quinta-feira, 7 de junho de 2018

IMAGENS ANTIGAS DE PARANAGUÁ


Quadro pintado pelo artista plástico Rafael Lopes Silva.
Momento histórico em que Gabriel de Lara faz a leitura de elevação o povoado à categoria de Vila de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá, 29 de julho de 1648.
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Nota de agradecimento: Aos colaboradores, em especial, ao amigo Jorge Fujita, que são parte integrante dessa página, deixo aqui registrado o meu sincero agradecimento pela riqueza de fotos antigas de seus acervos, as quais estão expostas e divulgadas para o mundo através do meu humilde blog, o meu muito obrigado a todos. 
São eles: Jorge Fujita (maior acervo), Wistuba e Christian Barbosa.
Vale lembrar que algumas delas foram extraídas na internet/pesquisas, como também, através das redes sociais.
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Bondinho - Praça do guincho - 1938

Igreja Nossa Senhora do Rosário



Antigo mercado do peixe.
Desfile Escolar - Colégio São José

Rua Marechal Deodoro

O edifício Palácio do Café foi inaugurado durante das festividades do aniversário de Paranaguá em 1961, quando a cidade completava os seus 313 anos. O prédio, sinônimo de modernidade na época, está de aniversário nesta terça-feira, 29/07/2014, completando 53 anos.
Prefeitura de Paranaguá - Visconde de Nácar












































































Alexandra


Pracinha do guincho

Igreja Nossa Senhora do Rosário































































Bonito cartão postal de Paranaguá - 1961

























A beleza da Praça dos Leões em Paranaguá na década de 40






















Ginásio de Esportes Dr. Joaquim Tramujas - 1970.










Mercado Municipal - 1946

Praça Fernando Amaro
Desfile Escolar - Colégio São José

Centro de Paranaguá - anos 60
Avenida Arthur de Abreu
Santuário de Nossa Senhora do Rocio

Estação Ferroviária - Avenida Arthur de Abreu
Praça do guincho

Av. Arthur de Abreu - ao fundo, prédio do Instituto de Educação


Praça dos Leões






Foto dos anos 60 em Paranaguá - Rua Coronel Elísio Pereira - Estradinha.













Avenida Arthur de Abreu
Rua XV de Novembro

Mercado Municipal



Avenida José Lobo - 1927
Corpo de Bombeiros














































Mercado Municipal


Alfândega



Incêndio na Alfândega
Fontinha

Enchente - Av. Arthur de Abreu
Enchente - Rua Júlia da Costa, em frente a Estação Ferroviária

Igreja Nossa Senhora do Rosário

Santuário de Nossa Senhora do Rocio


Enchente em frente a Estação Ferroviária


Praça Fernando Amaro - Clube Literário

Clube Literário











































Av. Arthur de Abreu - Paranaguá - 29/07/1962.










Praça Fernando Amaro

Praça do guincho







Carnaval - 1949
Carnaval - 1949

Carnaval - 1949

































Equipe do Rio Branco - Futebol - 1919 - Paranaguá - PR - BR.

Histórico Antônio Olinto



histórico-da-cidade-de-antonio-olinto





helicoptero

Antônio Olinto, no sudoeste paranaense, deu início ao seu processo de povoamento através do Serviço de Colonização do Estado do Paraná. No ano de 1895, o diretor Cândido Ferreira Abreu  dividiu uma extensa área em 400 lotes de 10 alqueires e destinou-os aos imigrantes eslavos, poloneses e ucranianos. Os pioneiros da região foram 18 famílias polonesas e, em seguida, começaram a chegar às primeiras famílias de ucranianos.
Colônia conhecida primeiramente como Pequena, logo a localidade já contava com mais de 370 famílias ucranianas e 84 polonesas. Com esse crescimento, em 1902, recebeu a implantação de um distrito policial e a denominação de Antônio Olinto, visando homenagear o Ministro da Indústria, Viação e Obras Públicas, responsável pela colonização ucraniana no Brasil, Dr. Antônio Olinto dos Santos Pires.
No ano de 1938, o Distrito teve, por alguns meses, seu nome alterado para Divisa, o que não foi aceito pela sua população e, dessa forma, a denominação original foi retomada. Somente em 31 de março de 1958, Antônio Olinto foi elevado à categoria de município desmembrado da Lapa, através da lei estadual nº. 6.667, assinada pelo governador do Paraná, Moysés Lupion. Porém, sua instalação ocorreu apenas 3 anos depois, em 24 de outubro de 1961, data em que é comemorado seu aniversário.

