quarta-feira, 11 de maio de 2022

EDIFÍCIO MOREIRA GARCEZ, o primeiro arranha-céu de Curitiba. O Edifício Moreira Garcez, inclui duas demonstrações de amor a Curitiba.

 EDIFÍCIO MOREIRA GARCEZ, o primeiro arranha-céu de Curitiba.
O Edifício Moreira Garcez, inclui duas demonstrações de amor a Curitiba.


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EDIFÍCIO MOREIRA GARCEZ, o primeiro arranha-céu de Curitiba.
O Edifício Moreira Garcez, inclui duas demonstrações de amor a Curitiba.
A primeira foi construir o primeiro arranha-céu de Curitiba, no terreno onde ficava a casa de seu pai (com o tempo comprou outros terrenos que anexou àquele que herdou da família), portanto homenageando-o com seu projeto mais ousado.
Em segundo lugar, homenageando Curitiba com a construção do terceiro arranha-céu do país.
Garcez pediu licença da prefeitura de Curitiba e contratou o Cia Construtora Nacional S/A, do RJ.
Para executar a obra, comprou toneladas de cimento e ferro foram importadas da Alemanha, enquanto as fundações foram feitas com tronco de eucalipto embebido em óleo cru. Os grandes vãos foram vencidos com vigas super-armadas com ferragens duplas.
O projeto inicial previa 5 andares e uma cúpula ogival na cobertura, o que será alterado. Ressalte-se que, diante de uma obra tão grandiosa, houve muitos falatórios e, para calá-los, uma comissão foi nomeada para fazer uma devassa na vida econômica do Prefeito e nada de irregular foi encontrado. Um relatório de Moreira Garcez, realizado em 1936 é o documento que melhor descreve o projeto e suas características. Foram necessários 13 anos para construção do edifício, que ficou pronto em 1939. Fotos: Moreira Garcez e o mestre de obras Sr. Boleslaw, no alto do edifício em construção.2) Edifício Moreira Garcez, em construção.

Cândido Ferreira de Abreu (Paranaguá, 2 de agosto de 1856 — Curitiba, 22 fevereiro de 1918).

 Cândido Ferreira de Abreu (Paranaguá, 2 de agosto de 1856 — Curitiba, 22 fevereiro de 1918).


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Cândido Ferreira de Abreu (Paranaguá, 2 de agosto de 1856 — Curitiba, 22 fevereiro de 1918).
Prefeito de Curitiba, o primeiro eleito diretamente, em 1893, quando teve 90% dos votos. Também foi deputado federal e senador da república, além de engenheiro (trabalhou na Estrada de Ferro Madeira- Mamoré, diretor das Obras Públicas, atuou na implantação de Belo Horizonte).
Projetou os belos palacetes de ervateiros: Manoel Miró, Ascânio Miró,, Leão Jr.e a Casa da Ferradura, sua residência.
Como prefeito eleito sua luta direcionou seus esforços para aprovoção do "Código de Posturas" para o que não foi bem sucedido e acabou por renunciar.
Deixou o Senado para assumir a Prefeitura de Curitiba, nomeado por Carlos Cavalcanti. Foi uma gestão que deixou marcos na cidade como o Paço Municipal, a bela reforma da Praça Osório, Praça Eufrásio Correia, Reforma do Passeio Publico, Belvedere e inúmeras melhorias urbanas. Deixou a Prefeitura em janeiro de 1915 e passou a dar aulas no Curso de Engenharia da atual UFPR. Morreu em 22 de fevereiro d 1918.
A foto deste post foi publicada na revista "Fon-Fon", quando era Senador da República.

Jean Itiberé, João Itiberê da Cunha. Primeiro paranaense a publicar um livro na Europa. Nosso dândy mais sofisticado.

 Jean Itiberé, João Itiberê da Cunha. Primeiro paranaense a publicar um livro na Europa. Nosso dândy mais sofisticado.


