É sabido que os primeiros habitantes da região onde hoje é Curitiba, foram indígenas consumidores de carne de caça, peixes e pinhões. Pertenceram ao tronco linguístico Jê, tribos Xetá e Tingui.
É sabido que os primeiros habitantes da região onde hoje é Curitiba, foram indígenas consumidores de carne de caça, peixes e pinhões. Pertenceram ao tronco linguístico Jê, tribos Xetá e Tingui.
A tribo indígena predominante era a Tingui, cujo o nome significaria gente de nariz fino, em tradução do tupi para o português.
As lavras de ouro de aluvião no leito dos riachos dos rios Itiberê e Nhudiaquara, exploradas a partir de Paranaguá, provocaram nos portugueses a ânsia de galgar a Serra do Mar, abrindo caminho rumo ao planalto curitibano. O primeiro acesso deu-se pela garganta do Itupava, por volta de 1640, onde os pioneiros subiram a Serra costeando o maciço do Marumby.
Estes primeiros desbravadores formaram a Vilinha ou Arraial do Atuba, as margens do rio Atuba, atualmente entre a divisa do bairro de mesmo nome e o Bairro Alto, passando a partir dai surgir outros núcleos de povoamento no planalto curitibano como a sesmaria do Barigui, Arraial do Canguiri, Arraial do Purunã e etc.
Foi neste local que surgiu uma lenda antiga, citada por Romário Martins, autor de História do Paraná (1899), o escritor obteve relatos verbais do cacique Arakxó, último detentor da tradição oral dos primeiros donos da terra.
A lenda diz que no oratório da Vilinha do Atuba, todos os dias a imagem de Nossa Senhora da Luz - hoje integrante do acervo do museu paranaense - amanhecia voltada para o oeste. Teriam assim, os povoadores, intuito que a Virgem queria ter sua capela definitiva erguida naquela direção, em território dos índios tinguis. Teriam então os garimpeiros, pedido ao cacique dos tinguis que indicasse o local exato, bom para a nova povoação, no talvegue entre os vales dos rios que viriam a se chamar Ivo e Belém.
O cacique os acompanhou e fincou sua lança no local onde hoje está o marco zero, defronte da Catedral Metropolitana, na atual praça Tiradentes, e disse com voz forte: Aqui, Curitiba!. Isto é, muito pinhão.
Hoje, as margens do rio Atuba, há um monumento edificado denominado Centro Cultural Vilinha e uma escultura em bronze criada por Elvo Benito Damo de um índio apontando para o oeste, o monumento da foto está localizado no Bairro Alto, direcionado ao centro da capital.
REFERÊNCIA:
MACEDO, Rafael Greca de, Curitiba: luz dos Pinhais. Solar do Rosário, 2016.
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