MIGRAÇÕES

Registramos em nosso município que o êxodo rural ocorreu de forma acentuada a partir do processo de mecanização agrícola e devido à falta de incentivo para a produção, sujeitas às alterações climáticas que têm ocorrido nos últimos anos causando frustrações em safras.
Houve migrações para Curitiba, Rio Negrinho, São Mateus do Sul, Lapa, Três Barras. Ressalta-se também o fenômeno da população flutuante, que com muita facilidade desloca-se de um município vizinho para outro, bem como dentro de próprio município, alterando-se entre a zona urbana e rural. Nota-se de forma acentuada o êxodo das famílias da área rural para a área urbana.

 ASPECTOS ECONÔMICOS

A principal fonte de renda e trabalho em nosso município é a Agricultura, somos praticamente 90% agrícola, empregando basicamente 2.460 pessoas (agricultores familiares e seus dependentes ativos) na execução do trabalho na agricultura.
A atividade de exploração vegetal principal executada pelos agricultores é da erva mate, que 400 agricultores além de sua mão de obra familiar contratam em media temporariamente 150 pessoas, nos meses de julho e agosto, na colheita.
Existem 275 funcionários públicos. Na construção civil (autônomos) são em torno de 120 pessoas que atuam como pedreiro, carpinteiro e serventes. Na atividade comercial são 287 pessoas. Na área rural são 510 trabalhadores volantes que obtém sua renda vendendo mão de obra temporariamente nas indústrias de transformação são 124 pessoas. Em outras atividades há 442 pessoas. O total da população ocupada é de 3.708 pessoas. A renda per capita é de R$ 381,28.
A cultura do feijão que era a principal fonte de renda dos agricultores familiares vem perdendo espaço para a cultura da soja, devido a mesma ser totalmente mecanizada na totalidade do seu ciclo, e a cultura do feijão passa por uma dificuldade na colheita devido a falta de mão de obra e o baixo preço do produto. A cultura do milho é cultivada em todo o município, onde também está perdendo espaço para a cultura da soja, pelo motivo de alto custo de implantação. A cultura de batata vem sendo explorada ultimamente apenas por médios e grandes produtores. Outra fonte natural de riqueza do município e que vinha sendo explorada apenas como extrativismo é a erva-mate, que hoje vem sendo trabalhada como cadeia produtiva da região, e pelo motivo do bom preço, está atraindo novos investimentos. É também bastante significante economicamente a bovinocultura de leite, onde atualmente esta sem muita atração a novos investimentos, pela cultura do povo local. O município também dispõe da cultura do fumo, o qual é atendido por firmas integradoras, sendo que esta atividade contribui muito na geração de renda das pequenas propriedades. Outras fontes de renda nas propriedades é o cultivo florestal com pinus e eucalipto, fruticultura. A olericultura vem se destacando através de parcerias com empresas integradoras devido a garantia de mercado e preço estável. Na parte de criações, praticamente todas as famílias tem alguma espécie animal na propriedade. Porém são poucos os cuidados dispensados aos mesmos. Os animais criados são: aves, suínos, eqüinos, caprinos, ovinos e bovinos, geralmente de baixo padrão genético. (Fonte: Secretaria de Agricultura / 2014).