Pode ser uma imagem de 1 pessoaJean Itiberé, João Itiberê da Cunha. Primeiro paranaense a publicar um livro na Europa. Nosso dândy mais sofisticado. Cedo foi estudar em Bruxelas, onde foi colega de Maeterlinck e do futuro rei da Bélgica. Aos 20 anos, publica o livro de poemas "Préludes", lançamento conjunto com "Serre chaude" de Maeterlinck, o primeiro simbolista a ganhar Nobel. Publicou em jornais e revistas de Paris e de Bruxelas. Depois de 13 anos, retorna a Curitiba. Publica em O Cenáculo, Revista Azul e outras. Foi quem trouxe a leitura de Papus, Péladan, Lévi e outros ocultistas. A província não o atraiu. Foi para a diplomacia. De volta ao RJ, atua como crítico musical. Quando o rei da Bélgica veio ao Brasil foi visitá-lo. Publiquei sobre ele em revista da UFPr, quando reuni seus textos.

QUANDO MUHAMAD ALI ESTEVE EM CURITIBA "Um dos maiores nomes da história do esporte em todos os tempos, campeão mundial de boxe nos pesos pesados, defensor da causa dos negros, financiador de pesquisas sobre o Mal de Parkinson, pacifista... e negociante de carros.

 QUANDO MUHAMAD ALI ESTEVE EM CURITIBA
"Um dos maiores nomes da história do esporte em todos os tempos, campeão mundial de boxe nos pesos pesados, defensor da causa dos negros, financiador de pesquisas sobre o Mal de Parkinson, pacifista... e negociante de carros.


Pode ser uma imagem de 1 pessoa, criança, em pé e texto que diz "CARLT Muhammad Ali, 1987, em shopping curitibano. (foto: João Bruschz- Gazeta do povo)"

QUANDO MUHAMAD ALI ESTEVE EM CURITIBA
"Um dos maiores nomes da história do esporte em todos os tempos, campeão mundial de boxe nos pesos pesados, defensor da causa dos negros, financiador de pesquisas sobre o Mal de Parkinson, pacifista... e negociante de carros. [...]
Em matéria publicada pelo jornal Gazeta do Povo, ela lembrou a passagem do então chamado 'The Greatest' (O Melhor), em 1987, para negociar a compra de unidades do Puma P-18, modelo da montadora brasileira fundada nos anos 1960. O único registro fotográfico de sua passagem pela capital foi feito pelo fotógrafo João Bruschz.
O intermediário da vinda de Ali ao país foi Ru­­bens Maluf Dabul, que levou-o à fábrica da Puma e acompanhou-o à capital paranaense, junto com sua comitiva (advogado, engenheiro e consultor), durante três semanas.
Nesses dias, o então ex-boxeador que já estava aposentado desde 1981, visitou a fábrica para conhecer a fabricação do P-18, considerado uma joia. Muhammad Ali negociou então 1.440* carros por US$ 36 milhões - levados aos EUA, ele foram equipados com motores e caixas de câmbio do Porsche 911. Os veículos foram vendidos na Arábia Saudita, país cujo príncipe era amigo do pugilista, com o nome de Puma Al Fassi.
Dalmo Hernandes, em seu blog FlatOut!, escreveu: "O xeique também adorava o Puma, mas pediu algumas alterações no projeto - a carroceria ficou mais larga e foram realizadas modificações nos faróis, pára-brisa e tampa do porta-malas. Além disso, o interior ganhava um novo painel, com desenho mais sofisticado e acabamento em madeira para aproximá-lo dos esportivos europeus. O modelo se chamaria 'Puma Al Fassi by Muhammad Ali' - Al Fassi por exigência do xeique, em homenagem a seu filho, e Muhammad Ali porque associar o nome do ex-pugilista ao carro certamente ajudaria nas vendas.
O lendário pugilista passeou pelas ruas do centro de Curitiba e foi solícito com quem o reconhecia. Na fábrica, foi a mesma coisa.
'A negociação era com o consultor. Ele ficava na linha de produção o dia todo, brincando com os trabalhadores e fazendo mágicas', disse ao jornal Rubens Maluf Dabul, que também falou da simplicidade do convidado. 'Vestia bermuda e chinelo. Era brincalhão. Aprendeu até os palavrões da linha de montagem'. [...]
No fim das contas, a negociação dos quase 1.500 carros da Puma nunca se concluiu, seja por questões alfandegárias brasileiras, americanas ou de simples homologação.
A Puma, então nas mãos da Araucária Veículos, acabou fechando no começo dos anos 1990. Um dos P-018, o vermelho das fotos anexas, porém, ficou no Brasil.
( * Somente três exemplares modificados do P-018 foram preparados: um cupê, um conversível e um mais longo e bem-equipado, eram mais largos que o modelo original, sendo que dois seguiram para os EUA para receber motor e câmbio de Porsche 911 antes de seguirem para garagens árabes.)
(Extraído e adaptado de: gazetadopovo.com.br - autor: Fernando Rudnick / Foto: João Bruschz )
Paulo Grani

