipal de Curitiba. Por meio da Lei 621, de 30 de outubro de 1923, os vereadores determinaram que a então Rua da Misericórdia (cujo início era justamente a partir do prédio da Santa Casa) passaria a se chamar André de Barros.
Fontes:
Paraná Online. 09/07/2002, atualizado em 19/01/2013. André de Barros, benemérito da Santa Casa
http://www.parana-online.com.br/canal/vida-e-saude/news/17001/
Alexandre Zraik (1969-2004)
Regional Boa Vista
Bairro: Santa Cândida
Após formar-se em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Alexandre Zraik trabalhou na Rádio Eldorado. Como cronista esportivo atuou nas rádios CBN, Transamérica e na TV Iguaçu. Zraik assinou durante três anos a coluna Política em Debate, no Jornal do Estado. Seu texto se tornou uma referência para quem quisesse entender os meandros da política local. Ainda na TV Iguaçu, produziu e apresentou o programa Tribuna do Esporte. Estava prestes a assumir um programa esportivo na 96 Rádio Rock, quando morreu no dia 29 de julho de 2004, num acidente de moto.
Fontes:
Sistema de Proposições Legislativas (SPL-CMC)
Agência NQM
http://www.nqm.com.br/index.php/noticia/1543/morre-o-jornalista-alexandre-zraik/
http://www.parana-online.com.br/editoria/esportes/news/500009/?noticia=LIVRO+REUNE+TEXTOS+DE+ALEXANDRE+ZRAIK
Bairro: Santa Cândida
Após formar-se em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Alexandre Zraik trabalhou na Rádio Eldorado. Como cronista esportivo atuou nas rádios CBN, Transamérica e na TV Iguaçu. Zraik assinou durante três anos a coluna Política em Debate, no Jornal do Estado. Seu texto se tornou uma referência para quem quisesse entender os meandros da política local. Ainda na TV Iguaçu, produziu e apresentou o programa Tribuna do Esporte. Estava prestes a assumir um programa esportivo na 96 Rádio Rock, quando morreu no dia 29 de julho de 2004, num acidente de moto.
Fontes:
Sistema de Proposições Legislativas (SPL-CMC)
Agência NQM
http://www.nqm.com.br/index.php/noticia/1543/morre-o-jornalista-alexandre-zraik/
http://www.parana-online.com.br/editoria/esportes/news/500009/?noticia=LIVRO+REUNE+TEXTOS+DE+ALEXANDRE+ZRAIK
Adviga Lipinski (1926-1997)
Regional: Cidade Industrial
Bairro CIC
Nasceu em 26 de junho de 1926, na Colônia Rodrigues, atualmente na cidade de Campo Magro. Era filha de Francisco Alves e Martha Alves. Passou a infância e juventude trabalhando com o pai no moinho de cereais e trigo, além da lavoura, ajudando na venda dos produtos através da carroça da família pela Avenida Manoel Ribas até o centro de Curitiba. Após casar-se, continuou trabalhando ao lado do esposo, Affonso Lipinski, na lavoura e no moinho. Mais tarde, venderam a propriedade e vieram morar em Curitiba, no bairro Orleans. Aqui passou a se dedicar ao lar e à criação dos filhos, enquanto o marido ganhava a vida como caminhoneiro. Participava do Apostolado da Oração na Paróquia Orleans, a qual teve a ajuda de seu pai na construção. Adviga Lipinski faleceu em 22 de novembro de 1997.
Fontes:
Sistema de Proposições legislativas (SPL-CMC)
Bairro CIC
Nasceu em 26 de junho de 1926, na Colônia Rodrigues, atualmente na cidade de Campo Magro. Era filha de Francisco Alves e Martha Alves. Passou a infância e juventude trabalhando com o pai no moinho de cereais e trigo, além da lavoura, ajudando na venda dos produtos através da carroça da família pela Avenida Manoel Ribas até o centro de Curitiba. Após casar-se, continuou trabalhando ao lado do esposo, Affonso Lipinski, na lavoura e no moinho. Mais tarde, venderam a propriedade e vieram morar em Curitiba, no bairro Orleans. Aqui passou a se dedicar ao lar e à criação dos filhos, enquanto o marido ganhava a vida como caminhoneiro. Participava do Apostolado da Oração na Paróquia Orleans, a qual teve a ajuda de seu pai na construção. Adviga Lipinski faleceu em 22 de novembro de 1997.