 Agricultura familiar

Levando-se em consideração a área, renda e categoria dos produtores, estima-se que no município 80% são agricultores familiares. Alem da produção de grãos, leite, cebola, fumo, erva mate e olerícolas para o mercado, culturas como arroz, mandioca, batata-doce, alho, entre outras, praticamente todas as famílias exploram com finalidade de consumo e comercialização do excedente. (Fonte: Secretaria de Agricultura / 2014).
PERFIL AMBIENTAL
Abastecimento de Água:
No Município de Antonio Olinto (sede e comunidades) é suprido com água captada de poços artesianos. A água antes de chegar ao reservatório domiciliar, passa por uma série de etapas de tratamento, realizado pela SANEPAR, visando adaptá-la ao uso doméstico.
O Município de Antonio Olinto possui 621 ligações com água tratada, ou seja, 100% da população urbana (SANEPAR). Nas áreas rurais, somente 23% recebem água tratada em suas propriedades.
Com dados coletados no SIAB-2013, o abastecimento de água no município esta dividido em: rede pública 866 casos, poço ou nascentes 1.910 casos e outras formas 5 casos. O consumo de água filtrada é de 10 casos, água fervida 32 casos, água com processo de cloração 818 casos e água sem tratamento 1.921 casos.
Coleta de Lixo:
A coleta de lixo é efetuada periodicamente no município, por empresa terceirizada, o qual se destina para o Município de São Mateus do Sul, onde é feita a reciclagem a partir de 02/2014.

Fonte:  Material fornecido pela Prefeitura Municipal de Antônio Olinto.

Francisco Beltrão História


  • historia_01
    “Coração do Sudoeste” – assim denominado pela sua localização central na região, pela liderança econômica, política e populacional no Sudoste do Paraná -, o município de Francisco Beltrão começou como “Vila Marrecas”. Sua transfomação em cidade foi rápida. Em menos de cinco anos do início do povoado, sem nunca ter sido distrito, a vila era elevada à condição de sede do município, em dezembro de 1952.
  • historia_02
    O povoado começou a se formar em 1947, quando Damásio Gonçalves construía a primeira pensão (em frente à atual Praça da Liberdade) e abriam-se as primeiras “bodegas”, como a de Otávio Araújo, quase em frente à pensão. É que a Cango (Colônia Agrícola Nacional General Osório), criada em 12 de maio de 1943 (Decreto nº 12.417, assinado pelo presidente Getúlio Vargas) e instalada provisoriamente em Pato Branco, estava chegando.
  • historia_03
    A pedido de Júlio Assis Cavalheiro e Luiz Antônio Faedo, proprietários da maior parte das terras da margem direita do rio Marrecas, um topógrafo da Cango (talvez Pedro Hyaudochen) traçava o primeiro mapa da futura cidade. Em 1947, Júlio Assis e Faedo começaram a vender e até doar lotes, quase todos padronizados em 22×44 metros. E o povoado foi crescendo rapidamente.
  • historia_04
    A meta da Cango era instalar-se no meio da Colônia Missões, que começava no Marrecas, mas resolveu construir seus barracões provisoriamente às margens do rio, e acabou ficando em definitivo. Com a Cango, que assentava famílias de agricultores dando-lhes terra, ferramentas, sementes, orientação técnica, educação e assistência médica, a Vila Marrecas recebeu médico, dentista, professores, topógrafos, agrônomos, mecânicos, carpinteiros, marceneiros, o que muito contribuiu para o desenvolvimento do lugar.
  • historia_05
    O distrito de Francisco Beltrão existia desde 1940, mas localizava-se no interior do futuro município de Renasença. A Lei estadual 790, assinada pelo governador Bento Munhoz da Rocha Neto em 14 de novembro de 1951, transformava o distrito de Francisco Beltrão em município, mas mudava sua sede para Marrecas.
  • historia_06
    Em 1954 Francisco Beltrão transformava-se também em sede de Comarca. O desenvolvimento era grande, impulsionado pela extração da madeira e a agricultura. O que brecou o desenvolvimento foi a disputa de terras, entre posseiros e as companhias colonizadoras, resultando na histórica Revolta dos Posseiros, que abrangeu quase todo o Sudoeste mas teve seu ponto culminante em Francisco Beltrão, que era a sede das companhias de terra Citla e Comercial. Dia 10 de outubro de 1957, milhares de posseiros tomaram conta da cidade e expulsaram as companhias, com todos os seus funcionários.
  • historia_07
    No ano de 1957, devido aos conflitos de terras, a cidade recebeu uma unidade do Exército. Depois foi mantida, devido à posição estragégica do município, que fica a menos de100 quilômetros da fronteira com a Argentina.
  • historia_08
    Para resolver o problema da legalização das terras, o governo federal e o governo do Paraná criaram, em 1962, o Getsop (Grupo Executivo para as Terras do Sudoeste do Paraná), tendo Francisco Beltrão como sede. O Getsop viabilizou também a abertura de estradas e a construção de escolas, incentivou o reflorestamento, entre outros benefícios. Após cumprir sua missão, o Getsop foi extinto, em janeiro de 1974.
Francisco Beltrão está na rota estabelecida pelo governo federal para ligar, por rodovia, Três Pinheiros, no centro do Paraná, a Barracão, na divisa com a Argentina. Mas ao ser asfaltada, em 1969, a rodovia teve sua rota desviada de Coronel Vivida para Pato Branco. E Beltrão receberia asfalto somente sete anos após, em 1976, por uma rodovia estadual vinda de Pato Branco (PR 280).
Mesmo assim, apesar dos atrasos causados pela disputa de terras, pelo desvio do asfalto e tantos outros contratempos, Francisco Beltrão foi o município que mais cresceu no Sudoeste do Paraná, transformando-se no maior centro populacional e industrial da região da Amsop, que tem 42 municípios.