AS MOCINHAS DA CIDADE, SÃO BONITAS ... "Salvador Graciano, o Nhô Belarmino, nasceu num lugarejo chamado Santaria, pertencente a Rio Branco do Sul-PR no dia 04/11/1920. Sua esposa Júlia Alves Graciano, a Nhá Gabriela, nasceu em Porto de Cima, Morretes-PR, no dia 28/07/1923.

 AS MOCINHAS DA CIDADE, SÃO BONITAS ...
"Salvador Graciano, o Nhô Belarmino, nasceu num lugarejo chamado Santaria, pertencente a Rio Branco do Sul-PR no dia 04/11/1920. Sua esposa Júlia Alves Graciano, a Nhá Gabriela, nasceu em Porto de Cima, Morretes-PR, no dia 28/07/1923.


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Em sua última apresentação (1984), Nhô Belarmino (sentado), ao lado sua esposa Nhá Gabriela e o filho Ivan Graciano. Na foto, Leonel Rocha (de chapéu) e ao seu lado Jurandir Ambonatti.

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AS MOCINHAS DA CIDADE, SÃO BONITAS ...
"Salvador Graciano, o Nhô Belarmino, nasceu num lugarejo chamado Santaria, pertencente a Rio Branco do Sul-PR no dia 04/11/1920. Sua esposa Júlia Alves Graciano, a Nhá Gabriela, nasceu em Porto de Cima, Morretes-PR, no dia 28/07/1923.
Salvador começou bem cedinho: com apenas oito anos de idade, já gostava de cantar e alegrar a vizinhança contando anedotas. Sendo de família de músicos, Salvador Graciano aprendeu tocar diversos instrumentos musicais, dentre eles, a Viola e a Gaita (Pequeno Acordeon) de Oito Baixos.
Foi aos 14 anos de idade que Salvador adotou o nome artístico de Nhô Belarmino por ser, segundo ele, "um nome exótico e gozado". E em 1935, aos quinze anos de idade, ele costumava se apresentar juntamente com sua irmã Pascoalina em festinhas nas redondezas de sua Rio Branco do Sul. Era a Dupla "Nhô Belarmino e Nhá Quitéria", que permaneceu ativa durante quatro anos. Com o casamento da irmã Pascoalina, o marido não quis que ela continuasse com a carreira artística e, conseqüentemente a Dupla se desfez.
Sua primeira composição foi "Linda Serrana" (Nhô Belarmino), em 1936, quando contava 16 anos de idade. Nessa época, Nhô Belarmino integrava o regional da PRB2, a Rádio Clube Paranaense; esse conjunto acompanhava os cantores que na época se apresentavam ao vivo na renomada emissora.
Em 1939 (após a separação da Dupla "Nhô Belarmino e Nhá Quitéria"), Nhô Belarmino formou uma Dupla com Chiquinho Montalto, Dupla essa que participou de diversos programas na Rádio Clube Paranaense. E foi nessa famosa emissora de Curitiba-PR que Nhô Belarmino conheceu Júlia Alves, que veio a ser sua esposa em 23/12/1939 e com quem também formou a Dupla "Nhô Belarmino e Nhá Gabriela", que veio a ser a mais famosa e representativa Dupla Caipira Raiz do Estado do Paraná.
Tudo aconteceu por volta de 1937, quando Júlia trabalhava numa fábrica de tecidos na Capital Paranaense. Numa tarde, quando o material de confecção havia se acabado, as funcionárias haviam sido dispensadas mais cedo. Resolveram então acompanhar uma colega de trabalho num ensaio na Rádio Clube Paranaense, já que ela participava de um programa de calouros. Chegando à emissora, Júlia conheceu Salvador e iniciaram o namoro que resultou no casamento que durou 45 anos, com os filhos: Clóris, Ivan e Rui.
"Nhô Belarmino e Nhá Gabriela" iniciaram profissionalmente em meados de 1940 quando Nhô Belarmino promoveu um show no bairro de Santa Cândida. Nesse dia havia chovido bastante e os outros artistas da equipe não puderam chegar ao local. Como a chuva, no entanto, foi passageira, o povo compareceu e lotou o salão. Bilheteria aberta, público chegando, ingressos que não podiam ser devolvidos... E os artistas não chegavam! Então Júlia mais algumas primas e amigos resolveram improvisar: uns declamavam, outros contavam piadas e Nhô Belarmino cantava.
E em dado momento Júlia e Salvador resolveram cantar juntos o famosíssimo valseado "Cavalo Zaino" (Raul Torres). E agradaram de tal maneira que foram convidados a fazer outras apresentações em outros dias! Nascia então, quase que por acaso, a Dupla "Nhô Belarmino e Nhá Gabriela".
Nhô Belarmino "batizou" a esposa e companheira de Dupla com o nome artístico de Nhá Gabriela em homenagem a uma tia dele que apreciava bastante a Música Caipira.
