Em meados do século XX funcionava no Matarazzo um posto de puericultura (uma subespecialidade da pediatria, que preocupa-se com o acompanhamento integral do processo de desenvolvimento da criança). O nome da instituição era "Posto de Puericultura Condessa Mariângela Matarazzo".
A MENINA DO POSTO DE PUERICULTURA
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Em meados do século XX funcionava no Matarazzo um posto de puericultura (uma subespecialidade da pediatria, que preocupa-se com o acompanhamento integral do processo de desenvolvimento da criança). O nome da instituição era "Posto de Puericultura Condessa Mariângela Matarazzo".
O prédio, que ainda está de pé, fica defronte ao antigo Porto Barão de Teffé – o primeiro porto privado do país, fundado em 1910 pelo legendário magnata Conde Francisco Matarazzo.
Após a desativação do posto de puericultura, uma senhora cega passou a morar na casa.
1985, quase 20 anos após a desativação do posto, Zenilda, a moradora da casa, estava dormindo. Lá fora, a chuva e o vento estavam a todo vapor. As luzes da casa estavam todas apagadas. O clima estava propício para a noite revelar as suas peripécias.
Era 1 hora da madrugada e Zenilda acordou com o estrondo de um trovão e logo aproveitou e se levantou para ir ao banheiro, sempre com a ajuda da bengala, pois não enxergava; todavia, tinha uma audição infalível.
A mulher era devota de Nossa Senhora do Pilar. Era uma pessoa de fé e muito alegre.
Ao sair do banheiro, entrou num extenso corredor que a levaria até o seu quarto. De repente, ouviu um choro de criança. Então pensou: "Não é possível! Uma criança dentro da minha casa!?".
A mulher era sozinha... sem marido, sem filhos, sem pets.
Logo perguntou:
– Quem está aí e por que está chorando?
Ficou sem resposta.
Novamente, então, ela perguntou:
– Vamos, me responda: Quem está aí e por que chora?
Não tivera nenhuma resposta.
Um pouco assustada, Zenilda prosseguiu para o quarto.
Da porta do quarto, a mulher escutou alguém falando "tia". Era a voz de uma criança, uma menina de mais ou menos 7 anos, que deu um grito e em seguida falou alto:
– Onde está a tia de jaleco branco?
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– Por Jhonny Arconi
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