Homenagem a Francisco Gutierrez Beltrão

O nome é uma homenagem ao paranaense Francisco Gutierrez Beltrão (nascido em Paranaguá – 6.11.1875 – e sepultado em Curitiba – 29.5.1939), engenheiro, secretário de estado e grande colonizador do Paraná. Casado com Lavínia Trevisani, Francisco Beltrão teve nove filhos e o terceiro deles chamava-se Francisco Trevisani Beltrão. Não se deve confundir os nomes, pois a homenagem do município é ao pai, Francisco Gutierrez Beltrão. Quanto a Engenheiro Beltrão, no norte do Paraná, o nome daquele município é uma homenagem a seu fundador, o engenheiro Alexandre Beltrão (1896-1987), que era imrão de Francisco Gutierrez Beltrão.

Uma eleição, dois prefeitos

A história política começou com uma eleição tumultuada, para eleger o primeiro prefeito. No pleito de 9 de novembro de 1952, elegeu-se Ricieri Cella, do PTB. Empossado em 14 de dezembro de 52, Cella governou até o início de fevereiro de 1953, quando foi obrigado a entregar o cargo para seu concorrente, Rubens da Silva Martins, do PSD. A Justiça Eleitoral aceitou um pedido para validar algumas centenas de votos em separado, que não tinham sido computados na eleição do dia 9 de novembro de 1952. Na nova contagem, Rubens, que na primeira contagem tinha 537 votos, ficou com 749. E Cella, que fora eleito com 545 votos e vencera com uma diferença de 17, ficou com 697 e perdeu por 52 votos.

Os prefeitos

– Ricieri Cella, PTB (52-53)
– Rubens da Silva Martins, PSD (53 a 56)
– Ângelo Camilotti, PSD, candidato único (56 a 60)
– Wálter Alberto Pécoits, PTB (60 a 63)
– Euclides Girolamo Scalco, PTB (63 a 64)
– Antônio de Paiva Cantelmo, PTB e MDB (65 a 68 e 73 a 76)
– Deni Lineu Schwartz, Arena, candidato único (69 a 72)
– João Batista de Arruda, Arena e PFL (77 a 82 e 93 a 96)
– Guiomar Jesus Lopes, PMDB (83 a 88 e 97 a 2000)
– Nelson Meurer, PDS (89 a 92)
– Vilmar Cordasso, PP (2001 a 2008)
– Wilmar Reichembach, PSDB (2009 a 2012)
– Antônio Cantelmo Neto, PMDB (2013 a 2016)
– Cleber Fontana, PSDB (2017 a 2020)


