AS PAREDES FALANTES DA IGREJA DE SÃO BENEDITO
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Final do século XIX
AS PAREDES FALANTES DA IGREJA DE SÃO BENEDITO
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Final do século XIX
A igreja de São Benedito de Antonina começa a ser construída a pedido do Capitão Antônio Ferreira do Amaral, o qual deixou em testamento a quantia de 300 mil réis para que a igreja fosse erguida, mas essa quantia não seria o suficiente para a conclusão da obra.
A construção foi iniciada pouco antes da abolição da escravatura, sendo concretizada anos depois. E quem eram os operários? Sim, os próprios escravos, que viam o lugar como um refúgio, já que havia muita perseguição na época.
Os escravos já tinham sido alforriados quando concluíram a obra. Eles, além de levantarem com as próprias mãos as paredes da igreja, gastaram o dinheiro de suas cartas de alforria para concluírem o refúgio.
O lugar recebeu o nome de São Benedito justamente pelo fato de este santo ser o protetor dos escravos.
Infelizmente, devido à escassa segurança à época, dois ou três escravos acabaram morrendo tragicamente durante a construção. Os corpos foram sepultados nas paredes da própria igreja. Por isso, ainda hoje, há quem diga que vê e ouve os escravos dentro do templo.
Jorge Cara de Boi, que era vizinho da igreja e era também católico assíduo, contava que quando ia ao templo, conversava muito com as paredes e elas respondiam. Com isso, ele criou uma amizade com pelo menos dois escravos, que ele chamava de Tunico e Zartino.
— Jhonny Arconi
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Final do século XIX
A igreja de São Benedito de Antonina começa a ser construída a pedido do Capitão Antônio Ferreira do Amaral, o qual deixou em testamento a quantia de 300 mil réis para que a igreja fosse erguida, mas essa quantia não seria o suficiente para a conclusão da obra.
A construção foi iniciada pouco antes da abolição da escravatura, sendo concretizada anos depois. E quem eram os operários? Sim, os próprios escravos, que viam o lugar como um refúgio, já que havia muita perseguição na época.
Os escravos já tinham sido alforriados quando concluíram a obra. Eles, além de levantarem com as próprias mãos as paredes da igreja, gastaram o dinheiro de suas cartas de alforria para concluírem o refúgio.
O lugar recebeu o nome de São Benedito justamente pelo fato de este santo ser o protetor dos escravos.
Infelizmente, devido à escassa segurança à época, dois ou três escravos acabaram morrendo tragicamente durante a construção. Os corpos foram sepultados nas paredes da própria igreja. Por isso, ainda hoje, há quem diga que vê e ouve os escravos dentro do templo.
Jorge Cara de Boi, que era vizinho da igreja e era também católico assíduo, contava que quando ia ao templo, conversava muito com as paredes e elas respondiam. Com isso, ele criou uma amizade com pelo menos dois escravos, que ele chamava de Tunico e Zartino.
— Jhonny Arconi
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