Em 1942, acompanhados por Nhô Dito (Chiquinho Montalto), Júlia e Salvador formaram o "Trio Caipira" que estreou nesse mesmo ano com bastante sucesso na PRB-2, a Rádio Clube Paranaense. Em 1948 transferiram-se para a ZYM-5 Rádio Guairacá permanecendo nessa emissora por mais de 20 anos, animando diversos programas de auditório. Nessa época, músicas como "Passarinho Prisioneiro" (Luiz Vieira Filho - Nhô Belarmino) e "Linda Serrana" (Nhô Belarmino) passaram a ser conhecidas e cantadas por seus ouvintes.
Com o sucesso alcançado no Estado do Paraná, Nhô Belarmino e Nhá Gabriela tornaram-se famosos em vários locais do Brasil. A Dupla chegou a trabalhar por um ano na Rádio Gaúcha em Porto Alegre-RS, e também por vários meses na Rádio Guanabara (hoje Bandeirantes) no Rio de Janeiro-RJ, além de vários programas na Rádio Bandeirantes de São Paulo-SP, dos quais também participaram.
Nhô Belarmino e Nhá Gabriela gravaram o primeiro disco em 1953, na RCA-Victor (hoje BMG), com as músicas "Linda Serrana" (Nhô Belarmino) e "
Parabéns
Paraná" (Nhô Belarmino - Pereirinha). Essa gravação fez parte das comemorações do Centenário de Emancipação do Estado do Paraná. E, nos demais discos que se seguiram, Nhô Belarmino gravou cantando em Dupla com sua esposa e também solando o Acordeon, em composições tais como "Dançando Descalço" (Nhô Belarmino), "Brincando com Oito Baixos" (Nhô Belarmino), "Mocinhas da Cidade" (Nhô Belarmino), "Paranaguá" (Nhô Belarmino), "Mocinhas do Sertão" (Nhô Belarmino), "Passarinho Prisioneiro" (Luiz Vieira Filho - Nhô Belarmino), "Defendendo O Meu Sertão" (Nhô Belarmino), "Moreninha do Vanerão" (Lord Wilson - Ubiratan), gravações que foram sucesso não só em Curitiba-PR e Região, mas também em todo o Brasil.
O primeiro LP da Dupla foi gravado em 1961 pela RCA-Camdem (hoje BMG). E, ao longo da carreira, Nhô Belarmino e Nhá Gabriela gravaram 17 Discos 78 RPM, 3 Compactos (Vinil) e 11 LP's, sendo que Nhô Belarmino foi compositor de cerca de 99% das músicas gravadas pela Dupla.
Nhô Belarmino teve diversos parceiros na composição, destacando-se dentre todos, o amigo Moacyr Ângelo Lorusso. Compositor incansável, Nhô Belarmino estava sempre compondo alguma coisa. Foi nesse mesmo ano de 1953 que veio o estrondoso sucesso do "Passarinho Prisioneiro" (Luiz Vieira Filho - Nhô Belarmino). E em 1959 veio a consagração definitiva no cenário musical brasileiro com a gravação do famosíssimo clássico "As Mocinhas da Cidade" (Nhô Belarmino), cujo sucesso rendeu à Dupla diversas viagens pelos mais diversos Estados Brasileiros em shows e apresentações que foram memoráveis.
Além das gravações em disco e das participações em programas na Rádio Guairacá e na Rádio Clube Paranaense, em companhia de seus filhos Cloris e Ivan, Nhô Belarmino e Nhá Gabriela também apresentaram na TV durante vários anos o programa "Minha Palhoça" e também o "Rancho de Belarmino e Gabriela", programas nos quais eles se apresentavam com diversas Duplas paranaenses, tais como "Nascimento e Zeloni", Mensageiro e Mexicano, "Leonel Rocha e Campos", além de outras Duplas já consagradas em todo o Brasil, tais como Tonico e Tinoco e Léo Canhoto e Robertinho.
O casal também se apresentou em diversos circos e teatros na Capital Paranaense, e também no Interior do Estado, além dos Estados de Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. "Passarinho Prisioneiro" (Luiz Vieira Filho - Nhô Belarmino) e "Mocinhas da Cidade" (Nhô Belarmino) são sem dúvida os maiores exemplos do seu sucesso no Paraná e em todo o Brasil.
Após vários anos de sucesso, um derrame cerebral vitimou Nhô Belarmino na década de 1980 e interrompeu a carreira musical e as apresentações da Dupla.
Foi no ano de 1983 a última gravação de Nhô Belarmino cantando, quando ele regravou "As Mocinhas da Cidade" no álbum "Curitiba Cidade da Gente". Pouco tempo depois, em seu último trabalho, ele participou de um Compacto Simples (Vinil) apenas tocando; quem cantou no compacto “Salve, Salve Paraná” e "Moro Lá” foi sua esposa Nhá Gabriela.
Em Curitiba-PR, no Centro da Cidade, pode-se visitar, no cruzamento da Rua Cruz Machado com a Alameda Cabral, a "Fonte Mocinhas da Cidade", que homenageia Nhô Belarmino e Nhá Gabriela. Com desenhos do Artista Fernando Canalli, possui colunas com pinhões nos capitéis que emolduram quadros de azulejos com versos da letra da música “Mocinhas da Cidade" (Nhô Belarmino), que foi sem dúvida o maior sucesso da dupla.".
(Extraído de: boamusicaricardinho.com).
Paulo Grani.