Fontes:
Sistema de Proposições legislativas (SPL-CMC)
Adelino Fressato (1912-2004)
Regional Santa Felicidade
Bairro: Campo Comprido
Logradouro: jardinete
Adelino Fressato nasceu em Curitiba, a 1° de outubro de 1912. Era filho de Antonio Romano Fressato e de Luiza Fressato. Foi casado com Hygina Enea Stella Bocchino Fressato, com quem teve três filhos: Romano, Romeu e Rubens. Tenor lírico, dedicou-se à ópera e outros estilos. Foi professor de violão, mas também manejava com destreza o bandolim. Passou a integrar uma dupla lírica com a cantora Hygina Bocchino, que posteriormente viria a ser sua esposa. Entre 1947 e 51, no auge dos programas de auditório transmitidos ao vivo pelas rádios, Adelino e Hygina ocuparam o horário dos sábados à noite na Rádio Clube Paranaense (PRB2).
A dupla marcou época acompanhada por orquestras como a do maestro Angelo Antonello, a orquestra Pirolito e a Orquestra do Genésio, que por muitos anos animou os Chás da Turma de Engenharia da Universidade do Paraná. As apresentações da dupla na casa noturna Boneca do Iguaçu, acompanhados pelo acordeonista virtuose Cláudio Todisco ou pelo pianista Athaide Zeike também são lembradas até hoje. Adelino faleceu no dia 2 de março de 2004.
Fontes:
Blog do radialista Paulo Branco
http://paulobrancoradialista.wordpress.com/2011/04/02/nossa-homenaem-a-hygina/
Histórias do Rádio Paranaense (Ubiratan Lustosa)
http://www.ulustosa.com/GALERIA%20-%20Hygina%20e%20Adelino.htm
Bairro: Campo Comprido
Logradouro: jardinete
Adelino Fressato nasceu em Curitiba, a 1° de outubro de 1912. Era filho de Antonio Romano Fressato e de Luiza Fressato. Foi casado com Hygina Enea Stella Bocchino Fressato, com quem teve três filhos: Romano, Romeu e Rubens. Tenor lírico, dedicou-se à ópera e outros estilos. Foi professor de violão, mas também manejava com destreza o bandolim. Passou a integrar uma dupla lírica com a cantora Hygina Bocchino, que posteriormente viria a ser sua esposa. Entre 1947 e 51, no auge dos programas de auditório transmitidos ao vivo pelas rádios, Adelino e Hygina ocuparam o horário dos sábados à noite na Rádio Clube Paranaense (PRB2).
A dupla marcou época acompanhada por orquestras como a do maestro Angelo Antonello, a orquestra Pirolito e a Orquestra do Genésio, que por muitos anos animou os Chás da Turma de Engenharia da Universidade do Paraná. As apresentações da dupla na casa noturna Boneca do Iguaçu, acompanhados pelo acordeonista virtuose Cláudio Todisco ou pelo pianista Athaide Zeike também são lembradas até hoje. Adelino faleceu no dia 2 de março de 2004.
Fontes:
Blog do radialista Paulo Branco
http://paulobrancoradialista.wordpress.com/2011/04/02/nossa-homenaem-a-hygina/
Histórias do Rádio Paranaense (Ubiratan Lustosa)
http://www.ulustosa.com/GALERIA%20-%20Hygina%20e%20Adelino.htm
Ada Macaggi Bruno Lobo (1906-1947)
Regional Boa Vista
Bairro: Bairro Alto
A escritora Ada Macaggi Bruno Lobo nasceu em Paranaguá, no dia 29 de março de 1906. Filha de Narcizo Macaggi e Maria Paiva Macaggi, concluiu os estudos primários em sua cidade natal, transferindo-se em seguida para Curitiba, onde ingressou na escola normal. Encerrado o curso em 1924, exerceu o magistério em sua cidade natal.
