terça-feira, 24 de maio de 2022

A CASA ONDE NASCERAM AS "BALAS ZEQUINHA" "Em meio aos prédios do Centro de Curitiba, um imóvel dividido em dois chama a atenção pela arquitetura residencial. Como um espelho, a casa no número 304 da Rua Nunes Machado

 A CASA ONDE NASCERAM AS "BALAS ZEQUINHA"
"Em meio aos prédios do Centro de Curitiba, um imóvel dividido em dois chama a atenção pela arquitetura residencial. Como um espelho, a casa no número 304 da Rua Nunes Machado


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Tudo começou aqui, na Rua Nunes Machado nº 304 onde os Irmãos Sobania fabricavam balas e chocolates; depois, as Balas Zequinha.

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Lata em que as balas eram condicionadas em até 100 kg. O formato teve por influência as barricas usadas para acondicionamento da erva-mate, quando Curitiba era o maior produtor da América Latina, nos anos 1920.

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Zequinha Grande Gala, personagem retratou o estilo de vestir-se da elite curitibana, nos anos 1920.

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Zequinha Gol-kiper, termo inglês fielmente usado pelos curitibanos na época, para "goleiro ".

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"Zequinha Distribuindo", segundo depoimento de familiares dos Sobania, era colocada uma a cada tonelada de balas para poder custear os prêmios.

A CASA ONDE NASCERAM AS "BALAS ZEQUINHA"
"Em meio aos prédios do Centro de Curitiba, um imóvel dividido em dois chama a atenção pela arquitetura residencial. Como um espelho, a casa no número 304 da Rua Nunes Machado se reflete nos mínimos detalhes, da ornamentação da fachada às bow-windows – janelas projetadas para frente, quase como sacadas. [...].
Nos anos 1920, a casa abrigava a fábrica de doces A Brandina, responsável pelas balas Zequinha, o versátil palhaço protagonista das figurinhas que embalavam os quitutes. O local pode não dar pistas de sua antiga vocação, mas as pessoas que fazem parte de seu cotidiano, sim. Funcionários e frequentadores sabem por alto que ali era a morada das famosas balas. [...]
As figurinhas eram desenhadas e impressas na Impressora Paranaense, com a criação do personagem e dos desenhos por Alberto Thiele e Paulo Carlos Rohrbach. As balas eram embaladas manualmente na própria figurinha, guardadas e vendidas aos comerciantes em latas com formato de barrica, provavelmente em referência ao transporte de erva mate, de acordo com Sobania.
Não demorou para que se tornasse febre entre os pequenos curitibanos, que podiam até dispensar a bala em si, mas jamais a figurinha. Se criou uma cultura sadia, de luta para conseguir as figurinhas consideradas difíceis e dos jogos de bafo em frente às casas.
Com os anos, outras famílias assumiram a produção e os direitos das balas. Até 1967, ano em que parou de ser produzida, a patente passou pelos irmãos Franceschi, Gabardo e Massocheto e por fim para Zigmundo Zavadski. Apesar das reimpressões por quase 40 anos, as atividades que Zequinha fazia nas 200 ilustrações e as características dos desenhos continuaram as mesmas. Apenas mais tarde, em 1979, o personagem foi retomado pelo Governo do Estado sem as balas, criando um álbum com novos desenhos para uma campanha de arrecadação, em que as notas fiscais eram trocadas por figurinhas. [...]".
(Compilado da Gazeta do Povo)
Paulo Grani.

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