AS COLÔNIAS ESQUECIDAS DO LITORAL DO PARANÁ "Em relação à contribuição alemã para nossa história vale a pena lembrar Hans Staden (1525-1579) que em 1549 registra sua passagem pelo Superagui, sendo este o primeiro em nossas páginas.

 AS COLÔNIAS ESQUECIDAS DO LITORAL DO PARANÁ
"Em relação à contribuição alemã para nossa história vale a pena lembrar Hans Staden (1525-1579) que em 1549 registra sua passagem pelo Superagui, sendo este o primeiro em nossas páginas.


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colonos imigrantes da Família Dittmar no Rio Serra Negra
fonte: Família Dittmar

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Johann Heinrich Dittmar (nascido em Osthofen), esposa Maria Schmuck (nascida em Friesenheim) e João Henrique Dittmar (nascido em Osthofen, vindo ao Brasil com quatro anos).

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Família Dittmar na Colônia Serra Negra.

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Companhia fundou a 'escola' de instrução para os filhos dos colonos
fonte: Família Dittmar

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Propaganda veiculada em alguns países da Europa, feita por agenciadores ligados às companhias marítimas, apresentando o Brasil como um Eldorado a ser conquistado.
AS COLÔNIAS ESQUECIDAS DO LITORAL DO PARANÁ
"Em relação à contribuição alemã para nossa história vale a pena lembrar Hans Staden (1525-1579) que em 1549 registra sua passagem pelo Superagui, sendo este o primeiro em nossas páginas. Já no século XIX, vamos ter a presença do naturalista Karl Julius Plaztmann (1832-1902), com suas descrições sobre a região, porém, ao falarmos estrangeiros, muito ouvimos sobre a colonização suíça em Superagui, por conta até mesmo dos escritos já produzidos sobre o exímio pintor William Michaud (1829-1902), referenciado em publicações histórico-científicas.
Houve, também, uma tentativa, sem sucesso e com ínfimo registro histórico, da colonização japonesa, na região do Morato, provavelmente quando estes fundaram um núcleo colonial em Antonina, início do século XX.
Da mesma forma, a colonização alemã, em Serra Negra, permanece obscura na história de Guaraqueçaba, também com pouquíssima produção histórica sobre tal empreendimento nos anais paranaenses.
Serra Negra foi decretada como Distrito de Guaraqueçaba, em 1951, porém, há muito já despontava como um dos maiores exportadores no Paraná-Colonial, onde a Cia. Progressista, em 1º de janeiro de 1864 chegou inclusive a criar uma linha regular entre os municípios de Guaraqueçaba, Antonina, Paranaguá e Guaratuba, dando escoamento à produção agrícola local. Com o crescimento, fora criado ali, a primeira escola, pela Lei nº 113, de 27 de março de 1865.
Visando a ocupação dos solos do sul, logo após a Independência do Brasil (1822), o Governo Imperial incentiva a imigração, principalmente alemã, visto os problemas políticos, econômicos e sociais enfrentados em sua terra, decorrentes das guerras napoleônicas, unificação...
A colonização alemã no Paraná tem início pelo ano de 1829, também motivada pelo sucesso em outros empreendimentos sulistas e neste ensejo a Companhia Colonizadora Ltda trazia vários projetos de colonização para o Brasil e um destes, a Colônia Agrícola de Serra Negra, conforme alguns registros, instalada em Guaraqueçaba a partir de 1916.