Sua estreia na literatura se deu em 1927, com o livro Vozes Efêmeras, recebido com entusiasmo pela crítica. Ada Macaggi também se dedicou ao canto e ao violão, apresentando-se em festivais realizados no Rio de Janeiro e em Curitiba. Sua carreira se desenvolveu de forma paralela ao movimento modernista e, embora a obra de Ada não se enquadre de forma estrita nos moldes desse movimento, ela sempre esteve em contato com seus representantes, como comprova o fato de que seu último livro, Ímpetos, de 1943, que recebeu ilustrações da pintora Anita Malfatti. Ada também contribuiu em vários órgãos de imprensa, com destaque para a revista O Cruzeiro. Faleceu no Rio de Janeiro a 12 de novembro de 1947.
Fontes:
Bueno, Wilma de Lara. A literatura e a formação da identidade feminina no Paraná dos anos 30. Universidade Tuiuti do Paraná
www.sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe3/Documentos/Individ/Eixo6/414.pdf
Bueno, Wilma de Lara. Mulheres escritoras no Paraná dos anos 30.Universidade Tuiuti do Paraná
http://sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe2/pdfs/Tema5/0510.pdf
Iorio, Regina Helena Sabóia. Literatose Literatura na Curitiba na década de 20. Tese apresentada para obtenção do título de Doutor na Universidade Federal do Paraná, Pós-graduação em História do Brasil
www.poshistoria.ufpr.br/documentos/2004/Reginaelenasaboiaiorio.pdf
Bairro: Bairro Alto
A escritora Ada Macaggi Bruno Lobo nasceu em Paranaguá, no dia 29 de março de 1906. Filha de Narcizo Macaggi e Maria Paiva Macaggi, concluiu os estudos primários em sua cidade natal, transferindo-se em seguida para Curitiba, onde ingressou na escola normal. Encerrado o curso em 1924, exerceu o magistério em sua cidade natal.
Sua estreia na literatura se deu em 1927, com o livro Vozes Efêmeras, recebido com entusiasmo pela crítica. Ada Macaggi também se dedicou ao canto e ao violão, apresentando-se em festivais realizados no Rio de Janeiro e em Curitiba. Sua carreira se desenvolveu de forma paralela ao movimento modernista e, embora a obra de Ada não se enquadre de forma estrita nos moldes desse movimento, ela sempre esteve em contato com seus representantes, como comprova o fato de que seu último livro, Ímpetos, de 1943, que recebeu ilustrações da pintora Anita Malfatti. Ada também contribuiu em vários órgãos de imprensa, com destaque para a revista O Cruzeiro. Faleceu no Rio de Janeiro a 12 de novembro de 1947.
Fontes:
Bueno, Wilma de Lara. A literatura e a formação da identidade feminina no Paraná dos anos 30. Universidade Tuiuti do Paraná
www.sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe3/Documentos/Individ/Eixo6/414.pdf
Bueno, Wilma de Lara. Mulheres escritoras no Paraná dos anos 30.Universidade Tuiuti do Paraná
http://sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe2/pdfs/Tema5/0510.pdf
Iorio, Regina Helena Sabóia. Literatose Literatura na Curitiba na década de 20. Tese apresentada para obtenção do título de Doutor na Universidade Federal do Paraná, Pós-graduação em História do Brasil
www.poshistoria.ufpr.br/documentos/2004/Reginaelenasaboiaiorio.pdf
O Monge do Cajuru
Com um movimento lento ergue o corpanzil cansado, fatigado até, após longo dia de trabalho.
No poente já se despede o sol, deixando como lembrança um céu avermelhado, sinal de bom tempo.
Amanhã será outro dia seco para a lavoura, quente para o trabalho.O verão se aproxima.
Esta é mesmo uma especialidade do ancião: a previsão do tempo.
Raramente erra, quem sabe uma ou duas vezes nesses setenta e poucos anos. A vista falha um pouco, mas a percepção não o engana. É hora de recolher o corpo exausto, sentar pela varanda da casa e contemplar o final do espetáculo - a partida da luz espalha pelo palco as estrelas.
Não gosta da lua o anacore-ta.
Isolado convive com o sol, trabalha na plantação, venerando a brisa e respeitando vento e tempestade, bastante distantes nessa época do ano.
Logo é hora de dormir, de esticar as costas largas, proporcionais a altura de quase dois metros.
A barba e os cabelos imundos acompanham a proporção, derramados sobre o peito robusto, igualmente sujo.
