COLÔNIA FARIA E A PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA SAÚDE
A Colônia Presidente Faria no município de Colombo foi fundada em 1886 pelo Presidente da Província do Paraná, Dr. Joaquim de Almeida Faria Sobrinho e inaugurada pelo mesmo no dia 21 de agosto de 1887.
A administração do Presidente Faria amparou as indústrias madeireira e ervamateira e estimulou a exportação de seus produtos. Fomentou a criação de gado, deu atenção à plantação de trigo e de arroz. Teve também um carinho especial à política imigratória, motivo pelo qual o núcleo colonial Presidente Faria leva o seu nome.
Uma vez no Brasil, os imigrantes recebiam do governo uma pequena casa de madeira, coberta de tabuinhas, tendo uma porta e duas janelas, sem forro e piso de chão batido. As famílias vinham de Morretes e Paranaguá, onde aguardavam por alguns dias o transporte para Curitiba.
As terras da Colônia Faria com área total de 4.934.330m2 foram divididas em 50 lotes rurais e um lote reservado e doado para a Igreja e à escola. Cada família assentada pagava pelo seu lote.
Aqui viveram da extração de pinheiros, imbuias e a exploração da erva mate. Também o plantio de milho, mandioca, batata, parreiras e tudo relacionado à lavoura.
Toda a produção era levada à Curitiba e Antonina para serem vendidas em suas carroças e de lá traziam o açúcar, o trigo, o sal, etc.
Na colônia existia um moinho de fubá movido a água, uma serraria e uma estrutura para a exploração de erva-mate. Também se produzia o vinho, pois existiam grandes vinhedos.
Dois anos depois de inaugurada a Colônia, os imigrantes iniciaram a construção de uma capela, pois até 1888 a reza do “terço” acontecia nas casas.
Em 1917 foi feito um abaixo-assinado comprometendo os assinantes a darem sua oferta para a construção da nova e atual igreja. Os trabalhos se iniciaram em 07 de janeiro de 1924 e foram concluídos em 09 de setembro de 1926.
A imagem de Nossa Senhora da Saúde veio da cidade de Lucca, Itália, sendo liturgicamente benzida e oficialmente entronizada Padroeira da Colônia Presidente Faria no dia 21 de novembro de 1930. Em 1934 é iniciada a construção da torre, sendo concluída em 1936.
Ainda hoje muitas das tradições são mantidas e passadas para as futuras gerações. A Colônia ainda vive da agricultura, vinicultura, criação de animais, o comércio e de muitas outras atividades.
Uma cidade pacata, de gente simples, mas hospitaleira e que gosta de uma boa prosa sentados nas varandas de suas casas, ou nas grandes mesas, saboreando um bom vinho com “formaio” e a famosa polenta.
O texto acima de autoria de Maurício Ferrarini foi extraído do site Amici Della Bici.
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