Nos autos históricos, é registrado, em 1919, a celebração de um acordo entre o Governo do Estado do Paraná e a Sociedade Anônima Provisória Rio Grandense (Grupo Étnico Germânico do Paraná), visando a localização de colônias estrangeiras e nacionais, em áreas de Guaraqueçaba, Antonina e Campina Grande do Sul.
Em Guaraqueçaba, região de Serra Negra, o título da terra fora expedido em 05 de maio de 1920, e a referida sociedade (parece que mais tarde é transferida/renomeada como Cia. União Colonial) obteve uma área de 5.000.000m² com prazo contratual para ser colonizada em 08 anos (a partir de 19/04/1920) .
Já em 1924 chegaram em Serra Negra 20 famílias alemãs, todos desenvolvendo a agricultura, introduzindo práticas desconhecidas na região, o que levou a Colônia a conhecer um progresso econômico com produções de arroz, milho, ovos, frangos, porcos, também manteiga, requeijão e linguiça, quando de lá saíam barcos carregados, principalmente para Argentina, carregados de banana, batata, etc...
O prazo para colonização fora renovado por mais 08 anos, em 26 de junho de 1928, aparecendo em alguns registros, a partir de então em nome da Cia. União Colonial Ltda., com sede em Porto Alegre, que inicia a colonização em 1928, com a entrada de 48 famílias, aproximadamente 220 pessoas. A Companhia fundou a 'escola' de instrução para os filhos dos colonos.
Uma destas famílias, a Dittmar, vindo da Alemanha a bordo do Navio Vila Garcia, pertencente a empresa alemã de transporte marítimo Hamburg-Sud, desembarca em Paranaguá no ano de 1926/27, após ter contactado um conhecido que habitava a Colônia Serra Negra.
Segue uma descrição da Colônia Serra Negra, feito pela Família Dittmar:
' Aos poucos foram fazendo amizades com outros colonos alemães lá do alto do rio BANANAL para a foz. A ultima familia moradora era os LONIN ao lado direito do dito rio, do outro lado morava a familia PINING; rio abaixo moravam os JURISCKKA; estes eram donos de uma serraria movida a roda d´água, como vizinho próximo eles tinham um senhor solteiro, um tal de ERTHAL; mais abaixo do lado direito morava PAUL RADES que possuía um alambique de cachaça de cana de açúcar em sociedade com seu vizinho o RICHARD KRÜGER, depois vinha o casal MAIBON, depois o senhor HILDEBRANDT e um trecho com mata nativa; do outro lado os proprietários eram os SCHUCARDT, GAGEL, AUMANN, KRENTZ e LOCHSTADT. Ainda ao longo do rio BANANAL morava o Sr.SCHNEPPER ou SCHEPPER e já na foz morava a familia SCHULTZ. No trecho de mata virgem foi aberta uma picada para chegar até o rio TAQUARUÇU onde moravam o Sr. BRENDIGAM e a familia PLANKEN STAIN.
Já no rio SERRA NEGRA morava a familia KAIK, ESSER, WEGNER, GOTZ e por ultimo KORSANKE. Subindo o rio, do lado esquerdo, encontrávamos as famílias STETTLER, EDMUND OTTO, os TALLMANN e logo após vinham os nativos como BORGES, LOPES, ALVES; até o alto do SERRA NEGRA, ali morava a familia LEILMEIER, no lado direito o ultimo morador era a familia SCHAEFFENACKER e no mesmo lado, ADOLF LEISCH SENRING. Nossa propriedade fazia divisa com a do Sr. SCHULTZ em ambos os lados e na frente, o rio SERRA NEGRA.