Difícil lembrar a última vez que tomou banho. Não é por acaso que o apelidaram de monge, "O Monge do Cajuru".
A descrição até pode ser e-xata da figura lendária que viveu em Curitiba no começo deste século.
Era André Helar, catarinense que com seis meses viu transferido o domicílio para a capital paranaense.
Do mundo ficou isolado. Não só porque Curitiba fosse um lugarejo, uma vila com poucos habitantes, também pelo temperamento esquivo.
Vivia na chácara "Quaresma", apelidado popularmente de "O Campo do Monge", lugar pitoresco, rodeado de pi-nheioros e cravejado de flores campestres.
Ali, resguardado das preocupações mundanas, cresceu, experimentou idade adulta e aguardou a velhice - sempre com saúde e resistência.
Teve ocasião em que procurou a convivência humana.
Também já foi jovem, e encontrou o casamento. Não resistiu.
Na mesma noite de núpcias abandonou o leito conjugal para dormir na estrebaria. A esposa fugiu, algum tempo depois.
Também experimentou o desenho, chegando a fazer regularmente alguns trabalhos.
Desistiu em função da agricultura.
Sempre de subsistência, para evitar envolvimento com a sociedade.
André não temia as pessoas.
Era receptivo até com os que o procuravam pela curiosidade de conhecer a mítica figura e mesmo com os que queriam-no apenas para memória, na irrespeituosa ânsia de fotografar um "urso humano e urbano".
Quem sabe a todos tolerasse, ou ainda, ignorasse.
Mas a muita gente prestava serviço, emprestando a capacidade natural de lidar com a difícil arte da meteorologia.
Os agricultores da região, vizinhos de onde hoje é o enfurnado bairro do Cajuru, sabiam de antemão quando 1a chover ou quando o sol castigaria ferozmente a lavoura.
Uma previsão do tempo com até uma semana de antecedência, coisa que atualmente muitos curitibanos famosos arriscam fazer.
Mas só arriscam...
Luiz Henrique Weber é jornalista.
Fonte: Historias de Curitiba Paraná.
No poente já se despede o sol, deixando como lembrança um céu avermelhado, sinal de bom tempo.
Amanhã será outro dia seco para a lavoura, quente para o trabalho.O verão se aproxima.
Esta é mesmo uma especialidade do ancião: a previsão do tempo.
Raramente erra, quem sabe uma ou duas vezes nesses setenta e poucos anos. A vista falha um pouco, mas a percepção não o engana. É hora de recolher o corpo exausto, sentar pela varanda da casa e contemplar o final do espetáculo - a partida da luz espalha pelo palco as estrelas.
Não gosta da lua o anacore-ta.
Isolado convive com o sol, trabalha na plantação, venerando a brisa e respeitando vento e tempestade, bastante distantes nessa época do ano.
Logo é hora de dormir, de esticar as costas largas, proporcionais a altura de quase dois metros.
A barba e os cabelos imundos acompanham a proporção, derramados sobre o peito robusto, igualmente sujo.
Difícil lembrar a última vez que tomou banho. Não é por acaso que o apelidaram de monge, "O Monge do Cajuru".
A descrição até pode ser e-xata da figura lendária que viveu em Curitiba no começo deste século.
Era André Helar, catarinense que com seis meses viu transferido o domicílio para a capital paranaense.
Do mundo ficou isolado. Não só porque Curitiba fosse um lugarejo, uma vila com poucos habitantes, também pelo temperamento esquivo.
Vivia na chácara "Quaresma", apelidado popularmente de "O Campo do Monge", lugar pitoresco, rodeado de pi-nheioros e cravejado de flores campestres.
Ali, resguardado das preocupações mundanas, cresceu, experimentou idade adulta e aguardou a velhice - sempre com saúde e resistência.
Teve ocasião em que procurou a convivência humana.
Também já foi jovem, e encontrou o casamento. Não resistiu.
Na mesma noite de núpcias abandonou o leito conjugal para dormir na estrebaria. A esposa fugiu, algum tempo depois.
Também experimentou o desenho, chegando a fazer regularmente alguns trabalhos.
Desistiu em função da agricultura.
Sempre de subsistência, para evitar envolvimento com a sociedade.
André não temia as pessoas.