Deputados Estaduais

– Walter Pécoits, pelo PTB, em 1962
– Aryzone Mendes de Araújo, pela Arena, em 1970
– Deni Schwartz, pelo MDB e PMDB, em 1974, 1978 e 1982
– Túlio Zanchet, pela Arena, em 1978*
– Haroldo Ferreira, pelo PMDB, em 1986
– João Arruda, pelo PFL, em 1986 e 1990
– Luciana Rafagnin, pelo PT, em 1998*, 2002, 2006 e 2010
– Ademar Traiano, pelo PRN, PTB e PSDB, em 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010

Deputados Federais

– Euclides Scalco, pelo PMDB, em 1978, 1982 e 1986
– Nelson Meurer, pelo PP, em 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010
– Deni Schartz, pelo PMDB, em 1990*
– Assis do Couto, pelo PT, em 2006 e 2010

Lideranças Políticas

Ex-prefeitos de Francisco Beltrão tornaram-se deputados, secretários de Estado e ministros. – Walter Pécoits, principal líder da Revolta dos Posseiros em 1957, foi prefeito de 61 a 63, deputado estadual de 63 a 64 (esteve entre os cassados pela Revolução, perdendo os direitos políticos de 64 a 74), depois foi secretário de Estado, no governo de José Richa (83-86). – Deni Lineu Schwartz, que chegou no município como chefe do Getsop, em 1963, prefeito de 69 a 72, foi deputado estadual de 74 a 82, deputado federal em 93 e 94, secretário dos Transportes de 83 a 86 (governo de José Richa), secretário dos Transportes de 95 a 96 e secretário da Agricultura em 2002 (governo de Jaime Lerner), ministro do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, o MDU (do presidente José Sarney de 86 a 87), e diretor de assuntos institucionais da Copel (de 96 a 2002).
– Euclides Scalco, prefeito de 63 a 64, foi suplente de senador de 74 a 82, deputado federal de 78 a 90, candidato a vice-governador em 1990 (na chapa de José Richa) e presidente da Itaipu Binacional e ministro do presidente Fernando Henrique Cardoso (1994 a 2002).

Mandato Tampão

Dia 30 de janeiro de 1963, Wálter Pécoits passou o cargo de prefeito ao presidente da Câmara, Antônio de Paiva Cantelmo, porque iria assumir como deputado na Assembléia Legislativa e naquele tempo não havia vice-prefeito. Cantelmo exerceu o executivo até dia 1º de julho de 1963, data em que assumia o novo prefeito, Euclides Scalco, eleito para um mandato tampão.

Primeiro Prefeito, depois Vereador

No ano de 64, Euclides Scalco licenciou-se do cargo de prefeito, 45 dias antes da eleição, para candidatar-se a vereador, elegendo-se. Scalco é o único político, no município, que depois de prefeito foi vereador. Naqueles 45 dias, quem assumiu a prefeitura foi o presidente da Câmara, vereador Paulo Borghesan.

Primeiro Vereador, depois Prefeito

Dos 14 políticos eleitos prefeito de Francisco Beltrão, apenas seis exerceram antes o cargo de vereador:Valter Pécoits, Antônio de Paiva Cantelmo, Guiomar Lopes, Wilmar Reichembach , Antônio Cantelmo Neto e Cleber Fontana.