Ali próximo tinha o rio ASSUNGUI onde existia a PICADA DO PITO VELHO onde moravam os STOCKLE e os BENKE, na sede moravam, além do diretores da companhia, o Sr. RICHARD ZINK, os KAPP e finalmente na PECHIRICA moravam os SCHUCH. Vieram depois: JACOB HATZLER, MAX RICHTER, WOATER RICHTER, estes solteiros; a família OTTO LEICH SENRING, KARL DITTMAR, WILHELM RAUSCH KOLD, HENRICHPUSBACH, KURT ARNOLD, PAUL GIBHARD, TAUSEND FREEUND, WILHELM EHLKE, OTTO SCHATTE, HERMANN DOBLER, KURT MATTHES, HANS RAUDICH, NINHON, HANS APT, SIMMLER, LAUER, HEISE, FRITZ ARM; WERMES DRUNKLER, HERMANN RICHTER, JACOB LONIEM, SIEGLER, XAVIER SCHOEFENACHER os WINKLER.
O primeiro grande problema que os colonos da Colônia Serra Negra enfrentaram dizia respeito ao litígio sobre a área de concessão. A área da colonização fora toda transferida da Sociedade Anônima para a Cia. União Colonial Ltda (50 mil hectares em duas parcelas de 25.000 hectares), com escrituras lavradas em 21 de setembro de 1920, posteriormente, em 23 de dezembro de 1933. Neste ínterim, já haviam posseiros, nacionais e estrangeiros, em invasões causando litigiosos conflitos sobre tal posse; Um destes no assento do Salto Piranguinha, firmado em 10 de outubro de 1934.
O Estado do Paraná e a Cia União cancelam o contrato, rescindindo todos firmados entre a Sociedade Anônima e Cia. União Colonial (cancelando e rescindindo a concessão lavrada em 14/05/1919, também o termo Adiantamento de 17/04/1920, celebrado com Antônio Ribeiro de Lemos e transferido à Cia. União, invalidando o título de 05/05/1920, também o termo de prorrogação de prazo, referente a nova concessão, datada de 26 de junho de 1928).
os imigrantes durante a II Guerra Mundial
Durante a II Guerra Mundial (1939-1945), os imigrantes japoneses, italianos e alemães sofreram diversas perseguições no Brasil, com implícitas proibições, dentre outras de falarem em sua língua natal, discriminados nas vilas, também as crianças nas escolas.
Por volta do ano de 1942, num prazo de 24 horas, os imigrantes do Eixo (Japão, Alemanha e Itália) foram ‘expulsos’ das áreas próximas ao litoral (proibidos de residirem a menos de 100km do litoral), por suspeita de espionagem, levados, por exemplo, de Serra Negra e ‘despejados’ em Curitiba, sem auxílio algum para um recomeço de suas vidas; Apenas na delegacia de Antonina, neste ano, foram retirados 53 japoneses, 10 alemães e 22 italianos. Há os que defendem principalmente a ‘inveja’ sobre a próspera colônia agrícola, transformada no caso, em suspeita de espionagem.
Ainda nesse sentido, O delegado de Paranaguá escreve ao Chefe de Segurança, em 02 de setembro de 1942, pedindo providências, pois em Serra Negra havia um "convite para que em 7 de setembro os brasileiros se reunissem para queimar e destruir todos os bens dos alemães e seus descendentes".
Vale a pena lembrar a recordação de alguns ex-moradores, que em seus idos tempos de infância, viram, como dizem, um sepultamento digno de grande líder na Colônia Serra Negra, uma urna mortuária de chumbo com os restos mortais de Hitler, como acreditam, pois na queda da Alemanha durante a guerra, este teria fugido para a próspera e de difícil acesso colônia alemã no Brasil, onde viveu seus últimos dias...
Sobre a perseguição aos descendentes alemães no Brasil, durante a Segunda Guerra Mundial, ver o documentário: “Sem Palavras". ".
Paulo Grani.

