domingo, 22 de maio de 2022

AS CARRETEIRAS DE ANTIGAMENTE - 1 "O Paraná e sobretudo Curitiba, sempre foram celeiro de pilotos de carros de corrida. A história das competições automobilísticas no Brasil mostra isso.

 AS CARRETEIRAS DE ANTIGAMENTE - 1
"O Paraná e sobretudo Curitiba, sempre foram celeiro de pilotos de carros de corrida. A história das competições automobilísticas no Brasil mostra isso.


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Largada em frente ao Círculo Militar/Curitiba, de corrida no circuito do Passeio Público, início dos anos 50, Panseca e sua carreteira estão do lado direito, na segunda posição, soltando fumaça pelo escape."

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No fim da reta a disputa entre o Simca e o DKW.

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AS CARRETEIRAS DE ANTIGAMENTE - 1
"O Paraná e sobretudo Curitiba, sempre foram celeiro de pilotos de carros de corrida. A história das competições automobilísticas no Brasil mostra isso.
Entre tantos pilotos que se destacaram na década de 1950, no auge do desempenho das famosas carreteiras, ou seja, carros de rua adaptados para corrida, está Celestino Jacó Buso, conhecido pelo apelido de “Panseca”, irmão dos pilotos Paulo José Buso – campeão da Copa Centenário em 1953 – e João Buso. [...]
Mas, quem foi Panseca? Nascido em Curitiba, no bairro Parolim, já em 1949 possuía oficina mecânica, juntamente com seu irmão Paulo Buso, na rua Comendador Araujo.
Logo depois que Paulo construiu a sua carreteira, Panseca, entusiasmado, construiu a sua também, com base num automóvel marca Ford modelo cupê, motor V8, ano 1939. Relata Panseca que, como o carro principal dos irmãos sempre era o do Paulo Buso, o seu carro ficava em segundo plano, com o aproveitamento da sobra das peças.
“Quem fez a carroçaria – diz ele – foi o latoeiro Valdo Chipanski. O motor da minha carreteira era um Ford V8 59AB, com cabeçotes de alumínio e coletor para dois carburadores que peguei do Paulo, enquanto que o câmbio era de três marchas retirado de uma Lincoln e o diferencial era o original do carro. Numa corrida no circuito do Passeio Público, em Curitiba, derrapei, bati no meio-fio e entortei duas rodas da carreteira, tendo de parar.”
Ele participou das corridas Curitiba – Ponta Grossa/PR, do Centenário de Joinville/SC, do circuito da rua Mal. Floriano Peixoto (Curitiba) com um Ford 1938 na categoria turismo.
Parou de trabalhar na oficina mecânica em 1955, mas com a carreteira número 54 participou das corridas até 1956, tendo depois tentado o vestibular ao curso de medicina.
“Vendi minha carreteira a Clodoaldo Moreira, amigo e colega de colégio, recebendo em troca dinheiro, terreno e espingarda.” Numa foto histórica de hoje, o jovem Celestino Buso, ao centro, de camisa, tendo à sua frente, de costas, nada menos que o piloto Euclides Bastos (o Pereréca) e ao lado Carlito Previdi, em 1952, no bairro Atuba/Estrada da Ribeira/Curitiba, quando Paulo Buso e Pereréca chegavam depois de participarem do GP Getúlio Vargas, entre Porto Alegre e Rio de Janeiro, dois mil quilômetros de estrada de chão.
Na outra, largada em frente ao Círculo Militar/Curitiba, de corrida no circuito do Passeio Público, início dos anos 50, Panseca e sua carreteira estão do lado direito, na segunda posição, soltando fumaça pelo escape."
Texto e fotos extraídos da tribuna.pr.com.br)
Paulo Grani

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