Era receptivo até com os que o procuravam pela curiosidade de conhecer a mítica figura e mesmo com os que queriam-no apenas para memória, na irrespeituosa ânsia de fotografar um "urso humano e urbano".
Quem sabe a todos tolerasse, ou ainda, ignorasse.
Mas a muita gente prestava serviço, emprestando a capacidade natural de lidar com a difícil arte da meteorologia.
Os agricultores da região, vizinhos de onde hoje é o enfurnado bairro do Cajuru, sabiam de antemão quando 1a chover ou quando o sol castigaria ferozmente a lavoura.
Uma previsão do tempo com até uma semana de antecedência, coisa que atualmente muitos curitibanos famosos arriscam fazer.
Mas só arriscam...
Luiz Henrique Weber é jornalista.
Fonte: Historias de Curitiba Paraná.
Histórias de Curitiba - Shopping Curitiba
Shopping Curitiba
ABRIGO CENTENÁRIO DE DIVERSAS UNIDADES MILITARES
Valério Hoerner Júnior
O edifício do Shopping Curitiba, situado na praça Osvaldo Cruz, é tombado pelo patrimônio histórico e, para sua reforma,
como é natural, foi exigido que se mantivesse íntegra parcela física substancial da construção básica.
Foi projetado para servir de quartel e por cem anos isto se deu.
No ano da sua inauguração, 1886, quando inicialmente abrigou o 2° Corpo de Cavalaria de Linha (de 1886 a 1889), a atual praça Osvaldo Cruz, então mais um simples espaço descampado com algumas casas de moradia em torno, havia recém-tomado a denominação de Taunay, em homenagem a Alfredo d'Escrag-nole Taunay - Visconde de Taunay que fora presidente da Província do Paraná naquele ano.
Embora com a fachada e pátio central tombados, não foi observada a conservação da cor azul, original, que já na década de trinta fora substituída pela cor cinza.
Sua construção foi iniciada em 1879 pelo capitão de engenheiros Francisco Clementino de San Tiago Dantas, avô do advogado, professor e político brasileiro de mesmo nome, que foi ministro das Relações Exteriores e da Fazenda no tumultuado período de governo do presidente João Goulart.
Permaneceu à frente das obras até outubro de 1880, para dar então lugar ao engenheiro militar, capitão Francisco Antônio Monteiro Tourinho, que as concluiu.
No episódio da tomada de Curitiba pelos maragatos, ocorrido de 20 de janeiro a fins de abril de 1894, durante a revolução federalista, o local serviu de quar-tel-general a Gumercindo Saraiva, comandante das forças revolucionárias.
Este episódio originaria, em seguida, ao ser retomada a cidade, o desforço das tropas gover-nistas de Floriano Peixoto, culminando, no Paraná, em 20 de maio de 1894, com os fuzilamentos na Serra do Mar, quilômetro 65, onde perderam a vida Ildefonso Pereira Correia - Barão do Serro Azul -, Lourenço Rodrigo de Mattos Guedes, Prescilliano da Silva Correia, Balbino Carneiro de Mendonça, José Lourenço Schleder e José Joaquim Ferreira de Moura.
Em 1894, o quartel, já abrigando o 13" Regimento de Cavalaria (de 1890 a 1910), formou-se, em seu pátio central, junto ao portão de entrada, no dia 17 de abril, por ordem do próprio general Gumercindo Saraiva, o pelotão de fuzilamento que executou Inácio José Diniz, assassino de Maria Bueno, crime que um ano e pouco antes abalara Curitiba pelos requintes de selvagismo que apresentara.
Ocorreu que Diniz aguardava, na Cadeia Pública, um segundo julgamento popular, uma vez que tenha sido absolvido, no primeiro, por falta de provas.
Soltou-se na confusão da fuga das autoridades políticas e militares (Vicente Machado, vice-governador do Estado em exercício, e Pêgo Júnior, comandante do Distrito Militar), ante a iminência de invasão por parte dos revolucionários maragatos.
Diniz, anspeçada do 13" Regimento, retornara às fileiras de onde saíra, misturando-se com os gaúchos do quartel.
Autor de um segundo homicídio, foi enredado por circunstâncias curiosas e levado a confessar este crime diante do comandante federalista.