CONHECENDO A ANTIGA COLÔNIA ARGELINA DE CURITIBA Poucos sabem que, em 1869, instalava-se em Curitiba um grupo de imigrantes vindos da Argélia, que formou a chamada "Colônia Argelina", cujos integrantes foram assentados em grande parte do que é hoje o bairro do Bacacheri.

 CONHECENDO A ANTIGA COLÔNIA ARGELINA DE CURITIBA
Poucos sabem que, em 1869, instalava-se em Curitiba um grupo de imigrantes vindos da Argélia, que formou a chamada "Colônia Argelina", cujos integrantes foram assentados em grande parte do que é hoje o bairro do Bacacheri.


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1928, neva Colônia Argelina.

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Nenhuma descrição de foto disponível.Nenhuma descrição de foto disponível.Planta antiga, destaca lotes da Colônia Argelina.

CONHECENDO A ANTIGA COLÔNIA ARGELINA DE CURITIBA
Poucos sabem que, em 1869, instalava-se em Curitiba um grupo de imigrantes vindos da Argélia, que formou a chamada "Colônia Argelina", cujos integrantes foram assentados em grande parte do que é hoje o bairro do Bacacheri.
A Colônia Argelina obedecia o plano do presidente da Província Adolfo Lamenha Lins, baseado no estabelecimento de colônias agrícolas na periferia da cidade com o objetivo de aproximar a produção do mercado consumidor.
O livro “Os franceses do Paraná”, de Maria Thereza Brito de Lacerda e Maí Nascimento Mendonça, cita que “o nome da colônia, Argelina, se deve ao fato de lhe darem vida 117 imigrantes, dos quais a maior parte, 39, era de franceses da Argélia (ou os pieds noirs, pé negros). Havia 36 alemães, 24 suíços, 10 suecos e 8 ingleses, tendo vindo posteriormente 5 escoceses”. Esses colonos vieram de Argel, por Marselha, a bordo do navio francez Polymerie”.
O núcleo se dedicava basicamente à agricultura e estava localizado a cerca de quatro quilômetros de distância de Curitiba, nas margens da Estrada da Graciosa (atual Av. Pref. Erasto Gaertner). Logo, os imigrantes franceses/argelinos passaram a se dedicar às atividades comerciais e a intermediar a venda de produtos dos demais imigrantes para Curitiba.
A Estrada de Ferro Norte do Paraná, partindo de Curitiba ao interior, passou ao centro da colônia tendo recebido uma estação chamada "Parada da Colônia Argelina", localizada onde a linha cruza a Av. Erasto Gaertner, manteve sua plataforma até os anos 1980.
(Fontes: Curitiba Space.com.br, estacoesferroviarias.com.br. Fotos: Internet, Pinterest)
Paulo Grani