quarta-feira, 25 de maio de 2022

CONHECENDO A FÁBRICA DE MÓVEIS CIMO Ao observar esta foto da Curitiba, da década de 1940, chamou-me a atenção a placa luminosa colocada no alto daquele prédio à direita, na qual aparece em destaque o nome "Móveis Maida".

 CONHECENDO A FÁBRICA DE MÓVEIS CIMO
Ao observar esta foto da Curitiba, da década de 1940, chamou-me a atenção a placa luminosa colocada no alto daquele prédio à direita, na qual aparece em destaque o nome "Móveis Maida".


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A placa publicitária da Móveis Maida sobre o edifício à direita.
Foto: Curitiba.pr.gov.br

Pode ser uma imagem de texto que diz "HOVEIS CIMO CURITIBA"
Logomarca da Cimo.
Foto: moveiscimo.blogspot.com.br

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Exemplo de poltrona destinada à educandários. Anfiteatro do Colégio Estadual do Paraná.
Foto: moveiscimo.blogspot.com.br

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Anfiteatro do Auditório Bento Mussurunga do Colégio Estadual do Paraná.
Foto: moveiscimo.blogspot.com.br
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Caminhão de transporte das toras, estacionado em frente ao pátio de secamento de madeiras, em Rio Negrinh, em 1966.
Foto: blogdoosmairbail.com.br

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Saída dos armazéns de estoque da fabrica.
Foto: blogdoosmairbail.com.br

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Carregamento de poltronas para entrega no Cine Ouro Verde, de Londrina, década de 1960.
Foto: blogdoosmairbail.com.br

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Toras de imbuia, com exceção de uma de cedro, com anotações das impressionantes medidas.
Foto: blogdoosmairbail.com.br

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A cadeira 1001, carro chefe da fábrica, que ajudou a alavancar o crescimento da Cimo, na década de 1950.
Foto: moveiscimo.blogspot.com.br

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Mostruário de pecas de mobiliário produzido pela Cimo.
Foto: moveiscimo.blogspot.com.br

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Banda musical de Rio Negrinho no dia 07/09/1964, apresenta-se no pátio da fábrica.
Foto: blogdoosmairbail.com.br

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Cortejo fúnebre do empresário Jorge Zipperer, em 31/01/1944, em São Bento do Sul.
Foto: saobentonopassado.wordpress.com.br