Foi fuzilado na hora.
Além das referidas unidades militares, abrigou também, de 1911 a 1919, o 2° Regimento de Artilharia Montada,- de 1920 a 1938, o 9° Regimento e de 1939 a 1949, o 3°; de 1950 a 1971, nele instalou-se o CPOR e, de 1972 a 1993, o 5° Batalhão Logístico.
Valério Hoerner Júnior é escritor
Fonte: Historias de Curitiba Paraná.
ABRIGO CENTENÁRIO DE DIVERSAS UNIDADES MILITARES
Valério Hoerner Júnior
O edifício do Shopping Curitiba, situado na praça Osvaldo Cruz, é tombado pelo patrimônio histórico e, para sua reforma,
como é natural, foi exigido que se mantivesse íntegra parcela física substancial da construção básica.
Foi projetado para servir de quartel e por cem anos isto se deu.
No ano da sua inauguração, 1886, quando inicialmente abrigou o 2° Corpo de Cavalaria de Linha (de 1886 a 1889), a atual praça Osvaldo Cruz, então mais um simples espaço descampado com algumas casas de moradia em torno, havia recém-tomado a denominação de Taunay, em homenagem a Alfredo d'Escrag-nole Taunay - Visconde de Taunay que fora presidente da Província do Paraná naquele ano.
Embora com a fachada e pátio central tombados, não foi observada a conservação da cor azul, original, que já na década de trinta fora substituída pela cor cinza.
Sua construção foi iniciada em 1879 pelo capitão de engenheiros Francisco Clementino de San Tiago Dantas, avô do advogado, professor e político brasileiro de mesmo nome, que foi ministro das Relações Exteriores e da Fazenda no tumultuado período de governo do presidente João Goulart.
Permaneceu à frente das obras até outubro de 1880, para dar então lugar ao engenheiro militar, capitão Francisco Antônio Monteiro Tourinho, que as concluiu.
No episódio da tomada de Curitiba pelos maragatos, ocorrido de 20 de janeiro a fins de abril de 1894, durante a revolução federalista, o local serviu de quar-tel-general a Gumercindo Saraiva, comandante das forças revolucionárias.
Este episódio originaria, em seguida, ao ser retomada a cidade, o desforço das tropas gover-nistas de Floriano Peixoto, culminando, no Paraná, em 20 de maio de 1894, com os fuzilamentos na Serra do Mar, quilômetro 65, onde perderam a vida Ildefonso Pereira Correia - Barão do Serro Azul -, Lourenço Rodrigo de Mattos Guedes, Prescilliano da Silva Correia, Balbino Carneiro de Mendonça, José Lourenço Schleder e José Joaquim Ferreira de Moura.
Em 1894, o quartel, já abrigando o 13" Regimento de Cavalaria (de 1890 a 1910), formou-se, em seu pátio central, junto ao portão de entrada, no dia 17 de abril, por ordem do próprio general Gumercindo Saraiva, o pelotão de fuzilamento que executou Inácio José Diniz, assassino de Maria Bueno, crime que um ano e pouco antes abalara Curitiba pelos requintes de selvagismo que apresentara.
Ocorreu que Diniz aguardava, na Cadeia Pública, um segundo julgamento popular, uma vez que tenha sido absolvido, no primeiro, por falta de provas.
Soltou-se na confusão da fuga das autoridades políticas e militares (Vicente Machado, vice-governador do Estado em exercício, e Pêgo Júnior, comandante do Distrito Militar), ante a iminência de invasão por parte dos revolucionários maragatos.
Diniz, anspeçada do 13" Regimento, retornara às fileiras de onde saíra, misturando-se com os gaúchos do quartel.
Autor de um segundo homicídio, foi enredado por circunstâncias curiosas e levado a confessar este crime diante do comandante federalista.
Foi fuzilado na hora.
Além das referidas unidades militares, abrigou também, de 1911 a 1919, o 2° Regimento de Artilharia Montada,- de 1920 a 1938, o 9° Regimento e de 1939 a 1949, o 3°; de 1950 a 1971, nele instalou-se o CPOR e, de 1972 a 1993, o 5° Batalhão Logístico.
Valério Hoerner Júnior é escritor
Fonte: Historias de Curitiba Paraná.
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