Maior População do Sudoeste

Desde que passou a fazer parte do Censo do IBGE, Francisco Beltrão sempre apareceu como o município mais populoso, entre os atuais 42 do Sudoeste do Paraná.
  • Em 1960 – 55.496 habitantes.
  • Em 1970 – 36.807* habitantes.
  • Em 1980 – 48.762 habitantes.
  • Em 1991 – 61.272 habitantes.
  • Em 1996 – 65.730 habitantes.
  • Em 2000 – 67.132 habitantes.
  • Em 2007 – 72.409 habitantes.
  • Em 2010 – 78. 943 habitantes.
  • Em 2012 – 80.727 habitantes.
  • Em 2016 – 87.491 habitantes.
*Perdeu população devido ao desmembramento dos municípios de Eneas Marques e Salto do Lontra.

Pioneiros

Não contando os índios que devem ter passado por aqui sem deixar maiores vestígios, na área central da futura cidade os moradores mais antigos, que vieram pra ficar, foram Sebastião Müller, Luiz Antônio Faedo e Francisco Comunello. – Sebastião Müller chegou em 1941.
– Luiz Antônio Faedo, em 1945, comprou as terras e o rancho de Sebastião Müller, próximo à futura rodoviária, e Müller mudou para o futuro bairro Miniguaçu. – Francisco Comunello estabeleceu-se em agosto de 1946, após ter comprado terras, um ano antes (entre a Prefeitura e o Estádio Anilado), de Donato Leal, morador de Marmeleiro.
Outros nomes que aparecem na história, envolvidos em negócios de terras, eram funcionários ou empreiteiros da Cango, como José Siqueira de Azevedo, Paulo Cantelmo, Carlos Mendes de Oliveira (Seo Carlinhos), Aparício Henriques e Júlio Assis Cavalheiro. Mas junto com a Cango, e também atraídos pelo povoado que nascia, veio muita gente, em pouco tempo. Tanto que, no cinquentenário do município, em dezembro de 2002, a Prefeitura, através do Departamento de Cultura, homenageou mais de 700 pioneiros, todos estabelecidos aqui antes de 14 de dezembro de 1952 e que ainda residiam no município.

Cango em Pato Branco

De 1943 a 1948 a Cango ficou instalada em Pato Branco, período em que abriu as estradas até o início de suas terras e construiu a primeira ponte sobre o Marrecas (era uma ponte coberta). Em abril de 1948, a Cango se instalava na margem esquerda do Marrecas, nos pavilhões que mais tarde seriam cedidos à unidade do Exército e que até hoje estão preservados.

Primeira Escola

Dia 3 de maio de 1948 acontecia a primeira aula, na área da futura cidade. Foi numa escola construída pela Cango (até hoje preservada, no bairro Cango), tendo como primeira professora Italina Zancan Scotti.

Primeiro Padre

O primeiro padre a estabelecer-se em Francisco Beltrão foi Frei Deodato (Antônio Bernhart, 18.6.1896 a 14.8.1964, natural de Schaitt, Alemanha). Frei Deodato, que virou nome de rua, atendia capelas de Marrecas e toda a região, montando seu cavalo Max, de 1949 a 1956. Foi expedicionário, “durão”, vestia somente a batina e as sandálias, mas não faltava a nenhum compromisso, nem em dias de muita chuva, era, como se diz, “um verdadeiro franciscano”.

Dia da padroeira, 15 de agosto

A Paróquia foi criada em 1956, pelos padres belgas, mas a festa de Nossa Senhora da Glória era realizada desde 1950, no dia da padroeira, 15 de agosto, que é feriado municipal. Em 15 de agosto de 1987, a Igreja da Paróquia Nossa Senhora da Glória transformou-se em Concatedral, porque Francisco Beltrão passou a ser sede, junto com Palmas, da Diocese de Palmas e Francisco Beltrão.
*Ivo A. Pegoraro é jornalista em Francisco Beltrão desde 1979.