CONHECENDO A FÁBRICA DE MÓVEIS CIMO
Ao observar esta foto da Curitiba, da década de 1940, chamou-me a atenção a placa luminosa colocada no alto daquele prédio à direita, na qual aparece em destaque o nome "Móveis Maida".
Fiquei surpreso pois, como bom observador, nunca havia visto qualquer móvel com essa marca, como também nenhuma outra propaganda escrita ou falada. Pesquisando, descobri que, no começo dos anos 1940, o nome "Moveis Maida" aparece como uma das empresas de um grupo que detinha o controle da nossa conhecida marca "Moveis Cimo", como veremos sua história:
Móveis Cimo S/A foi uma fábrica de móveis, cujo origem se deu no ano de 1913, na vila de São Bento, atual São Bento do Sul-SC, sendo fundadores Willy Jung e Jorge Zipperer, que constituíram a firma Jung & Cia. Em seguida, adquirem uma área de 111 alqueires em Rio Salto, construindo ali uma serraria e tendo anexo uma fábrica de caixas.
Em 1919 o sócio Willy Jung acometido de febre “espanhola”, vem a falecer. Dissolve-se a sociedade por desinteresse de seus herdeiros, e ingressa em seu lugar Andréas Ehrl, passando a empresa a ser denominada A. Ehrl & Cia. Os sócios decidem abrir uma fábrica de móveis em Rio Negrinho, para contornar a má fase que passava o comercio de madeira bruta, e começaram a fabricar cadeiras.
Os negócios seguiam diversificados pois, no início, as vendas de cadeiras não evoluíram com o vigor esperado, de maneira que desenvolveram também projetos de casas pré-fabricadas, forneciam madeiramento para quartéis do exercito e madeiras diversas para a construção civil em geral. Além das caixas para laranjas, seu primeiro negócio.
Após muitos contratempos e troca de sócios, os negócios da empresa evoluem bem. O primeiro produto da fábrica, foi a "Cadeira 1001", resultado do aproveitamento das sobras de imbuia das caixas de frutas que eram produzidas na serraria.
Finalmente a fabricação de móveis entra num ritmo bom, graças a boa qualidade e o design inovador dos produtos. Em 1924 venderam aproximadamente 60.000 cadeiras e poltronas de cinema. Os negócios de caixas e de madeira serrada para construção civil também se desenvolvem favoravelmente.
Beleza, ergonomia, conforto, durabilidade e resistência. Esses sempre foram os pilares que sustentaram a produção da Móveis Cimo S.A. durante seus 60 anos de atividades. O período de prosperidade fez com que se investisse ainda mais em unidades fabris e maquinários modernos.
A Móveis Cimo caminha então para se tornar a maior fábrica de móveis da América Latina, embora com uma administração agora altamente descentralizada. Tem fábricas em Rio Negrinho, Curitiba, Joinville e no Rio de Janeiro.
Inicialmente sua sede nacional se localiza no Rio de Janeiro, mas logo foi transferida para Curitiba. O conglomerado Cimo produzia móveis para cinemas e auditórios, onde conquistou o monopólio do mercado. Diversificou com móveis escolares e linhas institucionais de escritório, de quarto, salas, etc. uma completa gama de produtos, sempre de alta qualidade. Tinham muita facilidade em vencer grandes concorrências governamentais para fornecer móveis escolares e institucionais em fantásticas quantidades.
No final da década de 1960 se instalam no Brasil duas grandes plantas para a produção de painéis de fibra de madeira aglomerada. Essa matéria prima desloca o eixo da produção de móveis e cria uma concorrência muito competitiva aos produtos fabricados pela Cimo. Como esta mantivesse sua produção verticalizada pelo uso da madeira maciça e compensada, além disso não havia feito nenhum movimento para se adaptar ao uso do aglomerado, começam a experimentar afrontas importantes de concorrentes em potencial que usavam essa nova variante tecnológica e produtiva.
No início da década de 1970 já se manifestam sintomas de grave crise administrativo-financeira na empresa. Com o desaparecimento de Martin Zipperer, cuja morte ocorre no dia 23 de novembro de 1971, as coisas passaram a se suceder rapidamente e em outro patamar. A unidade de Joinville tinha sido completamente destruída por um incêndio ocorrido em 30 de novembro de 1971.
Já em 1972, em assembléia se decide pela construção de uma nova e moderna unidade fabril, isso fica mais premente quando em abril desse mesmo ano a fabrica de Rio Negrinho também sofre um grande incêndio, na seção de estofaria e lustração. A unidade de Rio Negrinho, agora a segunda maior do grupo, tinha um padrão construtivo muito arcaico, pois era externamente de alvenaria e todas a divisões internas eram de madeira. Tecnologicamente essa fábrica também já era obsoleta.
Assim, a empresa recorre a financiamento bancário, que não foi honrado, de forma que o banco credor convocou uma assembléia de acionistas e destituiu a diretoria nomeando outra, de sua lavra. Impõe também a abertura de pedido de concordata preventiva. Os principais diretores vendem a totalidade de suas ações.
No final de 1978, com a situação piorando irremediavelmente, o controle acionário passa para o grupo Lutfalla, que detém agora 62%, mas que não tinha um interesse real em reerguer a empresa e acaba por abandonar tudo. Em fevereiro de 1982, é decretada a falência da Móveis Cimo S/A.
(Fontes: Wikipedia, moveiscimo.blogspot.com.br, bogdoosmairbail.blogspot.com)
Paulo Gran

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