Omar Sabbag


Omar Sabbag em evento no Paço da Liberdade, antiga sede da Prefeitura no Centro de Curitiba
Fotos: Erony Santos/Prefeitura de Curitiba
O engenheiro Omar Sabbag foi prefeito de Curitiba de março de 1967 a março de 1971. Eram tempos do governo militar, após o golpe que derrubou o presidente João Goulart, em 31/3/1964. As eleições diretas nas Capitais e cidades consideradas de segurança nacional haviam sido suspensas e seus prefeitos passaram a ser nomeados.
Sabbag substituiu Ivo Arzua Pereira, eleito em 1962 para um mandato até dezembro de 1966, mas que continuou no cargo por mais alguns meses, nomeado pelo governador Paulo Pimentel dentro dos novos critérios.
Sabbag e Nicolau Klüppel, dois engenheiros dedicado às obras de saneamento
A escolha de Sabbag, um curitibano nascido em 4/9/1923, engenheiro civil da turma de 1947 da Escola de Engenharia da UFPR, com pós-graduação na Universidade de Harvard e mestrado em Engenharia Sanitária, teria sido, e é quase certeza, por indicação do ministro Juarez Távora, de Viação e Obras Públicas ao tempo do general-presidente Humberto de Alencar Castello Branco.
Ministro Juarez Távora em visita a obras do DNOS em Curitiba
Foto: Osvaldo Jansen/O Estado do Paraná
O ministério de Távora tinha em seu organograma, entre muitos órgãos, o DNOS (Departamento Nacional de Obras de Saneamento, hoje extinto). Omar Sabbag exercia, em Curitiba, a chefia do 13º distrito do DNOS, cuja sede era no bairro Tarumã, atrás do Jockey Clube de Curitiba, vizinho do estádio do antigo Palestra Itália, tradicional clube de futebol da capital paranaense.
No começo de março de 1966, o ministro Távora fez uma visita de inspeção a todas as obras do DNOS em Curitiba e em algumas cidades do Paraná, acompanhado do diretor geral do órgão, coronel José Luiz Ottoni de Carvalho. Ficou impressionado com o bom trabalho de Sabbag.
Naquele mesmo dia, em visita ao governador Paulo Pimentel, que estava em vias de indicar o novo prefeito de Curitiba – Arzua havia sido convidado para o Ministério da Agricultura pelo futuro presidente, o também general Arthur da Costa e Silva –, Távora sugeriu o nome de Sabbag.
Pimentel, político experiente – que fez um bom governo -, acatou a sugestão e encaminhou o nome de Omar Sabbag à Assembleia Legislativa, que o referendou. E Curitiba só ganhou com isso. O chefe do distrito do DNOS, que havia garantido à cidade gordas verbas para o combate a enchentes, com a canalização e/ou retificação de rios como Ivo, Belém, Juvevê, Barigui e Atuba, cumpriu, à frente do Executivo Municipal, um quatriênio de muitas realizações, entre as quais viadutos, um amplo programa de educação, de pavimentação asfáltica e de integração de bairros distantes e o início e quase conclusão da estação rodoferroviária. Além, naturalmente, de ter realizado muito em sua especialidade – o saneamento.
Com o vereador Erondi Silvério, nos anos 1970, em visita aos bairros
Lembro bem daqueles tempos: acompanhei o trabalho de Omar Sabbag no DNOS, como repórter do jornal O Estado do Paraná, e na Prefeitura como assessor de imprensa.
No DNOS, sempre solícito, nunca deixou de fornecer boas notícias. Quando não tinha uma informação pronta, saia de seu gabinete, atravessava um corredor e sentava-se à mesa do rádio (eram assim as comunicações no passado, junto com o telex, aquele trombolhão que parecia uma máquina de escrever gigante e que expelia fitas perfuradas com as mensagens) e se conectava com a direção do DNOS. E eu saia de lá abastecido com alguns “furos” (notícias exclusivas em primeira mão).
Ao deixar a Prefeitura, depois de um período de licença para tratamento de saúde, e com as contas municipais em dia e organizadas, Sabbag voltou ao seu órgão de origem – o Departamento de Água e Esgoto, hoje Sanepar, e à sua cadeira de professor da UFPR. Faleceu em Curitiba em 17/3/1987.